Operações de crédito crescem 1,2% em março

As operações de crédito do sistema financeiro somaram R$ 3,060 trilhões em março, com alta de 1,2% no mês e alta de 11,2% em doze meses. O montante representou 54,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país). O volume correspondia a 52,2% em março de 2014. As informações foram divulgadas ontem (24) pelo Banco Central (BC).

Do montante das operações de crédito, R$ 1,621 trilhão são de pessoas jurídicas e R$ 1,438 trilhão de pessoas físicas. O saldo de operações envolvendo pessoas jurídicas cresceu 1,6% em comparação a fevereiro e 10% em doze meses. No caso de pessoas físicas, houve alta mensal de 0,8%, e a anual de 12,6%.

O crédito com recursos livres, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado, somou R$ 1,578 trilhão. Houve alta de 0,8% em comparação a fevereiro e de 5,2% em doze meses.

O crédito com recursos direcionados, em que os empréstimos devem seguir regras definidas pelo governo, alcançou saldo de R$ 1,481 trilhão, registrando alta de 1,6% no mês e de 18,4% em doze meses.

Mercado de móveis em Pernambuco também cresce no interior

Estado sede da Movexpo – Feira Nacional de Móveis para a Região Norte/Nordeste, que será realizada de 19 a 22 de maio, no Centro de Convenções, Pernambuco tem um mercado de móveis que cresce a cada ano. O desenvolvimento se expande também para o interior, onde está sendo implantado um Polo Moveleiro. Empresários do setor enfatizam a importância da Movexpo como forma de se destacar no mercado. A feira é realizada pelo Sindicato das Indústrias de Móveis de Pernambuco (Sindmóveis) com promoção da Reed Exhibitions Alcantara Machado.

Pernambuco conta com cerca de 200 indústrias, que faturaram aproximadamente R$ 840 milhões o ano passado. De olho nesse mercado, que tem potencial de consumo de R$ 2,2 bilhões, os investimentos aumentaram e a evolução de faturamento dessas empresas chegou a 590% nos últimos dez anos.

O crescimento também se expande para o interior, onde está sendo implantado o Polo Moveleiro de Pombos. Entre as empresas que serão instaladas no local estão: Movene Indústria e Comércio Ltda., Estofados Cesar Ltda., Anatomic Colchões Ltda., e Kakakis Indústria e Comércio de Móveis Ltda. Juntas, elas planejam investir mais de R$ 41 milhões e gerar mais de 1,5 mil empregos em até três anos, de acordo com informações repassadas pela Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper). A obra está na fase de terraplanagem.

“O crescimento do mercado da região Nordeste demandava que aumentássemos nossa área de produção. Como não tínhamos mais espaço no endereço atual, era necessária a mudança. Ao mesmo tempo, as dificuldades de encontrar mão de obra na Região Metropolitana dificultavam o aumento da produção. Identificamos no município de Pombos a localização ideal para a implantação do novo empreendimento”, diz Vikentios Kakakis, da Kakakis Indústria e Comércio e presidente do Sindmóveis.

Ainda de acordo com a AD Diper, outro grande investimento no interior está sendo feito pelo Grupo Herval, de móveis, colchões e espumas. A empresa está construindo sua nova fábrica em Bezerros, no Agreste, às margens da BR-232, com investimentos da ordem de R$ 25 milhões. Quando entrar em operação, a unidade deverá gerar 724 empregos diretos e 150 indiretos e escoará sua produção para o Norte e Nordeste. A expectativa é que a fábrica comece a operar ainda no segundo semestre deste ano.

Outro município que se destaca na produção de móveis é Afogados da Ingazeira, no Sertão, onde fica localizada a Magno Móveis. “A Movexpo é muito importante, pois nos destaca em nível nacional e mostra a importância do mercado que nós temos. O Nordeste tem um mercado muito bom”, diz Alexandre Magno de Brito. Segundo ele, além de preços competitivos, os móveis atualmente se destacam por serem produzidos de madeira oriunda de manejo, ou seja, não ameaçam as florestas nativas.

