PT começa a entregar cargos no governo Eduardo Campos

Cinco tendências do PT anunciaram, na tarde deste domingo (13), a entrega de cargos que ocupam no Governo de Pernambuco. O grupo, que tem como principais lideranças o senador Humberto Costa e os deputados federais João Paulo e Pedro Eugênio, decidiu antecipar a decisão que está sendo debatida pelo partido e deixar de imediato os cargos que ocupam na Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal e na Secretaria de Saúde.

“Estamos tomando essa posição para termos mais liberdade e autoridade para defendermos o partido no Estado. Desde a saída do PSB do governo da presidente Dilma, nós já estávamos propondo que o PT tomasse uma decisão sobre o assunto para que a gente tivesse mais autonomia para debater e defender nosso projeto político em Pernambuco”, explicou o senador.

As tendências que anunciaram a saída do governo são: CNB (Construindo um Novo Brasil), AE (Articulação de Esquerda), CS (Consciência Socialista/Mensagem), EPS (Esquerda Popular Socialista) e CPT (Coletivo PT Para Todos/Mensagem). Todas elas apoiam a candidatura de Bruno Ribeiro à presidência do PT estadual.

“Já havíamos visto nos posicionamentos do PSB e de Eduardo Campos uma clara declaração de guerra e de oposição ao PT e ao governo Dilma. Com a entrega dos cargos feita pelo PSB nacional, e o programa político socialista da última semana, inauguramos um novo momento político”, enfatizou o deputado João Paulo.

Até o fim desta semana, o PT deve anunciar a decisão definitiva do partido sobre a saída dos seus integrantes do governo Eduardo Campos. As cinco tendências citadas acima defenderão o mesmo posicionamento tomado ontem para todos os cargos ocupados pela legenda no governo e na Prefeitura do Recife.

Governo do Estado reduz comissionados e investe nos servidores de carreira

O governador Eduardo Campos (PSB) assinou, ontem, um projeto de lei que propõe a transformação dos 969 cargos comissionados em funções gratificadas de direção e assessoramento. Além de incentivar o plano de cargos e carreiras, a medida aponta uma redução de R$ 25 milhões na folha de pagamento do Estado.

Para o governador, a resolução, que já foi encaminhada à Assembleia Legislativa, significa a valorização do servidor, pois esses cargos só poderão ser preenchidos por funcionários púbicos de carreira. A medida reduzirá em 28% o total de comissionados, passando de 3.536 para 2.567.

“A política de recursos humanos é uma estratégia fundamental para qualquer organização e nós estamos em busca de solidez na prestação de serviço”, disse Eduardo, durante solenidade que aconteceu na sede provisória do Governo de Pernambuco, no Centro de Convenções.

Com a nova lei, até dezembro de 2014, 80% dos cargos vão ser ocupados por concursados.

PTB de Armando entrega cargos no governo Eduardo Campos

O presidente estadual do PTB, senador Armando Monteiro, concedeu entrevista à imprensa nessa sexta-feira (11) para reafirmar o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e anunciar a saída do partido do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife. Armando esteve antes com o governador Eduardo Campos (PSB) e com o prefeito Geraldo Julio (PSB) para comunicar a decisão da legenda, que estava à frente da Secretaria de Trabalho e do Detran, no governo estadual, além da Secretaria de Saneamento, na gestão municipal.

“Nós integramos a base de apoio da presidente Dilma. A presidente é natural candidata à reeleição. Então, o fato novo que determinou esses movimentos que fizemos agora é que, a partir da junção dos projetos de Marina Silva e do PSB, nós não temos mais dúvidas de que haverá outra candidatura neste campo, que é a do governador Eduardo Campos. A partir daí, existem duas candidaturas e o nosso partido, o PTB, tem um alinhamento com a presidente Dilma”, explicou Armando, que é pré-candidato ao Governo do Estado em 2014.

O líder petebista disse que, após a decisão, a missão do PTB será dialogar agora com os partidos que darão sustentação à candidatura da presidente Dilma. “Agora, com um grau de liberdade maior, nós vamos promover um debate sobre os desafios de Pernambuco, a necessidade de formularmos uma agenda para o Estado e fazer uma discussão com outros partidos, com outras forças políticas do Estado”.

PTB planeja entregar cargos a Eduardo Campos na próxima semana

Do Poder Online

De olho em sua candidatura ao Governo de Pernambuco no próximo ano, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) planeja entregar na próxima semana todos os cargos que o partido tem no governo de Eduardo Campos, a exemplo do que o PSB fez no governo federal, há duas semanas. Monteiro já sabe que não terá o apoio de Eduardo Campos para sua candidatura.

