Ex-policial é assassinado no bairro Petrópolis

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Pedro Augusto

Exatamente 11 dias depois de ter perdido o seu irmão, o ex-policial militar Manoel Ferreira da Silva, o “Sargento Manezinho”, de 42 anos, foi morto a tiros na manhã da última terça-feira (22), na rua Teófilo Antony, no bairro Petrópolis, em Caruaru. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, a vítima estava conduzindo o Celta de cor preta e placas MUV-9366, na rua Presidente Camilo Castelo Branco, no mesmo bairro, quando teria sido surpreendida por dois criminosos em uma Hillux de cor prata e placas não identificadas. Após ter o seu veículo atingido com vários disparos, Manezinho chegou a correr a pé para a via Teófilo, onde acabou sendo alvejado com diversos tiros.

Atualmente cumprindo pena no regime semi-aberto na Penitenciária Regional do Agreste, em Canhotinho, o ex-policial militar foi condenado anos atrás por integrar um grupo de extermínio que operava na cidade e na região. Ele, assim como o seu irmão Josenildo Pereira Ferreira, o “Nildo Bocada”, de 43 anos, e outros comparsas, acabaram sendo presos na operação Aveloz, que foi desencadeada em abril de 2007, nos estados de Pernambuco, Alagoas e no Pará. Na época, a Polícia Federal detectou que eles faziam parte de uma extensa quadrilha que atendia a uma variada demanda de empresários, agiotas, pessoas contrariadas e desafetos em geral.

Com uma média de três a quatro assassinatos praticados por semana, o grupo teria sido responsável por 200 em cada ano de atuação. Passado violento de Manezinho este que será levado em conta pela polícia durante as investigações. “É sabido que não só ele, mas também o seu irmão Josenildo, que foi morto com um único disparo na nuca, no último dia 11, no bairro Jardim Liberdade, integravam a essa quadrilha que foi desarticulada na Aveloz. Apesar de ainda ser muito prematuro apontarmos as autorias dos crimes, não podemos descartar as possíveis ligações entre as mortes das duas vítimas com as suas participações no grupo de extermínio”, disse o delegado Francisco Souto Maior.