Mercado estima crescimento de 0,27% em 2014

O mercado financeiro manteve inalteradas as projeções de inflação e de crescimento da economia na semana que antecedeu as eleições. O boletim semanal Focus, divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central, informa que analistas e investidores mantiveram em 0,27% a expectativa de crescimento da economia para 2014.

Já a estimativa de inflação para este ano é 6,45%, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo a mesma publicação. Os preços administrados, regulados pelo governo, deverão ser reajustados no patamar de 5,15% no período.

Não houve alteração também para as projeções de câmbio: o dólar deverá atingir o valor de R$ 2,40; a taxa básica de juros (Selic) deverá chegar a 11% no final de 2014. A dívida líquida do setor público, no entanto, está estimada com uma leve piora, passando de 35,10% para 35,25% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país.

No setor externo, a situação continua delicada: o deficit em conta corrente, o indicador que mede o desequilíbrio das contas externas, deverá subir de US$ 81 bilhões para US$ 81,5 bilhões. O saldo da balança comercial deverá cair de US$ 2,29 bilhões para US$ 2,10 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos (IED) estimados deverão permanecer em US$ 60 bilhões.

O IED, que é canalizado para o setor produtivo da economia, constitui uma das formas de o governo financiar o deficit em conta corrente.

A produção industrial, que já estava com previsão negativa, deverá ficar em -2,24 no final de 2014.

Agência Brasil

Para 2015

Por Maurício Assuero, economista e professor

Estamos chegando ao final de 2014 com uma situação econômica muito mais complicada do que gostaríamos. As previsões para o crescimento da economia continuam, a cada divulgação, em nítida queda livre e o momento político não tem sido favorável para discutir quais são os cenários de 2015. Se considerarmos apenas as projeções, continuaremos caindo fortemente no próximo ano e até o primeiro trimestre deveremos conhecer o tamanho da recessão.

Toda economia anda em ciclos e apresenta em algum momento uma linha de ascensão até atingir um pico. Isso equivale a dizer que o produto real se aproximou do produto potencial (quando todos os fatores de produção estão empregados) ou que o hiato do produto diminuiu. Dificilmente uma economia se mantém durante muito tempo num ponto de pico. É natural que a exaustão dos recursos gere uma desaceleração. Quando a economia é sustentável, esta desaceleração acaba sendo pontual, ou seja, basta uma nova politica para colocar novamente a economia numa fase de recuperação. Ocorrem casos nos quais a queda é maior do que ascensão e a demora na recuperação é maior do que o período de pico. O Brasil é assim: quando cai faz um barulho tremendo.

Estamos nitidamente em queda e sem dispor de remédios para uso imediato ou que produzam efeitos imediatos. Das políticas utilizadas, a que mais se sobressaiu foi o incentivo do consumo. Pouco o país fez no sentido de aumentar investimento (a taxa de juros não é convidativa) e menos ainda demonstrou qualquer preocupação em conter os gastos públicos, uma medida bastante impopular para um período eleitoral. O volume de crédito como fração do PIB chegou a 56,76% (segundo o Banco Central) em agosto de 2014, mas a taxa de inadimplência tem crescido também (em agosto 2014 era 3,08%. Em janeiro de 2014 era 2,97%). Assim, não parece uma decisão salutar emprestar recursos quando a probabilidade de não receber apresenta viés de alta.

Por outro lado, conclama-se há muito que o país adote reformas prioritárias dentre as quais da Previdência. Em setembro de 2012 tínhamos um déficit de R$ 11,12 bilhões e um ano depois chegamos a R$ 11,763 bilhões negativos. Isso se explica pela antecipação do 13º salário dos aposentados além de atualizações no salário mínimo. Em agosto de 2014 a Previdência registrou R$ 5,861 bilhões negativos e quando for divulgado o resultado de setembro será simplesmente desastroso. Qual a tendência de mudança? Nenhuma, porque não há vontade política.

