Em tempos de crise, estratégias nas empresas podem trazer bons resultados

Devido ao tempo de crise no Brasil, muitas empresas, grandes ou pequenas, acabam demitindo funcionários e, consequentemente, resulta na diminuição da qualidade do serviço. Com isso, mais na frente, pode-se perder clientes e sobrecarregar quem fica na empresa, comprometendo a organização no ambiente de trabalho. Em um momento delicado, com o corte de funcionários e com os gastos rotineiros, é natural que surjam as dúvidas, principalmente do que fazer e como agir quando o momento da empresa não está proporcionando um bom retorno.

Toda equipe que trabalha por saldos positivos dentro de um determinado ambiente tende a realizar o seu serviço para gerar boas vendas, boa produção e tudo que favoreça tanto o seu serviço como o negócio. A Estratégias e Resultados Consultoria Empresarial é responsável justamente pelo papel de montar planos que podem, mesmo em tempos de crise, levantar a empresa somando pontos positivos e, consequentemente, diminuindo os pontos negativos.

Ela faz com que a empresa alcance a visibilidade de mercado e posicionamento diante dos consumidores e dos concorrentes, buscando equilibrar para formação de novas práticas e transformações de práticas já existentes.

Para uma empresa que já vem com pontos negativos é interessante que haja uma consultoria interna, onde será realizada qualificação de equipes e negociações com a constante busca de novas práticas de mercado e visibilidade em seu campo de atividade e desempenho. Alguns empresários devem se perguntar se isso realmente pode funcionar, principalmente quando o momento não está favorável financeiramente.

“No momento de tempestade é preciso se proteger dos possíveis danos e aguardar a mudança desse tempo para enfrentar a realidade vivida. Durante o tempo de crise é primordial cuidar da empresa e da equipe, sem perder o foco no negócio e sem entrar em desespero para que o problema seja resolvido. A empresa quando passa por uma crise fica muito vulnerável, por isso o planejamento e as estratégias que possibilitem planejar e inovar são muito importantes. Nessa crise que o Brasil vivencia quem tem planejamento, preparação e foco definido pode aguardar com tranquilidade e renovação”, explica a consultora em gestão, Vanderli Paes.

O serviço de consultoria não só é indicado em tempos de crise, ao contrário, é importante que se tenha uma organização interna antes mesmo que aconteça algum tipo de problema, tendo em vista que, quando houver qualquer desgaste, não chegue com tanto impacto. A empresa que tem uma boa consultoria também é mais confiável e traz mais segurança e conforto ao cliente.

Estratégias e Resultados Consultoria

Atuando no mercado caruaruense há 20 anos, a Estratégias e Resultados é comprometida em apresentar soluções estratégicas para obter o melhor resultado para seus clientes. Tendo como sócios os consultores em gestão estratégica, Vanderli Paes e Allyson Hildegard, a empresa é licenciada para utilizar a metodologia TGI Consultoria em Gestão.

Dilma pede união para ajudar Brasil a superar crise e voltar a crescer

Depois de dizer que o novo plano de concessões de infraestrutura representa uma “virada de página” do governo para a retomada do crescimento da economia, a presidenta Dilma Rousseff pediu hoje (9) união para que o país possa superar obstáculos e voltar a se desenvolver.

“Todos nós devemos nos juntar para realizar um trabalho conjunto em favor dos interesses nacionais. O verdadeiro exercício da democracia, sobretudo o verdadeiro exercício da relação construtiva do país, de uma nação, é tarefa de todos nós, cada um fazendo a sua parte”, disse ela, em discurso durante o lançamento da nova etapa do Programa de Investimentos em Logística.

Dilma defendeu “a tolerância do convívio” e destacou a necessidade de parcerias como a que o governo terá com os estados e a iniciativa privada para levar adiante os investimentos em concessões de infraestrutura. “Isso não significa que tenhamos todos o mesmo entendimento, a mesma compreensão, os mesmos posicionamentos, mas significa que temos todos a tolerância do convívio, e, sem exceção, a consciência de que construir um país e uma nação é tarefa de todos, não é tarefa de poucos.”

