Olho nas ruas, governo impedirá anistia a caixa 2

Folha de S.Paulo

A fórmula é antiga. Às vezes funciona, outras não. Depende do grau da confusão. Se o governo de plantão mergulha numa forte agenda negativa, procura-se uma positiva para sair da crise.

Foi o que o governo montou neste domingo (27). Desgastado pelo episódio que levou à demissão de Geddel Vieira Lima, o presidente Michel Temer anunciou que vai impedir qualquer tentativa de anistiar crimes de caixa dois em eleições passadas.

Para reforçar seu anúncio, numa raríssima entrevista num domingo, Temer convidou para o ato os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia. Sem gravata, os três disseram que não vão endossar uma anistia ao caixa dois.

A escolha do tema para virar o jogo da crise, gerada pelos torpedos disparados pelo ex-ministro Marcelo Calero na direção do próprio Temer, foi feita de “olho nas ruas”. O próprio presidente admitiu que há um movimento delas contra a anistia e “temos que atendê-las”.

Ou seja, para se desviar das críticas de que a cúpula do governo tentou enquadrar o ex-ministro da Cultura para resolver um problema particular de um ministro, o Palácio do Planalto busca fazer uma tabelinha com as ruas para ficar bem na foto.

Talvez o governo não estivesse tão acuado se, desde o início, houvesse optado por decisão mais sintonizada com a população: afastar de cara Geddel assim que foi revelado que ele pressionava um colega a liberar um empreendimento imobiliário na Bahia no qual tinha interesse direto.

Pegou muito mal saber que, num país ainda em forte crise econômica, a cúpula do governo gastou energia para solucionar uma questão menor.

Por sinal, o presidente Temer ainda não conseguiu atender a outras expectativas, como tirar o Brasil da recessão. Claro que, como ele próprio disse, o desafio era bem maior do que o previsto, mas esta frustração já preocupa sua equipe. Um assessor alerta: é preciso reagir antes que a paciência das ruas acabe.

Governo do Estado abre inscrições para CNH Popular

O Governo de Pernambuco por meio da Secretaria das Cidades e Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), publicou no Diário Oficial do Estado, na edição nº 213, desta quinta-feira (17), que desde ontem (16), estão abertas as inscrições para a obtenção da primeira Carteira Nacional de Habilitação – CNH, dentro do Programa CNH Popular. Para participar do processo seletivo, os candidatos têm até o dia 4 de dezembro e devem fazer o procedimento exclusivamente pelo site www.detran.pe.gov.br. Em 2016, o Programa vai beneficiar mais de 4,5 mil cidadãos, divididos igualmente entre a Região Metropolitana do Recife e o Interior.

Os candidatos terão a oportunidade de realizar, gratuitamente, todas as etapas do processo e o resultado da classificação estará no site www.detran.pe.gov.br, a partir de 14 de dezembro. Nesta rodada, serão beneficiados exclusivamente os candidatos à CNH para conduzir veículos de duas rodas (categoria A) e automóvel (categoria B).

De acordo com o diretor presidente do Detran-PE, Charles Ribeiro, “a pedido do governador Paulo Câmara, estamos dando por mais um ano oportunidade aos cidadãos pernambucanos que tem dificuldades financeiras”. O CNH Popular foi criado em 2008 e, desde então, já habilitou mais de cem mil cidadãos pernambucanos a custo zero.

Governo cancela 469 contratos do Bolsa Família

O pente-fino realizado pelo governo de Michel Temer no Bolsa Família resultou no cancelamento do benefício para 469 mil famílias por subdeclaração de renda e no bloqueio de outros 654 mil contratos pelo mesmo motivo.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira 7 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, com base em um estudo dos últimos quatro meses. Segundo o governo, o impacto econômico estimado será de R$ 2,4 bilhões ao ano.

Após um cruzamento de dados, foi constatado que essas famílias tinhas rendas maiores do que as permitidas, segundo o ministro Osmar Terra, que deu entrevista em Brasília. No caso dos bloqueios, há suspeita de que possa haver erros nos cadastros dos beneficiários.