Em termos de arrecadação, há oscilações nas receitas via imposto de renda pessoa física, pessoa jurídica e no IPI (que foi o instrumento da política monetária do governo), mas como há uma evolução no volume de crédito, a arrecadação do governo em termos de IOF – Imposto sobre Operações Financeiras, tem acompanhado o ritmo desse crescimento. Será que esta é a razão de tanto incentivo ao consumo? Esperamos que não, mas é bom desconfiar, afinal Papai Noel não existe! Ou existe?

 

Veja as propostas dos candidatos à Presidência para a área econômica

Por CAROLINA GONÇALVES
Da Agência Brasil

Os caminhos apontados pelos 11 candidatos à Presidência para resolver problemas na área econômica e controlar a inflação são bem diferentes e dão prioridade a temas distintos. Alguns presidenciáveis priorizam o fortalecimento do tripé macroeconômico, o pagamento da dívida pública e a autonomia do Banco Central, outros criticam a independência da instituição, afirmam que os recursos devem ser priorizados para áreas como saúde e educação e apontam o pagamento da dívida como condição de submissão do país a interesses do capital privado.

Confira as propostas dos candidatos à Presidência para área econômica e controle da inflação:

Aécio Neves (PSDB) promete manter a inflação no centro da meta e cumprir os compromissos de superávit primário e câmbio flutuante. “O objetivo maior é criar no Brasil um ambiente de menos incerteza e maior segurança, compatível com taxas de juros real e nominal significativamente mais baixas que as atuais”, destacou. Segundo ele, a autonomia do Banco Central é estratégica para manter a taxa de inflação na meta de 4,5% ao ano. O candidato tucano promete que, a partir daí, a meta será reduzida gradualmente. Aécio também defende a geração de um superávit primário para reduzir as dívidas líquida e bruta do país em comparação ao Produto Interno Bruto (PIB) e promete criar um ambiente de segurança jurídica para atrair investimentos para o país e fazer o acompanhamento e a avaliação de gastos públicos.

Dilma Rousseff (PT) destaca em seu programa de governo que o controle da inflação foi mantido como prioridade “e assim continua”. Ela promete buscar o fortalecimento da política macroeconômica “sólida, intransigente no combate à inflação e que proporcione um crescimento econômico e social robusto e sustentável”. Dilma Rousseff afirma que vai aumentar a taxa de investimento da economia, ampliar o mercado doméstico e expandir os investimentos em infraestrutura, além de manter programas de inclusão social e de melhorias na educação. Ela destaca que a “profissão de fé do PT” foi implantar um novo modelo de desenvolvimento “economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente sustentável” e que essa política trouxe resultados positivos em todos os campos e lembrou que enquanto em 2002 a inflação anual chegou a 12,5%, no ano de 2013 estava no patamar de 5,9%.

Eduardo Jorge (PV) afirma que manterá princípios econômicos adotados pelos últimos governos, desde a administração do presidente Itamar Franco, de superávit primário, câmbio flutuante e metas inflacionárias com responsabilidade fiscal. Ele destaca que irá acrescentar metas socioambientais como critério de desempenho dos governos federal, estaduais e municipais. Eduardo Jorge reconhece que o Plano Real resultou na vitória nos campos econômicos e sociais, mas critica os resultados no campo ambiental que, segundo ele, “não têm tido a mesma sorte”.

Eymael (PSDC) direciona as propostas relativas à política econômica apontando a necessidade de formulação de estratégias e medidas orientadas para o desenvolvimento e a geração de empregos. O candidato ainda propõe uma política macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito para o setor positivo.

Levy Fidelix (PRTB) promete eliminar impostos e encargos cobrados sobre pelo menos dez alimentos da cesta básica, como feijão, arroz, açúcar, leite e farinha de mandioca. Segundo ele, a medida vai estabelecer justiça e equilíbrio socioeconômico entre distintas classes sociais. O candidato também se compromete a reduzir a carga tributária de setores produtivos.

