Em coletiva, vereadores negam que tenham cobrado propina

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Os parlamentares reuniram os jornalistas uma hora depois de coletiva da Polícia Civil (Foto: Wagner Gil)

Uma hora depois da entrevista coletiva da Polícia Civil, os dez vereadores presos na Operação Ponto Final reuniram a imprensa em um hotel de Caruaru para dar suas versões, mas só três deles foram escalados pelos colegas para representar o grupo: Val (DEM), Sivaldo Oliveira (PP) e Evandro Silva (PMDB).

O primeiro a falar foi Evandro. Ele negou que tenha feito qualquer tipo de proposta ou recebido dinheiro e desafiou as autoridades a apresentarem provas contra sua pessoa. “O que aconteceu foi uma armação. Eu sempre fui um crítico do governo José Queiroz e nunca, nunca dirigi a palavra ao prefeito. Ele mesmo disse em uma emissora de rádio que nunca recebeu proposta alguma de vereador”, disse.

Já Sivaldo Oliveira rechaçou qualquer possibilidade de ser um dos mentores do grupo. “Isso não existe. Aqui existem homens de bem, empresários e pessoas públicas que prestam serviço a Caruaru. No meu caso, votei pela aprovação de mais de 90% dos projetos que foram enviados pelo Executivo. Agora, alguns projetos tiveram que ser discutidos mesmo”, justificou.

O líder da oposição, Val (DEM), também fez sua defesa e dos demais colegas. Segundo ele, as acusações são absurdas e querem prejudicar o trabalho que a bancada oposicionista vem fazendo na Câmara. “Isso é pura armação. Eles nos acusaram, nos prenderam e não apresentaram provas de nada. Passei por constrangimento, invadiram minha casa e até hoje minha família sente os males causados por essa truculência”, afirmou o democrata.

Ele também negou qualquer tipo de reunião com o prefeito ou o secretário Marco Casé (Relações Institucionais). “Não tenho acesso a esse rapaz (Marco Casé)”, reforçou Val. Já Sivaldo admitiu ter conversado com Casé, mas nunca para pedir propina. “São reuniões normais, inclusive a Secretaria de Relações Institucionais é para cuidar do relacionamento da Câmara com a prefeitura”, finalizou.