Artigo: Economia Caranguejo

Por Raffiê Dellon

Popularmente, os crustáceos da infraordem Brachyura, conhecidos como “Caranguejos”, são sempre lembrados nas alusões ou comentários que lembrem algo “que anda pra trás”.  Nesta ótica, o comparativo claro com a nossa economia brasileira é algo mais do que oportuno. Estamos perdendo nossa relevância dentro do cenário mundial. Matéria desta semana do Jornal Valor Econômico revela que a fatia do Brasil na economia global deve recuar 4,7% entre 2013 e 2019. Sendo que a expectativa para a evolução econômica da maioria dos outros países é inversa. E aí?

No quadro que demonstra a fraquíssima ou quase nula evolução da economia brasileira, fica evidente que esse resultado é consequência de equívocos internos do governo do PT de Dilma Rousseff e não de uma conjuntura internacional que seria desfavorável ao Brasil. Com isso existe a diminuição da produção industrial nacional, fazendo com que nosso país se configure apenas como vendedor de produtos primários, à mercê dos outros, não conseguindo alcançar um patamar concreto de desenvolvimento sustentável.

A gestão do PT no Governo Federal, que agora se finda com 12 anos, além de não conseguir se portar como facilitadora do desenvolvimento interno, não soube aproveitar o bom momento pelo qual passou a economia internacional. O fracasso na implementação do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), será sem dúvida, um dos vários negativos pontos do legado petista à frente do Palácio do Planalto. A indústria brasileira passa por um momento de desconfiança e o principal resultado desse cenário deve ser a baixa evolução do Produto Interno Bruto em 2014.

Essa falta de tranquilidade do investidor em aplicar, devido saber que as regras do jogo podem mudar de uma hora para outra, caracteriza um intervencionismo excessivo, que não estimula nenhum empresário. Toda essa equação traz a tona, um antigo termo para dentro da casa do cotidiano no Brasil, a chamada “Carestia”, palavra usada para expressar que o preço dos produtos tem subido nos supermercados e bens de consumo. A diminuição de oferta de alguns artigos também é algo que começa a aparecer. Tudo isso é reflexo da falta de crédito, da tal “Economia Caranguejo”, que saí do principal Gabinete do Planalto, direto para a mesa da cozinha do mais necessitado.

Raffiê Dellon é Presidente do PSDB de Caruaru e escreve todas as segundas-feiras sobre Política para o Blog do Wagner Gil.

I Conferência de Economia Solidária de Caruaru já tem data

A comissão organizadora da I Conferência Municipal de Economia Solidária em Caruaru se reuniu pela primeira vez nesta quarta (07), na Casa da Participação, para discutir o calendário de atividades até a realização do evento, que ocorrerá no dia 11 de junho.

Representantes das secretarias de Educação, Políticas Sociais, Mulher e Direitos Humanos, Participação Social e Desenvolvimento Rural debateram com integrantes de associações, cooperativas e movimentos sociais.

Os grupos desenvolvem trabalhos voltados a atividades econômicas alternativas que priorizam inclusão social, consumo solidário e gestão participativa.

Além de representantes da prefeitura, participaram do encontro membros do MST, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável, da Associação Mulheres de Argila, do Centro Sabiá de Desenvolvimento Agroecológico e da sociedade civil.

O próximo passo preparatório ocorrerá no dia 14 de maio, também na Casa da Participação, quando haverá reunião para definir metodologia, comunicação e mobilização para o evento.

Semana Santa em Caruaru movimenta economia

Segundo dados da Empetur, Caruaru deve receber entre 300 e 500 mil visitantes no período da Semana Santa. Os dias de maior movimento serão entre 12 (Domingo Ramos) e 20 de abril (Domingo de Páscoa). Toda esta movimentação deve-se ao espetáculo da Paixão de Cristo, que é realizado no distrito de Fazenda Nova, município de Brejo da Madre de Deus. O Teatro da Paixão fica há aproximadamente 50 km de Caruaru (cerca de 40 minutos).

Os setores mais movimentados no período são os hotéis, restaurantes, centros de compras, Feria de Artesanato e Alto do Moura. Nos hotéis, a ocupação costuma chegar há 98% do total de 969 leitos disponíveis.