A presidenta destacou que a sua condução política é uma “fonte” e uma “ponte” de diálogo. “Quanto mais rápidos nos unirmos, mais rápido vamos vencer os obstáculos.”

A nova etapa do Programa de Investimento em Logística prevê a aplicação de R$ 198,4 bilhões, com o objetivo de destravar a economia nos próximos anos. Para as rodovias, serão destinados R$ 66,1 bilhões. As ferrovias receberão R$ 86,4 bilhões. Já os investimentos nos portos somam R$ 37,4 bilhões e aos aeroportos serão destinados R$ 8,5 bilhões.

Do total de recursos previstos, R$ 69,2 bilhões serão investidos entre 2015 e 2018. A partir de 2019, o programa prevê investimentos de R$ 129,2 bilhões.

Da Agência Brasil

Reunião discute o futuro da avicultura pernambucana em meio à crise

O aumento no preço do milho, soja e farelo, acompanhado da disparada no valor do combustível, frete e do dólar americano provoca um cenário de crise para a avicultura pernambucana, responsável por gerar 150 mil empregos diretos e indiretos no Estado. O problema afeta desde pequenos criadores até grandes produtores. A atual situação do setor será apresentada nesta terça-feira (2), às 10h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), pelo presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), o agrônomo Edival Veras.

As dificuldades começaram nos últimos anos, durante o início do período de seca pelo qual passa o Estado, e que segue provocando reflexos em vários municípios. Entre eles, São Bento do Una e Garanhuns, onde a avicultura gera trinta mil empregos diretos, sendo uns dos mais importantes produtores avícolas em Pernambuco, que já sente os efeitos da crise econômica. De acordo com o presidente da Avipe, já houve aumento de 20% no custo devido à falta d’água principalmente no Agreste e Sertão de Pernambuco. “O produtor está tendo um custo de R$ 2,80, em média, para produzir um quilo de frango e vendendo até abaixo disso”, afirmou o agrônomo.

Ainda segundo Veras, a Avipe “pede o empenho do Governo para pensar em conjunto uma solução para o setor.” O convite foi feito por meio da Comissão da Agricultura, Pecuária e Política Rural da Alepe, presidida pelo deputado estadual Miguel Coelho (PSB).

A crise também atinge o país como um todo. Porém, devido ao surto de Influenza aviária registrado nos Estados Unidos nos últimos meses e dos embargos dados à nação estadunidense por países como México, Canadá, China e Coreia do Sul -, o Brasil poderá lucrar na produção de carne de frango no mercado internacional, onde ocupa o primeiro lugar há duas décadas.

Crise afeta setores imobiliário e da construção civil

Pedro Augusto

Menos obras em andamento, vendas estagnadas e mais trabalhadores desempregados. Fazendo um pequeno trocadilho com o dito popular, hoje o “mercado não está para peixe” para os segmentos da construção civil e imobiliário de Caruaru. A principal responsável pelo mau desempenho já virou uma velha conhecida da população caruaruense: a crise financeira nacional. Em efeito dominó, ela vem provocando um dos piores resultados de ambos os setores dos últimos anos. Apesar de não contarem com números exatos, as avaliações de profissionais das áreas acabaram coincidindo, quando consultados sobre os seus cenários atuais.

Para os empresários João Melo e Alexandre Barbosa Maciel, respectivamente da construção civil e do segmento imobiliário, a demanda por serviços e produtos encontra-se em substancial queda. “Com a intensificação da crise, vários empreendimentos que estavam previstos para serem lançados acabaram sendo adiados. Como o momento atual é de cautela, deveremos observar neste ano um número reduzido de lançamentos. A situação só deverá melhorar mesmo quando o Governo Federal voltar a liberar recursos para obras públicas e do programa Minha Casa, Minha Vida”, avaliou João Melo.

