Adutora do Agreste receberá o nome de Governador Eduardo Campos

Foi sancionada na última semana, pelo governador João Lyra Neto, a lei de número 15.411/2014, que denomina a Adutora do Agreste de Governador Eduardo Campos. De autoria da deputada estadual Laura Gomes (PSB), a proposição foi aprovada na Alepe por unanimidade e foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 10 de dezembro.

Em sua justificativa, a parlamentar destaca que essa obra acontece em decorrência do esforço do ex-governador para universalizar o acesso à água em Pernambuco. “A Adutora do Agreste é uma das iniciativas mais importantes da gestão de Eduardo e uma grande conquista para nosso Estado. Nada mais justo que esta obra leve o seu nome, como forma de homenagear sua atuação política”, enfatizou.

Deputada estadual pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Laura Gomes foi secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos na segunda gestão de Eduardo Campos entre os anos de 2011 e 2013.

Adutora do Agreste

Iniciada em 2013, quando estiver em total operação terá 1,3 mil quilômetros de extensão e capacidade para captar quatro mil litros de água por segundo, beneficiando mais de dois milhões de pessoas. Seu funcionamento será através do Ramal do Agreste, que deriva do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco. Foto_João Bita

Conjunto de prédios formado pela sede do Porto do Recife deverá ter o nome de Complexo Turístico Portuário Eduardo Campos

O conjunto de prédios formado pela sede do Porto do Recife, Terminal de Passageiros, Museu Cais do Sertão e Centro de Artesanato de Pernambuco, localizados no Recife Antigo, deverá ter o nome de Complexo Turístico Portuário Eduardo Campos. O projeto de lei do deputado João Fernando Coutinho, que dá nome ao local, foi aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e, agora, aguarda a sanção do governador João Lyra para entrar em vigor.

A homenagem se deve ao fato de a revitalização dessa área ter sido iniciada durante o governo Eduardo Campos. “Os ideais e o exemplo de Eduardo merecem ficar eternizados na memória de cada um de nós”, ressalta o deputado na justificativa do projeto.

A proposta, durante a tramitação na Alepe, foi aprovada por unanimidade em todas as comissões pelas quais passou – Constituição, Legislação e Justiça; Administração Pública e Educação e Cultura. O projeto nº 2084, de 2014, foi a primeira homenagem ao ex-governador feita na Assembleia, tendo começado a tramitar 19 dias após o trágico acidente de avião que vitimou Campos, seus quatro assessores e os dois pilotos da aeronave em 13 de agosto deste ano.

Homenagens a Campos marcam o Dia de Finados

O primeiro Dia de Finados após a morte de Eduardo Campos (PSB) foi marcado pela comoção e por homenagens ao ex-governador de Pernambuco, neste domingo (2). Durante toda a manhã, admiradores prestavam seu respeito deixando flores no túmulo do socialista, que está enterrado ao lado do seu avô e ex-governador Miguel Arraes, no cemitério de Santo Amaro.

Eduardo Campos, então candidato à Presidência da República, morreu na manhã do dia 13 de agosto deste ano em um grave acidente aéreo em Santos (SP). O jatinho em que estava caiu vitimando outras seis pessoas, entre pilotos e assessores.

No entorno do túmulo, as pessoas se colocavam lado a lado, olhando, às vezes em silêncio, às vezes comentado sobre a sua trágica morte. Ouviu-se até o slogan tornado popular após a morte de Campos: “Não vamos desistir do Brasil”. Muitas velas também eram acesas para o socialista e santinhos com a foto do ex-governador eram vendidos aos visitantes.

Missa e homenagem – Mais cedo, Dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, ministrou uma missa do Dia de Finados, em frente à capela do cemitério de Santo Amaro. “É um dia que a gente celebra a esperança na vida eterna”, disse o religioso. “Convidamos a pensar nesse exemplo deixado pelas pessoas e a refletir na realidade espiritual de cada um”, completou Dom Fernando.

