Prefeita ostentação tem o mandato cassado no Maranhão

Do Blog da Folha

Conhecida pelas “selfies” que publicava nas redes sociais e por governar pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, Lidiane Leite, 25 anos, perdeu o cargo neste sábado (5) depois que a Câmara de Vereadores de Bom Jardim (a 275 quilômetros de São Luís, no Maranhão) decidiu cassar o mandato da prefeita e empossar definitivamente a vice Malrinete Gralhada (PMDB) no comando da cidade.

Malrinete já ocupava a prefeitura interinamente há uma semana, por decisão judicial. Na Câmara, no entanto, a posse só ocorreu agora porque os vereadores tinham dúvidas jurídicas em relação ao afastamento oficial da prefeita.

Lidiane está foragida há mais de duas semanas, desde a deflagração da Operação Éden, da Polícia Federal. Ela é suspeita de desviar R$ 15 milhões da educação da cidade, onde há escolas funcionando debaixo de árvores.

De acordo com a Lei Orgânica do Município, a prefeita não poderia ficar afastada da administração por mais de 15 dias sem avisar o Legislativo. Como está foragida há 16 dias, sem nenhum comunicado oficial à Câmara, os vereadores empossaram Malrinete em cerimônia realizada na tarde de sábado. A posse ocorreu após consulta jurídica feita pelos parlamentares.

Lidiane ficou conhecida por ostentar uma vida luxuosa enquanto enfrentava suspeitas de desvio de recursos públicos. Tirava fotos de si mesma em festas, segurando taças de champanhe ou fazendo poses com amigas e com um personal trainer. Também comentava seus gastos nas redes sociais.

Já havia sido afastada do cargo outras três vezes, mas voltou amparada por decisões judiciais provisórias. Fugiu após a Justiça decretar sua prisão, por causa das investigações da Operação Éden.

OUTRO LADO

O advogado Carlos Barros alegou, ao pedir o habeas corpus de Lidiane, que ela está sofrendo e fugiu numa decisão impulsiva.

Dilma e Temer: o ritual para a cassação

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Do Blog do Magno

Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) acreditam que o processo de cassação da chapa de Dilma e Temer deverá levar ao menos seis meses. O julgamento ficaria para 2016. Luciana Lossio, que pediu vista do processo, disse a colegas que deve devolvê-lo ao plenário em, no máximo, duas semanas.A informação é de Vera Magalhães, na Folha de S.Paulo deste domingo.

Alerta a colunista que o prazo maior para defesa não deve significar vida mais fácil para Dilma Rousseff no julgamento das contas do governo de 2014 pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Na avaliação dos ministros, as pedaladas apontadas no voto do relator Augusto Nardes poderiam ser atribuídas à equipe econômica do primeiro mandato. Mas as indicadas na segunda leva de irregularidades seriam de responsabilidade direta da presidente, segundo parecer prévio dos técnicos do órgão.

Depois do recebimento das explicações do governo, previsto para 11 de setembro, haverá uma semana para a área técnica examiná-las e uma para o relator elaborar um novo voto.

Depois disso, os demais integrantes da corte teriam uma semana para analisar o relatório de Nardes. A data em discussão para o julgamento é 7 de outubro.

Com as novas datas, a composição do tribunal deve estar completa: o ministro Bruno Dantas, que estaria fora se o julgamento fosse em setembro, volta para a última sessão do mês.

O vice-presidente Michel Temer participa de evento nesta segunda-feira em São Paulo ao lado de Nardes, que recomendou a rejeição das contas de Dilma, e do juiz Sergio Moro, que conduz a Lava Jato.

Maioria do TSE vota para reabrir ação que pede cassação de Dilma

Da Folha de S. Paulo

A maioria dos ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) votou na noite desta terça-feira (25) pela reabertura de uma das ações propostas pela oposição que pede a cassação dos mandatos da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer.

O julgamento, no entanto, voltou a ser suspenso após a ministra Luciana Lóssio apresentar um pedido de vista para ter mais tempo para analisar o caso. Se este cenário for mantido até o final do julgamento, o processo vai voltar a tramitar no tribunal e Dilma e Temer terão que apresentar defesa.

Em mais uma sessão tensa e com direito a bate-boca, com insinuação de posição pró-governo, os ministros Luiz Fux e Henrique Neves votaram pela investigação de irregularidades na campanha da petista. Eles acompanharam os ministros Gilmar Mendes e João Otavio de Noronha, que já haviam votado neste sentido.

Relatora, ministra Maria Thereza de Assis Moura, manteve seu voto para a rejeição da ação. Além de Luciana Lóssio, o presidente do TSE, Dias Toffoli, precisa apresentar seu voto.