Eduardo Campos ainda se debate para escolher quem apoiará para sucedê-lo. Entre os cotados estão seu secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, ou o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Ao sair para a disputa presidencial, Campos deixará o governo nas mãos do vice, João Lyra Neto, que quer tentar a reeleição ao Palácio das Princesas, sede do governo local.

PT de Pernambuco só decidirá sobre PSB após reunião entre Dilma e Campos

Do Poder Online

O PT de Pernambuco adiou a decisão de deixar ou não os cargos que ocupa no governo PSB no Estado.

A ordem é aguardar até a reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB. O encontro pode ocorrer na sexta-feira (27).

O PT tem as secretarias estaduais de Transportes e Cultura e a de Habitação na Prefeitura do Recife.

Armando Monteiro comenta saída do PSB do governo Dilma

O senador Armando Monteiro (PTB) avaliou a decisão do PSB de sair do governo Dilma como um fato que vai condicionar os próximos movimentos com vistas às eleições de 2014. Ontem, o partido do governador Eduardo Campos entregou os cargos que ocupa na esfera federal.

Em entrevista por telefone a Geraldo Freire, da Rádio Jornal, o senador fez uma avaliação do impacto da decisão. “Eu acho que esse movimento que o PSB fez aponta claramente uma direção e essa direção é a da candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência da República. A partir daí, essas definições nos planos local e regional naturalmente começarão a acontecer, ou seja, a definição das alianças que vão se formar e, a partir disso, a definição dos palanques”, opinou.

PSB anuncia oficialmente saída do governo Dilma Rousseff

Da Agência Estado

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, oficializou nesta quarta-feira (18) a saída do partido do governo Dilma Rousseff. Campos, que poderá lançar sua candidatura à Presidência da República em 2014, disse que agora o governo petista pode se sentir mais confortável sem o PSB ocupando cargos no Executivo. “A gente deixa o governo mais à vontade e a gente fica mais à vontade”, resumiu. Apenas o governador Cid Gomes (Ceará) se opôs à carta de entrega dos cargos.

Campos afirmou que pretende oficializar a decisão do PSB ainda nesta quarta-feira à presidente Dilma Rousseff e que aguardará um telefonema do gabinete presidencial confirmando o encontro. “O futuro do país não passa por cargos”, defendeu.

O governador destacou que a sigla desembarca do governo com “respeito à presidente”, mas que continuará atuando no mesmo campo político. “Não vamos desconsiderar o nosso campo político”, reiterou. Segundo Campos, a partir de agora ficará “mais fácil falar (publicamente) das divergências”. Em seu discurso, Campos disse que o PSB fica livre para discutir a sucessão presidencial do ano que vem.

Apesar das informações de bastidores, Campos negou que a pressão do PT tenha acelerado o processo do PSB ou provocado constrangimentos. Durante a entrevista coletiva, o governador lembrou que o partido chegou a cogitar a saída do governo em junho, período das manifestações, mas que concluiu que naquele momento não poderia deixar o governo.

O presidenciável disse que os cargos do PT nos Estados governados pelo PSB não estiveram em discussão na reunião desta manhã. Ele reafirmou que o partido só discutirá sua possível candidatura em 2014.

Participaram da reunião da Executiva do partido o vice-presidente da sigla, Roberto Amaral, os governadores Cid Gomes (Ceará), Wilson Martins (Piauí) e Ricardo Coutinho (Paraíba), o atual ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, os líderes da Câmara e do Senado, deputado Beto Albuquerque (RS) e senador Rodrigo Rollemberg (DF), além dos deputados de São Paulo, Márcio França e Luiza Erundina. Leônidas Cristino, da Secretaria dos Portos, está em agenda no exterior.

O PSB ocupa o Ministério da Integração Nacional, três diretorias da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Secretaria dos Portos, as presidências da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

PSB de Eduardo joga desembarque do governo na conta de Lula e do PT

Do Poder Online

Na reunião em que decidiu propor a saída do PSB do governo Dilma, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deixou claro a seus principais aliados que não gostou nada da atitude do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao assunto.

Nas conversas, surgiu a avaliação de que Lula faz um jogo duplo ao deixar correrem soltos no PT os ataques ao próprio Campos, enquanto se coloca como uma espécie de conciliador.

As reclamações mais intensas dos socialistas, entretanto, ficaram para a cúpula do PT. Mais especificamente para o presidente do partido, Rui Falcão, e o vice-presidente Alberto Cantalice.

PSB decide entregar cargos no governo

Do Blog do Camarotti

Numa decisão surpreendente, o PSB deve entregar nesta quarta-feira (18) os cargos que detém no governo Dilma Rousseff, inclusive os dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Leônidas Cristino (Secretaria de Portos).

