O juiz da 23ª Vara Federal – Subseção de Garanhuns, Temístocles Araújo
Azevedo, expediu Alvará de Soltura favorável a Flávio Eduardo
Francisco da Silva, 36, servidor da Previdência Social, preso na
quinta-feira (30) junto com a quadrilha desarticulada pela Operação
OMNI da Polícia Federal, que desviou, segundo cálculos da instituição,
mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos. Embora tenha sido expedido
o seu Mandado de Prisão, ficou constatado que Flávio Eduardo não tinha
participação no esquema fraudulento.
O servidor estava na agência do INSS no município de Canhotinho há
pouco mais de um mês, quando assumiu a chefia, nas mudanças feitas
pela Gerência Regional, que já suspeitava de irregularidades na
agência. Flávio era o Gerente da Agência Garanhuns e foi transferido
justamente para auxiliar na investigação interna.
Flávio Eduardo teria sido citado por um dos envolvidos, entretanto
ficou comprovado que não participava do esquema, pois no único
processo citado, mostrou que havia juntado provas para indeferir o
benefício. “Uma outra suposta participação não é nem de minha passagem
na agência em 2010” – Afirma o servidor.
Flávio Eduardo foi preso na manhã da quinta-feira, em sua residência,
quando se encontrava com sua esposa, Rebeca Araújo, atendendo os
Policiais Federais, que apresentaram um mandado de busca e apreensão,
mas não encontraram nada que pudesse comprovar sua participação nas
fraudes. Com mandado de prisão temporária, o servidor foi encaminhado
à sede da Polícia Federal em Caruaru, quando foi comprovada sua
atuação para coibir as supostas irregularidades, e solicitado, pela
Delegada do caso, ao Juiz Federal, o seu Alvará de Soltura.
Chegando em sua residência já na noite desta sexta-feira (31/10), foi
grande a recepção de vizinhos, amigos e colegas de trabalho. Sua
esposa, Rebeca, era, uma das mais emocionadas. “Infelizmente Flávio
acabou nas imagens de TV e nos jornais, mas nós tínhamos certeza de
que era um equívoco”.
Flávio Eduardo retorna as suas atividades na agência de Canhotinho, já
nesta segunda-feira, agora na posição de testemunha e colaborador na
investigação que segue na Polícia Federal.