Os tucanos pedem que o TSE investigue denúncias de abuso de poder econômico e político na campanha de Dilma e suspeitas de que recursos desviados pelo esquema de corrupção descoberto na Petrobras tenham ajudado a financiar a reeleição. Em sua defesa, o PT sempre ressalta que não houve irregularidades e que as contas da campanha foram aprovadas pelo tribunal.

Fux afirmou que acompanhava o voto do ministro Gilmar Mendes pela abertura da investigação. O ministro ainda propôs que o tribunal junte a tramitação dos quatro processos da oposição que pedem a investigação da campanha de Dilma. A principal diferença entre eles é que cada ação foi protocolada em momentos diferentes, antes ou depois da diplomação, e os casos foram distribuídos para três ministros diferentes.

O ministro disse ainda que as ações deveriam ficar sob o comando da ministra Maria Thereza, relatora de uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo. No entendimento do ministro, essa é a única ação que tem previsão constitucional para cassar um mandato.

A posição provocou embates. Noronha, que é o corregedor do TSE e relator de duas Aijes (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), insinuou que o voto do colega tinha o objetivo de tirá-lo da relatoria do processo para agradar o governo. O mandato do corregedor termina em outubro.

BATE-BOCA

A posição provocou embates. Noronha, que é o corregedor do TSE e relator de duas ações, insinuou que o voto do colega tinha o objetivo de tirá-lo da relatoria do processo para agradar o governo. Ele deixa o tribunal em outubro.

“Ocorre que no caso concreto temos um fato. Hoje tem uma previsão que a Aije [ação] deve correr na Corregedoria. Muito simples, o ministro João Otávio não é de agrado do governo, da presidente Dilma, não é do agrado do vice-presidente. Faz como? Vamos tirar a competência. Nos ajuizamos uma Aime [ação]”.

Fux entendeu que Noronha fazia “ilações”. “Sem essas ilações, por favor, sem essas ilações”.

O presidente do TSE interrompeu o debate sobre reunir as ações e ponderou que isso só deveria ser decidido depois que o tribunal definisse se a ação será ou não desarquivada.

Gilmar Mendes e Maria Thereza também protagonizaram trocas de provocações. A relatora manteve a rejeição do pedido, assim como em decisão individual proferida em março. Ela argumenta que as acusações contra Dilma trazidas pelo PSDB foram subjetivas, sem comprovação.

O PSDB recorreu ao plenário contra o entendimento de Maria Thereza. Mendes apresentou elementos de irregularidades em empresas que prestaram serviços para a campanha e também fatos da operação Lava Jato, que investiga desvios na Petrobras.

Maria Thereza afirmou que as revelações são “gravíssimas”, mas que não estavam colocadas na época em que a ação foi apresentada ao tribunal e afirmou que não fez juízo político nem de mérito.

“Eu também quero país sem corrupção, que seja um paÍs melhor para nossos filhos e netos. Os fato são graves. Mas são supervenientes. Nem nós nem os autores tinham conhecimento quando a ação foi trazida a nós”, disse a ministra.

Gilmar Mendes chegou a falar, por duas vez, para a colega que “não estou disposto a confrangê-la” e rebateu a tese.

“Os fatos já existiam, mas não tínhamos conhecimento. Mas já haviam indícios [..] de que a campanha poderia ter sido financiada [pela Lava Jato]. Isso era discutido”, provocou.

Na semana passada, Mendes pediu que a Procuradoria Geral da República e a PF investigasse indícios de crimes na campanha e doações de empresas investigadas por desvios na estatal. Os técnicos do TSE calcularam que empresas sob suspeita de participar do esquema doaram R$ 172 milhões ao PT entre 2010 e 2014. Mendes afirma que parte desses valores foi transferida pelo partido para os cofres da campanha de Dilma à reeleição.

Henrique Neves defendeu que não há elementos para arquivar a ação. “Eu entendo que nesse momento não há como dizer se fato caracteriza ou não caracteriza fraude, se caracteriza ou não caracteriza corrupção. Para que um fato possa ser caracterizado, tem que se saber as circunstâncias.

Nesse momento, a única análise é se inicial trouxe ou não elementos capazes de permitir o prosseguimento da ação”, disse Henrique Neves, que votou pelo prosseguimento. “O que está posto na inicial é suficiente para que ação desenvolva”, completou.

Humberto defende cassação de Bolsonaro

Foi com indignação que o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), recebeu o que classificou de “declaração criminosa” feita pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) contra a ex-ministra dos Direitos Humanos, a também deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Na última terça-feira, da tribuna do plenário da Câmara, Bolsonaro disse a Maria do Rosário que não a estupraria porque ela “não merece ser estuprada”.

