Ao final de uma passeata que concentrou mais de mil policiais pelas ruas do Recife, o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco) reuniu-se com o secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto, e exigiu uma resposta definitiva para sua pauta de reivindicações entregue ao Governo em 30 de janeiro deste ano. O Governo do Estado prometeu a resposta ao sindicato do dia 25 de junho. “Nós dizemos ao secretário que não aceitamos empurrar com a barriga, que a categoria não aceita lengalenga”, disse Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol.
Os policiais civis farão uma assembleia em 26 de junho e vão deliberar se aceitam ou não o que será oferecido pelo Governo no dia anterior. É possível que nesta assembleia seja levantada a proposta que determina que todos os policiais devam se negar a trabalhar no Programa Jornada Extra de Segurança (PJES). Hoje, no Estado de Pernambuco, o PJES é responsável por quase a totalidade dos plantões policiais, visto que a polícia civil no Estado trabalha com cerca de 40% do efetivo, se comparado ao número ideal de policiais civis que deveriam estar em atividade.
“Estamos nessa jornada por nossa valorização e não vamos abrir mão dela. A polícia civil está unida e com um objetivo. Pedimos que o Governo negocie objetivamente e resolva conosco nossas questões”, disse Áureo.
Ao mesmo tempo, foi mantida a Operação Polícia Cidadã, onde o sindicato conscientiza os policiais a não realizarem nenhuma atividade além de sua função. Para isso, será mantida a distribuição do Manual da Polícia Cidadã, com toda legislação específica da categoria, além das patrulhas sindicais, que continuarão visitando as delegacias do Estado. Também, foi determinado que o Sinpol vai dar apoio jurídico ao policial que, por livre vontade, não queira trabalhar em sua folga nos festejos juninos.