O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), declarou nesta quarta-feira (5), em discurso na tribuna do Plenário, que chegou o momento de se estabelecer no país um novo pacto político que redunde na abertura de um amplo diálogo no seio da sociedade brasileira. Segundo o parlamentar, a Executiva Nacional do PT propôs, numa resolução política aprovada em reunião na última segunda-feira, que o partido aprofunde a sua aproximação com a sociedade e retome o diálogo com todas as parcelas progressivas da população.
“Nossa proposta é conversar com os movimentos sociais, sindicatos, jovens, universitários, intelectuais, meio cultural, minorias, partidos políticos, enfim, com todos os segmentos progressistas possíveis para que formemos uma larga frente de defesa contra qualquer tipo de retrocesso institucional”, afirmou.
O partido vai insistir para que o Senado mantenha o decreto da presidenta Dilma Rousseff que regulamenta os conselhos populares, ampliando a participação dos cidadãos na formulação de políticas públicas, e para que a reforma política seja debatida pelos eleitores brasileiros por meio de um plebiscito, fortalecendo a participação social.
“Esse é um dos grandes compromissos que o PT está assumindo nessa sua renovação: a de aprofundar o diálogo direto com a população, como sempre fizemos desde a nossa fundação”, avalia.
Para Humberto, todos aqueles que defendem o fortalecimento do sistema democrático do país são extremamente valiosos nesse processo. “Vamos nos despir de passionalismos eleitorais – mesmo porque a eleição já é tema vencido – e vamos nos unir em torno de princípios sólidos que transformem o Brasil no país que todos queremos”, disse.
No discurso, o líder do PT ainda pediu que a oposição se abra ao diálogo, para o bem do Brasil. Ele cobrou que os opositores reconheçam a derrota nas urnas, desçam do palanque e sejam responsáveis com o país.
“Cobraremos que eles se desarmem, que deixem de lado o discurso beligerante, que a ninguém ajuda e, ao contrário, estimula grupelhos fascistas, que sujam as ruas e as redes sociais com seus pedidos ilegítimos de impeachment e de intervenção militar”, ressaltou. “A hora é de dialogarmos para o Brasil, com o Brasil e pelo Brasil”, finalizou.