 

Momentos antes do fim da celebração, uma apresentação do grupo do Projeto Concerto para a Vida, que promove momentos de música nos velórios populares, homenageou o ex-governador Eduardo Campos. Ainda neste domingo, antes da bênção final, vai ter outro momento com a música chamada “Concerto para a vida Eduardo Campos” e show pirotécnico que fará a finalização. A performance é integrada – um grupo de teatro com um grupo de músicos, segundo explicou o maetro Gil Amâncio.

Após a missa, Dom Fernando Saburido ainda se dirigiu ao túmulo do ex-governador. “Vim ser solidário com as pessoas que o admiram e que são gratas a ele”, afirmou. Para o religioso, o governo conduzido pelo socialista foi muito próspero e o povo tem gratidão a ele por Pernambuco.Santo-Amaro2

Alepe homenageia Eduardo Campos

Na noite desta terça-feira (28), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realiza uma cerimônia em solenidade ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em um trágico acidente aéreo no último dia 13 de agosto.

O presidente da Casa, deputado Guilherme Uchôa (PDT), está encarregado de abrir a cerimônia, que acontece na Plenária da Alepe e contará com a presença dos familiares do ex-governador. O início da homenagem está marcado para as 18h.

Eduardo Campos foi governador de Pernambuco por dois mandatos consecutivos, entre os anos de 2007 e 2014. O ex-governador morreu em decorrência de um acidente aéreo na cidade de Santos, litoral de São Paulo, em meio à campanha eleitoral. Na época, Eduardo disputava a Presidência da República. Outras seis pessoas, entre pilotos e assessores, também morreram no acidente.eduardo-campos

O escândalo da refinaria de Pernambuco, segundo Eduardo Campos

Do Blog do Magno

(…) Numa das últimas viagens com ele, ainda governador, quando estava sendo cogitada a convocação dele para uma comissão especial da Petrobras no Congresso, lhe perguntei sobre o que acontecia nesse escândalo da Refinaria Abreu e Lima.

Ele me disse com muita ênfase: “Magno, esse é um dos maiores escândalos de todos os tempos, pois esse projeto era estimado em U$ 2,5 bilhões e já gastaram mais de U$ 21 bilhões, além de um atraso de mais de 300% do tempo. Por isso, que apoiei a CPI da Petrobras e vou fazer de tudo para sabermos a verdade nua e crua”.

Pelas suas contas, se não me falha a memória, já haviam sido gastos R$ 40 bilhões a mais do previsto inicialmente, algo realmente absurdo, um escândalo gigantesco que não pode ficar impune, em nenhuma hipótese. Levantei o ponto sobre quererem atingir o governo dele, como o PT quer colocar na CPI.

E ele me disse: “Não tenho nenhum tipo de preocupação, muito pelo contrário, porque tudo e todos devem ser investigados, sem qualquer privilégio, sendo que Suape recebeu um adiantamento e os recursos foram aplicados de maneira exemplar, inclusive cumprindo os prazos e os custos dentro do previsto, ao contrário do não cumprimento da Petrobras que está com tudo estourado de custos e prazos”.

Acrescentei outra pergunta sobre a razão de Paulo Roberto Costa ter incluído o nome dele como testemunha e Eduardo me respondeu: “Esse Paulo Roberto Costa se revelou um grande bandido, membro de uma gangue chefiada pelo PT e só faz o jogo do poder. Ele pensa que vai me intimidar, mas não tenho um segundo de temor e vou jogar tudo o que posso para desvendar todos os membros dessa quadrilha”.

Disse que sabia que ele, o Paulo Roberto, estava fazendo o jogo do PT e que iria enfrentar os dois sem nenhum tipo de medo, porque tinha consciência total e completamente tranquila. Ou seja, senti uma segurança absoluta de Eduardo Campos quanto a este assunto.

Ele não tinha o que esconder, ainda mais porque tinha duas CPIs dominadas pelo PT querendo fazer tudo para destruí-lo, além da investigação comandada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

Em suma, dá para entender que a matéria da Veja tem a ver com uma vingança de Paulo Roberto Costa e sua gangue responsável pela maior estrutura de corrupção que se tem conhecimento deixando o “mensalão” como uma pelada infantil.