Luciana Genro (PSOL) se compromete a realizar mudanças estruturais na economia do país e afirma que o país vive uma crise socioambiental “vinculada ao modo como se organiza a economia capitalista”. Ela afirma que enquanto os adversários mais cotados nas pesquisas de intenção de votos “disputam o posto de fiadores do ajuste fiscal e do cumprimento das metas de superávit primário”, seu projeto é destinar os recursos do pagamento da dívida para os investimentos públicos à saúde, educação, transporte e gastos sociais. O programa da candidata do PSOL destaca ainda o combate à concentração de renda e às desigualdades como bandeiras centrais. A candidata promete implantar um rígido controle de capitais para inibir a especulação e diz que não concederá autonomia ao Banco Central. Segundo ela, este é o caminho para tornar a instituição um “instrumento da retomada da soberania nacional frente ao imperialismo.” No tópico sobre propostas econômicas estão ainda a promessa de vincular o reajuste dos aposentados ao do salário mínimo, pôr fim ao fator previdenciário e anular a reforma da Previdência de 2003.

Marina Silva (PSB) defende agendas macro e microeconômicas em que o governo deixe de ser “controlador dos cidadãos, para se tornar seu servidor. O Estado tem de servir à sociedade, e não dela se servir”. A ex-senadora também se compromete a recuperar o tripé macroeconômico básico, definindo metas de inflação “críveis” sem que seja preciso recorrer a controle de preços que possam gerar resultados artificiais. Marina também afirma que vai gerar o superávit fiscal necessário para assegurar o controle da inflação, manter a taxa de câmbio livre, sem intervenção do Banco Central, e assegurar a independência da instituição “o mais rapidamente possível”. A candidata promete acabar com “a maquiagem das contas”, reduzir a dívida modificada e corrigir os preços administrados “que foram represados pelo governo atual”. As promessas da ambientalista nessa área também incluem a criação de um Conselho de Responsabilidade Fiscal (CRF) independente do governo, para que seja possível verificar a cada momento o cumprimento das metas fiscais e avaliar a qualidade dos gastos públicos.

Mauro Iasi (PCB) defende a estatização de todo o sistema financeiro e se compromete a garantir e ampliar os direitos de trabalhadores, incluindo a recomposição de salários e sua correção com ganhos reais acima da inflação, além da redução da jornada de trabalho.

Pastor Everaldo (PSC) diz que vai promover taxas de inflação próximas de zero e abolir o item meta de inflação das políticas econômicas e orçamentárias. Everaldo quer desburocratizar e promover o livre comércio, inclusive com outros países, para estimular o efeito deflacionário na economia e eliminar a política de controle de preços pelo Estado. Na defesa por uma “moeda sólida”, o candidato afirma ainda, em seu programa, que vai manter as reservas internacionais em patamar elevado, abrir mercado para bancos e grupos estrangeiros e desregulamentar o setor creditício, promovendo o livre mercado nessas atividades.

Rui Costa Pimenta (PCO) defende um salário mínimo unificado nacionalmente e calculado pelo pico da economia. Ele afirma que os trabalhadores perderam com o Plano Real e não devem perder com a inflação. Pimenta se compromete com o fim da expropriação dos salários “para bancar os capitalistas em crise”, com a reposição integral de todas as perdas dos trabalhadores com o Plano Real e com a criação de uma escala móvel de salários que promova reajuste automático toda vez que a inflação atingir 3%.

Zé Maria (PSTU) defende o aumento geral dos salários e o congelamento dos preços dos produtos como estratégias para enfrentar a inflação no país. Segundo ele, o aumento de preços sobre itens como alimentos atinge principalmente os mais pobres, reduzindo salários. O candidato é favorável à estatização do sistema financeiro e crítico das políticas de acesso ao crédito. “A festa do crédito barato dos últimos anos se mostrou uma verdadeira armadilha e agora o nível de endividamento das famílias chegou a inéditos 45%”, destaca no programa entregue à Justiça Eleitoral. Outra proposta de Zé Maria é romper com a dívida pública para investir esses recursos em áreas como saúde e educação. Segundo ele, a dívida é uma dos principais instrumentos de submissão do país ao capital financeiro internacional. “De tudo o que o governo arrecada em impostos, quase metade vai para os bolsos dos banqueiros e investidores internacionais”, critica.

