Suíça e Brasil discutem nova etapa de acordo

As autoridades suíças querem discutir com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma segunda etapa de colaboração entre o Brasil e a Suíça na Operação Lava Jato. Com cerca de US$ 600 milhões ainda bloqueados em contas no país europeu, os dois Ministérios Públicos vão se reunir nesta semana em Berna para avaliar formas de repatriar recursos e, acima de tudo, identificar nomes de beneficiários da corrupção.

“Essa será uma oportunidade para ambos os países avaliarem e discutirem como fazer avançar os processos criminais em curso relacionados com o caso Petrobras-Odebrecht”, declarou o escritório do procurador-geral da Suíça, Michael Lauber.

Tanto o Brasil como a Suíça aplicaram multas sobre a Odebrecht como parte do acordo de leniência fechado pela empreiteira. A empresa reconheceu a utilização do sistema financeiro suíço para esconder milhões de dólares que eram pagos a políticos, partidos e operadores em troca de lucrativos contratos.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou que as investigações em Berna chegaram à constatação de que, a cada US$ 1 milhão pagos pela empreiteira em propinas, o retorno era de US$ 4 milhões em contratos públicos.

Mas os suíços insistem que, apesar da multa, o caso não foi encerrado e que o reconhecimento dos crimes pela empresa é apenas um “primeiro passo positivo” no caso relacionado com a Lava Jato.

Servidor

Outro objetivo a partir de agora será o de focar a cooperação nos novos nomes que surgiram diante das delações dos executivos e ex-executivos da Odebrecht e no fato de que os suíços confiscaram um servidor onde a empresa guardava, em Genebra, dados confidenciais das movimentações de pagamentos de propinas.

O servidor guarda o equivalente a 2 milhões de páginas de documentos. Pessoas próximas ao caso afirmam que, para fazer avançar essa fase de investigação, os suíços também precisarão de uma cooperação do Brasil para cruzar os dados.

Documentos de tribunais suíços confirmam que há informações sobre transferências regulares para políticos e partidos no Brasil.

Uma das propostas de Janot é de que se estabeleça uma força tarefa conjunta entre Brasil e Suíça para poder examinar as milhões de páginas, ideia que ele já levou às autoridades em Berna no ano passado. No total, a Suíça conduz cerca de 60 processos criminais contra indivíduos e empresas.

Acordo antecipa a chegada da água em Pernambuco

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, solicitou ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a disponibilização de quatro conjuntos de Motobombas e outros equipamentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para antecipar a chegada da água do Rio São Francisco aos estados da Paraíba e de Pernambuco.  O Termo de Cessão de Uso não Oneroso foi assinado, hoje, pelo ministro e o governador durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Estiveram presentes a vice-governadora da Paraíba, Lígia Feliciano, e o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares.

Na reta final de conclusão do Projeto de Integração do Rio São Francisco e com ritmo avançado das obras, a preocupação do Governo Federal é assegurar que todas as medidas possíveis sejam adotadas para acelerar a entrega de água à população castigada pelo quinto ano seguido de seca. O empréstimo dos equipamentos – utilizados durante o período de restrição hídrica em São Paulo – vai acelerar a passagem da água pelas estruturas já construídas do Eixo Leste do Projeto São Francisco e permitir que os paraibanos, principalmente, os moradores da cidade de Campina Grande, sejam beneficiados ainda no começo de 2017. A Paraíba é um dos estados mais castigados pelos seguidos anos de estiagem que atingem toda a região Nordeste.

“Hoje cumprimos mais uma etapa da busca incessante para oferecer a milhões de brasileiros algo tão essencial, tão caro e, lamentavelmente, tão escasso nos dias de hoje: a água. Esse ato demonstra claramente o espírito de união, de responsabilidade pública e do espírito de que não vamos medir qualquer esforço para garantir que a sociedade brasileira possa viver, de maneira universal, o acesso à água”, afirmou o ministro Helder Barbalho.

