Promessa de presídio não resolve problema do sistema prisional, diz Silvio Costa

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A construção de um novo presídio de segurança máxima no Estado, ainda sem recursos garantidos ou localização definida, como anunciado às pressas pelo governador do Estado, Paulo Câmara, não é a solução para o problema do degradado sistema prisional de Pernambuco. O debate sobre a nova promessa do Governo do Estado foi levado ao Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na tarde desta quarta-feira, pelo deputado Silvio Costa Filho (PTB), líder da Bancada de Oposição.

Segundo o parlamentar, sempre que é surpreendido com uma agenda negativa, o Governo reage fazendo promessas. “Foi assim agora, depois que Pernambuco foi apontado como o Estado que possui o pior sistema prisional do País, quando a resposta foi o anúncio de um novo presídio de segurança máxima, mas sem dizer quando e como será feito e qual será a fonte de financiamento”, criticou o parlamentar.

O Estado tem uma série presídios em construção com as obras paradas, segundo dados da Caixa Econômica Federal, responsável pela gestão dos recursos para as obras. “Além de Itaquitinga, que foi apresentado ao País como base de um novo modelo de gestão prisional que surgiria em Pernambuco e que até hoje não se sabe quando ficará pronto, há uma coleção de projetos paralisados no Estado. O presídio de Araçoiaba, por exemplo, que teve o convênio assinado em 2012 e terá 800 vagas, tem apenas 0,16% de execução realizada, porque faltou o Governo fazer a terraplanagem do terreno. Outro exemplo é a ampliação do Aníbal Bruno, que deveria ter sido entregue em 2010, mas ainda está em execução. Há um verdadeiro conjunto de ações prometidas à população, mas nada foi entregue”, destacou Costa Filho.

A deputada Priscila Krause (DEM) ressaltou a contradição no discurso do Governador Paulo Câmara, que há cerca de um mês garantiu que não iria começar nada novo. “No dia 22 de setembro, o governador afirmou que o momento era de fazer os serviços hoje oferecidos funcionarem e não começar nada novo. E que o cenário para 2016 prometia ser tão adverso como o de 2015, ou até pior. No anúncio do novo presídio foi dito também que o Estado terá que fazer a obra, mesmo que não venham recursos federais. Gostaria de saber o que mudou nesse período”, questionou.

Presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, o deputado Edilson Silva (PSOL), ressalta que o Governo responde críticas com promessas, como se estivesse ainda em campanha. “Será que ninguém avisou a ele que a campanha acabou e que ele já é governador? Essa situação dos presídios é extremamente grave e não se resolve com manchetes de jornal”, reforçou.

Para Silvio Costa Filho, o momento é de fazer funcionar bem o que o Estado já possui. “É preciso concluir as obras em execução, ampliar o número de agentes penitenciários e melhorar as condições internas dos presídios. Acreditamos na tese de que é preciso primeiro melhorar os serviços prestados hoje, para depois pensar em ampliar”, defendeu.

 

“Projeto tucano que vende pré-sal não vai andar”, diz Humberto

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Terminou sem acordo a primeira reunião da Comissão Especial criada para analisar o projeto de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) que retira a obrigatoriedade da Petrobras de ser a operadora exclusiva na exploração e produção de petróleo no pré-sal.

O impasse se deu na sessão da tarde desta quarta-feira (5) depois que o líder do PT do Senado, Humberto Costa (PE), e outros senadores da base aliada questionaram os critérios para a eleição do presidente e do relator da comissão.

Humberto afirmou que a composição dos cargos deve respeitar os princípios da proporcionalidade dos partidos, como determina o regimento interno da Casa. Além disso, segundo ele, “não há pressa nenhuma em discutir um projeto que quer desmantelar o regime de partilha e impedir a posição hegemônica da Petrobras sobre o Pré-Sal”.

Uma articulação sem consulta à maioria dos membros pretendia colocar o senador Otto Alencar (PSD-BA) na presidência da Comissão, como desejava o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e selar a indicação de Ricardo Ferraço (PMDB-ES) para a relatoria. Humberto, porém, ressaltou que os dois fazem parte do Bloco da Maioria (PMDB-PSD) e ainda têm posição favorável à proposta, o que poderia prejudicar o debate sobre a matéria.

