O número de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), recuou 5,88% em outubro de 2014, frente ao mesmo mês do ano passado. Em relação a setembro deste ano, sem ajuste sazonal, o volume de quitações de dívidas também apresentou resultado negativo e caiu 2,11%. A comparação mensal mostrou piora em relação ao que foi registrado em setembro. Naquele mês, frente a agosto, a queda mensal havia sido de – 0,11%. O dado é do Indicador Mensal de Recuperação de Crédito do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados do indicador de pagamento de dívidas refletem o enfraquecimento da atividade econômica que, aliado a níveis elevados de inflação e taxas de juros, faz com que a confiança dos consumidores também seja prejudicada. “Com o rendimento dos trabalhadores crescendo menos e a inflação e juros em alta, o consumidor vê a sua capacidade de pagamento se deteriorar, o que torna ainda mais difícil quitar ou renegociar as dívidas em atraso”, explica a economista.
Ainda segundo Marcela Kawauti, a diminuição do número de consumidores que têm pagado suas dívidas atrasadas é um sinal de que a recuperação de crédito deve encontrar um ambiente menos propício e apresentar resultados menos expressivos do que os de 2013. Exemplo disso é que, no acumulado do ano, o número de consumidores que regularizaram suas pendências está 1,62%menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.