General terá de explicar monitoramento de Lula

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general de Exército Sergio Westphalen Etchegoyen, do governo interino de Michel Temer, terá 30 dias para explicar as ações da pasta referentes à denúncia de monitoramento do ex-presidente Lula.

“Este monitoramento desvirtua a missão constitucional do órgão de Estado, que age com função político-partidária. Isso é extensão do golpe que se aplicou no Brasil, no Estado Democrático de Direito”, denunciou o deputado federal Adelmo Leão (PT-MG), autor do pedido de informação aprovado nesta terça (21), pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.

O parlamentar relembrou informação divulgada pela imprensa de que o GSI estava monitorando o ex-presidente Lula.

A Folha publicou que “o Planalto recebeu informações de serviços de inteligência sobre encontros recorrentes entre o ex-presidente Lula e Guilherme Boulos, líder do MTST, além da relação das reuniões com manifestações contra o presidente interino Michel Temer”.

“Ora, se faz isso com os movimentos sociais, pode estar fazendo em outros encontros do ex-presidente com outras instituições, com organismos internacionais”, disse o parlamentar.

Adelmo ressaltou que o monitoramento de Lula “é falta de responsabilidade”.

General José Carlos de Nardi é o responsável pela operação das forças armadas em Pernambuco

Natural de Farroupilha-RS, o general José Carlos de Nardi, 70 anos, é chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). Ele foi designado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para comandar a operação do Exército Brasileiro e da Força Nacional em Pernambuco, em virtude da paralisação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado. Ministro e general chegam ao Recife na tarde desta quinta-feira (15/05) para uma reunião com o governador João Lyra Neto, no Palácio do Campo das Princesas.
 
De Nardi ingressou no Exército em 1961, na então escola preparatória de Porto Alegre (hoje Colégio Militar). Formado em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em 1973. Entre as funções que exerceu, foi comandante do 3° Grupo de Artilharia Antiaérea de Caxias do Sul (1991 a 1992) e adido militar na embaixada brasileira em Santiago, no Chile (1994 a 1996). Em 2005, tornou-se comandante da 6ª Divisão do Exército, em Porto Alegre, sendo promovido a general do Exército um ano depois. Assumiu a chefia do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas em setembro de 2010, também passando a coordenar o conselho dos chefes do Estado-Maior das três forças.
 
Em junho do ano passado, o general esteve no Recife acompanhando a atuação do Eixo Defesa na Copa das Confederações. Na ocasião, De Nardi acompanhou os trabalhos do Centro de Coordenação de Defesa de Área e a integração das Forças Armadas com os Órgãos de Segurança Pública.