“Nós estamos agora com duas pessoas do mesmo bloco na presidência e na relatoria. Não vamos aceitar isso, sem respeito ao critério de proporcionalidade: ambos do mesmo bloco parlamentar e favoráveis ao projeto tucano”, disse. Sem acordo, a reunião foi encerrada.

A Comissão Especial foi criada por ato do presidente Renan a pedido de senadores de diferentes partidos para que não se discutisse tema tão relevante e importante no plenário da Casa sem antes debatê-lo em um colegiado.

Duas reuniões já haviam sido marcadas, mas, por falta de quórum, não foram realizadas. O colegiado é formado por 14 senadores titulares e igual número de suplentes. O PT é contra a proposta.

Além de retirar a obrigatoriedade da Petrobras de ser a operadora única nos campos de exploração do pré-sal, o Projeto de Lei do Senado nº 131/2015, proposto por Serra, exclui também a a participação mínima de 30% da estatal nos consórcios de empresas que venham a ser contratados, mediante licitação, para exploração e produção de petróleo no pré-sal e em áreas estratégicas.

“A proposta fragiliza a estatal brasileira diante das companhias estrangeiras, ansiosas por expandir sua presença no riquíssimo mercado brasileiro de óleo e gás. A Petrobras já fez investimentos significativos no pré-sal e não pode ser, agora, jogada para fora do negócio dessa forma, em seu prejuízo e benefício dos seus concorrentes”, avalia o líder do PT.

Miguel Coelho critica valores abusivos nos voos Recife/Petrolina

Os altos preços das passagens para voos comerciais entre o Recife e Petrolina foram tema de debate, nesta terça-feira (04), na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Miguel Coelho (PSB) criticou as companhias aéreas que fazem a rota entre a capital pernambucana e o Sertão e classificou as tarifas como abusivas.

De acordo com o deputado, viajar de avião para Petrolina está ficando mais caro do que sair do País. “Fiz um levantamento rápido da média das passagens cobradas e o valor é superior a R$ 900,00, chegando até a R$ 1.500,00 por trecho. Muitas vezes é mais barato ir para a Colômbia ou Argentina do que ir para o Sertão”, reclamou o socialista.

Para Miguel, os valores cobrados ficaram ainda mais injustificados após o Governo do Estado reduzir os impostos cobrados às companhias aéreas. “O governador Paulo Câmara teve a sensibilidade de reduzir o ICMS do querosene de avião, mas o que vemos é que a lei foi aprovada, os voos para o Sertão diminuiram e os preços continuam altos.”

No ano passado, o aeroporto de Petrolina registrou quase 500 mil embarques e desembarques de passageiros, 5% acima da movimentação ocorrida em 2013. “Esse número é outra comprovação de que as empresas não tem justificativas para aumentar tanto os valores das passagens, pois o número de passageiros não diminuiu e as operadoras agora tem mais incentivos fiscais”, explicou o deputado.

Humberto: “Câmara rasgou a CLT na cara dos brasileiros”

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O líder do PT no Senado, Humberto Costa, criticou a aprovação na Câmara Federal do projeto que regulamenta a terceirização no País. Segundo o senador, a Casa deu “uma nova demonstração do quanto está desconectada da vontade popular”. A votação da matéria foi concluída na última quarta-feira (23) com 230 deputados a favor e 203 parlamentares contra a parte do texto mais polêmica, que permite terceirizar qualquer atividade. A proposta segue agora para apreciação no Senado.

“A despeito de todas as críticas da OAB, dos juízes do Trabalho, dos membros do Ministério Público do Trabalho e, principalmente, dos trabalhadores deste país, a maioria dos deputados optou por mandar para o lixo uma série de direitos trabalhistas históricos ao aprovar o projeto de lei da terceirização. Direitos conquistados em décadas de lutas, com o suor e o sangue de muitos homens e mulheres, foram implodidos numa conveniente articulação partidária. A Câmara rasgou a CLT na cara dos brasileiros, ignorando o imenso retrocesso que isso significa para a nossa sociedade”, disse Humberto.

