Governo cria ‘pedalada público-privada’

Da Agência Estado

Sem dinheiro para manter em dia os pagamentos de programas que antes eram vitrine, como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo acumula faturas em atraso e trabalha para empurrar os pagamentos para a frente. Na semana passada, foi proposto um acordo pelo qual as construtoras que trabalham no programa habitacional receberiam, até meados de agosto, R$ 1,6 bilhão devido pelo governo. Desses, R$ 600 milhões foram depositados na quinta-feira. Em troca, elas concordariam em receber os pagamentos, de agora em diante, até 60 dias após o serviço ser realizado.

O setor argumenta que, desde o início do programa, em 2009, a prática eram pagamentos imediatos. O Ministério do Planejamento informa, por outro lado, que os atuais contratos do programa preveem pagamentos em 30 dias.

De qualquer maneira, o resultado prático é que o governo vai empurrar para 2016 pagamentos que ocorreriam em 2015, caso o cronograma original tivesse sido mantido.

É, nesse sentido, uma manobra cujo resultado é semelhante ao das célebres “pedaladas” que tanto ajudaram a melhorar o resultado das contas públicas entre o final de 2013 e meados de 2014. Nelas, o governo retardou pagamentos de diversos programas para engordar o saldo do Tesouro Nacional ao fim de cada mês. Os novos prazos de quitação das faturas do Minha Casa Minha Vida também produzirão esse efeito sobre o caixa.

A diferença é que, no passado, essa manobra era feita sem transparência e de forma ilegal, segundo indicam pareceres do Tribunal de Contas da União (TCU). Por causa disso, o governo corre o risco de ter suas contas rejeitadas.

Agora, os adiamentos são explícitos e acordados com quem tem a receber. Com isso, a área técnica procura dar respaldo legal aos novos prazos de pagamento. Além disso, o perigo de haver contestação das medidas é muito menor, pois há um acordo envolvido. Nisso, o governo é ajudado pela própria constatação de penúria do caixa federal.

A dilatação do cronograma de desembolsos do governo não ficará restrita ao Minha Casa Minha Vida. Em reunião com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que congrega as construtoras, exceto as gigantes do setor, representantes do Ministério do Planejamento disseram que a postergação do pagamento servirá de parâmetro para outros investimentos do governo, como o PAC.

Assim, deverá seguir os mesmos moldes a negociação prevista para ocorrer esta semana, agora com as empreiteiras que trabalham nas rodovias do PAC, em obras a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Elas alegam ter perto de R$ 2 bilhões a receber e se queixam de atrasos médios de 120 dias.

Situação parecida enfrentam as construtoras contratadas para obras de saneamento e mobilidade do PAC. A demora nos pagamentos chega à casa dos 100 dias, segundo executivos do setor. Nesse caso, os empreendimentos estão a cargo de prefeituras, em parceria com o governo federal. Elas dizem que não têm recebido os repasses da União.

Abono. As negociações para empurrar para a frente os pagamentos devidos pelo governo tampouco ficarão restritas aos investimentos. Na semana passada, o governo conseguiu aprovar, no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), proposta que adiará o pagamento dos abonos salariais. Com isso, jogará pagamentos de cerca de R$ 9 bilhões para 2016.

Enquanto as construtoras de médio porte enfrentam dificuldades até para pagar salários por causa dos atrasos do governo, as gigantes do setor, que não integram a base da Cbic, não se queixam de dificuldades tão agudas. Elas possuem caixa para suportar alguma demora, de forma que não têm pressionado o governo. A cargo delas estão obras como a transposição do Rio São Francisco.

Questionado, o Ministério da Integração Nacional informou que não há atrasos nos pagamentos das obras da transposição. “Os pagamentos são feitos de acordo com a execução das obras”, afirmou a pasta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Governador instala Gabinete Integrado de Proteção Civil

Devido às fortes chuvas que caem na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata, o governador Paulo Câmara determinou neste sábado (4) a instalação do Gabinete Integrado de Proteção Civil – composto pela Codecipe, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Apac. O objetivo é monitorar a evolução do cenário climático e trazer mais celeridade em eventuais ocorrências.