João Lyra Neto participa de homenagem da Câmara Federal ao ex-governador Eduardo Campos

“Um guerreiro que honrou a melhor tradição pernambucana”. Foi o que disse o governador João Lyra Neto sobre seu antecessor, o ex-governador Eduardo Campos, após sessão solene em homenagem ao ex-gestor, realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta terça-feira (02/09). O ato do Poder Legislativo também prestou homenagem ao ex-deputado federal pelo estado de Sergipe, Pedro Valadares, falecido na tragédia aérea que também vitimou três assessores do ex-governador e dois pilotos, em Santos, no último dia 13.

Solicitada pela Liderança do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara, a sessão solene, realizada no Auditório Nereu Ramos, contou com a presença de familiares de Eduardo Campos e Pedro Valadares, além de parlamentares federais, lideranças políticas e admiradores. “Este é um dos atos mais difíceis de nossas vidas enquanto parlamentares. Mas devemos este reconhecimento a dois grandes amigos que fizemos nesta Casa legislativa, e que muito ainda tinham  a contribuir com o Brasil”, afirmou o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves.

Antes de governar Pernambuco por dois mandatos, entre janeiro de 2007 e abril de 2014, Eduardo Campos exerceu três mandatos de deputado federal, entre 1995 e 2006. Por sua vez, Pedro Valadares também exerceu três mandatos federais, e nos últimos meses vinha atuando na campanha de Eduardo à Presidência da República. Os familiares receberam do presidente da Câmara placas em agradecimento pelos serviços prestados ao Poder Legislativo e à população brasileira.

Deputado Ricardo Costa apresenta projeto em homenagem a Eduardo Campos

O deputado Ricardo Costa (PMDB) deu entrada na Assembleia Legislativa em Projeto de Resolução que homenageia o ex- Governador Eduardo Campos, nomeando uma das Medalhas Leão do Norte com o seu nome.

O Projeto foi publicado no Diário Oficial e agora segue para a análise das comissões.

“Uma personalidade fantástica”, diz Marcelo Gomes sobre Eduardo Campos

Na noite desta quinta-feira (21), o vereador Marcelo Gomes (PSB), usou a
tribuna da Câmara Municipal de Caruaru para fazer uma homenagem ao
ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto no dia 13 de agosto, em acidente
aéreo.

“Conheci Eduardo Campos quando ele foi deputado federal junto com o mau
pai. Eu via nele uma personalidade fantástica, apesar de ainda ser muito
jovem e não só por ser neto de quem era, do grande Miguel Arraes. Estivemos
com Eduardo em momentos bons e nos momentos difíceis. Minha família este
com ele quando foi candidato em 2006, com uma campanha difícil e quando
saiu vitorioso e foi um dos melhores governadores do país, com
reconhecimento internacional pela sua gestão”, lembrou Marcelo.

Marcelo se solidarizou com as famílias que perderam entes no acidente e lembrou com emoção do assessor Carlos Percol. “Em nome de minha família me solidarizo com Dona Renata e seus filhos, além da família de todos aqueles que morreram naquele acidente. Em especial para a família de Carlos Percol, que era assessor de Eduardo e um grande amigo da minha família”, finalizou.

Opinião: O mistério da última viagem

Por Menelau Júnior

Há duas semanas, Eduardo Campos dava uma pausa em sua agenda política para passar o Dia dos Pais com a família. Não sabia ele que a fatalidade do destino arrancaria seu sopro de vida alguns dias depois.

O Brasil se emocionou com a história do político que dava seu primeiro grande voo na política nacional. Chamado de “tolo”, “mimado” e de “traidor” pelo PT, que hoje o chama de “exemplo”, Eduardo ousou romper com alianças antigas para levar uma mensagem de esperança aos brasileiros. Em uma de suas últimas entrevistas, disse na bancada do Jornal Nacional: “Não vamos desistir do Brasil”.

Mas o mistério da última viagem estava reservado ao ex-governador. A mesma viagem que todos faremos um dia. Sendo impossível compreendê-la, resta-nos aceitá-la. Inesperada, repentina, inexplicável, a última viagem deixa aos que ficam a mensagem de que nada podemos contra ela, de que teremos de fazê-la mais cedo ou mais tarde.