Segundo Humberto, é importante que a população saiba quem votou contra os direitos trabalhistas. “A terceirização institui um regime paralelo de emprego precarizado, que dispersa a organização sindical, inviabilizando acordos e convenções coletivas, e fulmina direitos fundamentais dos trabalhadores, a partir do estímulo à ruptura da relação de emprego, à qual diversos benefícios estão associados”, explicou.

O senador também questionou a posição do PSDB, que chegou até a ensaiar posição contra o projeto de terceirização, mas acabou votando a favor da proposta. “O teatro da semana passada montado pelo PSDB mostrou-se uma farsa. E não é uma questão de ganhar ou perder a “guerra da comunicação”, como disse um deputado tucano. É uma questão de estar contra ou a favor dos trabalhadores deste país e de toda a legislação laboral que protege os seus direitos”, afirmou Humberto.

O líder do PT afirmou que a bancada do partido votará contra a proposta no Senado. “Não há qualquer negociação que possamos abrir relativa à terceirização da atividade-fim das empresas. Ou ela sai do texto do projeto ou nós votaremos contra ele”, disse e completou: “O PT não aceitará e não admitirá esse retrocesso democrático e esperamos que os trabalhadores do país encampem esta luta”.

Humberto pede debate elevado e critica discurso golpista da oposição

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta terça-feira (10), em seu primeiro discurso do ano no plenário da Casa, que a oposição ainda esperneia por conta do resultado das urnas do ano passado e segue disseminando o discurso “golpista raso e com argumentos frouxos” de impeachment contra a presidenta democraticamente eleita Dilma Rousseff.

Segundo o parlamentar, o discurso dos opositores agora é baseado em análises dos “cíclicos índices de aprovação e popularidade de governos”. “O debate é raso porque é respaldado em argumentos frouxos – alguns até encomendados e pagos a peso de ouro – feitos sob medida para prejudicar um governo legitimamente eleito, que acaba de começar”, declarou.

O senador acusou os partidos de oposição de usarem de maneira irresponsável um escândalo de corrupção e uma pesquisa de opinião pública negativa para querer fomentar o “fora, Dilma”. “Se forem nessa linha, peço que não esqueçam, também, de pegar o caso do trensalão tucano e a última Datafolha para usar contra o recém-empossado governador de São Paulo.

Garanto que ele cai no mesmo dia”, ressaltou.  Humberto lembrou ainda que, “mesmo com a queda nos índices de ótimo e bom após todas essas semanas de espancamento midiático”, a presidenta Dilma, neste primeiro ano de segundo mandato, ainda tem mais prestígio do que tinha Fernando Henrique Cardoso no primeiro ano do seu segundo período, em 1999.

O líder do PT conclamou os agentes políticos do país a ter responsabilidade e gosto pelo trabalho em que foram investidos pelos eleitores para tratar de temas relevantes para o cidadão, como as reformas política e tributária. “Muitos desses agentes se dizem investidos no papel de porta-vozes da sociedade, mas não vociferam aqui nada além do que a fala histérica de seus correligionários golpistas, gente que ainda hoje chama a ditadura de revolução”, disse.

O congressista acredita que a oposição ainda esperneia muito porque o projeto do PT, que tirou mais de 50 milhões de brasileiros da pobreza, saiu mais uma vez vitorioso das urnas. “O remédio amargo que eles sempre impuseram aos brasileiros não gerou outra coisa senão mais doença à população: mais pobreza, mais miséria, mais fome, mais FMI, mais desemprego, mais arrocho salarial”, enumerou.

Medidas econômicas

Ainda no discurso, o senador defendeu as medidas econômicas adotadas pela presidenta Dilma. Ele afirmou que, se por um lado os juros sobem atualmente, por outro o país mantém o controle sobre a inflação. O mesmo ocorre com a gasolina e o álcool. Se por um lado há reajuste no preço do combustível, por outro o Brasil teve um crescimento nominal de 95% nos seus investimentos em educação. “Se por um lado há adequação de tributos a novos patamares, por outro chegamos ao menor índice de desemprego da nossa história”, disse.

