Dilma recebe apoio dos movimentos sociais e volta defender a democracia

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Da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender a democracia e o respeito aos candidatos vitoriosos nas eleições. “A democracia é algo que temos que preservar custe o que custar”, disse ela, ao lembrar o período em que esteve presa durante a ditadura militar.

“Respeitar não é ficar agradando ao adversário. Eu brigo até a hora do voto e depois, eu respeito o resultado da eleição”, afirmou Dilma, durante reunião com movimentos sociais, hoje (13), no Palácio do Planalto.

A presidenta discursou por mais de uma hora, após ouvir falas de representantes de oito entidades. Os movimentos se posicionaram contra qualquer proposta de fim do mandato presidencial antes de 2018. Eles reafirmaram também suas reivindicações contra as consequências do ajuste fiscal nos programas sociais do governo.

Dilma disse que enfrentará o atual momento do país sem que haja retrocessos nas políticas sociais. “Não estou aqui para resolver todos esses problemas este ano. Estou aqui para resolver esses problemas e entregar um país muito melhor no dia 31 de dezembro de 2018.”

A presidenta citou o Mais Médicos e o Minha Casa, Minha Vida, como exemplos de programas que buscam superar as desigualdades sociais brasileiras, e ouviu da plateia gritos de apoio, como: “não vai ter golpe”. Em resposta, Dilma voltou a fazer referência a um trecho da cançãoGino e Geno, do cantor e compositor Lenine, para dizer que “enverga, mas não quebra”.

Inserções do PSB elevam críticas à Dilma Rousseff

Do Blog do Magno Martins

As inserções do Partido Socialista Brasileiro na TV, que vão ao ar na noite desta quinta-feira (27), elevam o tom das críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) e, ao apresentar imagens apenas de um diálogo entre o governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva, tentam “colar” a imagem dela a do socialista para que ele suba nas pesquisas.

Gravado antes da divulgação de novas informações sobre a aquisição pela Petrobras de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, o programa também critica a presidente pela perda de valor de mercado da estatal durante sua gestão.

“Eu vi, em 2010 a presidenta Dilma dizer que ia defender a Petrobras, que o adversário dela ia privatizar a Petrobras. Eu vi, três anos depois, a Petrobras valer metade do que valia. Ou seja, tem meia Petrobras. E dever quatro vezes mais do que devia”, ataca o governador num trecho do vídeo.

Numa tentativa clara de evitar um embate direto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Eduardo e Marina, que foram ministros durante a gestão do petista, centraram suas críticas em Dilma Rousseff e asseguraram que vão garantir as conquistas dos últimos governos. “É inegável que houve avanços [nos últimos anos] e o presidente Lula cuidou de preservar esses avanços. De 2011 para cá, todos nós sabemos que começamos a ver as coisas não darem certo como se imaginava que poderia dar”, continua o socialista.

A ex-senadora Marina Silva prossegue com a crítica. “A gente vinha numa trajetória de progresso econômico e social e até com alguns ganhos ambientais, e o que a gente percebe é que estamos numa trajetória de retrocessos”, afirma.

Os dois criticam ainda a inflação elevada, o modelo energético, que foi elaborado por Dilma quando era ministra de Minas e Energia, e a falta de disposição da presidente para dialogar com a sociedade. “Ela teve a oportunidade de chegar à Presidência da República, de receber um legado do presidente Lula, com quem nós trabalhamos. Ela poderia ter feito pelo Brasil aquilo que ela se comprometeu a fazer, que era seguir melhorando o Brasil. Não desmanchar o que estava feito e fazer o que restava fazer”, alfineta Eduardo.