PRB deve lançar 23 pré-candidatos a prefeito

Depois de um período de ‘seca’ na gestão do PRB em Pernambuco, Marcos Pereira viu na noite desta quinta-feira (26) que é possível o ‘deserto florescer’. O auditório do Hotel Manibu, em Recife, esteve lotado de republicanos de todo o estado, inclusive do sertão, para participar do encontro que confirmou, até o momento, 23 pré-candidatos a prefeito e mais de 500 a vereador no ano que vem.

Ossesio se emociona ao lembrar das dificuldades do PRB: “tudo mudou”.

O presidente estadual do PRB em exercício, deputado Ossesio Silva, atribui esse crescimento à liderança e aos ensinamentos de Pereira ao longo dos últimos quatro anos. A chegada de Carlos Geraldo ao comando do partido em 2013, hoje licenciado para ocupar a Secretaria Nacional de Esporte, Lazer e Inclusão Social, do Ministério do Esporte, também contribuiu para essa nova fase do partido em Pernambuco.

“Passamos momentos difíceis e amargos lá atrás, chegamos até mesmo ter vergonha de dizer que era do PRB. Hoje tudo mudou. Estou emocionado e não consigo expressar o que estou sentindo”, disse. Silva revelou que em alguns momentos pensou em desistir, mas que o exemplo de Pereira resgatou a confiança das pessoas no partido e na política.

Carlos Geraldo: “Agradeço a cada militante que tem marchado com a gente”.

Geraldo afirmou que é muito difícil fazer política sem recursos, porém encontrou militantes combativos dispostos a marchar pelo PRB. Ele foi candidato a deputado federal no ano passado e, embora tenha tido uma votação expressiva – mais de 56 mil votos, não conseguiu se eleger. “Quando cheguei ao partido tinha apenas um pequeno grupo. Hoje podemos ver a grandeza do PRB. E esse é só o começo”, discursou, muito aplaudido.

O presidente do PRB abonou a filiação de novas lideranças pernambucanas. Com o aumento do prazo para receber filiados que pretendem disputar as eleições de 2016, Pereira espera que o número possa superar os atuais 23 pré-candidatos a prefeito, inclusive em Recife. Hoje, o partido não tem um nome, por isso o líder do PRB sugeriu nesta noite a potencial candidatura do deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB).

Pela manhã, em visita à imprensa, Pereira descartou qualquer possibilidade de apoiar o atual prefeito, Geraldo Júlio (PSB). A decisão tem o apoio do vereador do PRB na capital, Alfredo Santana, que busca construir ou integrar um grupo de oposição. Presente ao evento desta noite, o deputado federal Silvio Costa ‘pai’ (PSC) disse que “é hora de subir no ônibus da esperança”. O parlamentar também elogiou o líder republicano.

“Marcos Pereira é como o Recife: quem conhece jamais esquece. É uma grande referência política no Brasil hoje e está construindo um partido sólido. O PRB será um dos atores fundamentais em 2016 e 2018 não só na capital e em Pernambuco, mas em todo o Brasil”, discursou o ‘pai’. Ele foi acompanhado pelo ‘filho’: “Desde o primeiro momento que o conheci pude perceber sua capacidade de dialogar e sua visão de estadista”, disse a Pereira.

Coordenadora estadual do PRB Mulher, professora Ana Lúcia fez um dos discursos mais entusiasmados da noite. Ela afirmou que o PRB “não é palco para artista” e que aqueles que se filiarem em busca de satisfazer projetos e interesses pessoais “podem cair fora”. Ana também rebateu a pecha de partido de uma igreja e disse que o PRB “não tem placa religiosa”. Ela elogiou Silva, Geraldo e Pereira. “Nosso presidente é um líder que respeita seus liderados, que investe na mulher”.

Nesta sexta-feira, 18 republicanas seguirão para Brasília para participar do curso de formação política do PRB Mulher. Com tudo pago. Compuseram a mesa oficial o deputado federal e presidente estadual do Solidariedade, Augusto Coutinho, e a coordenadora estadual do PRB Igualdade Racial, Ilma Santos. Participaram do encontro prefeitos, vereadores e lideranças municipais do PRB e de outros partidos. Um grupo de forró ‘pé de serra’ animou a noite.

