Por Pedro Augusto
A promessa no início do ano era de dias melhores para o Camelódromo dos Guararapes, no centro de Caruaru. O espaço iria passar por reformas, bem como novos equipamentos seriam instalados em sua estrutura física. Porém com o passar dos meses, o que se desenhava na teoria acabou não se transformando na prática. Resultado: cerca de oito meses depois de a reportagem do Blog ter ouvido as reclamações dos ambulantes, o discurso dos entrevistados continua o mesmo. Sem exceção, eles alegam não aguentar mais os prejuízos provocados pela precária infraestrutura do local.
Ambulante já de longas datas, Vera Lúcia da Silva disse ter chegado ao seu limite de paciência. “Se as vendas do comércio já não andam lá essas coisas, imagine num espaço onde o descaso impera. Ora, como é que os clientes têm ânimo para nos visitar se quando chove eles ficam molhados, já que simplesmente não há coberta? A iluminação é outra vergonha, afinal é garantida por gambiarras. Já o banheiro? Sobre este último não posso nem comentar, pois não existe. Nossas vendas caíram bastante após a intensificação dos problemas.”
Concorrente de Vera Lúcia, Afonso Vasconcelos foi outro ambulante a se queixar da queda das vendas. “É claro que o movimento não está bom em nenhum canto, mas aqui parece estar pior. Desde o início do ano que temos observado uma diminuição gradativa no fluxo de consumidores. Muitos deles estão deixando de nos procurar por conta do abandono daqui. Se não bastasse a queda no faturamento, também temos contabilizados vários prejuízos financeiros como mercadorias danificadas. Além de molhar os ‘gatos pingados’, a chuva também está estragando os produtos. Queremos uma resolução urgente!”
Consultado pela reportagem, o coordenador do Departamento Municipal de Feiras e Mercados, Felipe Augusto, garantiu que as revitalizações no local sairão do papel muito em breve. “Através de um estudo que estamos concluindo nesses próximos dias, saberemos se será viável realizar agora todas as reformas necessárias ou apenas, por exemplo, da cobertura. O que está pesando justamente é a questão financeira. Mas de antemão informamos que os trabalhos serão iniciados o mais rápido possível.”