O Governo do Estado, por meio da Casa Militar/Codecipe (Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco), está em caráter permanente de prevenção e monitoramento diante das chuvas que caem sobre a Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata. O gabinete está trabalhando em parceria com as coordenadorias municipais de Defesa Civil.

Precipitação pluviométrica (até as 7h deste sábado)

Recife – 118 mm
Olinda – 75,6 mm
Cabo – 67 mm
Ipojuca – 62 mm
São Lourenço da Mata – 70 mm

Nos últimos dez dias, choveu no Recife 570,4 mm, quando a média histórica para o período é de 386 mm.

Mãe Coruja promove encontro para discutir desenvolvimento infantil

A importância do desenvolvimento infantil para construção da sociedade será o tema principal do IV Encontro do Programa Mãe Coruja, que acontece nesta quinta-feira (2), das 9h às 18h, no Teatro Tabocas, no Centro de Convenções de Pernambuco. O encontro vai reunir cerca de 500 pessoas, entre profissionais e técnicos que atuam no programa, da Região Metropolitana do Recife ao Sertão do Estado. O tema que será tratado durante o encontro foi apresentado ao governador Paulo Câmara e a primeira-dama Ana Luiza Câmara, nesta quarta (1º), no Palácio do Campo das princesas. O “mini-seminário” também contou com a participação da idealizadora do programa, Renata Campos, gestores e secretários estaduais cujas pastas desenvolvem ações articuladas e intersetoriais junto ao programa.

Ao classificar o “time” do Mãe Coruja  como “aguerrido”, a coordenadora do programa, Bebeth de Andrade de Lima destaca a importância da realização do evento para formação dos profissionais. “A gente avança com a ciência e tecnologia, mas o investimento no capital humano, no conhecimento e naquilo que a gente pode aprender e levar para cada espaço desse Pernambuco é fundamental. Temos o cuidado de alinhar o conhecimento, mas sabemos que os profissionais trabalham de uma forma no Sertão, de outra na Mata e no Agreste. Esperamos, então,  que com esse  encontro, esses profissionais saiam fortalecidos e animados para enfrentar os novos desafios que a cada ano se renovam”, pontua. 

Com palestra magna, às 9h55, proferida pela conferencista internacional Anna Lúcia Campos, investigadora especialista em neurociência educacional e desenvolvimento infantil, o encontro vai trazer o olhar da neuroeducação na infância. Ainda no turno da manhã, a coordenadora do programa, apresentará balanço dos resultados alcançados pelo Mãe Coruja de 2007 até o período atual. À tarde, a partir das 14h, a programação segue com a discussão sobre os espaços do cuidado da Primeira Infância, desde a gestação  ao nascimento. “A forma de nascer: uma marca para toda vida” será tema da mesa redonda com a enfermeira Tatianne Frank, do grupo de Pesquisas Narrativas do Nascer da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A programação segue às 15h05 com a terapeuta ocupacional e doutora em Saúde da Criança e do Adolescente da UFPE, Miriam Guerra, que fala sobre “O cuidado no desenvolvimento infantil”. Em seguida, o diretor presidente da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Eduardo Queiroz, apresenta palestra “A produção do conhecimento na Primeira Infância”. Por fim, o “Marco legal da Primeira Infância – legislar pelas crianças” será o tema da palestra da deputada estadual Simone Santana.

Premiado internacionalmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização dos Estados Americanos (OEA) por ter se tornado referência no cuidado e atenção na área materno-infantil, o Mãe Coruja conseguiu reduzir a mortalidade infantil em Pernambuco de 25,8 por mil nascidos vivos, em 2007, para 16 por mil, em 2012. Agora, o “novo desafio” do programa, destacado por Bebeth de Andrade Lima, é investir no desenvolvimento infantil.

“Continuamos com o desafio de reduzir a mortalidade, mas agora as crianças já não morrem tanto e precisamos cuidar melhor delas. Então, o foco hoje do Mãe Coruja está muito voltado para o desenvolvimento infantil, o cuidar dessa criança até que ela consiga ter condição ideal de entrar na escola e ser uma cidadão de direito e prioridade. Por isso, nesse momento nós vamos trocar experiências e alinhar conhecimentos para seguir essa nova caminhada, a universalização do Programa Mãe Coruja”, explica Bebeth de Andrade Lima. 

