Informações do G1/ Pernambuco
Representante dos policiais militares na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Joel da Harpa (PROS) engrossou o coro de reclamações contra as condições de trabalho da corporação. Na manhã de hoje, ele foi ao Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, prestar solidariedade aos colegas que trabalham para conter a rebelião iniciada na segunda.
Na ocasião, confirmou que a categoria vai fazer uma assembleia na tarde desta quarta para montar uma pauta de reivindicações que será entregue ao Executivo estadual. O deputado ainda reconheceu a possibilidade de greve. Ontem, policiais e agentes penitenciários já haviam criticado as condições de trabalho no sistema penitenciário.
‘A greve não está descartada. Quem decide isso é a categoria, que está muito insatisfeita com essa situação e vai conversar hoje [quarta] à tarde. Mas nós estamos pedindo para a categoria ter calma. Acho que este não é um momento propício para a paralisação. Este é um momento propício para dialogar e o governo precisa reconhecer isso’, afirmou Joel da Harpa.
Depois de visitar o Complexo Prisional do Curado seguiu para a Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região Metropolitana, onde também houve um motim de presos na ontem. Após as visitas, o deputado pretende preparar a pauta de reivindicações que será apresentada aos policiais na reunião de hoje, que será realizada às 14h no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
De acordo com Joel, os principais pedidos da corporação dizem respeito à valorização profissional. ‘Uma delas é a questão das promoções imediatas. Hoje temos praças com 25 anos de serviço que ainda não são soldados. É gente que entrou novinho na corporação, mas virou avô e não teve a oportunidade de crescer na profissão. Não tem profissional que se sinta satisfeito com um plano de carreira que não funciona’, explicou Joel da Harpa.
Para ele, esta é uma questão que deve e pode ser resolvida com celeridade, já que não vai custar muito ao governo. ‘A diferença de remuneração é muito pouca. De soldado para cabo é de R$ 300. Então é uma coisa que pode ser avaliada e eu acredito que o governador Paulo Câmara (PSB) vai ouvir a categoria’, torce.