Armando apresenta propostas para estimular economia

O candidato a governador Armando Monteiro (PTB) apresentou nesta sexta-feira (22), em almoço com representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), sua  plataforma de governo para alavancar o desenvolvimento econômico do Estado.

Durante o encontro, no Clube Português, nas Graças, Zona Norte do Recife, Armando e o candidato ao Senado João Paulo (PT) falaram sobre investimentos em educação e infraestrutura e de como eles são essenciais para dar continuidade ao ciclo de crescimento experimentado por Pernambuco nos últimos anos, além da necessidade de estreitar a parceria com o governo federal.ARMANDO MONTEIRO, CANDIDATO AO GOVERNO DE PE PELA COLIGACAO ¨PE

Sobre a infraestrutura, Armando lembrou que o Estado vai precisar estar afinado com o governo federal para poder bancar obras como o Arco Metropolitano. “É necessário que dupliquemos a BR-232 até Salgueiro, completemos a obra da 104 e também dupliquemos a 423. Isso só será possível se contarmos com o governo da presidente Dilma Rousseff”, prosseguiu.

Armando ainda salientou que é primordial criar um ambiente tributário e regulatório para a atração de investimentos privados. O candidato defendeu a criação de instrumentos que facilitem a viabilização de empreendimentos, como o Código de Defesa e Garantias do Contribuinte e o Conselho de Defesa do Contribuinte.

Tecnologia da Informação e Economia Criativa no foco de Armando

O candidato ao governo do Estado, Armando Monteiro (PTB), defendeu nesta quinta-feira (21), durante sabatina no Porto Digital, que o Governo do Estado e os segmentos de Tecnologia da Informação (TI) e de Economia Criativa devem ter um canal de diálogo permanente e de forma institucionalizada. Na ocasião, empresários ligados à entidade – que é responsável por 1,8% de todas as riquezas produzidas em Pernambuco – apresentaram uma pauta com uma série de reivindicações para o setor.

Para Armando, é preciso que se crie uma agenda que possibilite um novo marco na relação entre o Estado e o segmento, de forma a articular a área com outros setores que compõem a economia pernambucana. Outra ação anunciada por Armando é aumentar as compras governamentais, prestigiando as micro, pequenas e médias empresas de TI. Em paralelo, o petebista também pretende promover uma articulação para estimular as empresas que aportaram no Estado tenham como fornecedores a própria indústria criativa instalada em Pernambuco.

Armando prometeu criar um melhor ambiente fiscal para atrair novas empresas de Economia Criativa e de TI. Para o petebista, em seu governo, o Estado vai oferecer reduções inteligentes dos tributos estaduais para ampliar o polo em Pernambuco. Em contrapartida, os empreendimentos oferecerão soluções tecnológicas para melhorar a prestação dos serviços públicos na educação, saúde e segurança pública, entre outras áreas.unnamed

“Economia será o ponto mais fraco de Dilma nestas eleições”

Maurício AssueroPor Pedro Augusto, especial para o Blog

O guia eleitoral deverá ser iniciado nas emissoras de tv e rádio nesta terça-feira (19). Até o dia 2 de outubro, os eleitores terão oportunidade de acompanhar as principais propostas dos candidatos à presidência. Dentre os aspectos que deverão ser mais abordados pelos postulantes está o econômico. Em entrevista concedida ao Blog do Wagner Gil, o economista e colunista Maurício Assuero avaliou o atual momento financeiro do país bem como ainda opinou sobre os desafios e os problemas que o novo governante, em sua continuidade ou não, terá pela frente tão logo se inicie 2015.