O PROGRAMA – Instituído como política pública através da Lei 13.959, o Mãe Coruja está presente em 105 municípios, sendo 103 com gestão estadual e dois com cooperação técnica entre o Estado e as cidades de Ipojuca e Recife. Em todos os municípios onde o programa está presente existe um espaço de referência denominado Canto Mãe Coruja, destinado ao acolhimento, monitoramento e promoção de ações intersetoriais envolvendo 14 secretárias estaduais. O Mãe Coruja Pernambucana contabiliza hoje cerca de 140 mil mulheres cadastradas e 80 mil crianças acompanhadas. O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e Maternidade do Ministério da Saúde apontam uma redução de 45% na mortalidade infantil em Pernambuco. A taxa foi reduzida, em média, no mesmo período, em 14% nos municípios do Mãe Coruja e em 5% em todo o Estado, de acordo com dados do Comitê Estadual de Morte Materna.

Humberto pede que Dilma lidere virada do Governo

Humberto Costa(4)
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), fez um apelo ontem (1º), em discurso no plenário da Casa, para que a presidenta Dilma Rousseff lidere um movimento de virada do pessimismo que atinge a maioria dos brasileiros para retomar o crescimento do país e o otimismo.
“Esse clima construído artificialmente por parte da mídia, pela oposição e pelas elites só será desfeito se a presidenta Dilma assumir a liderança, como animadora do desenvolvimento do país. Ela deve fazer isso em nome dos milhões de brasileiros que acreditam no projeto do PT e do Brasil, mesmo que estejam insatisfeitos momentaneamente”, declarou.

Para o senador, está na hora da área social voltar a ser a protagonista das políticas do Governo Federal e da área econômica retornar ao trabalho, fundamental, nos bastidores. “Presidenta Dilma, sei que as coisas não mudam por decreto e por palavra, mas proíba os ministros de falar sobre ajuste fiscal. Nós temos que sair dessa pauta defensiva que só interessa a quem torce contra o Brasil. Vamos mostrar a perspectivas de futuro que estamos apontando”, afirmou.

Segundo o parlamentar, o país, que passou por tantas crises na sua história contemporânea e ficou marcado pela forte inclusão social promovida na última década, já superou todas as adversidades sob a liderança de uma pessoa. “Faço esse apelo, agora, para que Dilma assuma essa função de ser a grande animadora do crescimento da nação”, disse.

Humberto lembrou que é preciso que um líder mundial de outro país, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chame a atenção dos brasileiros e afirme que o Brasil é uma potência mundial. “Enquanto ele diz isso lá, nós estamos aqui com esse pessimismo. Temos vigor e musculatura para crescer. O Brasil é grande, em que pese muitos quererem diminuí-lo”, observou.
Humberto também conclamou o PT, os aliados e a militância a ajudarem a virar a pauta. “É importante que todos nós reajamos a essa onda negativa, que passemos a pautar o país e a opinião pública com uma postura proativa, de trabalho, para levar o Brasil a crescer e a avançar nessa agenda de desenvolvimento inclusivo em que ele se inseriu e da qual jamais deve se separar”, acredita.

Sertão do Pajeú debate sobre os rumos do Turismo de PE

A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco (Seturel), por meio da Emprersa de Turismo de Pernambuco – Governador Eduardo Campos (Empetur), esteve ontem (30/6) e hoje (1/7) nos municípios de Triunfo e São José do Egito, respectivamente, para promover o Seminário Destino PE, ação que está percorrendo todo o Estado para mapear as demandas do turismo, os atrativos das cidades e analisar as dificuldades enfrentadas no desenvolvimento do setor.

O público total em Triunfo e São José do Egito foi de 130 pessoas, entre comerciantes, artesãos, secretários municipais de turismo e cultura, e representantes de associações ligadas ao turismo. Em São José do Egito, o secretário executivo de Projetos Estratégicos da Seturel-PE, Gustavo Negromonte, destacou a importância de levantar o debate na região. “Sabemos do grande potencial turístico do Sertão e, por isso, estamos aqui para ouvir os anseios dos profissionais de turismo. O objetivo maior é reunir as informações através do trabalho da nossa equipe para em um momento posterior retornarmos aos destinos com as soluções”, comentou.

