Para Raul Henry, PMDB pode fazer alianças em 2016

Do Blog da Folha

A pouco mais de um ano para as eleições municipais, o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), assumiu a presidência estadual da legenda, neste sábado (18). A ideia, de acordo com o dirigente, é esperar até o final de setembro para se ter uma noção do tamanho do partido no próximo pleito municipal. E, a partir daí, dar início às articulações para as eleições de 2016.

“Não estamos começando articulações para eleições. Estamos num processo de fortalecimento do partido. De fazer o partido crescer com qualidade. É claro que essas pessoas que se filiam têm projetos eleitorais. Mas a formação desses projetos só se dará no próximo ano quando a gente de fato for discutir eleição municipal e vai discutir o arco de alianças em cada município do Estado”, garantiu.

Questionado sobre a relação do PSB, do governador Paulo Câmara, com o PMDB, Raul Henry afirmou que acredita em alianças em diversos municípios de Pernambuco. O peemedebista também disse que conversa com o gestor socialista com frequência sobre o assunto.

“Eu acho que nós faremos aliança em grande parte dos municípios de Pernambuco. Em outros municípios, onde a realidade política não permitir, cada um vai seguir seu caminho. O exemplo de Petrolina é claro, nós temos um prefeito do PMDB que disputou eleição com um candidato do PSB. E lá a política é muito radicalizada. Dificilmente nós faríamos uma aliança em Petrolina. Há municípios como Caruaru, também; o que se fala hoje nas colunas políticas é que Caruaru pode ter três candidaturas, uma do PSB, uma do PDT e a nossa do PMDB. Isso tudo é muito natural para a gente. A gente tem conversado sobre isso com a direção do PSB. Eu, pessoalmente, tenho conversado quase que diariamente com o governador Paulo Câmara, ele tem acompanhado tudo isso. Nós compreendemos isso como um processo absolutamente natural”, disse.

Ele citou, ainda, a eleição de 2014 que, em alguns municípios, o PMDB teve o apoio de forças antagônicas. “Caruaru é um exemplo, Vitória de Santo Antão é outro exemplo. Então há um conjunto de exemplos em que nós tivemos o apoio de duas forças que vão querer disputar eleição municipal. Uma pelo PSB, outra pelo PMDB, pelo PR, pelo PCdoB, pelo PSD, pelos partidos que compõem essa aliança”, explicou.

Henry disse também não ter, ainda, uma meta de candidatos ou prefeitos para o próximo pleito. Segundo ele, o partido vai trabalhar com intensidade até o final de setembro e a partir de setembro poder ter, pelo menos, uma noção do tamanho que o partido terá na próxima eleição municipal.

“É claro que será uma expectativa que a gente vai ter, mas muitas alianças vão se dar no próximo ano. Lugares onde potencialmente o partido pode ter um candidato a gente pode chegar à conclusão que é melhor fazer uma aliança e não ter o candidato. Em outros lugares, onde a gente não tenha potencialmente o candidato, pode resultar de ter um candidato que seja ponto de convergência de um conjunto de partidos da aliança. Então, esse processo tem uma dinâmica muito grande. Nós teremos, naturalmente, um primeiro balanço no final de setembro e outro em maio do próximo ano, às vésperas das convenções municipais”, revelou.

Eduardo Campos admite fim de acordo com os tucanos

Por MIRELLA ARAÚJO
Da Folha de Pernambuco

As explicações cobradas pelo senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, sobre a “quebra do pacto” por parte do PSB em Minas Gerais foi respondida pelo presidenciável e dirigente nacional da sigla socialista, Eduardo Campos, como fruto de uma mudança de cenário político. Ele argumentou ontem, durante agenda no município de Feira de Santana/BA, que com a chegada de Marina Silva junto com a Rede Sustentabilidade, e depois da escolha de Pimenta da Veiga para ser o candidato ao Governo pelo PSDB, houve uma avaliação conjunta de que seria hora de ter um palanque próprio naquele estado.

“Nós temos uma aliança com o PSDB em Minas que não é de hoje. Tivemos o apoio do PT e do PSDB para o nosso candidato (Márcio Lacerda) em Belo Horizonte, mas agora estamos vivendo uma nova fase, uma nova eleição e eu respeito as instâncias partidárias. Tenho a formação política de quem respeita a opinião dos outros”, comentou Campos.

Campos também citou o exemplo das eleições municipais de 2012, quando o prefeito eleito do Recife, Geraldo Julio, disputou contra o PT e os tucanos. “Não se trata de quebra de acordo. Havia uma aliança em Minas Gerais independente do PSDB de Pernambuco. O que não posso é impor ao meu partido nenhuma aliança”, enfatizou.

Em solo governado pelo petista Jaques Wagner, o presidenciável foi questionado sobre a presença do ex-presidente Lula em agendas da presidente Dilma Rousseff (PT). Eduardo afirmou que o prestígio do ex-aliado foi importante para elegê-la, mas agora o foco está no resultado deste governo. “Ele sabe que o que vai estar em debate é a realização do governo da presidenta Dilma. O que acontece é que ela não entregou aquilo que se comprometeu a entregar. O Brasil parou de melhorar e começou a piorar, ou seja, só se reelege governo que tenha entregado os compromissos, pelo menos uma parte deles”, disparou.

Apesar de a petista ter obtido a maioria dos votos no Nordeste, Eduardo Campos fez uma reflexão sobre como se encontra a Região após três anos. “Basta ver as obras de ferrovias aqui na Bahia, em Pernambuco, no Piauí e Ceará, tudo parado. Ela teve oportunidade, o Brasil mandou o recado quando foi às ruas, mas a presidenta se entregou totalmente à velha política”, finalizou.