Conhecedor a fundo do mercado imobiliário local, já que atua no setor há quase duas décadas, Alexandre Barbosa Maciel também apontou os efeitos da crise. “Hoje temos observado muita oferta e pouca demanda tanto na aquisição como no aluguel de imóveis. No que se refere à compra, as novas regras do Governo Federal para acesso ao crédito imobiliário têm prejudicado bastante não só o nosso setor, como também o da construção civil, porque vem dificultando o sistema de financiamento. Na prática, hoje os bancos só têm financiado 50% do valor do imóvel e não mais 80% como ocorria anteriormente. Isso tudo está freando as intenções dos consumidores.”

“Já no que diz respeito aos voltados para o aluguel, a crise também está provocando um efeito contrário ao previsto. Se no início do ano esperávamos pelo reajuste nos valores dos aluguéis, agora temos fechado contratos com preços 10% abaixo dos praticados em 2014. Acredito que essas dificuldades não só se estenderão para o restante do ano, como não se dissolverão em médio prazo”, acrescentou Maciel.
Um pouco mais otimista em relação a ele, João Melo espera por uma recuperação mais rápida do seu setor. “A construção civil já passou por situações semelhantes e, apesar das dificuldades, recuperou-se em pouco tempo. O déficit imobiliário permanece alto e investir em imóvel continuará sendo um bom negócio.”

É o que também aguarda o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Caruaru (Sintracon-Caruaru), Henrique Ramos. “Atualmente nossa entidade tem realizado entre 12 a 15 homologações de rescisões contratuais por dia. Para se ter ideia, neste mesmo período do ano passado, esse montante não chegava a dez. Isso quer dizer na prática que o desemprego vem aumentando na construção civil de Caruaru. Esperamos que o setor retome o seu fôlego para que a nossa categoria seja beneficiada”, explicou.

Artigo: A crise atual

 Por Tiê Felix

Um dos projetos da modernidade, resultante das revoluções burguesas é a educação universal. Há quem pense que há uma predisposição natural ao homem em aprender e desenvolver aptidões. Quem pensa assim desconhece que naturalmente ninguém quer se dispor a realizar alguma atividade se não tiver um retorno mínimo, inclusive financeiro.

Ninguém, nem mesmo as crianças, se disporão a aprender seja lá o que for se não houver o mínimo de disciplina e imposição: a educação só é possível se é imposta. Os estudiosos da pedagogia não fazem pesquisas tentando entender o problema da educação no Brasil não somente como um problema de método e didática, mas também de ordem social e, sobretudo, individual. A educação pressupõe responsabilização, já que o aprendizado é condicionado por aquele que aprende principalmente. Como chamar atenção dos alunos quando eles não conseguem ver um horizonte para além da alegria de terminar a penúria dos seus estudos? Como provar que vale a pena estudar onde só vemos ignorância, como no Brasil? Onde foi que a educação deu provas de valor em nosso país?

Numa sociedade desigual e injusta não faz sentido estudar. Numa sociedade em que os interesses mesquinhos e das indicações políticas predominam, de que adianta estudar se não tiver um pistolão que lhe encaixe em uma posição de conforto social? Nosso problema é que não há uma percepção clara da fraqueza que cerca as posições tomadas pelos agentes públicos. Quando há uma grande gama de pessoas que apenas estão ali ocupando aquele espaço por ordem política pouco há que se fazer na prática. Sabem todos os indicados que somente ocupam aquele espaço provisoriamente e que não pode fazer muita coisa já que o seu candidato daqui há alguns anos vai sair do poder. Enfim, não há durabilidade nas ações; longo prazo nem pensar, tudo é provisório.

Uma sociedade que não calcula suas possibilidades e que não se planeja não realiza nada, vive no marasmo do atraso. O Brasil é assim em todas as partes. Pela falta de organização daqueles que governam pouco se pode fazer no que diz respeito as grandes questões de longo prazo. Toda a desesperança política que ronda a opinião coletiva não é mais do que a falta de percepção do que está sendo feito agora com o fim de amenizar os problemas do futuro.