Talvez mais assustador que nossa última viagem seja ver nossos entes queridos fazê-la – ainda mais quando sequer existe aviso de que ela estaria se aproximando. Da quarta fatídica até hoje, quantos filhos e pais assassinados, quantos mortos em nosso trânsito selvagem… Quantas famílias não estão chorando hoje também?

A crença em Deus ajuda numa hora dessas? Tenho certeza de que sim. A esperança de que a vida não acaba aqui – mesmo quando retirada de forma brutal – nos enche de esperanças num outro mundo. Dá sentido à vida, mesmo na hora da morte. Ajuda a aceitar, mesmo quando não queremos compreender. Ou ajuda a compreender, se não queremos aceitar.

Mortes como a de Eduardo Campos, que provocam comoção nacional, nos lembram, insistentemente, que sonhar com voos mais altos é intrínseco à condição humana. Sofrer com as perdas também. Nessas horas de dor, a crença numa força maior nos ajuda a ver sentido nos passos que ainda temos de dar, nos voos que ainda temos de fazer. Até que um dia, quando tivermos de “viajar”, possamos nos orgulhar do que aqui fizemos, do que aqui deixamos. Na esperança de que, noutro lugar, seja possível enxergar a luz do futuro, a mesma luz que se apaga quando nosso corpo padece.

O mistério da morte existe para nos lembrar de que a vida só faz sentido quando se faz o bem, sem olhar a quem. O mistério da morte nos cala, nos faz chorar e sofrer. Mas também serve para que reconheçamos como é bom viver – e como devemos cuidar uns dos outros.

Menelau Júnior é professor de língua portuguesa.

Candidatos homenageiam Eduardo em guia

Por Pedro Augusto, especial para o Blog

No primeiro guia eleitoral destas eleições 2014, veiculado na manhã desta terça-feira (19), nas emissoras de rádio e tv do país, grande parte dos postulantes à presidência da República lamentou o falecimento do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Antes de se apresentar aos ouvintes e telespectadores, o candidato da coligação Muda Brasil, Aécio Neves (PSDB), destacou a sua amizade desde cedo com o agora ex-presidenciável, que morreu num acidente aéreo, na manhã da última quarta-feira (13), em Santos.

“Eduardo e eu nos conhecemos há trinta anos na campanha das Diretas Já. Eu, acompanhando o meu avô Tancredo Neves e, ele, o seu avô Miguel Arraes.

Tínhamos uma relação de muita amizade e respeito”. Após o programa eleitoral do tucano foi à vez do ex-presidente Lula (PT) comentar a morte do socialista. Ele utilizou o guia da sua aliada e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) para mencionar a frase defendida por Campos. “Suas últimas palavras precisam ser incorporadas pelo povo brasileiro: nunca e jamais iremos desistir do Brasil”.

Dos seus modos e jeitos diferentes, os candidatos José Maria Eymael (PSDC) e Eduardo Jorge (PV) também prestaram suas homenagens ao ex-governador do Estado. “Eduardo Campos: o equilíbrio e a audácia de um líder a ser seguido”, destacou o programa de Eymael. “Neste momento de profunda consternação nacional, o partido Verde rende a sua homenagem a Eduardo Campos. Ele era um jovem líder nordestino”, acrescentou em texto, o guia de Eduardo Jorge.

Antes de todas as declarações, os eleitores já haviam assistido ao programa da coligação “Unidos pelo Brasil”, que com a morte de Eduardo terá pela frente provavelmente a até então candidata à vice Marina Silva (PSB). Sob a música “Anunciação”, de Alceu Valença, imagens do ex-governador foram exibidas nos tempos em que administrava o Estado.

Já no intervalo reservado para os candidatos a deputado federal, sem exceção, todos os integrantes da Frente Popular – coligação liderada por Campos – mencionaram a importância de seu líder para a política brasileira bem como ainda externaram a sua tristeza com a partida dele.