Pereira é homenageado pela Alepe

O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, foi condecorado quarta-feira (25), em Recife, com a Medalha ‘Leão do Norte Classe Ouro – Mérito Zumbi dos Palmares’ pela promoção da igualdade racial no Brasil. A comenda foi proposta pelo deputado estadual republicano Ossesio Silva e outorgada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Armando: PTB vai apresentar mais de 80 pré-candidatos a prefeito

Do Blog de Jamildo

Em encontro com pré-candidato a prefeito de Paulista, o ex-deputado Severino Ramos, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, senador Armando Monteiro (PTB), adiantou que o PTB vai apostar em chapas competitivas para que o partido amplie ainda mais a sua presença na Região Metropolitana do Recife (RMR).

“O ingresso de novos quadros aumenta a responsabilidade do PTB. Nossa meta é ter mais de 80 pré-candidatos a prefeito, e Paulista, com a presença de Ramos, tem papel fundamental neste processo”, afirmou.

Ao se dirigir aos quadros que podem concorrer a um mandato de vereador no Recife, Armando antecipou que a perspectiva é eleger de 4 a 5 representantes para a Câmara Municipal.

Forças tradicionais de Caruaru se articulam para disputa inédita

Por CAROLINA ALBUQUERQUE
Do Jornal do Commercio

A eleição municipal de 2016 para a Prefeitura de Caruaru tem tudo para ser uma disputa inédita. Isto é, com mais de duas candidaturas de nomes “tradicionais”. Após ultrapassar a marca dos 200 mil eleitores, o principal município do Agreste pode ter, pela primeira vez, uma decisão eleitoral em dois turnos. Os três grupos tradicionais, que se revezam no poder desde a década de 1950, já se movimentam. O primeiro é liderado pelo atual prefeito José Queiroz (PDT), que não possui um nome natural para sucedê-lo. O segundo pelo ex-governador João Lyra Neto (PSB), desafeto de José Queiroz. E o terceiro é o do deputado estadual Tony Gel (PMDB), prefeito por duas vezes da cidade.

Reeleito em 2012, Queiroz enfrenta desde já um desafio para 2016: encontrar um nome forte, competitivo e de confiança para concorrer à sucessão. Isso porque a legislação não permite que ele indique o filho, o deputado federal Wolney Queiroz (PDT). Mesmo com boas taxas de aprovação, o pedetista vai ter que fazer frente às movimentações dos dois outros grupos adversários.

Nesse momento, o prefeito tem sinalizado que não apoiará qualquer nome indicado pelo ex-aliado João Lyra, que tem investido na filha, a deputada estadual Raquel Lyra (PSB). Queiroz nasceu politicamente dentro do grupo Lyra. A aliança, ainda que com algumas rusgas momentâneas, se manteve até 2012, quando João Lyra soltou uma nota na imprensa na qual fazia críticas ao então aliado e retirava seu apoio à campanha de reeleição.

Interlocutor ligado a Queiroz afirmou que o prefeito está atrás de um nome do PDT. “Não há nenhuma possibilidade de ele apoiar João Lyra ou Tony Gel. O PDT não vai abrir mão de conduzir esse processo”, comentou a fonte. Mas como na política o terreno é fértil, o nome do vice, Jorge Gomes (PSB), já tem sido ventilado como possível candidato do atual prefeito.

O problema é que quem detém mais força no PSB de Caruaru é João Lyra Neto, que vai fazer de tudo para alçar o nome da filha. Mas sem mandato desde 2014, quando deixou o comando do governo estadual, ele mesmo pode decidir se candidatar à prefeitura.

“Creio que Jorge Gomes só tem chances de ser candidato no PSB se João Lyra quiser. Até porque ele é membro do PSB nacional e foi um fiel aliado do ex-governador Eduardo Campos. Além de ter uma história reconhecida e popular em Caruaru”, opinou o marqueteiro Marcelo Teixeira, que já coordenou várias campanhas em Caruaru.

