Dilma apresenta alegações finais ao Senado

Encerra-se nesta terça-feira (26) o prazo para a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff entregar à comissão especial do Senado as alegações finais sobre o processo de impeachment.

A acusação, composta pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal, entregou as alegações finais em 12 de julho. No documento, com 131 páginas, eles retomam a tese de que a presidente é culpada pelas chamadas “pedaladas fiscais”.

O próximo passo é o relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), elaborar seu parecer. A apresentação será no dia 2 de agosto, com discussão no dia seguinte. A votação, em comissão, da pronúncia, a fase de aceitação, foi agendada para o dia 4.

Ministério Público pede condenação dos vereadores envolvidos na Ponto Final I

O Ministério Público entregou, na última sexta-feira (19), as alegações finais do processo que apura o envolvimento de dez vereadores na cobrança de propina para aprovar o projeto do BRT (Bus Rapid Transit), que estava orçado em R$ 250 milhões, pedindo a condenação dos parlamentares e a perda do mandato. Em 2013, quando foi deflagrada a Operação Ponto Final I, os legisladores chegaram a ser presos e afastados de seus cargos, mesmo com a matéria sendo aprovada na Casa Jornalista José Carlos Florêncio.

CLIQUE AQUI E VEJA AS ALEGAÇÕES FINAIS

Entre os suspeitos estão todos os integrantes da oposição – Neto (PMN), Evandro Silva (PMDB) Louro do Juá (SD), Val (DEM), Eduardo Cantarelli (SD) e Jajá (sem partido) – e quatro da base governista. São eles: Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel e Val das Rendeiras (ambos do Pros). Todos estão sendo acusados pelos crimes de organização criminosa e peculato.

O Ministério Público pediu ainda que os dez legisladores continuem afastados de seus cargos até a decisão estar transitada em julgado. Os vereadores, contudo, negam qualquer participação no esquema de cobrança de propina, afirmando que são “vítimas de armação”.

DAVI CARDOSO

A novidade das alegações finais do Ministério Público foi a volta do nome do radialista Davi Cardoso no processo. O órgão pede que sejam “extraídas cópias dos autos e encaminhadas à Delegacia de Polícia” para investigar uma eventual participação do comunicador.