Queiroz refuta apoio a Dilma

Por CAROL BRITO
Da Folha de Pernambuco

O presidente estadual do PDT, o prefeito de Caruaru, José Queiroz, contrariou a avaliação do deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT) de que a sigla verticalizará o posicionamento nacional da legenda, que deverá apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O dirigente esteve presente com o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), e o deputado federal Wolney Queiroz (PDT) no anúncio da candidatura do secretário estadual da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), em um gesto de apoio à candidatura do PSB.

Segundo ele, “a maioria esmagadora” do partido quer estar alinhada ao projeto socialista. Queiroz ainda adiantou que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, teve uma conversa há 15 dias como governador Eduardo Campos (PSB) e que o diálogo está aberto tanto com a presidente Dilma como com a postulação do PSB. Diante da situação, José Queiroz afirmou que vai aguardar o posicionamento do PDT nacional, em março.

“Apoio declarado (ao nome de Paulo Câmara). Manifesto a posição da esmagadora maioria do partido. É o sentimento geral do partido para a eleição de Câmara e, na nacional, Lupi dialoga com Dilma e Eduardo Campos. Em março, vamos ver. Está descartado o apoio (a Armando Monteiro)”, destacou, após o anúncio da chapa governista.

O pedetista ainda descartou a possibilidade de perder o comando da sigla. Paulo Rubem poderia tomar a presidência da legenda. A principal queixa é o fato de o PDT possuir apenas comissões provisórias no Estado. “Outros (estados) estavam com comissão provisória nas mãos e atuaram do mesmo jeito. O PDT nacional sabe do avanço do PDT estadual. Se tivéssemos dois deputados federais em cada unidade da federação teríamos maior representatividade. O PDT nacional sabe que, pelas nossas mãos, há partido organizado com credibilidade”, disse Queiroz.

Roberto Freire vai procurar Campos

Do Poder Online

O deputado Roberto Freire (PPS-SP) pretende procurar nos próximos dias o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para uma conversa. Quer saber em que pé está de fato a tese de ruptura da aliança entre o PSB e o PSDB em São Paulo.

Até agora, o deputado não foi procurado para tratar do assunto.

Erundina: “Falta coerência ao PSB”

Do Brasil247

Cogitada por Marina Silva para disputar o governo de São Paulo e assim afastar o PSB de Eduardo Campos do tucano Geraldo Alckmin, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) se diz contra a estratégia desenhada pelo partido: “A certeza que tenho é que não há coerência política a ponto de se conseguir dar unidade a alianças que podem ser reproduzidas no resto do país”.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Erundina evita criticar Campos e diz que a culpa é da “lógica eleitoral que se superpõe a tudo”. Segundo ela, Marina Silva pode dar outro rumo à sigla: “A junção entre PSB e Rede é salutar, é a construção coletiva de um processo novo e vamos acumular para, se não for nessa eleição, introduzir algo novo num futuro que espero ser próximo”.

Sobre o quadro em São Paulo, ela defende candidatura própria junto com a Rede para construir uma nova força política e quebrar a polarização PT-PSDB. “Essa história de palanque duplo, palanque triplo, é um absurdo, é contribuir para esse quadro político caótico”. Questionada sobre sua intenção de se candidatar, ela diz que se trata de um processo complexo. “Não podemos colocar as coisas nesses termos, para não quebrar a unidade PSB-Rede”.

Flerte Campos-Aécio abre crise entre Rede e PSB

Do PE247

A busca de Eduardo Campos por palanques regionais que sustentem sua candidatura presidencial gerou uma crise com a Rede Sustentabilidade, agremiação da ex-senadora Marina Silva que se aliou informalmente ao partido do governador de Pernambuco. O grupo já avisou que não aceita se aliar com nomes do PSDB e do PT e vai buscar novos caminhos nos estados onde a aliança com o partido de Aécio Neves prosperar.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o PSB negocia apoio a nomes tucanos em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Pará e Ceará. Em troca, receberia o apoio do PSDB em Pernambuco, Paraíba e Roraima. O PSB também flerta com as candidaturas petistas do senador Lindbergh Farias no Rio e de Tião Viana (PT) no Acre. Lindbergh convidou Romário (PSB) para a coligação e as conversas avançam. No Acre, o vice-governador socialista César Messias deve ser mantido na chapa.

O PSB pode dividir palanque com Dilma em outros dois estados, Espírito Santo e Amapá, cujos cabeças de chapa são do partido.

À Folha, um dos coordenadores da Rede, Pedro Ivo, disse que, se não houver unidade, cada um segue seu caminho. “A Rede vai construir outra candidatura nesses estados, que pode ser de outro partido”, disse. E completou: “Não tem sentido apresentar uma chapa alternativa ao governo federal para afirmar uma nova política e ter alianças para governo com PSDB ou com PT”.

Consultado pelo jornal paulista, o deputado Walter Feldman (PSB-SP) reforça as alegações de Pedro Ivo. Para ele, o amplo espectro de aliança de Eduardo Campos tem sido atualmente um dos problemas mais sérios. “Quando conversamos com o Eduardo, foi nessa perspectiva de criar uma terceira via. Esse foi o encanto daquele momento e sempre tivemos a perspectiva de essa linha se desdobrar nos estados”, disse Feldman à Folha.

Se o PSB se aliar a Geraldo Alckmin em São Paulo, a Rede poderá apoiar o vereador Gilberto Natalini (PV). No Paraná, o nome da preferência dos marineiros é o da deputada Rosane Ferreira, também do PV. O PSB é aliado do governador tucano Beto Richa.