É nesse cenário promissor que acontece a Movexpo, uma oportunidade para empreendedores do setor conhecerem novos produtos, tecnologias e tendências. A expectativa dos organizadores da Movexpo é contar com cerca de 150 expositores de diversos estados e com a presença de mais de 20 mil visitantes, principalmente lojistas e compradores qualificados.

Entre os tipos de produtos que estarão em exposição estão: cadeiras, camas e beliches, colchões, copas e cozinhas, dormitórios, estofados, estantes e racks, linha infantil, eletrodomésticos, móveis para banheiro, móveis para escritório, móveis para a área externa e móveis para a área de serviço. Os interessados em visitar a Movexpo já podem fazer seu credenciamento online, através do site: www.movexpo.com.br

Paixão de Cristo de Nova Jerusalém registra crescimento de 20% no público este ano

Até a quarta-feira, dia 1, a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém já havia
recebido cerca de 30 mil expectadores, o que representa um crescimento de
cerca de 20% em relação ao ano anterior. Robinson Pacheco, presidente da
Sociedade Teatral de Fazenda Nova, entidade que realiza o evento, atribui o
crescimento registrado este ano à alta do dólar, que favorece o turismo
interno, e também à ampliação dos investimentos realizados em divulgação,
principalmente, nos estados mais próximos a Pernambuco.

Segundo Pacheco, as pesquisas realizadas este ano apontam que 51% do
público registrado nos cinco primeiros dias são de pessoas que nunca
assistiram ao espetáculo. Nos anos anteriores, esse percentual girava em
torno dos 40%. Com a alta do público este ano, a expectativa é de chegar
próximo à marca de 70 mil expectadores registrada em 2012. No ano passado,
o público foi 54 mil.

A peça tem as participações especiais de artistas de destaque no cenário
nacional. Em 2015, o papel de Jesus é interpretado por Igor Rickli, que
divide os palcos com Humberto Martins, como Pilatos; e Paloma Bernardi, no
papel de Maria; além da modelo, Thaiz Schmitt, que vive o papel de
Herodíades.

Os ingressos para o espetáculo estão à venda na bilheteria do teatro, em
shoppings centers ou pelo site (www.novajerusalem.com.br). Os preços vão de
R$ 80,00 a R$ 120,00, dependendo do dia, com meia-entrada para estudantes e
público até 14 anos. As compras feitas pelo site podem ser parceladas em
até 12 vezes no cartão.

Por crescimento, empresas devem investir em governança corporativa, diz especialista

Em um mercado global competitivo, não há como se pensar numa empresa que não possua direcionamentos fincados nas práticas de Governança Corporativa. Em resumo, esse termo se refere ao conjunto de processos, normas, procedimentos, decisões e ideias que demonstram a forma como uma empresa é “governada” e monitorada.

“Há quatro princípios básicos: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa”, explica Amauri Nóbrega, sócio fundador da Cinco Global, empresa especializada em projetos de consultoria em Gestão Estratégica.

A estrutura de agentes num sistema de Governança Corporativa consiste em Conselho de Família, Acionistas/Sócios, Conselho de Administração, Diretoria/Gestão, Auditoria Independente e Conselho Fiscal.

A implantação da Governança Corporativa acarreta em diversos benefícios que ajudarão a perpetuação da empresa. De acordo com o especialista, há uma separação mais clara de papéis, maior grau de formalização, minimização de conflitos, maior transparência nas sucessões, maior controle dos riscos corporativos, ajuda nos processos de tomada de decisão e, principalmente, acesso ao capital com custos mais acessíveis.

Segundo Nóbrega, o sistema permite maiores chances para crescimento, principalmente se o negócio está em um mercado em franca expansão. “O momento certo para iniciar um processo de governança é quando a empresa deseja alçar voos mais altos e precisa de capital para isso.”

Indicado até para empresas familiares

O processo de implantação das boas práticas de Governança Corporativa é recomendado não só a grandes empresas de capital aberto ou fechado, mas também para negócios familiares, que estão em processo de sucessão de comando, ou empresas privadas que desejam se financiar através da abertura de capital.

“Alguns podem até dizer que todas as organizações devem iniciar esse processo, o que é verdade, porém, é um processo que demanda de todos os seus acionistas e diretores o investimento de tempo e dinheiro”, sinaliza o especialista.

