Raquel Lyra alerta para a crise hídrica que afeta o Agreste

 

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A grave crise hídrica que atinge o Agreste de Pernambuco exige um esforço maior na reutilização da água e preservação de mananciais, e não somente investimentos em abastecimento. Essa foi a opinião da deputada Raquel Lyra (PSB), em pronunciamento, na Reunião Plenária de ontem quarta (14), na Assembleia Legislativa. A parlamentar aproveitou o discurso, ainda, para comentar audiência pública sobre o tema, promovida pela Câmara Municipal de Caruaru, pela manhã.

“A Barragem de Jucazinho está com apenas 2,5% de sua capacidade, e a Transposição do Rio São Francisco ainda é uma realidade distante”, apontou a socialista. A água do São Francisco deveria chegar à região através da Adutora do Agreste, que está sendo construída pela Compesa, com verbas repassadas pelo Governo Federal. “No ritmo em que está a obra, irá demorar 15 anos para ser concluída”, relatou Raquel.

Para compensar a demora na Transposição, uma série de ações emergenciais está sendo providenciada pelo Governo do Estado, no valor total de R$ 1 bilhão. “É um valor bem menor do que os R$ 3,5 bilhões investidos no Sistema Cantareira em São Paulo, e vale destacar que lá são no máximo seis horas diárias de racionamento, enquanto há cidades do agreste que chegam a passar 30 dias sem água”, comentou a deputada, criticando as prioridades da gestão federal.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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