Após 14h, PM invade prisão e susta rebelião; 10 mortos

Folha de S.Paulo 

Veículos da Polícia Militar entraram na Penitenciária de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte, por volta das 6h da manhã deste domingo (15), no horário local (7h em Brasília). Uma rebelião ocorria na prisão desde a tarde deste sábado (14).

O motim foi controlado por volta das 8h (horário de Brasília), segundo informações da Secretaria de Segurança Pública. Nas próximas horas, a polícia deverá fazer a contagem de corpos e avaliação da estrutura do presídio. Pelo menos dez presos foram mortos, segundo o governo estadual.

No portão do presídio permanecem homens da Força Nacional, bombeiros e ambulâncias. Policiais militares tentam tranquilizar as pessoas que esperam notícias.

Os familiares continuam do lado de fora. Para dormir, improvisaram papelões na calçada e se protegeram do frio com cobertores.

Durante a madrugada, o clima foi tranquilo. Gritos dos presos e disparos de bombas de efeito moral não foram ouvidos das 2h até as 6h da manhã, quando as tropas começaram a entrar.

O Sindicato da Polícia Civil do Rio Grande do Norte emitiu uma nota onde alerta sobre ataques nas ruas e em outros presídios por facções. O Estado afirma que apenas em Alcaçuz ocorreu rebelião.

O secretário estadual de Justiça, Walker Virgulino, reconhece a crise no sistema penitenciário e afirma que o governo criou uma equipe para gerenciar a rebelião.

Imagens compartilhadas na internet atribuídas ao motim mostram presos sendo mutilados e decapitados. O governo não confirma se as fotos e vídeos são verdadeiros. Parentes dizem que existem mortes no pavilhão 4, e contabilizam 60 mortos. O boato causou desespero das famílias e também não tem confirmação.

Na madrugada, um momento de emoção durante a vigília das esposas foi um culto ecumênico improvisado, com rituais e canções de diferentes religiões, seguidos de orações.

Os presos permaneciam fora das celas e circulavam nos pavilhões desde o início do confronto. Lideranças de facções teriam sido separadas pela polícia com bombas de efeito moral.

A dona de casa Maria Santos, 60, moradora da zona norte de Natal, não economiza nas críticas para direção de Alcaçuz. O filho, de 37 anos de idade, cumpre pena por tráfico de drogas. Condenado a 14 anos, cumpriu quatro.

“Quem nunca soube o que é o inferno, é aqui (Alcaçuz). Os agentes (penitenciário) fazem o que eles querem. É uma humilhação para as esposas”, diz dona Maria depois de ter ouvido relatos de maus tratos. Ela também reclama da administração do presídio e suspeita de corrupção.

CONFLITO

A rebelião foi motivada por uma briga nos pavilhões 4 e 5 do presídio envolvendo facções: segundo o governo, entre membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do Sindicato do Crime. Houve uma invasão de um pavilhão por presos inimigos, o que deu início ao motim. O governo diz que a rebelião foi restrita a esses dois pavilhões e que não houve fugas.

O conflito começou por volta das 17h de sábado, no horário local (18h em Brasília). A Polícia Militar acompanhava a situação da rebelião, com tropas do choque e do Bope no local, mas não conseguia entrar no presídio.

A Penitenciária de Alcaçuz abriga 1.083 presos, mas tem capacidade para apenas 620, segundo dados da Secretaria de Justiça. O presídio fica no município de Nísia Floresta, a 25 km de Natal.

Segundo o advogado Gabriel Bulhões, da Comissão de Advogados Criminalistas da OAB-RN, há uma “guerra de facções” no Estado entre o PCC e o Sindicato do Crime –uma dissidência do PCC surgida por volta de 2012. Os dois lutam pelo domínio do sistema carcerário no Rio Grande do Norte, em especial em Alcaçuz, o maior presídio estadual.

“Essa situação estava para explodir há algum tempo”, afirma Bulhões. Segundo ele, o clima se tensionou nos últimos meses, e há informações de que os grupos estavam se armando para o confronto.

O governo informou que criou um gabinete de gestão integrada e que enviou batalhões de todo o Estado para o presídio. O Ministério da Justiça disse, por meio da assessoria, que o ministro Alexandre de Moraes acompanha a situação em Natal.