Sobre a relação do Executivo com o Legislativo, o senador declarou que não vê um cabo de guerra entre os dois poderes, como muitos querem fazer parecer. Para Humberto, tensões são naturais num sistema democrático, provocadas, muitas vezes, por diferença de visão política sobre determinados temas. “Mas isso não significa, mesmo porque atenta contra os princípios constitucionais, uma desarmonia que prejudique o funcionamento democrático”, analisa.

Auditores criticam prefeito sobre Prouni Recife

Publicada ontem no Diário Oficial do Recife, a Lei Municipal n.º 18.113, que instituiu o Programa Municipal Universidade Para Todos (Prouni Recife), está sendo criticada pelo Sindicato do Auditores Fiscais do Município do Recife (Afrem Sindical). A diretoria questiona o prefeito Geraldo Júlio por conta de a lei conter uma significativa renúncia de receitas de Imposto Sobre Serviços (ISS).

O Prouni Recife, que será executado sob a gestão da Secretaria de Juventude e Qualificação Profissional, tem a finalidade de conceder bolsas de estudos universitárias integrais para estudantes de cursos presenciais de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, autorizados pelo Ministério da Educação, participantes do Sistema Estadual de Educação ou ainda em funcionamento mediante regime de colaboração entre os estados da federação.

De acordo com o presidente do sindicato, Aurimenes dos Albuquerque Dias, o prefeito recebeu uma solicitação do Sindicato para retirar de tramitação o Projeto de Lei do Executivo (PLE – 51/]2014) do Prouni Municipal antes de ser aprovado pela Câmara Municipal do Recife. O ofício foi enviado e protocolado no dia 04.12.14.

“Constatamos que a lei acarretará um significativo valor da renúncia de receita de Imposto Sobre Serviços (ISS), além do fato de não ter uma adequada justiça fiscal”, argumentou.

No estudo feito pelo sindicato, constatou-se que das 11 instituições educacionais de ensino superior auferiram juntas, de janeiro a dezembro deste ano, R$ 520,4 milhões, e pagaram à vista R$ 23,78 milhões a título de ISS, valor que representa cerca de 3,22% do total do imposto arrecadado em todos os segmentos econômicos, à vista ou a prazo, inclusive de débitos inscritos em dívida ativa, ajuizados ou não.

Aurimenes explica que ao considerar a arrecadação anual R$ 739,00 milhões em 2014, incluído aí valores recebidos de débitos inscritos em dívida ativa, a renúncia aprovada que é de 0,48% no 1º ano, alcançará 1,93% no 4º ano do total de ISS arrecadado, representando, a valores de 2014, os patamares de R$ 3,57 milhões e R$ 14,28 milhões, respectivamente. “Esse é o quanto a Prefeitura perderá de fluxo de caixa, líquido e certo, anualmente, vez que o índice médio de adimplência em 2014 destas empresas foi de 97%, considerando que para cada R$ 100,00 de ISS devido em 2014, R$ 97,00 foi recolhido espontaneamente, sem a necessidade de qualquer ação direta administrativa-fiscal”.

O presidente explica que a lei aprovada, além de conceder o benefício fiscal de trocar imposto por prestação de serviço, ainda prevê isenção de ISS devido na forma de exclusão dos valores relativos às bolsas concedidas da base de cálculo da fração do imposto a ser pago, fazendo com que se eleve a renúncia de receita para valores superiores aos patamares mencionados.

No Twitter, Barbosa critica Dilma por consulta ao MP

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa fez nesta segunda-feira (22) uma interrupção na aposentadoria iniciada em julho para criticar a presidente da República, Dilma Rousseff, postando mensagens irônicas em sua página no Twitter.

Barbosa publicou quatro mensagens críticas à petista horas após ela afirmar que consultaria o Ministério Público Federal (MPF) antes de nomear os ministros de seu segundo governo. Segundo Dilma, a medida serve para saber se os cotados para o primeiro escalão do governo foram citados em depoimentos da Operação Lava Jato.

“Ministério Público é órgão de contenção do poder político. Existe para controlar-lhe os desvios, investigá-lo. Não para assessorá-lo”, reagiu Barbosa, no Twitter. Antes de ser nomeado ministro do Supremo em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa era integrante de carreira do MPF.