Nos encontros, as discussões giraram em torno da estrutura dos equipamentos turísticos; organização da cadeia produtiva do turismo; recursos e atrativos turísticos; sensibilização e capacitação dos recursos humanos; gestão pública do turismo; e ações de esportes. “Este seminário é o momento ideal para falarmos sobre os pontos positivos e negativos do turismo, para que o Governo possa atender as nossas necessidades”, comentou a artesã de São José do Egito, Maria Pereira.

Com a realização, até o momento, de 11 encontros dos 13 que estão previstos no calendário do “Seminário Destino PE”, já foram ouvidas cerca de mil pessoas. O próximo e penúltimo município a receber a ação será Tamandaré, no Litoral Norte do Estado, dia 03 de julho.

Mercadante: Dilma deve se pronunciar sobre denúncias de doação ilegal

Do Blog de Jamildo
Com informações de agências

A presidente Dilma Rousseff escalou, neste sábado (27), os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Comunicação Social) para rebater as acusações sobre dinheiro ilegal para a sua campanha presidencial em 2014. A acusação foi feita em delação premiada pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, no âmbito da Operação Lava Jato, e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (25). A última edição da revista “Veja” traz uma reportagem na qual o empreiteiro teria delatado 18 políticos ou campanhas que supostamente teriam sido beneficiados com o dinheiro do esquema oriundo da corrupção da Petrobras. Mercadante e Edinho, que foi coordenador da campanha presidencial de Dilma, são citados.

Os dois ministros deram entrevista coletiva nesta tarde, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, que embarcou logo depois para os Estados Unidos. O ministro da Comunicação Social criticou o que chamou de “vazamento seletivo” de conteúdo de delação premiada. Já Mercadante disse que a presidente deve falar em breve com a imprensa sobre dinheiro de origem duvidosa que sua campanha eleitoral de 2014 teria recebido, de acordo com a mesma reportagem.

Na reportagem, Ricardo Pessoa afirmou que doou oficialmente R$ 7,5 milhões à campanha de reeleição da presidente no ano passado por temer prejuízos em seus negócios com a Petrobras, caso não ajudasse o PT. A doação foi feita legalmente e ele disse que tratou da contribuição diretamente com o tesoureiro da campanha de Dilma, o atual ministro da Secom, Edinho Silva.

VIAGEM

Após a reunião, a presidente embarcou para os EUA em viagem para atrair investidores para o Plano de Investimento em Logística, lançado este mês. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, iria acompanhar a presidente na viagem, mas cancelou sua participação na comitiva.

Em entrevista coletiva concedida na tarde deste sábado, o ministro admitiu que desistiu de acompanhar a presidente Dilma para defender o governo das acusações. “Eu queria estar aqui, eu queria explicar todas as vezes que fosse necessário. Tenho como homem público obrigação de prestar esclarecimentos. Quem não deve não teme. Por isso também eu fiquei”, disse.

PRESSÃO DO PT

O relato da delação de Pessoa diz que ele fez repasses ilegais à campanha de Mercadante, ao governo de São Paulo em 2010. De acordo com a prestação de contas apresentada pelo PT à Justiça Eleitoral em 2010, a UTC doou R$ 250 mil para a campanha do petista. O ministro da Casa Civil afirmou que todas as contribuições para sua campanha em 2010 foram feitas de acordo com a legislação eleitoral e estão registradas na prestação de contas entregue ao TSE.

“De fato as empresas contribuíram com R$ 500 mil. R$ 250 mil foram doados no dia 29/7/2010 pela Constran e a outra metade pela UTC no dia 27/8/2010. É só entrar [na Justiça Eleitoral] e estão lá as duas doações, o que mostra que as duas contribuições foram legais, estão oficializadas, portanto não procede essa suspeição”, disse Mercadante.

“INDIGNADO”

Também em entrevista coletiva, o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) reagiu à delação de Ricardo Pessoa e disse que causa “indignação” a tentativa de criminalizar doações legais. Ele disse que não se calará diante de ataques sobre sua conduta como tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014.

