Jeep reforça Pernambuco no mercado de exportação

O Polo Automotivo Jeep, localizado na Mata Norte de Pernambuco, lança, em menos de 18 meses de operação, o terceiro modelo fabricado no Estado: o Jeep Compass. O veículo foi apresentado ao governador Paulo Câmara pelo presidente da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) para a América Latina, Stefan Ketter, na tarde de hoje, no Palácio do Campo das Princesas. O lançamento do novo carro reafirma a aposta feita pela administração estadual em trazer a fábrica ao Estado e reforça a planta pernambucana no mercado de exportação.

“A parceria entre o Governo e a FCA resultou em uma indústria importante para Pernambuco, reafirmando o Estado como exportador”, destacou Paulo Câmara. Com esse terceiro modelo sendo produzido, o chefe do Executivo estadual ressaltou os novos empregos que serão gerados para os pernambucanos. “A Jeep já está recrutando e a tendência é que as oportunidades aumentem para as novas gerações”, pontuou. Nas últimas semanas, a Jeep admitiu mais 100 profissionais e irá contratar cerca de 400 até o fim deste ano.

Para Stefan Ketter, Pernambuco é parte importante da estratégia da companhia. “Fazemos questão de lançar os carros Jeep em Pernambuco. O Jeep virou não só uma marca brasileira, mas pernambucana”, frisou Ketter. O executivo disse, ainda, que, diante do sucesso do carro, o requerimento para exportações vem crescendo. “Isso é mais um exemplo da qualidade da nossa fábrica, a mais moderna do mundo e localizada em Pernambuco”, complementou.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, ressaltou que o lançamento de um terceiro modelo sendo vendido a partir de Pernambuco contribui para a economia de Pernambuco. “Além disso, aumenta ainda mais a industrialização do nosso Estado, que já é crescente. Com certeza, é um marco”, comemorou. Ainda para o gestor, a chegada de um carro de uma nova geração vem para atender não apenas o mercado brasileiro, mas para concorrer com marcas no mercado mundial. “Com um veículo como esse e como os outros que estão sendo produzidos em Goiana, a indústria brasileira passa a ter qualidade para competir internacionalmente”, concluiu.

POLO – Implantado há cerca de um ano e meio em Goiana, Zona da Mata Norte do Estado, o Polo Automotivo Jeep emprega, atualmente, cerca de 10 mil pernambucanos – sendo 3 mil profissionais Jeep, 4,5 mil no Parque de Fornecedores e o restante como prestadores de serviço. O Polo, que já colocou no mercado dois modelos – Jeep Renegade e Toro -, prevê, até o fim deste ano, uma produção de 200 mil veículos, incluindo o novo Jeep Compass.

Senado aprova benefícios às exportações do Nordeste

Com elogios de vários senadores à atuação do senador Armando Monteiro (PTB-PE) como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o plenário do Senado aprovou, hoje, projeto de lei de conversão que, entre outras medidas, permite o seguro de crédito à exportação nas vendas externas de açúcar do Nordeste aos Estados Unidos e União Europeia.  Por serem feitas dentro de cotas preferenciais, tais vendas são beneficiadas por preços acima dos praticados no mercado internacional. O projeto vai agora à sanção presidencial.

Relator do projeto no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) classificou como “um trabalho brilhante” a atuação de Armando Monteiro no MDIC. “Gostaria de parabenizá-lo por suas ações, sobretudo animando o setor exportador brasileiro, que agora acumula superávits crescentes pela forte política de promoção às exportações”, assinalou. O projeto aprovado hoje, que modifica a legislação do seguro de crédito ás exportações, foi elaborado com participação ativa do MDIC na gestão do senador petebista.

Já o senador José Medeiros (PSD-MT) destacou que, como ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro teve uma atuação pragmática na ampliação de mercados para as exportações brasileiras. “Antes de Armando Monteiro no MDIC, o governo praticava uma política bolivariana, demonizando importantes parceiros comerciais. Armando teve a sabedoria de não menosprezar parceiros importantes, como os Estados Unidos, atuando como um verdadeiro caixeiro viajante vendendo o Brasil”, disse Medeiros.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lembrou, por sua vez, o título de cidadão amapaense recebido por Armando Monteiro em reconhecimento unânime pela Assembleia Legislativa do Amapá pela regulamentação das zonas francas verdes na Amazônia, uma reivindicação de seis anos da região Norte. “Armando Monteiro passará para a história como o melhor ministro de Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior dos últimos 50 anos”, pontuou Randolfe.

O senador Armando Monteiro enfatizou, nas discussões do projeto no plenário, que o aperfeiçoamento da legislação sobre seguro de crédito ás exportações “robustece” o processo de internacionalização das empresas brasileiras, contribuindo para ampliar as exportações do país.