Governo trabalha no edital para conclusão do Eixo Norte do Projeto São Francisco

O edital de licitação para a conclusão de trechos do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco está em elaboração pelo Ministério da Integração Nacional. Neste momento, a área técnica está em processo de levantamento dos itens que estão concluídos e dos que serão licitados nos lotes da empresa Mendes Júnior Trading S.A. e, a partir dessa finalização, num prazo de 30 dias, o edital será lançado.

A afirmação foi feita pelo ministro Helder Barbalho, nesta quinta-feira (22), durante reunião do Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), realizada em Recife. Segundo o ministro, a prioridade da Pasta é garantir abastecimento de água e desenvolvimento econômico para a região. Com esse objetivo, diversas medidas estão sendo tomadas – além do Projeto São Francisco – como a garantia de recursos para a execução das obras hídricas, a construção de adutoras de engate rápido e a operação carro-pipa.

O trecho do Projeto São Francisco que precisará ter nova licitação já estava contratado e sendo executado pela Mendes Jr., que não conseguiu atender as responsabilidades contratuais diante do comprometimento da sua capacidade técnica gerada por dificuldades na obtenção de créditos. “Estamos cruzando diversos itens que estavam nesse contrato para checarmos o que foi executado e o que ainda falta realizar. Esperamos ter um novo prestador de serviços contratado o mais rápido possível e que tudo transcorra na normalidade para que as obras possam ser retomadas o quanto antes e, em 2017, nós tenhamos concluído a obra para passagem das águas no Eixo Norte. No Eixo Leste, que está tudo rodando dentro do planejado, a passagem das águas acontecerá em dezembro de 2016”, explicou.

A recuperação da Barragem Jucazinho, em Caruaru, também foi anunciada pelo ministro. Segundo ele, o edital está sendo elaborado pelo Ministério da Integração Nacional e deve ser lançado ainda em 2016. “A obra é preventiva, para evitar qualquer problema maior. Estamos concluindo o processo de verificação dos preços e avaliando se será necessário um processo emergencial para que possamos estabelecer prazos”. A barragem está sob responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

Condel da Sudene

Após três anos sem reuniões do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Condel-Sudene), o encontro desta quinta-feira (22) marcou a retomada das atividades. O Condel é um espaço de debate e deliberações de medidas que promovam o desenvolvimento econômico e regional. “Isso tudo só se dará em face a capacidade de articulação conjunta de todos os atores e este Condel demonstra que, coletivamente, nós podemos avançar e desenvolver o nosso país”, destacou o ministro Helder Barbalho.

O titular da pasta da Integração Nacional informou também que o Governo Federal vai atuar para que a Superintendência seja cada vez mais fortalecida. “Em décadas passadas a Sudene representava um dos órgãos mais importantes do Brasil. O Nordeste é forte, pujante e tem um povo trabalhador que clama por oportunidades. A orientação do presidente Michel Temer é de que o órgão volte a ter a estatura e a importância para o desenvolvimento da região. Essa reunião de hoje é uma sinalização para aqueles que desejam investir aqui na região. Demonstra que estamos plenamente ativos para facilitar o acesso aos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento para que o Brasil possa crescer e gerar emprego”.

A reunião foi realizada no Instituto Ricardo Brennand, em Recife, e contou com a presença do superintendente da Sudene, Marcelo Neves; e dos vice governadores de Pernambuco, Ruy Henry; da Bahia, João Leite; da Paraíba, Ana Lígia Feliciano; de Sergipe, Belivaldo Chagas; e do Piauí, Margarete Coelho.

Governo quer abafar Lava Jato, diz ministro demitido

Fábio Medina Osório, demitido do posto de advogado-geral da União após discutir com o chefe da Casa Civil Eliseu Padilha, levou os lábios ao trombone. Disse à revista Veja que foi mandado para o olho da rua porque decidiu cobrar de empreiteiros e políticos envolvidos na Lava Jato o ressarcimento ao erário do dinheiro público roubado. “O governo quer abafar a Lava Jato”, declarou o agora ex-ministro. “Tem muito receio de até onde a Lava Jato pode chegar.”