Segundo o levantamento da Empetur, é injetado na econômica em torno de R$ 30 milhões.

A Feira de Artesanato é um dos pontos turísticos mais procurados. São 300 bancos com variados produtos do artesanato nordestino, com destaque para as peças artesanais em barro, madeira, renda e vestuário em algodão ecológico.

Durante a Semana Santa, haverá uma programação animando os turistas que passarem pelo local. Baseada nas movimentações de anos anteriores, a expectativa é que este ano circulem 40 mil pessoas, que devem movimentar cerca de 1,2 milhão.

No Alto do Moura, outro local muito procurado na época, o atrativo são os ateliês de artistas que fazem peças de barro. Atualmente, são 100 espaços com a mais original expressão de nossa cultura. Os restaurantes, bares e lanchonetes também costumam ter boa movimentação.

Os 20 pontos devem funcionar nos dias da Semana Santa com comidas típicas vaiadas, como: carne de bode, feijão verde, carne de sol com queijo coalho, macaxeira e tapioca. O número de visitantes chega a 15 mil pessoas, que devem movimentar aproximadamente R$ 200 mil.

Em evento da CNI, Humberto defende solidez da economia brasileira

O novo líder do PT no Senado, Humberto Costa, fez ontem uma defesa veemente da solidez da economia brasileira, em evento realizado pela Confederação Nacional da Indústria, para representantes de todas as federações de indústria do país e de mais de 70 associações do setor.

Destinado a discutir as prioridades do Congresso para 2014, o encontro contou com mais de 300 empresários e serviu para que o senador petista expusesse o “profundo compromisso” do governo Dilma Rousseff com a responsabilidade fiscal, o controle da inflação e os avanços sociais.

Para Humberto, a crise econômica mundial iniciada há cinco anos ainda mostra seus efeitos, mas, mesmo nesse cenário, o Brasil tem apresentado crescimento econômico e enorme inclusão social. “A inflação está sob controle, as despesas correntes do governo estão sob controle, a dívida do setor público está sob controle”, assegurou o senador.

“Além do mais, o país tem registrado grande êxito em muitas taxas, como a do desemprego, que fechou 2013 com o menor índice da série histórica”, disse.

Humberto também assegurou aos representantes do empresariado brasileiro que “a agenda legislativa de 2014 não será nula”. “É importante que tenhamos noção exata de uma agenda que possa ser construída em cima do consenso”, concluiu.

Dilma conversa com Armando novamente

Essa cena pode se repetir com frequência em 2014 (Foto: Miguel Ângelo/CNI)

Senador quer apoio da presidente em 2014 (Foto: Miguel Ângelo/CNI)

Aproveitando a abertura do 8º Enai (Encontro Nacional da Indústria), em Brasília, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Armando Monteiro (PTB) conversaram novamente. Dessa vez, o assunto foi sobre a economia brasileira e os investimentos em Pernambuco, além da viagem ao Estado.

O evento, realizado anualmente pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), foi aberto oficialmente pela presidente Dilma Rousseff, ontem, em Brasília.

O futuro de Pernambuco depende de mais investimentos, diz Armando

O senador Armando Monteiro (PTB) disse que o futuro de Pernambuco depende do aprofundamento e da ampliação das parcerias entre o Estado e o governo federal. Na opinião dele, só será possível manter o crescimento da economia estadual nos próximos anos se houver a chegada de mais investimentos federais.

“Temos uma agenda desafiadora pela frente. E por isso Pernambuco não pode ficar enredado em divisões circunstanciais. O que Pernambuco precisa é de mais governo federal, de mais governo estadual, de maior e mais efetiva integração com os municípios, para que possamos avançar concretamente”, defendeu.

Armando avaliou ainda que Pernambuco tem um conjunto de obras importantes para concluir ou começar a implantar. E essas obras, fundamentais para garantir mais crescimento econômico, dependem em grande medida dos investimentos federais. Além da Fiat, da Refinaria Abreu e Lima, do complexo petroquímico, dos estaleiros que compõem o polo naval, da Hemobras, o senador citou um conjunto de empreendimentos bancados sobretudo com recursos de Brasília (DF).