A decisão deve ser anunciada em reunião na sede do partido na manhã desta quarta.

Na tarde desta terça, o presidente do partido, governador Eduardo Campos (PE), fechou uma rodada de conversas, inclusive com os dois ministros do partido.

“Não vamos ficar nesse balcão de cargos”, desabafou Campos, segundo relato de um parlamentar que presenciou uma das reuniões.

Nessas conversas, Campos disse que, mesmo sem cargos, vai ajudar o governo no que for necessário. “Para fazer o que for importante para o país, não precisamos de cargos”, disse o governador, segundo o mesmo parlamentar.

Nos últimos dias, integrantes do PT e do Palácio do Planalto pressionavam para que o PSB entregasse os cargos. A presidente Dilma Rousseff não escondeu sua irritação depois que Eduardo Campos reuniu-se recentemente com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em Recife, e fez críticas ao governo. Mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu reservadamente que este não era o momento de hostilizar Eduardo Campos.

Nesta quarta, apesar de sair do governo, o PSB deve adotar uma posição “respeitosa” a Lula e destacar a importância da Frente Popular, a aliança criada em 1989 na primeira eleição que o ex-presidente disputou.

Nas palavras de um integrante da comissão executiva do PSB, a decisão de entregar cargos dará “dignidade” ao partido e aos próprios ministros. “Fernando Bezerra e Leônidas Cristino estavam em uma situação delicada no governo”, afirmou ao blog esse membro da executiva.

A mesma fonte ressaltou que o anúncio da decisão do partido ocorrerá em um dia simbólico, no qual o Supremo Tribunal Federal decidirá sobre os embargos infringentes, que, se aceitos, poderão levar a um novo julgamento de parte dos réus condenados.

“Jamais Eduardo Campos ficaria submisso ao governo por causa de cargos. Coragem e ousadia são características do governador”, disse.

Apesar de entregar os cargos, o PSB não anunciará Campos como candidato à Presidência da República em 2014. Mas o gesto é a primeira etapa concreta de consolidação da candidatura.

Dilma quer afastar PSB do governo. E agora, Eduardo Campos?

Fernando Bezerra Coelho deve deixar ministério (Foto: Divulgação/MI)

Fernando Bezerra Coelho deve deixar ministério até o fim do mês (Foto: Divulgação/MI)

Do PE 247

Em meio à tentativa do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), eventual candidato à Presidência da República, de deixar para anunciar o rumo que tomará na política apenas em 2014, a presidente Dilma Rousseff (PT) quer trocar, até o fim deste mês, o comando do Ministério da Integração Nacional, que tem à frente o ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB). No lugar do socialista, entrará um integrante do PMDB, principal aliado dos petistas na atual gestão. A medida deverá colocar um pano quente na relação entre as duas legendas e aumentar ainda mais as trocas de farpas, sobretudo por parte dos pessebistas, com ambos os partidos fazendo parte do mesmo governo.

O objetivo da petista é impedir que tanto o governador pernambucano, que também é presidente nacional do PSB, quanto os seus aliados usem o governo federal como “vitrine” eleitoral para as suas postulações no próximo ano. A mudança de comando não deve ocorrer apenas no ministério, onde o novo ministro deverá ser indicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas também em cargos federais de primeiro e segundo escalões, como a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

No entanto, dentro da legenda socialista, o governador do Ceará, Cid Gomes, bem como o irmão, Ciro Gomes, devem continuar alinhados com o projeto de reeleição da presidente Dilma, segundo informações da Agência Estado. Neste caso, está em jogo a formação de um palanque para a eleição do Executivo cearense, onde os irmãos Gomes devem indicar o ministro da Secretaria dos Portos, Leônidas Cristino (PSB), para disputar contra o senador Eunício Oliveira (PMDB).

Com a abertura de mais espaço para os peemedebistas no governo federal, em troca os socialistas garantirão o apoio da presidente à candidatura do PSB no Ceará, enfraquecendo o PMDB naquele estado. Dessa forma, a troca de comando de cargos no governo Dilma não atingirá a Secretaria dos Portos.

Em tese, o momento da suposta decisão não era esperado pelo PSB. Vale ressaltar que o líder do partido na Câmara Federal, Beto Albuquerque (RS), disse, em entrevista ao Pernambuco 247, no final de agosto, que o partido entregaria os cargos no governo Dilma no final deste ano. Mas, com a intenção do PT em fazer o governador Eduardo Campos definir o quanto antes a sua candidatura, um recuo que parece pouco provável, resta saber como o PT e PSB vão administrar a relação entre ambos os partidos até a campanha eleitoral do próximo ano, até porque os socialistas continuarão integrando a base aliada no Congresso Nacional.