Na versão de Fábio Medina, seu estranhamento com Padilha começou há cerca de três meses, quando a Advocacia-Geral da União foi à Justiça contra as construtoras enroladas no petrolão. Na sequência, o doutor pediu e obteve no Supremo Tribunal Federal acesso aos inquéritos em que figuram como protagonistas políticos que lambuzaram no petróleo. A maioria deslizou suavemente do apoio ao governo Dilma Rousseff para o condomínio que dá suporte congressual à gestão de Michel Temer.

Fábio Medina planejava mover contra os políticos ações por improbidade administrativa, com pedidos de bloqueio de bens. Obteve na Polícia Federal a lista dos seus primeiros alvos —14 parlamentares e ex-parlamentares, dos quais 11 estão integrados ao bloco governista. São três do PMDB: Renan Calheiros, presidente do Congresso, Valdir Raupp e Aníbal Gomes; oito do PP: Arthur Lira, Benedito de Lira, Dudu da Fonte, João Alberto Pizzolatti Junior, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Nelson Meurer e Roberto Teixeira; e três do PT: Gleisi Hoffmann, Vander Loubet e Cândido Vaccarezza.

Responsável pela indicação de Fábio Medina para a chefia da AGU, Eliseu Padilha chamou-o para uma conversa no seu gabinete, no quarto andar do Palácio do Planalto, na noite de quinta-feira. Após discutirem, o chefe da Casa Civil demitiu o interlocutor. Travaram o seguinte diálogo, de acordo com o relato do demitido:

— Pois é, Padiha, a sua opção é equivocada. Se nada for feito, o governo vai acabar derretendo.

— Você está me ameaçando?

— De jeito nenhum. Você está me demitindo porque estou fazendo a coisa certa.

Fábio Medina manifestou o desejo de conversar com Michel Temer. E Padilha, em timbre peremptório:

— Não, ele não vai falar com você.

Temer só conversaria com o doutor na sexta-feira. Pelo telefone, confirmou a demissão que Padilha anunciara na véspera. Medina refere-se a Temer de forma respeitosa: “Ele é uma pessoa que admiro muito, elegante, bem-intencionado, quer fazer o bem para o Brasil, ao contrário do Padilha.”

Autorizado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, a apalpar os dados disponíveis nos inquéritos, Medina esbarrou no que parecia ser a tarefa mais simples. Precisava copiar os processos num HD. A tarefa estava a cargo da advogada Grace Fernandes Mendonça, que demorava a executá-la. Ela alegava, sempre segundo a versão de Medina, que não conseguia encontar o aparelho necessário, um HD externo.

Medina enxerga as digitais do chefe da Casa Civil na protelação. “Me parece que o ministro Padilha fez uma intervenção junto a Grace Mendonça, que, de algum modo, compactuou com essa manobra de impedir o acesso ao material da Lava Jato”, acusou o demitido. Consumada a demissão, quem vai à chefia da AGU uma mulher. Justamente a doutora que não conseguiu providenciar o HD.

A troca foi formalizada num comunicado curto da Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Diz o texto: “O presidente Michel Temer convidou hoje para ocupar o honroso cargo de advogado-geral da União a doutora Grace Maria Fernandes Mendonça, distinta profissional e servidora de carreira daquele órgão. O presidente agradece os relevantes serviços prestados pelo competente advogado doutor Fábio Medina Osório, que deixa o cargo.”

Com a cabeça já separada do pescoço, Medina foi crivado de menções desairosas feitas por auxiliares de Temer. Em privado, o “competente advogado” foi chamado de gestor relapso. Os “relevantes serviços prestados” viraram pó em relatos que incluíam uma suposta barbeiragem de Medina, cuja imperícia retardou a troca de comando na EBC, a Empresa Brasil de Comunicação.