A crise que atinge nosso país atualmente não foi prevista e nem sequer foi vista. Não pensem que durante as campanhas políticas o Partido dos Trabalhadores estava mentindo quando as pioras subsequentes. Eles nem sequer sabiam disso, não tinham domínio sob aquilo que faziam, assim como agora também não tem. Tampouco outros grupos políticos hoje fariam diferente. Nosso problema é de outra ordem, é da ordem da honestidade e realismo que nos falta em todas as esferas. A hipocrisia do faz-de-conta-que-faz mantém a aparência de funcionamento numa sociedade que tudo está falido, da educação à política.

O que vemos hoje é o reajuste dos lucros desmesurados que devem ser ressarcidos as classes que dominam. Quem paga a conta são os despossuídos, os que nada tem e nada terão porque não tem governo para eles.

Tiê Felix é professor

Em Curitiba, especialistas debatem a crise da água

Ocorre nesta segunda-feira (23), o simpósio “Dia Mundial da Água 2015 – Enfrentando a crise”, no Auditório Mário de Mari – Campus da Indústria da Fiep, em Curitiba. Para discutir a crise dos recursos hídricos no Brasil estarão presentes autoridades e especialistas no assunto, entre eles: o representante da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) no Brasil, Alan Bojanic; o deputado federal e presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal, Júlio Lopes; o diretor-presidente da Sanepar, Mounir Chaowic; o superintendente de Gestão de Energia da Copasa, Paulo Roberto Cherem de Souza; o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA (Agência Nacional de Água), Sérgio Ayrimoraes; o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, entre outros convidados.

As palestras abordarão ações estratégicas e aplicações de tecnologias em temas como os cenários hídricos atual e futuro dos grandes centros, legislação, políticas públicas, soluções concretas para o desperdício, os conflitos entre os os usuários de água da agricultura, indústria e cidadãos comuns e entre estados.

O evento acontece a partir das 8h30 e é realizado pela Paraná Metrologia, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná – Fiep, Copel, Sanepar, Itaipu Binacional, Tecpar e Institutos Lactec. O Campus da Indústria da Fiep fica na Avenida Comendador Franco, 1.341, em Curitiba. Mais informações e inscrições pelo telefone 3362-6622 ou pelo site:www.diamundialdaagua.org.br.

Na crise, Dilma faz pronunciamento em rede

Confrontada com queda popularidade, fragilidade na articulação política e os desdobramentos da Operação Lava Jato, a presidente Dilma Rousseff vai utilizar um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão previsto para este domingo (8), para sair em defesa do governo. O mote da fala é a comemoração do Dia Internacional da Mulher.

O palanque eletrônico da presidente reforça a estratégia do Palácio do Planalto de aumentar a exposição de Dilma, que decidiu assumir o protagonismo da “batalha da comunicação” em uma tentativa de diminuir a rejeição à sua administração, reverter o cenário negativo e defender a posição do governo perante a opinião pública.

Em 2012, 2013 e 2014, Dilma também fez pronunciamentos por ocasião do Dia Internacional da Mulher, sempre aproveitando a oportunidade para dar recados. Em 2013, por exemplo, anunciou a isenção de impostos federais para produtos da cesta básica. Este será o 21º pronunciamento de Dilma em quatro anos e três meses de governo.

Segundo a reportagem apurou, a presidente deve aproveitar a fala em rede nacional para defender um pacote anticorrupção, que inclui propostas que endurecem as penas de funcionários públicos que tiveram enriquecimento ilícito e confiscam os bens oriundos da corrupção.

Dilma também deve sair em defesa do ajuste fiscal implantado pela equipe econômica e justificar a importância das medidas para a população.

O governo vem enfrentando forte resistência da oposição, de centrais sindicais e até mesmo da base aliada para conseguir aprovar mudanças nas regras de concessão de abono salarial, seguro-desemprego, seguro-defeso, pensão por morte e auxílio-doença. O Planalto insiste que as medidas não cortam direitos trabalhistas e sim corrigem distorções e ajudarão no equilíbrio fiscal.