Blog do Wagner Gil – Não só através de números, mas também no próprio dia a dia da população já é perceptível notar que o Brasil não vem atravessando um bom momento econômico. Essa desaceleração financeira pode influenciar na reeleição da presidenta Dilma?

Maurício Assuero – Vamos chamar de desaceleração econômica, porque esta engloba, inclusive os aspectos financeiros. Quem acompanha o noticiário está informado que todas as expectativas de crescimento econômico brasileiro para 2014 foram, gradativamente, sendo reduzidas pelo Banco Central. A última previsão é de que teremos um crescimento na ordem de 0,80%. Então, se considerarmos a junção de crescimento baixo, inflação acima da meta governamental, desemprego com tendência de alta, não tem porque não dizer que a economia será o ponto mais fraco da presidenta Dilma nestas eleições. Acredito que ela não tem argumentos para fazer o povo acreditar que mais quatro anos com ela será melhor. A oposição tem usado, inclusive em vários momentos, a situação econômica atual e isso terá influência na eleição. O tamanho dessa influência vai depender do grau de conscientização do eleitor.  

BWG – Que problemas e desafios o novo governo, em sua continuidade ou não, deverá enfrentar tão logo se inicie 2015?

MA – O novo governo vai ter que se desdobrar para fazer o país voltar a crescer, para manter a inflação sob controle. O problema é que o cenário não se mostra muito favorável. Precisamos de imediato controlar gastos para colocar a dívida pública num percentual aceitável do PIB e isso não será feito num ano de eleição. Assim, vamos entrar em 2015 com uma herança econômica terrível. Temos que resolver a questão dos empréstimos às geradoras de energia e isso significa uma conta na ordem de US$ 12 bilhões que será paga pela população. A Petrobras não vai aguentar por muito tempo o preço da gasolina numa defasagem tão expressiva em relação ao mercado internacional, então em algum momento – após eleição – esse aumento virá e vai afetar tudo, vai aumentar a inflação. Na verdade o governo não tem um problema novo para resolver: possui os problemas mal resolvidos que persistem, que teimam em continuar. Outra questão precisa ser tratada é a demanda social (sem teto, sem terra, sem emprego, etc). Alguns desses movimentos foram extremamente valorizados no governo atual, mudando o governo como ficará esta relação? Não mudando, as coisas serão da forma como vemos hoje?

BWG – Se o senhor tivesse de dar algumas dicas para o novo governante do país, em sua continuidade ou não, quais seriam?

MA – No meu entender o governo precisa urgentemente olhar o problema da Petrobras que está entrando num poço sem fim e o problema das empresas do sistema Eletrobras. Estamos falando de produtos importantes para o desenvolvimento de qualquer economia. Trabalharia mais as parcerias público-privadas, investiria (sem não tiver dinheiro, traga parceiros) em pesquisa e desenvolvimento, principalmente em áreas prioritárias como tecnologia. A questão da agricultura é fundamental pelo que este setor representa na economia e que, até o momento, não teve o incentivo devido para implantar políticas. Deixaria o Banco Central independente para que a política econômica não ficasse à mercê do interesse político. Chamaria a sociedade para discutir a reforma política e a reforma previdenciária, porque há um envelhecimento natural da população para o qual nós não fomos preparados.

Feira da Sulanca de junho bate recorde de dezembro

A Sulanca de hoje foi considerada, até agora, a melhor de 2014. De acordo com a Prefeitura de Caruaru, todas as feiras realizadas em junho superaram as principais de dezembro do ano passado.

Além disso, a movimentação econômica da feira desta segunda (16) chegou a R$ 80 milhões, com aproximadamente 100 mil pessoas circulando.

Para o diretor de Feiras e Mercados, Jorge Quintino, todas as expectativas já foram superadas. “Os feirantes e compradores estão muito satisfeitos com os resultados. Em dezembro de 2013, tivemos excelente movimentação, mas as feiras deste mês superaram todos os números”, comemorou.