Se a empresa deseja se expandir, buscar investidores ou mesmo abrir o capital através de um IPO, o processo deve ser iniciado com bastante antecedência de, no mínimo, cinco anos. “A maturidade deve ter sido atingida e o processo iniciado, visando o patamar que se deseja alcançar”, ressalta Nóbrega.

O consultor explica que a Governança Corporativa não é a única ferramenta disponível, mas é essencial para se conseguir um negócio sólido e que perpetue. Se a direção tomada for outra, há grandes chances de fracassar ao longo do caminho.

“Isso porque, invariavelmente, ocorrerão conflitos entre os sócios, sucessões erradas, disputa de poder, imagem difusa entre a operação e a estratégia, visão imediatista, interferência na gestão, entre outros”.

“O processo pode ser custoso para uma empresa em expansão, porém, se mostra imprescindível para sua permanência e consolidação nos cenários nacional e mundial”, finaliza o diretor da Cinco Global.

Por crescimento, empresas devem investir em governança corporativa, diz especialista

Em um mercado global competitivo, não há como se pensar numa empresa que não possua direcionamentos fincados nas práticas de Governança Corporativa. Em resumo, esse termo se refere ao conjunto de processos, normas, procedimentos, decisões e ideias que demonstram a forma como uma empresa é “governada” e monitorada.

“Há quatro princípios básicos: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa”, explica Amauri Nóbrega, sócio fundador da Cinco Global, empresa especializada em projetos de consultoria em Gestão Estratégica.

A estrutura de agentes num sistema de Governança Corporativa consiste em Conselho de Família, Acionistas/Sócios, Conselho de Administração, Diretoria/Gestão, Auditoria Independente e Conselho Fiscal.

A implantação da Governança Corporativa acarreta em diversos benefícios que ajudarão a perpetuação da empresa. De acordo com o especialista, há uma separação mais clara de papéis, maior grau de formalização, minimização de conflitos, maior transparência nas sucessões, maior controle dos riscos corporativos, ajuda nos processos de tomada de decisão e, principalmente, acesso ao capital com custos mais acessíveis.

Segundo Nóbrega, o sistema permite maiores chances para crescimento, principalmente se o negócio está em um mercado em franca expansão. “O momento certo para iniciar um processo de governança é quando a empresa deseja alçar voos mais altos e precisa de capital para isso.”

Indicado até para empresas familiares

O processo de implantação das boas práticas de Governança Corporativa é recomendado não só a grandes empresas de capital aberto ou fechado, mas também para negócios familiares, que estão em processo de sucessão de comando, ou empresas privadas que desejam se financiar através da abertura de capital.

“Alguns podem até dizer que todas as organizações devem iniciar esse processo, o que é verdade, porém, é um processo que demanda de todos os seus acionistas e diretores o investimento de tempo e dinheiro”, sinaliza o especialista.

Se a empresa deseja se expandir, buscar investidores ou mesmo abrir o capital através de um IPO, o processo deve ser iniciado com bastante antecedência de, no mínimo, cinco anos. “A maturidade deve ter sido atingida e o processo iniciado, visando o patamar que se deseja alcançar”, ressalta Nóbrega.

O consultor explica que a Governança Corporativa não é a única ferramenta disponível, mas é essencial para se conseguir um negócio sólido e que perpetue. Se a direção tomada for outra, há grandes chances de fracassar ao longo do caminho.

“Isso porque, invariavelmente, ocorrerão conflitos entre os sócios, sucessões erradas, disputa de poder, imagem difusa entre a operação e a estratégia, visão imediatista, interferência na gestão, entre outros”.

“O processo pode ser custoso para uma empresa em expansão, porém, se mostra imprescindível para sua permanência e consolidação nos cenários nacional e mundial”, finaliza o diretor da Cinco Global.

Economia brasileira cresceu à taxa média anual de 3,7% entre 2000 e 2011

O crescimento econômico médio anual do Brasil entre 2000 e 2011 ficou em 3,7%, segundo revisão divulgada ontem (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IBGE revisou as taxas de crescimento desde 2000 devido à adoção de uma nova metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

A taxa média calculada pela metodologia anterior era de 3,5%, ou seja, 0,2 ponto percentual abaixo da média calculada de acordo com a nova metodologia. As mudanças seguem recomendações do Manual Internacional de Contas Nacionais (SNA 2008), da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial.