Fábio Medina não se dá por achado. Ele assegura que Eliseu Padilha lhe havia informado que sua decisão de perscrutar os políticos da Lava Jato “tinha causado desconforto” no governo. O chefe da Casa Civil dizia que “não era o papel da AGU.” Algo de que o demitido discorda: “Expliquei que não podia me omitir. Poderia ser acusado de prevaricação. Percebi, depois disso, que virei alvo de ataques, intrigas e fuxicos que saíam do próprio palácio.”

Mas, afinal, cabe mesmo à AGU ajuizar pedidos de ressarcimento em escândalos como o petrolão? “Claro”, responde Fábio Medina. “Por força da lei, a AGU tem a obrigação de buscar a responsabilizaçãoo de agentes públicos que lesam os cofres federais. A AGU é um órgão de Estado, deve atuar à luz dos princípios que regem a administração pública, quais sejam, impessoalidade, moralidade, eficiência, legalidade. Ou seja, não é vinculada a critérios de conveniência e oportunidade, muito menos a parâmetros políticos ou discricionários do governo.”

O que o ministro demitido afirma, com outras palavras, é o seguinte: Eu queria cumprir com a minha obrigação. Mas o ministro Padilha, hoje o mais influente auxiliar do presidente da República, quis me forçar a prevaricar, em nome da tranquilidade que o governo precisa assegurar aos políticos suspeitos que o apoiam no Congresso. Tudo isso apenas dez dias depois da efetivação de Michel Temer no cargo de presidente da República.

Governo não vai mais ironizar o “Fora Temer”

Preocupado com a possibilidade de consolidação dos protestos contra Michel Temer, o Planalto adotou como norma incorporar o discurso de não mais minimizar as manifestações. O tom é o de que tamanho não é documento. “Independentemente da dimensão, temos de respeitar e avaliar”, afirma Eliseu Padilha (Casa Civil) . Para o ministro, a partir de agora, a administração tem de distinguir a luta política das reivindicações e começar a enfrentar as pautas e não as manifestações.

O Planalto não quer repetir o próprio erro de ter ironizado o público dos protestos iniciais. Há ainda a lembrança da gestão Dilma Rousseff, que, diante das manifestações de março de 2015, apostou na divisão.

O diagnóstico agora é uníssono entre generais do Planalto: a comunicação geral do governo está ruim e deve mudar. Um ministro execrou o “fora, ladrão”, slogan criado pelo marketing de apoio a Temer. “Isso não é coisa do governo”, disse.

O ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho) não recebeu só um pedido para que esclarecesse a declaração sobre o aumento da jornada diária de trabalho. Tomou foi um “pito” do presidente — algo raro tratando-se de Michel Temer. (Coluna Painel -Folha de S.Paulo)

“Temer errou ao subestimar manifestações”, diz governo

Da Folha de São Paulo

O presidente Michel Temer errou ao subestimar os protestos contra ele e seu governo durante entrevista na China, quando disse que as manifestações no Brasil eram coisa de um grupo de 40, 50, 100 pessoas. Na avaliação de sua equipe, Temer escorregou e transmitiu um sentimento de soberba, fugindo à sua característica de não menosprezar adversários mesmo em situações de conflito.

Ao dar as declarações durante sua passagem pela China, Temer até procurou dizer que seu governo não é contra manifestações nas ruas, mesmo as que têm sua administração como alvo. Criticou a ação de “baderneiros”, mas acabou escorregando ao dizer que os protestos estavam sendo feitos por uma minoria de 40, 50, 100 pessoas.

O escorregão do presidente é atribuído a avaliações apressadas feitas pelos aliados que integram sua comitiva no giro chinês, quando participou da reunião do G-20 (grupo das maiores economias do mundo).

Uma tentativa de conserto da falha já foi ensaiada ainda na China. Temer voltou ao Brasil sem dar novas entrevistas sobre o tema, mas seu ministro Henrique Meirelles (Fazenda) buscou contextualizar a fala do chefe. Meirelles reconheceu o “número bastante substancial de pessoas” nas ruas, mas disse que “já tivemos manifestações muito maiores”.

