Mulher de Cunha quebra perna e é internada

Jornal do Brasil

A jornalista Cláudia Cruz, esposa do ex-deputado preso na Lava Jato Eduardo Cunha e também investigada na operação, quebrou uma das pernas ao cair de bicicleta. As informações são da coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Ela foi internada no Barra D’Or, na Barra da Tijuca, e será operada.

No ano passado, procuradores da Lava Jato concluíram que Cláudia Cruz ocultou dinheiro de propina recebida pelo marido, além de omitir do Banco Central e da Receita Federal uma conta aberta por ela no exterior, que usou para transformar dinheiro público em sapatos e roupas de grife.

Em junho de 2016, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia oferecida pelos procuradores da Lava Jato contra Cláudia Cruz. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) na época, a denúncia foi oferecida face aos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas “envolvendo valores provenientes do esquema criminoso instalado na Diretoria Internacional da Petrobras”, dizia a nota do MPF. Com o recebimento da denúncia, Cláudia Cruz passou à condição de ré.

Filhos de Cunha não se preocupam com situação do pai

Radar Online

A família Cruz-Cunha parece tocar normalmente a vida mesmo com a Lava-Jato à porta. Com o patriarca preso desde outubro e a matriarca na mira de Sergio Moro, os filhos continuam a ostentar uma vida de luxo nas redes sociais.

Bárbara é a única filha de ambos. Mas nas redes parece uma celebridade com seus mais de 20 mil seguidores. Nas festas de fim de ano, compartilhou momentos em praias belíssimas. Ao longo de 2016, festas e restaurantes com o namorado. A mãe coruja vira e mexe comenta as publicações da filha com corações e aplausos.

Felipe é filho só de Eduardo. É menos ativo no Instagram do que a irmã. Mas no domingo (1) compartilhou um momento com os amigos em um show. Parece ter passado o Ano Novo em grande estilo.

Já Ghabriela Amorim é filha só de Cláudia. Passou o réveillon em Tapajós (PA), relaxando em praias e em passeios de barcos.

Na prisão, Cunha chama de burrada desunião do centrão

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso há cerca de dois meses pela Operação Lava Jato, teria criticado a aliados a desunião do chamado “centrão”, bloco parlamentar que gravitava em torno do peemedebista quando este era o presidente da Câmara. Segundo o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), o descontentamento de Cunha com os antigos aliados se deve à disputa pela presidência da Câmara.

Marun, que visitou Cunha nesta sexta-feira (30), no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR), disse que a conversa girou em torno da reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e dos candidatos do centrão, Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF).

“Coloquei para ele que Rodrigo era uma candidatura forte. Ele disse que era burrada do centrão não estar unido, mas não expressou brabeza com Rodrigo”, disse Marun em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

Segundo Marun, Cunha mostrou-se “triste, mas não desesperado” e “revoltado” com sua prisão. Ele também teria demonstrado estar bem informado sobre os rumos da política nacional.

“Da meia hora que conversamos, cerca de 20 minutos foram falando sobre a defesa dele, sobre pedidos de relaxamento de prisão. Ele reclama de sua situação jurídica, da aceitação das prisões preventivas e da dificuldade de ter para quem reclamar”, disse Marun.

STF: Defesa de Cunha denuncia pressão por delação

Em petição protocolada no Supremo Tribunal Federal, a defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que o ex-presidente da Câmara vem sofrendo “pressão” e “desumana violência psíquica” para que celebre um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.

A petição pedia a suspensão da transferência de Cunha da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba (PR) para o Complexo Médico Penal do Paraná. Cunha foi transferido nesta segunda-feira, 19, por determinação do juiz Sérgio Moro.

O pedido dos advogados foi distribuído nesta segunda-feira (19) ao ministro Teori Zavascki.

Moro marca interrogatório de Cunha para fevereiro

O juiz federal Sérgio Moro marcou o interrogatório do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o dia 7 de fevereiro de 2017, às 15h. Esta será a primeira vez que o ex-deputado prestará esclarecimentos diretamente ao magistrado símbolo da Operação Lava Jato.

A última testemunha de defesa de Eduardo Cunha prestou depoimento na manhã de hoje. O advogado José Tadeu de Chiara explicou à defesa de Eduardo Cunha como funcionam os “trusts”. O ex-presidente da Câmara acompanhou a audiência.

Eduardo Cunha foi preso preventivamente por ordem do juiz federal Sérgio Moro em 19 de outubro, em Brasília. O ex-presidente da Câmara é acusado, nesta ação, de ter solicitado e recebido, entre 2010 e 2011, no exercício de sua função como parlamentar e em razão dela, propina relacionada à aquisição, pela Petrobras de um campo de petróleo em Benin, na África. O ex-presidente da Câmara é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fraudulenta de divisas pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam recebido propina do esquema na Petrobras.

