Por THIAGO NEUENSCHWANDER
Do Diario de Pernambuco
A nova legislatura da Assembleia de Pernambuco completará amanhã os cem primeiros dias de atividades. O período foi suficiente para que posições fossem marcadas, projetos de lei relevantes aprovados e o o contraditório voltasse a fazer parte do cotidiano da Casa. Desde o primeiro dia, quando os 49 parlamentares reconduziram o presidente Guilherme Uchoa (PDT) ao quinto mandato, as discussões têm sido intensas e, com a composição de uma nova oposição, os tempos de calmaria defitivamente acabaram para o governo do PSB.
A chegada de oposicionistas mais barulhentos é o que tem caracterizado esse primeiro período de atividades. Formado por 13 deputados, o grupo tem buscado se revezar para tentar apontar as falhas do governo. “A Assembleia volta a ser a caixa de ressonância da sociedade. Temos procurado realizar debates, audiências públicas, e temos sido procurados por entidades para dialogarmos sobre temas importantes”, observou o líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PTB).
Nesses cem dias, mais de 40 leis foram aprovadas e mais de 180 projetos foram apresentados. De sugestões como a instituição do Dia do Skate a outras como aprovação do projeto de lei do piso dos professores. O líder do governo na Assembleia, deputado Waldemar Borges (PSB), vê com naturalidade esse embate, mas faz críticas. “O começo é mais movimentado. Os novatos buscam se afirmar e dar resposta aos eleitores. Alguns chegam a demonstrar ansiedade. Creio que o tamanho da derrota (de Armando para Paulo Câmara) ensejou uma motivação para que atuassem de forma exagerada, atropelando números, distorcendo informações”, explicou.