Aluguel de roupas juninas aquece economia em Caruaru

O aluguel de roupas juninas é uma oportunidade de lucro para quem loca e de
economia para quem procura. Com R$ 25, por exemplo, é possível alugar roupas e acessórios para apresentação.

O preço do aluguel pode chegar a R$ 70, incluindo os acessórios e a locação é feita por um período de 24 horas.

O mercado das vestes juninas é aquecido principalmente no período do feriado do dia 24 de junho, dia homenagem a São João, quando acontece a maior parte dos festejos e quadrilhas, porém as reservas têm inicio no começo do mês de maio.

João Lyra Neto destaca parceria com empresariado para impulsionar a economia do Estado

“Os empreendedores também são responsáveis pela construção da nova economia pernambucana”. Foi o que disse o governador João Lyra Neto, na manhã desta quinta-feira (22/05), durante a solenidade que marcou liberação para exploração comercial do Aeródromo Coroa do Avião, no município de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife.

O aumento da competitividade para os empresários da região e a diminuição dos custos operacionais foram os principais ganhos destacados pelo gestor com a implantação do equipamento. O Aeródromo Coroa do Avião foi a primeira unidade privada do Brasil a receber a liberação da Secretaria da Aviação Civil da Presidência da República.

Para João Lyra Neto, esse investimento soma-se a outros impulsionados pelo Governo de Pernambuco. “É impressionante como a chegada da montadora Fiat trouxe benefícios para a região Norte do Estado “, completou o governador, aproveitando para agradecer a “audácia” dos empreendedores da Gran Marco Construtora, empresa que controla o Aeródromo Coroa do Avião, em apostar no desenvolvimento da Zona Norte. O aeródromo está localizado em uma área de 90 hectares e permite abrigar todos os tipos de helicópteros, aviões e jatos executivos.

O empresário Francisco Oliveira, um dos sócios do aeródromo e também piloto, explicou que terreno foi estrategicamente escolhido pela sua localização. “Nós estamos no mesmo sentido do Aeroporto dos Guararapes, no Recife, e ainda perto do Litoral.

Ou seja, você decola aqui e logo está no oceano. Isso torna a viagem mais estável, longe de turbulências”, completou o empresário. Para o prefeito do município, Mário Ricardo, os recentes investimentos na região só aumentam o desejo de empreender e impulsiona a economia local. “Com a chegada das novas empresas, o município entrou de vez na rota do desenvolvimento”, garantiu o gestor.

O ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, que veio especialmente para assinar a outorga do equipamento, disse que a implantação e, em alguns casos, a modernização de aeródromos privados “fazem parte da atualização da infraestrutura do País”. Franco lembrou que o Brasil detém a segunda maior frota de jatos executivos do Mundo e que “ainda é preciso ampliar a quantidade de aeródromos”.

TURISMO – Antes de participar da solenidade em Igarassu, o governador realizou um sobrevoo pela Ilha de Itamaracá, importante praia do Litoral Norte. João Lyra Neto adiantou que há uma preocupação do Governo de Pernambuco com a revitalização da ilha e também com a questão da mobilidade da região. “Nós vamos recomeçar o planejamento de revitalização da ilha e ainda integrá-la ao processo de desenvolvimento da região Norte”, disse o chefe do Executivo, enfatizando que o grande esforço será para reativar o turismo na ilha.

I Conferência Municipal de Economia Solidária será remarcada

A comissão organizadora da I Conferência Municipal de Economia Solidária em Caruaru informou que devido a solicitação da equipe da Conferência Nacional, o encontro municipal, que aconteceria no dia 11 de Junho, foi adiado para que não coincidisse com o calendário de atividades administrativas eleitorais deste ano.

A Secretaria de Participação Social, responsável pelo diálogo e convocação para Conferência realizará reuniões para definição de nova data e então nova divulgação será realizada.