Oriundo do grupo político que já foi liderado pelo ex-prefeito Drayton Nejaim, Tony Gel (PMDB) chega a 2016 com uma derrota nas costas. Em 2012, ele colocou a sua esposa, Miriam Lacerda (DEM), para disputar com José Queiroz, que venceu com 57% dos votos válidos.

Historicamente, o peemedebista sempre foi adversário de Queiroz e Lyra. Mas, diante dessa divisão de forças, ele se torna o aliado cobiçado. “Os três devem ter candidatos no primeiro turno. No segundo, é que abre para as alianças possíveis. Mas numa situação em que teríamos João Lyra e Tony Gel candidatos, o escolhido de José Queiroz entraria numa briga muito forte”, analisou Marcelo Teixeira. Além da esposa, que teve um bom desempenho em 2012, Tony Gel ainda investe no filho, Toninho Rodrigues, que pode ter seu protagonismo em 2016.

A construção desses palanques, certamente, passará pelas mãos do governador Paulo Câmara (PSB), contra quem pesa a inexperiência política. A tarefa não será fácil pois desagradar alguma dessas lideranças significa interferir em acordos eleitorais futuros. Exímio articulador, até o falecido ex-governador Eduardo Campos não conseguiu impedir a ruptura entre Queiroz e Lyra em 2012. Comenta-se que a situação o deixou muito irritado à época.

731 candidaturas foram registradas no Estado

Do Blog da Folha

Pernambuco conta com 731 candidatos a cargos eletivos, conforme o balanço divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ontem. O número oficial, contudo, só será divulgado depois que todos os pedidos de registro, feitos até o último sábado, forem julgados, até 21 de agosto, e os postulantes se tornarem aptos. Mas, enquanto isso, todos estão em ritmo de campanha na busca pelos votos. Ao Governo do Estado, são seis candidaturas: Paulo Câmara (PSB), Armando Monteiro Neto (PTB), José Gomes Neto (PSOL), Jair Pedro (PSTU), Miguel Anacleto (PCB) e José Carlos Pantaleão (PCO).

Os vices também foram confirmados: Raul Henry (PMDB), Paulo Rubem (PDT), Viviane Benevides (PMN), Katia Telles (PSTU), Délio Mendes (PCB) e Silvio Santos Pereira (PCO). Para o Senado, foram registrados Fernando Bezerra Coelho (PSB), João Paulo (PT), Albanise Pires (PSOL), Simone Fontana (PSTU) e Antônio Elias Pereira (PCB). O PCO entra na disputa majoritária, porém sem ninguém ao Senado. Também foram inscritos dez suplentes de senador (dois para cada candidato).

A disputa para as 25 cadeiras da Câmara Federal terá 163 nomes, sendo que a coligação Juntos Pelo Imposto Único apresentou 51 nomes, seguida pela Frente Popular de Pernambuco, com 50. A aliança Pernambuco Vai Mais Longe reúne 39 candidatos e a Mobilização Pelo Poder Popular tem 16. PCB lançou cinco e o PSTU dois. Na divisão por legendas, o PTB é a que tem mais candidaturas, com 17, à frente do PSB, com 14.

Para as 49 vagas na Assembleia Legislativa, são 527 postulantes. Apesar de a Frente Popular de Pernambuco ser composta por 21 partidos, houve divisões de chapinhas. Com isso, a aliança Unidos Pela Redução dos Impostos inscreveu 153 candidaturas, a Frente Pela Redução da Carga Tributária concorre com 93, a Frente Popular com 89 e a Pernambuco Que Eu Quero com 36. Ou seja, 371 candidatos a deputado estadual estarão nas ruas pedindo votos para o socialista Paulo Câmara. Destes, 41 são do PSB.

Já a coligação para estadual que fará campanha para Armando Monteiro Neto, a Pernambuco Vai Mais Longe, tem 84 candidaturas, sendo que só do PTB são 34. A chapa proporcional do candidato a governador José Gomes Neto disputa com 66 nomes, enquanto PCB e PSTU inscreveu três, cada.

