Depoimentos dos 77 delatores chegam nesta segunda ao STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebe nesta segunda-feira (19), último dia de trabalho antes do recesso no Judiciário, a documentação dos acordos de delação premiada de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht.

As delações, foram firmadas no começo deste mês e os executivos ouvidos individualmente nos últimos dias.

São mais de 800 depoimentos que chegarão ao Supremo.

O material será encaminhado ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF.

Somente o ministro, assessores e juízes da equipe dele terão acesso ao conteúdo, que ficará trancado em uma sala no terceiro andar do Supremo.

CPI da Petrobras ouvirá ministro da Justiça na quarta-feira

Da Agência Brasil

O depoimento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras foi marcado para quarta-feira (15). O requerimento de convocação foi aprovado há dois dias pelos deputados que querem explicações sobre as escutas clandestinas encontradas ano passado na cela do doleiro Alberto Youssef, na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

O agente da Polícia Federal, Dalmey Fernando Werlan, que depôs na CPI em uma sessão reservada, confirmou que instalou a escuta na cela em uma área usada como fumódromo pelos presos. Segundo o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), Werlan disse que o pedido foi feito pelo superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco, e pelos delegados Igor Romário de Paula e Márcio Anselmo.

A expectativa é que o depoimento se confirme porque, ao saber da decisão dos deputados, o ministro da Justiça disse não ter se surpreendido com a convocação e afirmou que é dever, tanto de ministros quanto de agentes públicos, prestar esclarecimentos sobre assuntos de interesse público ao Congresso.

Os deputados da CPI ainda esperam ouvir esta semana Stael Fernanda Janene, viúva do ex-deputado José Janene (PP-PR). O depoimento ocorreria na semana passada mas, por um erro na comunicação feita pela comissão, acabou sendo marcado para o dia 14. Convidada como testemunha, Stael, que tem habeas corpus, pode ficar calada e não responder aos deputados sobre o possível relacionamento do ex-parlamentar, morto em 2010, com o doleiro Alberto Youssef.

Youssef acusa José Janene de ser o mentor do esquema de cobrança de propina na Petrobras. Aos parlamentares da CPI que foram para Curitiba no último mês, o doleiro negou que tinha conta conjunta com o ex-deputado ou com a viúva e disse que não recebeu qualquer procuração para operar recursos do casal no exterior.

Stael Janene também será questionada sobre dúvidas em torno da morte do ex-deputado. Denúncias que chegaram à CPI de que ele estaria vivo levaram a comissão a estudar a possibilidade de pedir exumação do corpo. A família protestou e o pedido ficou suspenso até o depoimento da viúva.

Na quinta-feira (16), a comissão espera ouvir o advogado-geral da União (AGU), Luiz Inácio Adams, e o ministro Valdir Moysés Simão, da Controladoria Geral da União (CGU) sobre acordos de leniência com empresas acusadas pela Operação Lava Jato.

No plenário, os deputados devem concluir esta semana o projeto de lei da minirreforma eleitoral, votando os destaques e emendas sobre o texto que cria limites de doações para campanhas, dos gastos de campanha, da prestação de contas e da quantidade de candidatos. Nas sessões ainda pode ocorrer a votação, em segundo turno, da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma política. Os destaques feitos ao texto propõem, inclusive, a retirada de pontos aprovados em primeiro turno como as doações de empresas para o financiamento de campanha.

Com o recesso parlamentar, que começa no dia 18, se os deputados concluírem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2016), não deve avançar este semestre a PEC da maioridade penal que também precisa passar por um segundo turno de votação antes de ser encaminhada para o Senado. Parlamentares não estão otimistas com a votação da LDO, que deve ser dificultada ainda pela sessão do Congresso marcada para a manhã de quarta-feira para análise de 12 vetos presidenciais a matérias aprovadas pelos parlamentares, como a que trata da fidelidade partidária. Isto porque, com votações em plenário em andamento – a Ordem do Dia – as comissões são obrigadas a suspender suas deliberações.

Testemunhas de acusação dispensadas; Marco Casé começa a depor

Três policiais civis e o ex-controlador Tony Galvão foram dispensados pela Justiça e não serão ouvidos hoje no Fórum de Caruaru. A audiência da Operação Ponto Final foi iniciada apenas com Marco Casé.

A previsão é que o depoimento do ex-secretário dure várias horas. Vale lembrar que a maioria das provas contra os dez vereadores envolvidos na operação foi gravada na sala de Casé, quando ele ocupava a pasta de Relações Institucionais.

Eduardo Cantarelli é ouvido pela comissão

Começou agora há pouco, a ouvida do vereador Eduardo Cantarelli (SDD) na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Caruaru.

O edil está acompanhado do advogado Saulo Amazonas, e é o último a prestar depoimento na comissão, encerrando assim as ouvidas.

Depois, será feito um relatório final para ser encaminhado à presidência da Câmara, que deverá convocar o plenário da Casa para apreciação e decisão.

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Mais um vereador presta depoimento a comissão de ética

Hoje pela manhã na Câmara Municipal de Caruaru, foi ouvido pela comissão de ética e decoro parlamentar, o vereador Louro do Juá do solidariedade. Na ocasião, o vereador passou pouco mais de uma hora prestando depoimento, e se declarou inocente de todas as acusações feitas na Operação Ponto Final I.

Para amanhã, está marcado para às 9h o depoimento do vereador Neto (PMN).

Segundo o relator da comissão, Marcelo Gomes, após a finalização de todos os depoimentos, a comissão tem um prazo de cinco dias para fazer o relatório e entregar a presidência da casa.

Ex-vigilante de obra é ouvido pela CPI das Casas Inacabadas

Os vereadores integrantes da CPI das Casas Inacabadas ouviram nesta quarta-feira (20) um vigilante que trabalhava no canteiro de obras das habitações populares construídas durante a gestão do ex-prefeito Tony Gel (PMDB). O depoimento trouxe um fato novo. Segundo o rapaz, o antigo dono do terreno ainda comparece ao local.

“Todo domingo ele aparece. Recentemente comprou uma das casas e começou a demolir”, relatou o ex-vigilante e também morador do local. O mais curioso é que as casas não poderiam ser vendidas, já que os ocupantes são considerados invasores e não proprietários.

A CPI das Casas Inacabadas investiga obras do governo do ex-prefeito Tony Gel referentes às habitações populares que seriam entregues aos desabrigados pela cheia de 2004. Mesmo recebendo verba de pouco mais de R$ 1 milhão da Caixa Econômica, a prefeitura ergueu apenas 24 das 150 moradias previstas.