“Em 2011, nós iniciamos um processo de revisão do sistema de contas nacionais, baseado no novo manual. Todos os países iriam se empenhar na sua implementação para que os sistemas de contas nacionais do mundo pudesse ser comparável. Hoje, finalmente, damos início à divulgação da nova série de contas nacionais”, disse a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar.

Com a revisão, a taxa de crescimento do PIB em 2011, por exemplo, passou de 2,7% para 3,9%. A de 2010 passou de 7,5% para 7,6%.

A nova metodologia de cálculo considera classificações de diversos produtos e serviços, dados do Censo Agropecuário de 2006, da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009, do Censo Demográfico de 2010 e a atualização da estrutura de impostos.

Os novos cálculos também provocaram uma mudança na participação das atividades econômicas no Produto Interno Bruto (PIB). A agropecuária, por exemplo, que em 2011 respondia por 5,5% do setor produtivo nacional, passou a representar 5,1%. A indústria também teve queda em sua participação em 2011, ao passar de 27,5% para 27,2% na nova série. Os serviços ganharam participação, ao passar de 67% para 67,7%.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias e do governo passou a representar 79% em 2011, segundo a nova série. Na série antiga, eles respondiam por 81%. Os investimentos, que em 2011 tinham 19,7% de participação, passaram para 21,8%. As exportações passaram de 11,9% para 11,5%, enquanto as importações caíram de 12,6% para 12,2%.

Claro lidera crescimento de mercado em Pernambuco

A Claro liderou o crescimento de mercado no mês de janeiro, com aumento de 0,27 ponto percentual em Pernambuco, segundo o último balanço divulgado pela Anatel. A companhia concluiu o mês com 29,40% de market share e com a adição de mais de 49,8 mil novos clientes em sua base.

Na regional Nordeste, a Claro foi a operadora que conquistou mais consumidores em janeiro, totalizando mais de 141,9 mil novos assinantes. A empresa também registrou aumento de 0,08 p.p em participação de mercado na região e fechou o mês com 29,27% de market share.

Crescimento no número de ciclistas exige investimento em ciclovias

O uso das bicicletas como meio de transporte tem atraído mais adeptos a cada dia, em especial no verão, quando as temperaturas e o horário especial favorecem a prática de exercícios e a troca do carro pelas duas rodas. O seu uso auxilia no conceito de mobilidade urbana e também como forma de inclusão social, de redução e eliminação de agentes poluentes e na melhoria da saúde da população. Porém, para inserção nos deslocamentos urbanos faz com que seja necessária uma abordagem dentro de um plano macro que preveja integração com os demais meios e modais.

Além disso, muitas ciclovias são construídas fora dos padrões de segurança estabelecidos. Para o diretor e  especialista em trânsito da Perkons, Luiz Gustavo Campos, é necessário que as políticas públicas tratem adequadamente o tema, pois enquanto os gestores não considerarem transportes não motorizados como parte do sistema e com prioridade, não haverá melhora significativa. “Precisamos ter uma infraestrutura de cidade que diminua a necessidade de viagens motorizadas. Ainda é comum vermos ciclovias com extensão limitada, com trechos que não se conectam, sem integração com os outros tipos de transportes e poucos (ou nenhum) estacionamentos seguros. Por isso, a importância de implantação de um sistema cicloviário integrado”, detalha.

A ciclovia, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), implica na segregação física do ciclista em relação ao tráfego motorizado. São indicadas para avenidas e vias expressas, pois protegem o usuário da bicicleta da circulação rápida e intensa e podem ou não ter seu espaço compartilhado com pedestres. Para melhorar as ciclovias brasileiras é preciso sensibilizar o poder público e a sociedade para a importância do uso da bicicleta como mobilidade cotidiana, de acordo com a doutora em mobilidade não motorizada, consultora e professora, Maria Ermelina Malatesta. “Algumas medidas como a Lei Federal de Mobilidade Urbana já começaram este processo”, afirma.