Dilma também deverá usar o pronunciamento para insistir na mensagem de que o Brasil tem fundamentos sólidos na economia no enfrentamento da crise e iniciará um novo ciclo de desenvolvimento, com geração de emprego e renda. Na última segunda-feira, o boletim Focus do Banco Central mostrou que piorou a previsão de economistas com o desempenho do País neste ano. A expectativa de retração do PIB passou de 0,5% para 0,58% em uma semana, o que seria a pior recessão dos últimos 25 anos.

Casa da Mulher
No pronunciamento, a presidente vai exaltar as políticas sociais dirigidas para o público feminino, como a implantação da Casa da Mulher Brasileira, espaço que reúne os principais serviços para o atendimento integral de vítimas de violência, como delegacias especializadas, defensorias e promotorias. O programa é considerado uma das principais vitrines do segundo governo da presidente.

A primeira unidade, em Campo Grande, foi inaugurada por Dilma em 3 de fevereiro, em sua primeira viagem oficial pelo Brasil no segundo mandato. A próxima deverá ser entregue em abril, em Brasília.

Queda na avaliação do governo Dilma “é momentânea”, diz ministra Ideli Salvatti

A queda na avaliação do governo da presidenta Dilma Rousseff, apontada pela pesquisa DataFolha, é “momentânea”, disse há pouco a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, à Agência Brasil.

Segundo pesquisa DataFolha divulgada sábado (7), o percentual daqueles que avaliam o governo da presidenta Dilma como ótimo ou bom caiu de 42% para 23% e o índice dos que consideram ruim ou péssimo passou de 24% para 44%.

Ao participar de evento no Superior Tribunal Militar, Ideli Salvatti disse estar convencida de que, passada a fase de “ajustes” promovidos pelo governo, a avaliação do governo deve se recuperar ao longo do ano.

“Avaliações são sempre momentâneas e estamos absolutamente convencidos de que vamos recuperar [a confiança do eleitor] com as medidas que vão ser adotadas ao longo deste primeiro ano de segundo mandato da presidenta”, disse a ministra.

Para Ideli, “as conjunturas” – como o anúncio da elevação de impostos e as denúncias de corrupção na Petrobras – tiveram impacto nas avaliações da população. “Mas da mesma forma que impactam negativamente, as ações que serão adotadas e praticadas pela governo da presidenta Dilma, não tenho a menor dúvida, farão sua avaliação subir novamente”, argumentou a ministra.

Crise hídrica já eleva o custo de vida do consumidor, aponta Fecomercio

A crise no abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo, em curso desde o ano passado, já refletiu no custo de vida do paulistano. Segundo o Custo de Vida por Classe Social (CVCS) para a região metropolitana de São Paulo, apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), sofreram impacto grupos como Alimentação e bebidas e Habitação.

Enquanto os preços de produtos e serviços cresceram em média 6% no acumulado de 2014, o subgrupo Refrigerante e água mineral – subitem do grupo Alimentação e bebidas, integrante do grupo Alimentação no domicílio – registrou incremento de 13,3% no período. Em 2013, o subgrupo havia se elevado em 6,73%.

Quando se avalia o mesmo subitem, de Refrigerante e água mineral, no grupo Alimentação fora do domicílio, o aumento detectado foi de 6,43%, enquanto em 2013 a alta havia sido de 11,63%. A elevação dos preços foi maior em 2013, pois não houve reajuste de imposto sobre bebidas frias em 2014. Com isso, o repasse de custos ao consumidor direto por estabelecimentos como bares e restaurantes – que possuem estoques menores do que supermercados, por exemplo – foi menor no ano passado.

De acordo com o levantamento, o peso desses dois subitens, dentro e fora do domicílio, somados, atingiu praticamente 1% do peso geral do CVCS. Isso significa que esses aumentos provocaram um impacto de 0,1 ponto porcentual no total do índice de 2014. Ou seja, se os preços do grupo estivessem estáveis, o CVCS encerraria o ano com alta de 5,9% (e não de 6%). Em 2013, a contribuição desses dois subitens foi ligeiramente inferior: de 0,08%.