O governador Geraldo Alckmin falou da oportunidade de apoiar a população nordestina. “É uma alegria poder colaborar com o Nordeste. Dias fazem muita diferença quando se trata de água. Essa é uma oportunidade de retribuirmos aos nordestinos por toda a contribuição no desenvolvimento de São Paulo. Além disso, de fortalecermos a federação. O Brasil é um país muito grande e não pode ser unitário”, ressaltou Alckmin.

O maquinário será levado ao canteiro de obras do Projeto São Francisco, em Floresta (PE) e será instalado dentro do reservatório de Braúnas, onde as bombas vão elevar as águas do “Velho Chico” para abastecer o próximo reservatório, de Mandantes, no mesmo município. A previsão é de que esse procedimento acelere o caminho da água e encurte em até 30 dias a chegada das águas ao município de Monteiro, primeira cidade paraibana a ser beneficiada. De Monteiro, as águas seguirão pelo rio Paraíba até Campina Grande (PB). A equipe técnica do Ministério da Integração Nacional está estudando também a possibilidade de utilização das bombas no reservatório de Campos, em Sertânia.

Serão disponibilizados quatro conjuntos de motobomba flutuante, com capacidade de 2m³/s cada e potência de 350 CV; dois conjuntos girantes completos com motores de 175 CV e 440 V; oito inversores de frequência com capacidade de 250 CV e tensão 440 V cada; um Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT) classe isolação 1 kV; 1.800 metros de tubos PEAD (polietileno de alta densidade) de 1000 mm de diâmetro; oito reduções metálicas de diâmetro 1000 mm para 700 mm; oito acoplamentos colarinho/flange de diâmetro 1000 mm; e 1.360  m de cabos isolados de secção com mm² diferentes.

O Ministério ficará responsável pelas despesas de transporte e seguro dos equipamentos durante o período de uso, que tem previsão de 120 dias.

O ministro Helder Barbalho destacou a importância da parceria entre os governos: “São Paulo é a capital do Nordeste fora do Nordeste, na qual mais de 5 milhões de nordestinos vivem na Região Metropolitana e escolheram esta cidade por enxergar aqui uma oportunidade e, estou certo, que em muitas das vezes para fugir da seca. Hoje São Paulo retribui tudo o que os nordestinos fazem por este estado, esta região, fazendo com que nas suas terras, nas suas origens, possamos ter água, produção, qualidade de vida e segurança para o bem estar da população”.

Projeto de Integração do Rio São Francisco

A obra beneficiará 12 milhões de pessoas em 390 municípios nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, além das 294 comunidades rurais às margens dos canais.

O empreendimento apresenta 90,85% de conclusão, sendo 91,25 % no Eixo Norte e 90,27 % no Eixo Leste.

Quando concluídos, os dois eixos possibilitarão captar a água do rio, que percorrerá 477 quilômetros de canais (260 km no Norte e 217 km no Leste), abastecendo adutoras e ramais que irão perenizar rios e açudes chegando até os municípios.

A obra engloba a construção de 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios, nove subestações de 230 quilowats, 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão e quatro túneis. Com 15 quilômetros de extensão, o túnel Cuncas I é o maior da América Latina para transporte de água.

Confira o mapa do Projeto São Francisco com os dois eixos https://goo.gl/UUlgQn

Temer e União Europeia: acordo mais próximo

Folha de S. Paulo 

Com a recente retomada das negociações entre o Mercosul e a União Europeia, o governo espanhol avalia que a gestão do presidente Michel Temer facilitará um acordo de livre-comércio entre os dois blocos econômicos.

A Presidência de Mauricio Macri na Argentina também contribuiria a esse cenário.

“Houve um salto muito importante, e para melhor, na relação entre Espanha e Brasil”, disse à Folha Jaime García-Legaz, secretário de Estado de Comércio espanhol.

“Isso permite que, no plano político, possa haver um avanço mais rápido.”