O senador petista deu total respaldo à ação do PT, do PCdoB, do PSol e do PSB, que representaram no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação do mandato de Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar. “As indignidades pronunciadas por Jair Bolsonaro foram de uma violência atroz contra todas as mulheres e contra a própria sociedade brasileiras. São inaceitáveis”, disse o senador.
Humberto defendeu, ainda, que Bolsonaro deve responder também no Supremo Tribunal Federal pelo crime de injúria e por incitação ao crime, uma vez que as declarações deixam claro que o deputado entende que a um homem cabe o direito de escolher se uma mulher merece ser estuprada ou não.
“O Congresso Nacional não pode mais dar abrigo a esse tipo de atitude odiosa. É impossível que esse tipo de prática, que o deputado Bolsonaro já exerceu em várias ocasiões, continue a se repetir dentro do parlamento”, concluiu o líder do PT no Senado. A revolta contra as declarações do deputado gerou uma onda de protesto nas redes sociais em favor da cassação do parlamentar, sempre acompanhada da hashtag #NenhumaMulherMereceSerEstuprada.

Após recomendação do MPPE, Câmara estuda abrir processo de cassação

O presidente da Câmara de Caruaru, Leonardo Chaves (PSD), disse nesta terça-feira (24) que já repassou a recomendação do Ministério Público, que pediu ontem a abertura do processo de cassação dos dez vereadores presos na Operação Ponto Final, para a secretaria jurídica.

“Estou aguardando um parecer de nossos advogados. Diferentemente da decisão que determinou o afastamento dos vereadores, essa é apenas uma recomendação. Nesse momento temos que ter cautela e não agir por impulso. Além disso, existem trâmites que precisam ser seguidos dentro do regimento interno. Todas essas questões precisam ser avaliadas”, afirmou Chaves.

Ele também comentou sobre a decisão da 4ª Vara da Fazenda Pública de anular a sessão ordinária realizada no último dia 17, quando foi aprovado um empréstimo de R$ 250 milhões para a prefeitura implantar o BRT (Bus Rapid Transit) na cidade. “Em relação à votação do projeto do BRT, nossa intenção é convocar uma sessão extraordinária, mas só em janeiro. Os novos vereadores precisam de tempo para analisar o projeto e não votar sem saber. Estamos em recesso, mas dada a importância do tema, existe a possibilidade desse projeto ser votado logo no começo de janeiro”, informou o presidente.

Ministério Público Eleitoral nega recurso de prefeito de Agrestina

Do Blog do Magno

O Ministério Público Eleitoral (MPE) negou integralmente o provimento do recurso proposto pelo prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (PDT), e do seu vice, Josué Mendes. O órgão ratificou a sentença proferida pelo juiz de piso, que cassou os direitos políticos por oito anos e os diplomas dos líderes do Poder Executivo de Agrestina.

Zito da Barra não assumiu Prefeitura de Agrestina

Em nota divulgada nesta terça-feira (3), o núcleo jurídico do prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (PDT), negou que o presidente da Câmara de Vereadores, Zito da Barra (PTB), tenha assumido a prefeitura de forma interina. A informação foi publicada ontem no Blog do Adriano Monteiro.

Thiago foi cassado na semana passada pela 86ª Zona Eleitoral por abuso de poder econômico. O vice, Josué Mendes (PTB), também teve o diploma anulado. Os dois, no entanto, poderão recorrer da decisão junto ao TRE-PE (Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco).

“É sabido que a legislação em vigor assegura o direito do prefeito de recorrer da decisão de primeiro grau sem se afastar do cargo, fato que a notícia da forma como foi feita só serviu para induzir alguns órgãos de imprensa em erro”, diz o núcleo.

Decisão não é definitiva e cabe recurso, diz núcleo jurídico de Thiago Nunes

A assessoria jurídica do prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (PDT), informou neste sábado (31), em nota, que ainda não foi notificada da decisão da 86ª Zona Eleitoral que cassou o mandato do pedetista por abuso de poder econômico.

O núcleo jurídico, no entanto, lembrou que a decisão não é definitiva e cabe recurso junto ao TRE-PE (Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco). Até lá, de acordo com os advogados, Thiago continuará a “desempenhar as suas atividades de prefeito sem nenhuma alteração nos serviços e ações”.

Segundo a 86ª Zona, o pedetista realizou no ano passado uma festa de aniversário em sua fazenda durante o período eleitoral. Na ocasião, o locutor teria saudado o então candidato como “futuro prefeito”.