“Faço questão de ser ouvido nos autos. Caso se confirme as mentiras divulgadas pela imprensa eu tomarei as medidas judiciais em defesa da minha honra.” Questionado se o governo teme que as denúncias reacendam o debate de um impeachment, Silva respondeu: “Não há fundamento legal para isso. O que estamos enfrentando neste momento é o vazamento seletivo de uma delação premiada. Algo que precisa ser provado”. Ele disse que seu cargo está à disposição. “Quem contrata e quem exonera é a presidente Dilma.” Silva voltou a dizer que as contas da campanha de Dilma foram auditadas e aprovadas pelo TSE.

IMPEACHMENT

Partidos de oposição pediram, neste sábado (27), o afastamento da presidente Dilma Rousseff devido ao vazamento do conteúdo da delação premiada do empreiteiro. O Planalto e o PT negam ter recebido dinheiro de forma irregular. “Se ela (Dilma) não pedir o afastamento e as apurações, estará, com seu silêncio e inércia, dando veracidade ao conteúdo da delação”, disse Rubens Bueno (PPS-PR).

Já o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que as afirmações de Pessoa, dono da UTC, devem levar à abertura de um processo de impeachment contra Dilma. “Esse depoimento de Ricardo Pessoa é a prova que as campanhas de Dilma foram irrigadas com dinheiro roubado da Petrobras. Isso é motivo mais que suficiente para Dilma perder o mandato e para convocarmos novas eleições”, afirmou.

Se Dilma sofrer um impeachment, quem assume é o vice, Michel Temer (PMDB-SP). Novas eleições só ocorrem se ambos, Dilma e Temer, forem impedidos. Se isso acontecer nos dois primeiros anos de mandato, há um novo pleito direto. Nos dois últimos, uma eleição indireta no Congresso. Em ambos os casos, o país é comandado interinamente pelo presidente da Câmara.

PETROBRAS

Ricardo Pessoa disse em sua delação, de acordo com reportagem da revista “Veja”, que negociou o pagamento de R$ 5 milhões ao então senador Gim Argello (PTB-DF) para enterrar a CPI mista da Petrobras no ano passado.

Argello foi vice-presidente da CPI e, segundo a revista, foi o porta-voz da negociação porque exercia influência sobre o presidente da CPI, então senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e o relator, deputado Marco Maia (PT-RS).

Ainda de acordo com a “Veja”, os recursos foram distribuídos entre eles por meio de doações oficiais. A CPI terminou sem ter convocado empreiteiros nem pedido o indiciamento deles. Gim Argello não retornou aos contatos da reportagem na manhã deste sábado (27). Na sexta (26), ele havia afirmado que as doações recebidas da UTC foram legais.

Outro senador denunciado por Pessoa em sua delação foi o ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL). Segundo a “Veja”, Collor usou sua influência na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, para pedir propina ao dono da UTC.

Pessoa relatou ter pagado R$ 20 milhões ao senador, por intermédio do seu ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos. Eles já são investigados em inquérito no Supremo Tribunal Federal no caso Lava Jato. A assessoria de Collor não atendeu aos contatos da reportagem.

Paulo Câmara assegura R$ 303,4 mi para obras de infraestrutura

O governador Paulo Câmara assegurou um repasse de R$ 303,4 milhões para obras de abastecimento hídrico e esgotamento sanitário em três cidades pernambucanas: Arcoverde, Garanhuns e Timbaúba. Os recursos serão disponibilizados a partir de um convênio com o Ministério das Cidades, assinado ontem pelo governador e pelo ministro Gilberto Kassab, em ato no Palácio do Campo das Princesas. O cronograma das intervenções será definido após o lançamento das licitações.

“Vamos governar Pernambuco através de parcerias. Além de destravar obras importantes para a população, os convênios com a União vão gerar emprego e renda para a região. Os municípios de Arcoverde, Garanhuns e Timbaúba são considerados estratégicos, pois cresceram bastante nos últimos anos e nós precisamos ampliar a infraestrutura local”, argumentou Paulo Câmara, que, com a escolha das cidades, contempla as regiões Agreste, Mata Norte e Sertão.