O pulo é significativo porque a Espanha é um dos principais defensores do acordo entre Mercosul e União Europeia, em oposição, por exemplo, à França.

O premiê espanhol, Mariano Rajoy, que não tinha relações estreitas com o PT, tem se aproximado de Temer. Ambos se reuniram na China, durante a cúpula do G20, e Temer foi convidado para uma visita oficial à Espanha.

“Os governos anteriores [do Brasil e da Argentina] eram mais relutantes e viam esse acordo com menos entusiasmo”, afirma García-Legaz. “A mudança política foi o fator determinante”.

Filho de delator também fecha acordo de delação

Expedito Machado Neto, filho do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, fechou acordo de delação premiada com a Justiça na Operação Lava Jato. Ele será colaborador da mesma delação junto com o pai. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, homologou a delação de Sérgio e Expedito Machado.Nos últimos dias, vieram a público gravações que Sèrgio Machado fez de conversas com políticos.

Diálogos gravados por ele já derrubaram um dos principais ministros do presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), o senador Romero Jucá(PMDB), e também o então ministro da Transparência, Fabiano Silveira

Também vieram à tona áudios que implicam o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente José Sarney(PMDB-AP).

A expectativa é que o conteúdo da delação traga novos fatos envolvendo políticos. Nos depoimentos, Sérgio deve dar detalhes sobre participantes do esquema de corrupção investigado na Lava Jato enquanto Expedito deve falar sobre o caminho do dinheiro.
Aliado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Machado assumiu a presidência da Transpetro em 2003, no início do governo Lula, por indicação política do PMDB.

No período em que ficou na subsidiária daPetrobras, colocou em prática o Programa de Modernização e Expansão da Frota, com encomenda de 49 novos navios para transporte de combustíveis, inicialmente orçado em R$ 4,4 bilhões.

O programa previa a obrigatoriedade de construção dos navios no Brasil e fixava uso mínimo de componentes nacionais. Isso o ajudou a reaquecer o setor naval no Brasil, algo que era frequentemente comemorado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente afastada Dilma Rousseff. Entretanto, houve atraso na entrega de navios, que acabaram custando mais caro que o previsto inicialmente.

Após a chegada de Dilma à Presidência da República, a Petrobras passou por mudanças.

Diretores foram substituídos e, na presidência da estatal, Dilma colocou Maria das Graças Foster no lugar de José Sérgio Gabrielli. Machado, entretanto, foi mantido na Transpetro como indicado do PMDB.

Em novembro de 2014, a Transpetro anunciou a licença de Machado da presidência da subsidiária, em princípio, por 31 dias.

A licenção foi motivada pelas denúncias de corrupção na Petrobras e após pressão da empresa PwC (PricewaterhouseCoopers), que exigiu o afastamento do executivo como condição para assinar a auditoria de um balanço da estatal.

Em fevereiro de 2015, Machado pediu demissão do cargo de presidente da Transpetro.

Prefeitura de Caruaru e profissionais de enfermagem firmam acordo

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Representantes do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco- Satenpe, atendendo ao convite da Prefeitura de Caruaru, estiveram reunidos na manhã de ontem (03), com o secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Antônio Ademildo e os representantes da Secretaria de Saúde, Ana Elizabete, Diretora de Assistência Básica, Elvio Costa, Gerente Regional da Secretaria e Daniely Simões, Apoio Administrativo. O grupo apresentou as reivindicações que motivaram a paralisação das categorias, em sua maioria relacionada às condições de trabalho. O encontro teve desfecho positivo para os dois lados, que negociaram um meio termo para cada ponto, levando em consideração a dificuldade financeira que vem sendo enfrentada em todo o País. A paralisação, que estava prevista para durar 72h, encerrou logo após a reunião.
Dentre os principais pontos acordados, estão:  equiparação da carga horária de todos os profissionais;   nomeação de concursados, conforme necessidade que será levantada pela Secretaria de Saúde, além de questões operacionais que voltarão a ser discutidas na data base da categoria, ou seja, abril de 2016.