Em Habitação, o impacto foi diferente em dois subitens que integram o grupo. Enquanto os preços médios do subitem Taxa de água e esgoto, cujo peso é de 1,3% no CVCS geral, acumularam queda de 27,34% em 2014 (graças à adoção de bonificação para os consumidores que economizassem água), o subitem Energia elétrica residencial encerrou 2014 com incremento de 16,49% – contribuindo com 0,54% de aumento no índice geral. O motivo foi o maior uso de energia térmica para complementar o abastecimento, dependente de hidrelétricas.

Na avaliação da FecomercioSP, além de encurtar o poder de compra das famílias, tanto a água como a energia são essenciais para a sobrevivência humana e para o setor produtivo. Em 2015, os preços desses bens essenciais tendem a se manter elevados até que haja uma reversão da atual situação.

Tratamento tributário diferenciado
Com o anúncio da redução da base de cálculo da água, publicado nesta terça-feira (3) no Diário Oficial, enquadrando o recurso como um item da cesta básica, a FecomercioSP avalia que os preços devem sofrer menor pressão altista, tendo em vista que a carga tributária incidente passa a ser menor.

O decreto altera a base de cálculo do ICMS e é válido para embalagens retornáveis de dez a 20 litros.

Com a alteração, um garrafão de água de 20 litros com o valor de R$ 13,50, com alíquota atual de 18%, passará a ter carga tributária de 7%. Isso significa que esse mesmo item passará a custar cerca de R$ 12, ou seja, deve haver uma queda estimada de 11%. Levando em conta que o peso da água na composição geral do IPV (Índice de Preços do Varejo, que compõe o CVCS) é de 0,95%, a medida deve implicar um recuo de -0,12 ponto porcentual no indicador.

A assessoria econômica reforça que não houve uma alteração de alíquota, somente a base de cálculo foi modificada para se chegar a uma nova carga tributária, por meio da redução da base de cálculo. Esse tipo de alteração é concedida pelo Poder Executivo via decreto, focando em produtos específicos de acordo com o cenário econômico.

Metodologia
O Custo de Vida por Classe Social (CVCS) é formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV) e utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Contemplam as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços e o IPV, 181 produtos de consumo.

Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), ela representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 155 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista – aproximadamente 4% do PIB brasileiro -, gerando em torno de cinco milhões de empregos.

Na Alepe, Tony Gel analisa a crise hídrica no País

A crise hídrica brasileira foi abordada em discurso pelo deputado Tony Gel(PMDB), na primeira Reunião Plenária ordinária da Assembleia Legislativa, nesta terça (03). O parlamentar afirmou que nunca houve situação tão grave no País no que diz respeito ao abastecimento d´água.

Tony Gel lembrou que trata do assunto desde o início de sua vida pública e que atuou durante os mandatos de deputado federal para a construção do sistema de Jucazinho. De acordo com o parlamentar, a obra, projetada inicialmente para atender a pouco mais de dez cidades, hoje abastece mais de 15 municípios, além de povoados e vilas.

Ele informou que o sistema envia mais de cem litros por segundo a Santa Cruz do Capibaribe e São Caetano, também abastecendo carros-pipas que socorrem regiões que sofrem com a estiagem.

Tony Gel citou a lei baseada em projeto de sua autoria que trata do uso racional da água e que ainda aguarda regulamentação pelo Executivo. Segundo a norma, todo grande empreendimento instalado em Pernambuco deverá contar com um sistema de reaproveitamento hídrico.

A Lei nº 14.572, sancionada em 2011, visa à promoção de medidas necessárias à conservação, à redução do desperdício e à utilização de fontes alternativas para a captação e o aproveitamento da água nas edificações, bem como a conscientização dos usuários sobre essa importância.