Em outra das mensagens, Joaquim Barbosa criticou indiretamente os cotados para assumir a cadeira vazia no STF desde sua aposentadoria. “Onde estão os áulicos tidos como candidatos a uma vaga no STF, que poderiam esclarecer: Ministério Público não é órgão de assessoria!!!”. Nos bastidores de Brasília, circula a informação de que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot chefe do MPF, trabalha para ser nomeado.

Barbosa disse ainda que Dilma é mal assessorada. “Há sinais claros de que a chefe do Estado brasileiro não dispõe de pessoas minimamente lúcidas para aconselhá-la em situações de crise”. Segundo ele, a atitude da presidente reeleita é sintoma de “degradação institucional”. Também na rede social, ele explicou o motivo: “Nossa presidente vai consultar órgão de persecução criminal antes de nomear um membro de seu governo!!!”

Ao longo deste ano, Barbosa foi sondado por integrantes da oposição a Dilma para se filiar a um partido e disputar um dos cargos em jogo. Candidatos oposicionistas ao Planalto, como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) chegaram a flertar com ele para obter apoio. Mas Barbosa não declarou apoio. Em eleições anteriores, ele admitiu ter votado em Lula e em Dilma. A assessoria da Presidência da República afirmou que não comentaria as críticas de Barbosa.

(Fonte: Estadão Conteúdo)

Em nota, FBC critica postura de Câmara sobre escolha da equipe de governo

O senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) lançou uma nota, nesta segunda-feira (15), criticando a postura do governador eleito Paulo Câmara (PSB) sobre a escolha de sua equipe de governo. O futuro parlamentar estava na expectativa de ser chamado para opinar sobre a formação da nova gestão.

Segundo ele, em uma reunião ocorrida no último sábado (13), Câmara pediu indicação para um nome de perfil técnico para a pasta de Desenvolvimento Econômico. De acordo com FBC, o nome foi recomendado, porém, na segunda-feira (14), o governador eleito comunicou ao senador que escolheria outro quadro.

A postura acabou irritando FBC que chegou a ligar para o prefeito Geraldo Julio (PSB). O senador eleito também não está presente no evento que marca o lançamento da nova equipe de governo.

Confira a nota na íntegra:

Por Fernando Bezerra Coelho

Desde o início dos trabalhos da equipe de transição que irá governar Pernambuco mantive a expectativa de ser chamado, no momento oportuno, para opinar sobre a formação da nova gestão. Acreditando que, com a experiência acumulada de quem já foi prefeito, secretário estadual em três gestões, deputado estadual, federal e ministro, teria colaborações a oferecer neste momento tão importante.

Uma conversa chegou a ser marcada para a última quinta-feira, depois remarcada para o sábado. Nesta reunião, em que não me foi solicitada opinião sobre a nova estrutura de governo e a formação da sua equipe, o governador eleito Paulo Câmara me pediu que indicasse um nome de perfil técnico para liderar a secretaria de Desenvolvimento Econômico, no que foi prontamente atendido.

Na madrugada da segunda feira, porém, recebi mensagem do governador comunicando a sua escolha por um novo nome. Manifestei, também por mensagem, o meu desconforto. Tomei a iniciativa de registrar as minhas opiniões ao prefeito Geraldo Júlio sobre este processo que hoje se encerra. Como senador eleito de Pernambuco estou determinado a trabalhar pelos interesses do nosso Estado e me coloco à disposição, dentro da minha área de atuação parlamentar, para colaborar com o governo que se inicia, desejando todo o sucesso para a nova equipe.

Marina critica primeiras medidas econômicas de Dilma

Do Blog da Folha

A ex-ministra Marina Silva criticou duramente as primeiras medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff na economia após o segundo turno das eleições. Marina, que disputou a sucessão presidencial pelo PSB, não quis fazer comentários sobre os nomes cogitados para os ministérios do novo governo, mas acusou a presidente de tomar o rumo conservador, que na campanha tanto criticou.

A Executiva da Rede Sustentabilidade, partido que Marina não conseguiu ainda legalizar, realizou dois dias de reunião, em Brasília. A ex-ministra informou que os integrantes da agremiação, que se filiaram ao PSB para a disputa eleitoral deste ano, continuarão até que se consiga as cerca de 32 mil assinaturas, que ainda faltam para viabilizar o partido.