O presidente do Satenpe, Francis Herbert, deixou claro que o sindicato sempre facilita o diálogo junto às prefeituras. “Somos abertos para ouvir as condições dos municípios, até porque compreendemos as dificuldades atuais. Porém, saúde é um serviço essencial, caso não tenha uma estrutura adequada, impacta diretamente na população. Aqui em Caruaru nós conseguimos um meio termo na negociação de hoje, sem dúvida, foi satisfatório. Nosso diálogo será permanente e sempre seremos compreensivos, buscando o melhor para os profissionais da categoria”, destacou Francis.

Para o secretário de Administração a meta é atender todas as solicitações, porém, qualquer mudança nos custos deve ser feita de forma cautelosa e pesando no impacto que terá em outros setores. “Queremos oferecer o melhor para todos os profissionais da área de saúde, mas temos algumas limitações. Consideramos que a reunião de hoje teve saldo positivo para os dois lados. Vamos manter o diálogo com o sindicato e ajustar os pontos sempre que for necessário”, acrescentou.

Senado tenta acordo para votar proposta que tipifica crime de terrorismo

Da Agência Brasil

Ainda sob muita polêmica, o Senado deve fazer uma nova tentativa de votar o substitutivo do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) ao projeto de lei antiterrorismo, que veio da Câmara (PLC 101/2015), e que há mais de 20 dias tranca a pauta da Casa, por tramitar em regime de urgência.

A proposta aprovada na Câmara configura como prática terrorista usar, transportar ou guardar explosivos e gases tóxicos; incendiar, depredar ou saquear meios de transporte ou bem público ou privado; e sabotar ou danificar sistemas de informática ou bancos de dados.

À época da aprovação do texto, o deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), que relatou a matéria, garantiu que as especificações que delimitam a ação terrorista, como atos de discriminação e xenofobia, impedem que depredações feitas por black blocks em protestos sejam enquadradas como terrorismo. Nesse caso, segundo o deputado, essas pessoas responderiam por vandalismo e depredação de bens, que estão tipicados no Código Penal.

No Senado, o texto aprovado pela Câmara foi duramente criticado. Apesar da exceção incluída na Câmara, para o senador Randolfe Rodrigues ( Rede-AP), ele é muito genérico e, se aprovado da forma como está, qualquer manifestação de rua pode ser entendida como terrorismo, dependendo somente da interpretação do juiz. Randolfe ressaltou que a Constituição não aceita flexibilização do que é liberdade de manifestação.

Ele também alertou para a possibilidade de variadas interpretações, por parte da Justiça, do que pode ser terrorismo. “O juiz pode achar que a manifestação do trabalhador é um direito legítimo ou pode achar que pode ser, de fato, enquadrado como crime de terrorismo”, disse.

A preocupação de Randolfe é a mesma dos senadores do PT , Humberto Costa (PE) e Lindbergh Farias (RJ). Por meio da assessoria técnica da liderança do partido, até terça-feira (27), Costa e Farias, devem apresentar uma sugestão ao relator da proposta no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Na semana passada, o senador tucano aumentou a polêmica ao apresentar um substitutivo que tirou do texto que chegou ao Senado o dispositivo que isentaria de penalidades as “pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosas, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios”.

A proposta é semelhante a que foi aprovada pela Comissão Mista de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação de Dispositivos da Constituição Federal em novembro de 2013, mas mesmo assim, sem acordo, não avançou.

Além de resgatar a parte do texto da Câmara que protege atos promovidos por movimentos sociais, a ideia dos senadores petistas é ajustar o texto e tentar excluir algumas expressões do texto de Nunes para garantir que a palavra terrorismo será banalizada.