Eleições: seis partidos ainda precisam indicar candidatos à Presidência

CAROLINA GONÇALVES
KARINE MELO
Da Agência Brasil

Pelo menos seis partidos ainda precisam definir, até o dia 30, os candidatos aos cargos de presidente e vice-presidente da República ou que nomes vão defender no pleito de outubro. No fim de junho, termina o prazo para a escolha de candidatos. Até agora, PMDB e PDT já definiram que apoiarão a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Os peemedebistas confirmaram, inclusive, o vice-presidente Michel Temer na chapa do atual governo.

No sábado (14), o PSDB confirmou a candidatura do senador Aécio Neves (MG) à Presidência, mas ainda não definiu o nome do vice na chapa. No mesmo dia, o PV escolheu para concorrer ao comando do Planalto o médico sanitarista Eduardo Jorge, de 64 anos, junto com Célia Sacramento – vice-prefeita de Salvador (BA).

A próxima convenção partidária nacional está marcada para o dia 21, quando o PT oficializará a candidatura de Dilma à reeleição, em Brasília. No dia seguinte, é a vez do PSOL definir seus candidatos. Com a desistência do senador Randolfe Rodrigues (AP), o partido deve lançar o nome de Luciana Genro (RS) para a Presidência da República. O PSOL ainda não tem candidato a vice. Os encontros ocorrem em Brasília.

A gaúcha, que foi deputada federal e estadual por duas vezes, é uma das fundadoras do PSOL – partido criado depois da expulsão dela do PT, em 2003, motivada por divergências entre ela e o governo Lula.

O PP, partido que integra a base aliada no Congresso, deve trilhar o mesmo caminho do PMDB. A convenção no dia 25 deve confirmar o apoio da legenda à reeleição de Dilma e Temer mas, em alguns estados, o posicionamento deve ser o de liberar a legenda para outras alianças. A sigla já promoveu algumas convenções estaduais – em São Paulo e no Rio Grande do Sul, por exemplo. Em território gaúcho, assim como no Rio de Janeiro e Minas Gerais, há dissidência, e a legenda vai apoiar o candidato Aécio Neves.

No dia 27, o PCdoB também vai oficializar o apoio ao atual governo e espera a presença da presidente Dilma Rousseff na convenção que ocorrerá na capital federal.

Pelo PSB, disputam o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva, da Rede Sustentabilidade. Os nomes devem ser confirmados pelo PPS no dia 28, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. O encontro será conjunto com PPS, Rede Sustentabilidade, PPL e PHS, que também apoiam a chapa Campos e Marina.

O prazo do dia 30 de junho estipulado pela Justiça Eleitoral também vale para as indicações de candidatos a governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputados federais, estaduais e distritais. Depois desse período, os candidatos, os partidos políticos e coligações têm até o dia 5 de julho para pedir o registro dos candidatos às eleições de outubro.

DEM vive dias de impasse

Do PE247

O deputado federal Mendonça Filho, que assumirá a liderança do DEM no início de fevereiro, disse que a legenda ainda não decidiu se apoiará a candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ou quem for o indicado pelo PSB para disputar a sucessão do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). “Qualquer um dos dois caminhos tem particularidades que nos aproximam e nos distanciam”, disse o parlamentar para justificar a indefinição em formar uma aliança com algum destes partidos.

“Não é tempo para tomar decisões, mas é hora de começar a discutir”, disse Mendonça Filho em entrevista à Rádio JC News. A possibilidade de alianças com o PSB ou com o PTB coloca o DEM pernambucano em uma situação delicada. A legenda sempre fez oposição à administração de Eduardo Campos e, desde a última eleição municipal, ao afilhado político do governador e prefeito do Recife, Geraldo Julio.

A situação, contudo, teria mudado a partir do momento em que o PSB deixou a base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) para pavimentar a intenção de Campos em disputar a Presidência da República. Justificar a mudança de postura e o ingresso na Frente Popular – coalizão de partidos que dão suporte ao governo de Eduardo Campos – seria um dos maiores entraves a uma aliança.

Por outro lado, caso venha a fazer a opção em fechar apoio em torno da candidatura de Armando Monteiro, o DEM terá que engolir o fato de marchar ao lado do eterno inimigo PT, que já decidiu pelo apoio à postulação do PTB em detrimento de uma candidatura própria.

Seja qual for o caminho que seguir, o desafio do DEM será em trilhar o menos espinhoso. Resta saber qual.