Marina acusou de “marketing selvagem” o que o PT teria feito durante a campanha e que agora se mostraria incoerente. “Uma coisa foi o marketing selvagem para se ganhar a eleição e outra coisa agora é a realidade. A nossa atitude de oposição independente é coerente com aquilo que falamos durante a campanha. Seremos contrários ao que julgarmos que seja ruim e favoráveis ao que for bom”, disse a ex-candidata.

Entre os pontos criticados por Marina está o aumento da taxa de juros e o anúncio da redução do superávit primário em 2014 logo após o fim das eleições. O Banco Central elevou a Selic de 11% para 11,25% ao ano em outubro, surpreendendo o mercado financeiro. “Uma outra coisa que antes era tratada como um tabu durante a campanha eram os preços administrados. E já vimos ações tomadas logo após a eleição. Esta é a diferença entre a realidade e o mundo colorido do marketing selvagem do PT”, completou.

Perguntada os nomes cogitados para o Ministério da Fazenda – primeiro Luiz Carlos Trabuco e, depois, Joaquim Levy, ambos do Bradesco – logo após o PT ter cunhado a expressão “candidata dos banqueiros” para classificar Marina durante a campanha, a ex-ministra afirmou preferir não comentar nomes antes de um anúncio oficial do governo.

Ainda assim, Marina lembrou que Levy foi braço direito do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e classificou o economista como “competente”. Ela lembrou que Palocci foi o responsável pelo superávit fiscal que superou a meta de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005 e chegou a 4,84%. “E a presidente Dilma criticou muito isso (a elevação do superávit) durante a campanha.”

Marina também não quis comentar a hipótese de a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) vir a assumir o Ministério da Agricultura. “Vivemos um momento delicado, de uma visão desenvolvimentista, que não respeita o meio ambiente. O código ambiental representou um retrocesso no Congresso e o desmatamento volta a crescer”, avaliou.

Já o porta-voz da Rede Sustentabilidade, Walter Feldman, complementou dizendo que as medidas de ajustes ficais que já vêm sendo tomadas pela presidente Dilma mostram que a economia, de fato, está em uma situação mais dramática do que a que era mostrada na campanha do PT. “Aquela história de pobres contra ricos, trabalhadores contra banqueiros, não se mostrou uma verdade como era dita na campanha da Dilma.”

Embora o PSB só deva anunciar sua posição em relação ao governo federal até 27 de novembro, próxima quinta-feira, a Rede Sustentabilidade já se declara “oposição” à gestão Dilma Rousseff. Antes da legalização do partido, a Rede evita fazer um balanço de parlamentares eleitos, mas, sem citar nomes de aliados, a estimativa é de que o novo partido tenha seis deputados estaduais, dois deputados federais e um senador na próxima legislatura.

Sobre as alianças estaduais, Feldman afirmou que a Rede participará dos governos apoiados pelo grupo nas eleições deste ano desde que a formação dessas gestões tenha afinidade programática com os ideais da Rede. “Vamos dar uma contribuição real a esses governos, e não apenas ocupar espaço. Indicaremos pessoas por critérios de capacidade técnica e administrativa. Queremos ter uma participação qualificada”, concluiu.

As deliberações da Executiva Nacional tomadas neste fim de semana serão levadas à reunião do diretório nacional da Rede Sustentabilidade, que ocorrerá no próximo mês. Somente em dezembro, portanto, a plataforma de oposição do grupo será concluída.

Edjaílson critica ausência do Nação Cultural

Foto: Câmara Municipal

Foto: Câmara Municipal

Um dos poucos vereadores a discursar na sessão desta quinta-feira (6), da Câmara, Edjailson da Caruforró, do PtdoB, criticou a ausência do Nação Cultural em Caruaru. Promovido em vários municípios do Estado, o evento seria realizado neste mês na cidade, porém foi cancelado.

“Não sei o que aconteceu neste ano, mas vou procurar apurar para saber o real motivo. O Nação Cultural é um projeto grandioso, acontece em diversas cidades de Pernambuco e não pode ficar de fora daqui. Inclusive, no ano passado, recordo-me muito bem das várias atividades promovidas no município. Lamentável!”.