O ministro das Cidades, por sua vez, defendeu que a parceria com Estados e municípios é fundamental para o desenvolvimento do país. “Hoje, aqui, nós temos a consolidação dos avanços da nossa parceria com Pernambuco. Assinamos três importantes convênios que vão permitir o andamento das obras nos municípios selecionados”, comemorou Kassab.

Armando e Dilma lançam Plano Nacional de Exportação

armando

Afetado pelo esgotamento de recursos da União e sem a fartura externa que ajudou o Brasil até 2011, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro Neto (PTB), lançou, ontem (24), junto com a presidente Dilma Rousseff, o Plano Nacional de Exportações, que prevê, entre outras medidas, a ampliação de US$ 15 bilhões para o Fundo de Garantia às Exportações (FGE). A cerimônia oficial foi realizada no Palácio do Planalto.

O Plano, que vinha sendo elaborado desde o início do ano, é um conjunto de medidas para estimular e desburocratizar as exportações do país. O objetivo do plano, que nasceu de um debate com o setor privado e busca conferir um novo status ao comércio exterior, é fomentar a cultura exportadora no país, com  diversificação da pauta, foco nos produtos de maior densidade tecnológica e aumento da base de empresas exportadoras, com destaque para ações que promovam uma maior regionalização das vendas ao exterior.

Em sua apresentação, o ministro declarou que o crescimento médio do comércio exterior é maior que o crescimento do PIB mundial e ressaltou as oportunidades que o mercado internacional oferece. “Há um PIB equivalente a 32 “Brasis” além das nossas fronteiras, 97% dos consumidores estão lá fora. O mercado internacional nos oferece mais oportunidades do que risco, nós temos espaço para ocupar”, disse Armando.

O PNE está estruturado em cinco pilares:

1) Acesso a mercados, planeja uma política comercial será focada na ampliação de mercados, remoção de barreiras e maior integração à rede de acordos comerciais.

2) Promoção comercial, visa a abrir, consolidar, manter e recuperar mercados.

3) Facilitação de comércio, é voltado à simplificação e racionalização da legislação e dos processos administrativos e aduaneiros.

4) Financiamento e garantias às exportações, tem ações para o aperfeiçoamento e reforço dos mecanismos de financiamento  e garantia adequando-os às necessidades dos exportadores.

5) Aperfeiçoamento de mecanismos e regimes tributários para apoio às exportações, atuará na melhoria do ambiente tributário para as empresas exportadoras.

Estão previstas no plano a introdução de um sistema de cadastro positivo (drawback) para beneficiar empresas que possuam fluxo contínuo de operações, ampliação do acesso ao regime do Recof; reforma do Pis/Cofins;  e alcançar previsibilidade, recomposição e melhor operacionalização no Reintegra.

Durante a cerimônia Armando explicou que os Estados Unidos estão no centro da estratégia comercial brasileira e que a questão mais importante é a convergência regulatória e harmonização de normas entre os dois países para remover barreiras.

O ministro encerrou seu discurso afirmando que o comércio exterior terá papel preponderante em garantir posição alcançada pelo Brasil na economia mundial e que esse é o momento de reforçar a inserção externa. “As conquistas que alcançamos combinadas com o acesso ao crédito, permitiram o crescimento baseado no mercado doméstico. Agora é o momento de reforçarmos nossa inserção externa, há oportunidades para os produtos brasileiros em todas as regiões do mundo”, disse Armando.

Do Blog de Jamildo

Governador institui Política Estadual de Gestão Documental

O governador Paulo Câmara (PSB) sancionou, nesta terça-feira (23), a lei 15.529, que institui a Política Estadual de Gestão Documental, com o objetivo de aprimorar o arquivamento, digitalização, catalogação e conservação da documentação produzida pelos órgãos públicos estaduais. A legislação reforça o papel do Arquivo Público Estadual João Emerenciano como órgão coordenador dessa política e responsável pela gestão e guarda dos acervos de caráter permanente (de valor histórico), e dá à Cepe, com exclusividade, a função da guarda e gestão dos documentos de caráter intermediário (administrativos).