Para o presidente do Clube dos Amigos da Bike, Sergio Augusto Affonso, quanto mais usadas forem as ciclovias mais elas serão melhoradas. Ele acredita que estamos no caminho correto ao investir em ciclovias e que se o poder público der continuidade aos projetos, em um futuro próximo, mais pessoas irão utilizar a bicicleta, melhorando o trânsito, o ar e a qualidade de vida, já que uma bicicleta a mais pode ser um carro a menos. “As ciclovias com certeza ajudam os ciclistas e diminuem os riscos de acidentes, pois pedalar em locais não delimitados é muito mais perigoso”, avalia.

Ciclovias internacionais chegam à maturidade enquanto no Brasil surgem os primeiros avanços

Na Eslováquia, surgiu um projeto para aperfeiçoar as vias utilizadas por ciclistas. A ação, nomeada “bikes without borders”, tem a inclusão da Áustria e da Hungria, além da ajuda de fundos comunitários. Entre as vantagens proporcionadas pelas ciclovias estão melhorias ambientais e de saúde pública, por meio do ecoturismo, já que a entrada de turistas para as três capitais passa a ser compartilhada com estas ciclovias internacionais, que interligam as localidades. A ideia tem recebido participação de outras cidades da região, que enxergaram no projeto oportunidades de melhorar seu potencial econômico.

Em São Paulo, o número de ciclistas cresceu 50% em um ano, de acordo com pesquisa Ibope. Os dados mostram que em 2014 a cidade conquistou 86,1 mil ciclistas. Em parte, o período coincide com a ampliação das ciclovias da capital paulista. Em 2013, o levantamento sinalizou que 174,1 mil pessoas utilizavam bicicletas como meio de transporte diário, um ano depois o dado subiu para 261 mil.

Já em Curitiba, recentemente foi sancionada a lei nº 14.594, chamada de Lei da Bicicleta. A nova legislação institui a bicicleta como modal de transporte regular de interesse social na capital paranaense e determina que 5% das vias urbanas sejam destinadas a construção de vias para ciclistas.

Com a nova lei, a construção das ciclovias passa a seguir um padrão, que inclui, entre outros itens, mão única em cada faixa, no mesmo sentido dos carros; demarcação dos símbolos de bicicleta no pavimento no mesmo sentido da faixa; largura de pelo menos 1,5 metro para o ciclista pedalar com conforto; pavimento demarcado por contraste de cor de acordo com a orientação do Departamento Nacional de Trânsito; instalação de tachões bidirecionais na cor amarela para separar a ciclofaixa das ruas e avenidas.

Crescimento no número de ciclistas exige investimento em ciclovias

O uso das bicicletas como meio de transporte tem atraído mais adeptos a cada dia, em especial no verão, quando as temperaturas e o horário especial favorecem a prática de exercícios e a troca do carro pelas duas rodas. O seu uso auxilia no conceito de mobilidade urbana e também como forma de inclusão social, de redução e eliminação de agentes poluentes e na melhoria da saúde da população. Porém, para inserção nos deslocamentos urbanos faz com que seja necessária uma abordagem dentro de um plano macro que preveja integração com os demais meios e modais.

Além disso, muitas ciclovias são construídas fora dos padrões de segurança estabelecidos. Para o diretor e  especialista em trânsito da Perkons, Luiz Gustavo Campos, é necessário que as políticas públicas tratem adequadamente o tema, pois enquanto os gestores não considerarem transportes não motorizados como parte do sistema e com prioridade, não haverá melhora significativa. “Precisamos ter uma infraestrutura de cidade que diminua a necessidade de viagens motorizadas. Ainda é comum vermos ciclovias com extensão limitada, com trechos que não se conectam, sem integração com os outros tipos de transportes e poucos (ou nenhum) estacionamentos seguros. Por isso, a importância de implantação de um sistema cicloviário integrado”, detalha.