Reforma administrativa reduzirá folha salarial do Estado em R$ 25 milhões

O governador Eduardo Campos (PSB) anunciou nesta quarta-feira (20) alterações no aparelho do Estado. O chefe do Executivo enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa tratando da reforma administrativa, que visa à redução do número de secretarias em quase 25%, das atuais 28 para 21. O impacto na folha é estimado em R$ 25 milhões a menos.

Com a aprovação do projeto, a partir de janeiro de 2014 as secretarias de Articulação Social e Desenvolvimento Social e Direitos Humanos se unirão à Secretaria de Governo, que passará a se chamar Secretaria de Governo e Desenvolvimento Social. A pasta de Esportes será incorporada na Secretaria de Educação, enquanto a Secretaria da Casa Militar e a Assessoria Especial do Governador serão integradas ao gabinete do governador. Já as pastas de Transportes e Recursos Hídricos e Energéticos se juntarão, formando a Secretaria de Infraestrutura. Por sua vez, a Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 funcionará até 31 de julho do ano que vem.

Para o governador, é preciso readequar a estrutura da máquina de acordo com as exigências de determinados ciclos. “Esse é o organograma mais adequado ao momento que estamos vivendo. Caminhamos para o último ano de governo, e é fundamental que, nesse ciclo de conclusão, a gente possa estruturar o organograma do Estado, por temos cumprido etapas que demandaram a existência de estruturas específicas”, ponderou.

O governador lembrou ainda que as mudanças já tinham começado desde o anúncio do corte de 969 cargos comissionados, feito no mês passado. “Esse é um processo que já havia iniciado há cerca de 30 dias, com a extinção de quase mil cargos comissionados. São mudanças de planejamento e adequação para dar conta de um conteúdo pactuado com a sociedade, apresentado num programa de governo que foi aprovado pela população nas eleições”, destacou Eduardo.

Reunião discute novos cenários da construção civil para a indústria

Os novos cenários e as perspectivas da construção civil para a indústria de Caruaru estarão em discussão na próxima quinta-feira (25), a partir das 10h, no Centro Administrativo da prefeitura. Promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o encontro terá participação da Câmara Setorial da Construção Civil da Acic e de prestadoras de serviços como Celpe, Compesa e Copergás.

Na oportunidade, o secretário Erich Veloso colocará os principais agentes envolvidos nos processos de edificação no município em contato direto com os responsáveis pelos serviços essenciais para suas instalações.

“Queremos um desenvolvimento ordenado e consciente. O setor da construção civil precisa conhecer as perspectivas para buscar adequações. A cidade está em expansão. Só para a primeira e nova fase do Polo de Desenvolvimento Sustentável do Agreste, no Distrito Industrial, temos uma lista com mais de 40 empresas interessadas”, disse Veloso.

São João rendeu R$ 250 milhões para o turismo de Pernambuco

O São João, além de ser uma das festas populares mais tradicionais de Pernambuco, tem contribuído para a economia do Estado. Neste ano, a receita turística do evento foi de R$ 250 milhões, um aumento de 39% em relação ao ano passado, quando R$ 179 milhões foram deixados pelo público. Os dados, divulgados hoje, fazem parte da pesquisa realizada pela Empetur (Empresa de Turismo de Pernambuco) nos municípios de Arcoverde, Carpina, Caruaru, Gravatá, Pesqueira e Petrolina.

O fluxo de visitantes, que engloba o número de turistas e excursionistas (visitantes que não pernoitam nem residem no entorno do local visitado), também registrou crescimento. No total, 648 mil pessoas visitaram Pernambuco, o que representa um aumento de 8,89% comparado a 2012, quando foram registrados 595 mil visitantes. A taxa de ocupação hoteleira ficou em torno de 81%, mas os principais polos registraram ocupações superiores a 90%: Arcoverde (100%), Carpina (100%), Caruaru (97%), Limoeiro (95%) e Gravatá (94%).

Os visitantes estavam dispostos a gastar mais dinheiro neste São João. O gasto médio diário ficou em torno de R$ 118,99, o que representa um aumento de 9,6% em relação a 2012, quando os visitantes gastaram por dia R$ 109,10. A pesquisa avaliou também a satisfação do público: 88% aprovaram os festejos juninos, 96% manifestaram interesse em participar novamente do São João de Pernambuco e 97% recomendariam a festa para amigos e parentes.