Do Estadão Conteúdo
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa reafirmou em seu depoimento à CPI da Petrobras que manteve encontros com o então senador tucano Sérgio Guerra (PE), morto em 2014, para tratar de propina para evitar a criação de uma comissão parlamentar de inquérito.
Segundo Costa, a empreiteira Queiroz Galvão, de Pernambuco, efetuou o pagamento ao tucano. “Não sei se foi doação oficial ou não”, declarou o ex-diretor, ressaltando que independentemente da forma como foi pago, o dinheiro era fruto de “desvio de recursos” da Petrobras.
Costa reiterou sua relação com o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), que o teria apresentado ao senador Sérgio Guerra. Ele também confirmou ligação com o doleiro Alberto Youssef e o ex-deputado José Janene, morto em 2010.
Ao falar da necessidade de apoio político para ocupar a diretoria da Petrobras, o ex-diretor contou que leu nos jornais que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teria admitido a indicação de políticos para a Petrobras. “FHC lembrava de ter indicações políticas quando ele era presidente da República”, comentou.