Aprovada MP que beneficia produtor de cana e exportações do Nordeste‏

A Medida Provisória 701, que altera o sistema de seguro às exportações e teve como relator o senador Douglas Cintra (PTB-PE), foi aprovada nesta terça-feira (12), na Comissão Mista criada para analisá-la com benefícios à economia do Nordeste. Foram prorrogadas a subvenção aos fornecedores de cana de açúcar para compensar os prejuízos da estiagem e a isenção do Adicional ao Frete da Marinha Mercante nos embarques de produtos nordestinos ao mercado externo.

“São duas medidas extremamente importantes para dinamizar o desenvolvimento do Nordeste, especialmente numa conjuntura, como a atual, de grave crise na economia do país”, ressaltou Cintra.  A MP 701 segue agora à votação do plenário da Câmara dos Deputados e, posteriormente, do Senado. Tem prazo até 17 de maio para ser aprovada nas duas Casas, sob pena de perder a validade.

O senador pernambucano recebeu 20 emendas à Medida Provisória, das quais acatou seis. Uma delas prorroga a subvenção aos fornecedores de cana do Nordeste e do Rio de Janeiro cuja safra 2012/2013 foi afetada pela estiagem. A  subvenção,  de R$ 12 por tonelada até o limite de dez mil toneladas por produtor, vigorou até o ano passado.

Cotas preferenciais– Segundo Cintra, sua manutenção é essencial para que o produtor nordestino tenha condições de cumprir as cotas preferenciais de exportação de açúcar aos Estados Unidos, isentas de taxação. Justamente a extensão do seguro de exportação às cotas preferenciais aos EUA é uma das alterações da MP 701 à legislação sobre o assunto. Serão beneficiados com a subvenção mais de 35 mil fornecedores, dos quais 92% são de pequeno porte, responsáveis por 30% da produção regional.

Outra das seis emendas acolhidas pelo relator determina a isenção, entre primeiro de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2020, do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) nos embarques ao exterior de mercadorias produzidas no Nordeste e na Amazônia. A isenção expirou em 31 de dezembro último.

“A isenção vinha ampliando o potencial das duas regiões há quase duas décadas. Seu término, neste momento de séria crise econômica, é extremamente prejudicial, principalmente na navegação de longo curso, para a qual o fim da isenção representa um aumento de 25% no custo do frete, comprometendo o potencial exportador do Nordeste e da Amazônia”, destacou Cintra em seu relatório.

Entre várias outras decisões, os 17 artigos da MP 701 criam o seguro para investimentos de empresas brasileiras no exterior, estendem  o seguro de crédito à exportação ao setor de petróleo e gás e aos produtos agrícolas e pecuários vendidos em cotas tarifárias para mercados preferenciais.

Armando consegue apoio importante para exportação do açúcar brasileiro

Armando Monteiro Londres

Durante a missão comercial realizada esta semana, em Londres, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, recebeu uma notícia animadora para o setor sucroalcooleiro do Nordeste. O secretário de Estado para Negócios, Inovação e Capacitação do Reino Unido, Sajid Javid, garantiu o apoio para eliminar a sobretaxa do açúcar brasileiro no mercado da União Europeia.

O ministro pernambucano explica que hoje são cobrados 98 euros por tonelada para a venda do açúcar brasileiro na União Europeia. Com essa medida protecionista, os produtores brasileiros ficam em desvantagem em relação ao açúcar que é vendido ao mercado europeu pelos países da África, Caribe e Pacífico. “O apoio do Reino Unido é muito importante para, junto à comunidade europeia, suspendermos a cobrança desta sobretaxa”, comemora Armando.

Desde que assumiu o MDIC, Armando tem mantido diálogo com produtores do setor sucroalcooleiro para ampliar a presença do açúcar nordestino no mundo. O setor está incluído no Plano Nacional de Exportações, lançado pelo ministro em junho deste ano.

Dentre as medidas estão condições de financiamentos favoráveis à exportação, um modelo que o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha, classifica de inovador:

“O plano lançado pelo ministro Armando faz uma verdadeira reconceituação no quesito exportações de açúcar e etanol, pois envolve em seu bojo também figuras garantidoras, que foram viabilizadas pelo trabalho do MDIC junto ao Ministério da Fazenda e à Presidência da República. Portanto, você passa a exportar tendo esta garantia, com os bancos podendo adiantar recursos para exportação”, afirma.

Renato Cunha lembra ainda que o estímulo às exportações do setor sucroalcooleiro ajuda a ampliar e manter os empregos nos Estados do Nordeste. Em Pernambuco, por exemplo, as exportações podem representar até 60% da produção.