Aloysio Nunes rebateu a polêmica envolvendo movimentos sociais. Disse que teve o teve o cuidado de assegurar as manifestações da sociedade, mesmo quando acabem em violência, mas não caracterizem qualquer ofensa ao Estado Democrático de Direito ou sejam movidas por ódio racial ou xenófobo. Ele acrescentou que o país precisa de uma uma regra clara, que garanta segurança jurídica, especialmente em períodos de grandes eventos como as Olimpíadas de 2016, que contam com a participação de milhares de pessoas reunidas em alguns locais.

“Será que o Brasil está inteiramente imune a essa forma de criminalidade transnacional? [Ela] que não é produto dos norte-americanos, obsessão norte-americana: é um fato do mundo, especialmente do mundo pós-guerra fria. O ‘diabo está solto no meio da rua’, na expressão de Guimarães Rosa. Grupos terroristas desatados, alguns sujeitos ao mínimo de coordenação internacional. Outros, não! Lobos solitários, rondando por aí, procurando ocasião de atacar”, disse.

Em apoio a proposta do colega, o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que o impasse no debate do projeto antecipa um desejo anunciado de forma subliminar pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidenta Dilma Rousseff de fazer uma legislação que tolere reações de rua que possam dar o mínimo de sustentação para o governo, como por exemplo, as que pedem o impeachment de Dilma.

Cunha Lima considerou “muito grave” o fato de, segundo ele, o governo tentar usar movimentos sociais que são financiados e mantidos por ele próprio para intimidar a sociedade. “Não podemos fazer o papel dos inocentes úteis, achando que simplesmente haverá uma flexibilização do que se intitula como terrorismo para dar a este governo a única válvula escapatória que eles possam ter, que é uma conflagração do Brasil”, afirmou.

Aécio nega acordo para blindar Cunha e diz que PSDB votará ‘com base nas provas’

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Do Estadão Conteúdo

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), negou ontem, 15, que o partido tenha feito qualquer acordo para blindar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e destacou que a bancada tucana da Câmara votará nas acusações que envolvem o peemedebista “com base nas provas”.

“A posição do partido já foi colocada numa nota (de sábado) em que reiteramos que o caminho mais adequado é o afastamento do presidente da Câmara da Presidência para que ele possa se defender e o PSDB votará no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados em especial, com base nas provas que serão apresentadas”, disse.

Para o tucano, Cunha ampliou o espaço de participação das legendas oposicionistas na Câmara. Ele disse que os acertos foram todos feitos “absolutamente à luz do dia” e faz parte do “jogo parlamentar”. Mas ressalvou que, no momento em que há denúncias que envolvem o presidente da Câmara, “e elas são gravíssimas”, destacou, cabe a ele se defender e que o PSDB não tem nenhum compromisso com eventuais irregularidades que ele possa ter cometido.

Questionado se o PSDB poderia endossar o pedido apresentado pelo PSOL, Rede e deputados do PT de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra Cunha, Aécio desconversou: “Essa é uma decisão da Câmara, há ali uma decisão para que o PSOL pudesse endossar o pedido de afastamento da presidente da República, mas essa não é a questão essencial.”

Nesta tarde, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um novo inquérito para investigar Cunha, sua esposa e sua filha por manterem contas no exterior sem terem sido declaradas ao País. Com base nos documentos enviados pela Suíça, a suspeita é que as contas tenham sido abastecidas em parte com recursos desviados da Petrobras. O pedido precisa ser avaliado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, a quem caberá determinar a abertura ou não da segunda investigação contra o presidente da Câmara.

Armando destaca benefícios de acordo com Colômbia para Jeep de Goiana

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, destacou nesta terça-feira (13) os benefícios que o acordo firmado no último final de semana com a Colômbia trará para a indústria de automóveis do Brasil, em especial para o Polo Automotivo de Goiana. A parceria comercial selada com a Colômbia prevê a exportação de até 50 mil automóveis brasileiros por ano.