A ciclovia, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), implica na segregação física do ciclista em relação ao tráfego motorizado. São indicadas para avenidas e vias expressas, pois protegem o usuário da bicicleta da circulação rápida e intensa e podem ou não ter seu espaço compartilhado com pedestres. Para melhorar as ciclovias brasileiras é preciso sensibilizar o poder público e a sociedade para a importância do uso da bicicleta como mobilidade cotidiana, de acordo com a doutora em mobilidade não motorizada, consultora e professora, Maria Ermelina Malatesta. “Algumas medidas como a Lei Federal de Mobilidade Urbana já começaram este processo”, afirma.

Para o presidente do Clube dos Amigos da Bike, Sergio Augusto Affonso, quanto mais usadas forem as ciclovias mais elas serão melhoradas. Ele acredita que estamos no caminho correto ao investir em ciclovias e que se o poder público der continuidade aos projetos, em um futuro próximo, mais pessoas irão utilizar a bicicleta, melhorando o trânsito, o ar e a qualidade de vida, já que uma bicicleta a mais pode ser um carro a menos. “As ciclovias com certeza ajudam os ciclistas e diminuem os riscos de acidentes, pois pedalar em locais não delimitados é muito mais perigoso”, avalia.

Ciclovias internacionais chegam à maturidade enquanto no Brasil surgem os primeiros avanços

Na Eslováquia, surgiu um projeto para aperfeiçoar as vias utilizadas por ciclistas. A ação, nomeada “bikes without borders”, tem a inclusão da Áustria e da Hungria, além da ajuda de fundos comunitários. Entre as vantagens proporcionadas pelas ciclovias estão melhorias ambientais e de saúde pública, por meio do ecoturismo, já que a entrada de turistas para as três capitais passa a ser compartilhada com estas ciclovias internacionais, que interligam as localidades. A ideia tem recebido participação de outras cidades da região, que enxergaram no projeto oportunidades de melhorar seu potencial econômico.

Em São Paulo, o número de ciclistas cresceu 50% em um ano, de acordo com pesquisa Ibope. Os dados mostram que em 2014 a cidade conquistou 86,1 mil ciclistas. Em parte, o período coincide com a ampliação das ciclovias da capital paulista. Em 2013, o levantamento sinalizou que 174,1 mil pessoas utilizavam bicicletas como meio de transporte diário, um ano depois o dado subiu para 261 mil.

Já em Curitiba, recentemente foi sancionada a lei nº 14.594, chamada de Lei da Bicicleta. A nova legislação institui a bicicleta como modal de transporte regular de interesse social na capital paranaense e determina que 5% das vias urbanas sejam destinadas a construção de vias para ciclistas.

Com a nova lei, a construção das ciclovias passa a seguir um padrão, que inclui, entre outros itens, mão única em cada faixa, no mesmo sentido dos carros; demarcação dos símbolos de bicicleta no pavimento no mesmo sentido da faixa; largura de pelo menos 1,5 metro para o ciclista pedalar com conforto; pavimento demarcado por contraste de cor de acordo com a orientação do Departamento Nacional de Trânsito; instalação de tachões bidirecionais na cor amarela para separar a ciclofaixa das ruas e avenidas.

Brasil quer convencer G20 de que vai crescer

O governo brasileiro quer “convencer” o G20 de que está no caminho certo para aumentar a confiança no país e retomar o crescimento da economia a partir de 2016. Foi o que disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, neste domingo (8), em Istambul (Turquia), onde os ministros de finanças e chefes de BC das 20 maiores economias se reúnem até esta terça-feira (10).

“Tenho a ambição de convencê-los de que temos a agenda certa para melhorar a confiança no Brasil nos próximos anos e de que as políticas que estamos implementando criarão uma melhor perspectiva econômica no médio prazo, começando em 2016”, afirmou o presidente do BC, ao responder sobre as intenções do Brasil na cúpula na Turquia.

Tombini foi o convidado especial de um almoço com banqueiros e empresários em evento do IFF (Instituto Internacional de Finanças), que precede o G20.

O encontro em Istambul ocorre num momento em que a Europa passa por turbulência após pacote do BCE (Banco Central Europeu) de 1 trilhão de euros para estimular a economia do continente e a chegada de um novo governo na Grécia ameaçando não honrar seus compromissos financeiros. (Folha de S. Paulo)