Segundo assessores de Temer, esta era sua intenção. Dizer que as manifestações que estavam ocorrendo logo após o impeachment não estavam reunindo grande grupo de pessoas nas ruas, diante de outros protestos realizados no país recentemente.

O resultado, segundo avaliação do Palácio do Planalto, é que a fala de Temer acabou servindo como estímulo para os manifestantes irem às ruas neste domingo (04), principalmente em São Paulo e no Rio.

Aliados de Temer acham que PSDB se afasta do governo

Aliados de Michel Temer andam apreensivos. Veem setores do PSDB tomando paulatina distância desde que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lançou o interino à reeleição.

Há razão para preocupação.

Algumas alas tucanas acham que o partido precisa começar a se diferenciar do governo peemedebista.

De acordo com essa avaliação, é preciso fazer desde já “um contraponto ao Michel”, sustenta um cacique.

Um líder partidário do “centrão”, de língua afiadíssima, voltou sua artilharia contra Rodrigo Maia:

“Ele lançou Temer para tentar ser vice na chapa dele”.

Governo Federal autoriza o aporte de R$ 789,9 milhões para ações emergenciais‏

O Governo Federal autorizou, por meio de Medida Provisória, a abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 789.947.044,00 para as ações emergenciais coordenadas pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração Nacional. Os recursos vão garantir o atendimento às demandas de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de áreas atingidas por desastres. A MP foi publicada na edição desta segunda-feira (1º) do Diário Oficial da União.

Mais de R$ 260 milhões serão alocados em ações para mitigar os efeitos da estiagem na região semiárida e garantir o abastecimento de água à população. Os aportes irão contemplar a construção de adutoras, perfuração e instalação de poços e o fornecimento de água por carro-pipa. Também serão destinados recursos à aquisição de equipamentos, a exemplo de dessalinizadores e bombas hidráulicas. Os projetos foram definidos como prioridade pelos governos dos estados beneficiados, dentre eles, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

O Ministério da Defesa, por meio do Exército Brasileiro, também receberá aporte financeiro para perfurar e instalar poços. O objetivo é otimizar a Operação Carro-Pipa federal ao reduzir a distância entre a coleta de água e o abastecimento de comunidades afetadas pela seca.

O crédito orçamentário para as ações de resposta em caso de desastres naturais é de aproximadamente R$ 390 milhões. Já os investimentos em reconstrução giram em torno de R$ 137 milhões.

Governo revoga desapropriação no Curado

O governador Paulo Câmara recebeu, nesta quarta, no Palácio do Campo das Princesas, integrantes da Comissão de moradores do bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife, para informar sua decisão de revogar o Decreto de nº 42862 de 06 de abril de 2016, que previa a desapropriação, por interesse público, de alguns imóveis no entorno do Complexo Prisional do Curado para ampliar a segurança na área.

“Chegamos a este momento com diálogo, que foi fundamental para a gente encontrar uma solução que atenda ao interesse de todos. E vamos construir os próximos passos em conjunto. Tudo o que pactuamos nestes 90 dias foi cumprido”, declarou Paulo Câmara. O governador afirmou que a revogação visa reforçar que toda e qualquer intervenção que venha ser feita no local será previamente trabalhada com os integrantes desta comissão.

Tal decisão vem sendo construída nos últimos três meses, entre os moradores e o Governo, via Secretaria da Casa Civil e Secretaria de Desenvolvimento Social. Nesse período, as ações práticas do decreto ficaram suspensas e o diálogo foi intensificado com a comunidade.

Na manhã da última segunda-feira, representantes da gestão estiveram no Sancho garantindo aos moradores que uma solução positiva seria apresentada esta semana. O que se confirmou no dia de hoje.

O governador criou uma comissão paritária composta de integrantes do Governo do Estado, Prefeitura do Recife e moradores para discutir os próximos encaminhamentos. Estiveram presentes na reunião de hoje, no gabinete do governador, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, o secretário Executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto, o secretário de Desenvolvimento, Isaltino Nascimento, e a comissão de moradores do Sancho.