A partir do ano que vem, haverá uma cota de automóveis que poderá ser exportada com tarifa zero. Inicialmente, essa cota será de 12 mil veículos, subindo para 25 em 2017 e 50 mil a partir de 2018. “Com este acordo o Brasil volta a ter um espaço no mercado colombiano que pode alcançar já no terceiro ano algo equivalente a 50 mil unidades. Isto representa cinco vezes mais do que o Brasil está vendendo hoje”, afirma Armando.

De acordo com o ministro, o acordo terá repercussão direta na produção da Jeep instalada no município de Goiana, Mata Norte de Pernambuco, e de toda a sua cadeia de fornecedores, mantendo e até ampliando os empregos na região.

“O acordo é muito importante para algumas unidades e algumas plantas automotivas que foram instaladas mais recentemente, como a da Fiat em Goiana, que entrou num momento em que o mercado doméstico experimenta uma retração. A Fiat de Goiana tem amplas condições de poder beneficiar-se de forma direta deste acordo, vendendo para a Colômbia uma parcela expressiva de sua produção e, o que é mais importante, garantindo a manutenção de empregos de todo este parque fabril, considerando a montadora e todo o polo de fornecedores”, destaca.

Terceiro maior mercado da América do Sul, a Colômbia possui hoje uma demanda por automóveis da ordem de 300 mil veículos. Com a indústria automotiva em desenvolvimento, a capacidade de produção do país chega a apenas 120 mil unidades, o que significa dizer que há um grande espaço para a compra de automóveis de outros países por parte do mercado consumidor colombiano. O prazo de vigência do acordo é de oito anos, podendo ser prorrogado após o seu término.

Laura Gomes acompanha assinatura de acordo de georreferenciamento

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Acompanhando atentamente os assuntos de interesse de Caruaru, a secretária Executiva de Direitos Humanos de Pernambuco, Laura Gomes, esteve na tarde desta segunda-feira (17), na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para acompanhar a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica que beneficiará o município.

O acordo prevê o georreferenciamento e a titularização de terras para os pequenos produtores dos assentamentos de reforma agrária em Caruaru, concedendo a escritura do local. “As famílias que vivem da agricultura em Caruaru, agora terão mais segurança e a posse definitiva da terra onde trabalham, vivem e tiram o sustento”, comemorou Laura Gomes.

A regularização das propriedades rurais é um acordo firmado entre a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA), Instituto de Terras e Reforma Agrária (Iterpe), Prefeitura de Caruaru e Incra.

Prefeitura e Celpe entram em acordo sobre iluminação

A meta da Prefeitura de Caruaru é cumprir a lei que transfere a responsabilidade para os municípios de cuidar da iluminação pública. Mas, para isso, precisa receber todo o sistema que ficava sob a responsabilidade da Celpe em perfeito estado. O Departamento de Energia foi a campo e verificou que uma parte da iluminação ainda precisa de reparos da Celpe antes do ateste final. Dois relatórios foram entregues à Companhia. O primeiro, no mês de maio, contendo todos os pontos de luz que precisavam ser reparados na cidade.

Naquela ocasião, ficou acertado que a Celpe deveria consertá-los antes do repasse. O segundo relatório geral foi entregue semana passada contendo a relação do que ainda precisa de reparos. No início de setembro, o material contendo as pendências da zona rural também será repassado para a Companhia. “O Departamento de Energia já vinha realizando a manutenção da iluminação, mas a partir da entrega desse novo relatório, vamos aguardar a solução das demandas pela Celpe, para assumirmos definitivamente o serviço de iluminação pública da cidade”, explica o secretário de Gestão e Serviços Públicos, Paulo Cassundé.

A partir desse novo momento, os caruaruenses que precisarem de reparos de iluminação (lâmpadas queimadas, braço ou lâmpada quebrados, falta de iluminação) nas ruas ou bairros, deverão solicitar os serviços através do 0800 081 0196, e contatar a Celpe, que nesse intervalo atenderá todas as novas solicitações. O Departamento de Energia da prefeitura continuará realizando os serviços de manutenção de iluminação dos parques, praças, canteiros centrais e avenidas principais, através do número 3727 2248.