“A lei trará grandes benefícios à preservação da nossa história, porque a história é construída pelos documentos devidamente conservados e acessados pelas gerações”, definiu o governador.

Para regulamentar a lei e definir os critérios e normas de preservação de ofícios, notas fiscais, decretos, processos e projetos, foi criada uma comissão formada por especialistas integrantes de órgãos como Casa Civil, Secretaria de Educação, Procuradoria Geral do Estado, Cepe, Arquivo Público, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Memorial da Justiça e Instituto Ricardo Brennand. O colegiado tem um prazo de 60 dias para apresentar um texto de regulamentação da política.

INVESTIMENTOS

Segundo o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, a companhia tem, atualmente, capacidade para digitalizar 300 mil documentos por mês e espaço para armazenar 200 mil caixas de documentos, em sua sede, no bairro de Santo Amaro. Para assumir as novas funções, a Cepe criou uma Superintendência de Digitalização, Guarda e Gestão Documental.

“Faremos, nos próximos meses, investimentos na construção de novos galpões e compra de novos equipamentos, de forma a fazer da entidade uma referência, em Pernambuco, no arquivamento de documentos público-administrativos”, informou Leitão.

Gasoduto garante avanço da interiorização do desenvolvimento

Mais do que levar gás ao interior de Pernambuco, o Gasoduto Caruaru-Belo Jardim vai impulsionar o desenvolvimento do Agreste Central. A obra foi autorizada, nesta segunda-feira (22), pelo governador Paulo Câmara, que dá continuidade à política de descentralização dos investimentos do Estado, iniciada na gestão de Eduardo Campos. A intervenção contempla a implantação de 52 quilômetros de tubulação que terá capacidade para fornecer 1 milhão de metros cúbicos/dia de gás. O projeto, orçado em R$ 58,7 milhões, será tocado em parceria com a iniciativa privada. A previsão é que os trabalhos sejam finalizados em setembro de 2016. 

“O gasoduto será fundamental para a continuidade da política de interiorização do desenvolvimento do Estado. Um investimento de quase R$ 60 milhões, que vai assegurar a chegada de novas indústrias para a região e garantir a permanência saudável das que já apostaram na estabilidade do Estado”, afirmou Paulo Câmara.

A cerimônia que marcou o início do projeto foi em Belo Jardim, no auditório da sede das Baterias Mouras, uma das parceiras do Estado na intervenção. O projeto de expansão, que está sendo executado por etapas, ainda prevê a instalação de uma central de gás que vai levar combustível para todo interior.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, adiantou ainda que, além de investir R$ 10 milhões na construção do Gasoduto, a Baterias Moura se comprometeu a comprar o gás fornecido pelo Governo do Estado por dez anos, um investimento de R$ 60 milhões. “Esse investimento é mais uma prova da confiança dos empreendedores no Estado e da nossa capacidade de realizar parcerias em favor das conquistas do povo”, pontuou.

A tubulação, que será implantada entre Caruaru e Belo Jardim, dará continuidade aos 120 quilômetros extensão da etapa Recife-Caruaru do Gasoduto, estabelecida em 2009, e que significou um marco na história do desenvolvimento de Pernambuco. O gás natural é um dos combustíveis que oferecem o melhor custo benefício às empresas, pois o fato de não ser necessário armazenar em um espaço físico não provoca perdas residuais.

“Nós vamos continuar trabalhando para que o combustível chegue a todas as regiões. Além disso, estamos recuperando rodovias e investindo na capacitação profissional do pernambucano. A nossa intenção é preparar o Estado para as futuras gerações e garantir um Pernambuco mais justo e equilibrado”, considerou Câmara.

O chefe do Executivo estadual lembrou ainda de esforços da sua equipe para planejar o futuro de Pernambuco. “Nós não temos apenas o planejamento para os próximos quatro anos. O Pernambuco 2035, construído com ajuda da sociedade, vai pensar o Estado para os próximos 20 anos. Desta forma, vamos garantir a continuidade dos investimentos. As diretrizes estabelecidas vão apontar o melhor caminho para Pernambuco, independente da gestão”, pontuou Paulo Câmara.