A ação já havia sido aberta pelo Supremo Tribunal Federal em junho. O processo foi remetido para a primeira instância em Curitiba, pois Cunha perdeu foro privilegiado desde que foi cassado pela Câmara, por 450 votos a 10, no dia 12 de setembro. Com isso, o Supremo remeteu esta ação contra o peemedebista para a Justiça Federal em Curitiba, sede da Lava Jato.

No rol de testemunhas de defesa estavam o presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Temer prestou depoimento por escrito. O presidente da República disse a Moro que “não” sabe de negócios de Eduardo Cunha em Benin e nem na Petrobras. O peemedebista admitiu ter sido procurado pelo pecuarista José Carlos Bumlai para manter Nestor Cerveró na diretoria Internacional da Petrobras.

Em depoimento por videoconferência, na Justiça Federal, de São Bernardo do Campo (SP), Lula declarou ao juiz da Lava Jato desconhecer participação de Cunha em nomeação na Petrobras. O ex-presidente das República respondeu a perguntas da defesa de Eduardo Cunha e do Ministério Público Federal.

A mulher de Eduardo Cunha, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, também é ré na Lava Jato acusada de lavagem e evasão de US$ 1 milhão na conta Köpek. Cunha nega recebimento de vantagem indevida. Em seu interrogatório, Cláudia Cruz declarou que “desconhecia a existência de conta no exterior em seu nome” e que “nunca teve motivos” para desconfiar do marido.

Moro convoca Lula e Temer como testemunhas de Cunha

Folha de .Paulo

O juiz Sergio Moro deferiu o requerimento do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que havia incluído em sua defesa prévia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Michel Temer (PMDB) como suas testemunhas de defesa.

De acordo com despacho do juiz da Lava Jato, Lula deve ser ouvido “preferencialmente por videoconferência”, em um prazo de 30 dias. Já Temer, segundo a determinação de Moro, deve escolher entre depor presencialmente ou por escrito —a resposta deve ser dada no prazo de cinco dias, informa o documento.

Estão também arrolados para depor o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-senador Delcídio do Amaral, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e o lobista Hamylton Pinheiro Padilha. Estes devem ser ouvidos no dia 22 de novembro, em audiência marcada para as 14h.

De acordo com o artigo 206 do Código de Processo Penal, as testemunhas não podem eximir-se da obrigação de depor, após a intimação do juiz.

Na defesa prévia, os advogados do ex-deputado não explicam os motivos para chamar Temer e Lula ou fazem outra menção a eles. Citam apenas a “imprescindibilidade” de ouvir essas pessoas e afirmam que a quantidade de testemunhas se justifica pelo número “de fatos imputados” ao réu.

Cunha quer Temer e Lula como testemunhas de defesa

Do Portal G1 

O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chamou o presidente Michel Temer (PMDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Henrique Alves (PMDB-RN), além de outras figuras públicas, como testemunhas de defesa no processo que responde no âmbito da Operação Lava Jato em Curitiba.

Preso, em 9 de outubro, Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. Os advogados de Cunha negaram as acusações e criticam o Ministério Público Fedederal (MPF), dizendo que os procuradores não explicaram qual seria a participação do ex-deputado no esquema descoberto na Petrobras.

A convocação das testemunhas faz parte da defesa prévia de Eduardo Cunha, protocolada no sistema da Justiça Federal na noite de terça-feira (1º).

A defesa pediu que a denúncia contra o ex-deputada seja rejeitada. Pediu também rejeição da acusação de corrupção passiva, a rejeição de parte da denúncia que acusa o ex-deputado de conduta criminosa em relação ao ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada (já condenado pela Lava Jato), a absolvição sumária do crime de evasão de divisas, a suspensão do processo até que sejam julgados embargos de declaração apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a nulidade das provas.

Ainda segundo os advogados, a defesa não teve acesso a provas. “A falta da disponibilização, nos presentes autos, da totalidade do material probatório leva ao cerceamento de defesa e à impossibilidade de início do processo”.

A convocação das testemunhas é válida caso estes outros pedidos da defesa não sejam aceitos.

Justiça torna réus Cunha, Henrique Alves e mais 3

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da primeira instância da Justiça Federal em Brasília, recebeu nesta quarta-feira (26) uma denúncia apresentada contra o deputado cassado Eduardo Cunha(PMDB-RJ), o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, o doleiro Lúcio Funaro, o ex-sócio de Funaro Alexandre Margotto, o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto.

Com a decisão, os cinco se tornam réus e responderão a ação penal na 10ª Vara do Distrito Federal. Eduardo Cunha está preso em Curitiba, acusado por investigadores da Operação Lava Jato de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.

As acusações que o juiz Vallisney Oliveira recebeu envolvem cobrança e recebimento de propina por parte de empresas interessadas em obter empréstimos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) e se baseiam na delação premiada – no âmbito da Operação Lava Jato – de Fábio Cleto, indicado para a diretoria da Caixa por influência de Cunha.

Em depoimento aos investigadores, Cleto narrou que as irregularidades teriam ocorrido entre 2011 e 2015. Nesse período, segundo o ex-diretor, Cunha ficava com 80% da propina desviada do fundo, Funaro com 12%, Cleto com 4% e Margotto, com outros 4%.

Além de participar da indicação de Cleto à Caixa, Henrique Alves, segundo a denúncia, também teria sido beneficiado com repasses depositados na Suíça sem declaração às autoridades brasileiras.

Renan confirma varredura em gabinete e casa de Cunha

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que a Polícia Legislativa do Senado realizou varredura no gabinete e residência oficial da Câmara dos Deputados durante o mandato do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Não vejo nenhuma irregularidade. Como eu iria recusar uma varredura na residência oficial de um dos presidentes das Casas do Congresso? É uma coisa absolutamente rotineira. E olha que eu nunca tive as melhores relações com Eduardo Cunha”, ironizou o presidente do Senado.

O pedido foi feito oficialmente pela Câmara dos Deputados em formato de “ordem de missão” à Secretaria de Polícia do Senado Federal em 13 de novembro de 2015. O cumprimento do pedido foi realizado no gabinete da presidência em 16 e 27 de novembro de 2015 e na residência oficial em 20 de novembro de 2015.

De acordo com fontes da Polícia Legislativa do Senado, a Câmara não detém os equipamentos necessários para fazer as varreduras e, por isso, foi pedido ao Senado.

Por outro lado, Renan fez rodeios para dizer se já requisitou ou não varreduras em suas residências ou gabinetes. Ele negou veementemente qualquer varredura em endereços em Alagoas, mas não foi preciso sobre Brasília.

Em listagem oficial divulgada pela assessoria da Presidência do Senado, consta um pedido de varredura feito por Renan Calheiros em 20 de maio de 2016 no gabinete do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, apadrinhado político de Renan e do ex-presidente José Sarney.

Polícia da Câmara

A declaração de Renan aconteceu na tarde dessa segunda-feira, 24, ao mesmo tempo em que a Polícia Legislativa da Câmara negava que órgão teria feito qualquer varredura, mas ponderava que a ação poderia ter sido executada pela Polícia do Senado.

Cunha a Geddel: “Vou ser preso, façam alguma coisa”

Assim que soube, pela filha Danielle Dytz, que a Polícia Federal batia à sua porta, no Rio de Janeiro, o ex-deputado Eduardo Cunha entrou em desespero e telefonou para o Palácio do Planalto.

Como Michel Temer estava retornando do Japão, a ligação foi atendida pelo ministro Geddel Vieira Lima, articulador político do Palácio do Planalto.

– Geddel, eu vou ser preso! Vocês precisam fazer alguma coisa!

O ministro ouviu calado, mas estava ao lado de Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, que, nas horas seguintes entrou em contato com advogados de Cunha para saber se ele precisaria de alguma coisa.

Este relato está em reportagem de Robson Bonin, na revista Veja, e revela não apenas a intimidade entre Cunha e a cúpula do PMDB, como também o potencial destrutivo de uma eventual delação do novo homem-bomba da República.

No Planalto, a ligação foi interpretada como uma ameaça. Até porque Cunha já sinalizava que pretendia relatar em seu livro sobre o impeachment como Michel Temer e seus aliados conspiraram para conquistar a presidência da República.

Cunha narraria ter fechado um acordo com o então ministro Jaques Wagner para que os deputados do PT votarem contra sua cassação no conselho de ética. Em seguida, ele teria decidido arquivar todos os pedidos de impeachment.

O ex-presidente da Câmara comunicou sua decisão a Temer, mas, estranhamente, esse acordo vazou para os jornais nos dias seguintes, impedindo assim que fosse sacramentado.

Resultado: o PT rompeu com Cunha, ele aceitou um dos pedidos de impeachment, comprovando a tese de “desvio de finalidade”, Dilma foi afastada e Temer está no poder.

Mas agora, preso em Curitiba, ele pretende ser a primeira pessoa na história a afastar dois presidentes da República. (BR – 247)