MEC é invadido e depredado por manifestantes

Estadão

O prédio do MEC, na Esplanada dos Ministérios, foi invadido e depredado por um grupo de 50 a 100 pessoas, algumas encapuzadas. Segundo informações, as entradas do ministério foram quebradas, assim como câmaras de segurança e caixas eletrônicos, chegando até o segundo andar. Fora do edifício, tocaram fogo em pneus e no lixo. Segundo a PM, coquetéis molotov foram usados. O MEC foi evacuado e manifestantes foram presos.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, condenou de forma veemente os fatos ocorridos hoje na Esplanada dos Ministérios, particularmente no MEC, que foi invadido por mascarados com pedaços de ferro e pedras, destruindo móveis, computadores, cadeiras, vidraças, divisórias e depredando outros bens públicos. “Os servidores do MEC viveram clima de terror. Isso é inaceitável. Como democrata que sou, entendo o direito de protesto, mas de forma civilizada, respeitando o direito de ir e ir. O que vimos hoje foram atos de violência e vandalismo contra os servidores públicos e contra o patrimônio”, afirmou.

Centrais sindicais repudiam invasão à Câmara

Presidentes das seis maiores centrais sindicais brasileiras assinaram uma nota, hoje, na qual repudiam a invasão do Plenário da Câmara realizada na quarta-feira, 16, por defensores da intervenção militar e cobram posicionamento das instituições da República sobre o episódio.

O texto é assinado pelos presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas; Força Sindical, Paulo Pereira da Silva; União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah; Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo; Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos, e Antonio Neto, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Os sindicalistas classificam os manifestantes como “fascistas” e “antidemocráticos”, cujo interesse é “conturbar ainda mais o ambiente político e, assim, criar condições para atacar a democracia e os direitos políticos, sociais e trabalhistas”.

Na nota, as centrais dizem que a invasão “deve ser duramente repelida por todas as forças democráticas do país e pelas mais altas instituições da República”.

Grupo invade plenário da Câmara dos Deputados

Veja Online

Manifestantes invadiram na tarde desta quarta-feira o plenário da Câmara dos Deputados e provocou tumulto no local: seguranças e invasores entraram em confronto. A porta de vidro que dá acesso ao plenário foi quebrada e a sessão teve de ser interrompida.

O grupo entoa palavras de apoio ao juiz federal Sergio Moro e canta o hino nacional. Da tribuna, gritam palavras de ordem em favor de intervenção militar e bradam: “General aqui”.

Os parlamentares foram pegos de surpresa pelo grupo, que rapidamente tomou a tribuna. Neste momento, invasores e deputados estão no local e o clima é de confusão. O deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, tenta negociar com o grupo a saída deles da Mesa Diretora da Casa.

Venezuelanos famintos invadem Brasil; comércio aquece

Os governos do Brasil, da Venezuela e a Organização das Nações Unidas fecham os olhos para uma crise humanitária no Norte do País.

Nos últimos meses, mais de 3 mil venezuelanos famintos atravessaram a pé a fronteira com o Brasil e entraram em Roraima, na região de Pacaraima – onde já existe uma pequena favela, contam duas fontes do Estado que acompanham a situação.

Os que não ficam na cidade, rumam em direção à capital Boa Vista. Fogem de uma Venezuela em crise econômica, atrás de comida e trabalho. São jovens, adultos e até famílias com crianças, cenas que lembram os refugiados sírios.

Os grupos chegam em número maior a cada dia e utilizam a BR-174, que corta o Estado até o Norte, na fronteira. Eles usam a cidade venezuelana Santa Helena de base.

Algumas pessoas chegam a caminhar 50 quilômetros por dia, com a trouxa nas costas ou empurrando malas – tudo o que sobrou do lar abandonado na Venezuela.

MERCADO AQUECE

A crise econômico-social na Venezuela e a migração da população vizinha à fronteira para Roraima aqueceu o comércio em Boa Vista e em Pacaraima. Os números da Federação das Indústrias do Estado confirmam – além do evidente sotaque dos consumidores.

No mês de agosto, as exportações em Roraima registraram aumento de 7% em relação a julho, totalizando US$ 810 mil. A balança comercial apresentou superávit de US$ 101.354, divulgou o jornal Folha BV.

Caruaru: invasão a 502 casas do Minha Casa, Minha Vida

Do G1 Caruaru

Um total de 502 casas do programa “Minha Casa, Minha Vida” foram invadidas pela população de Correntes, no Agreste de Pernambuco, no domingo (10) e nesta segunda-feira (11). De acordo com a Polícia Militar, as casas foram construídas após as enchentes que ocorreram no município em 2010. As famílias que realizaram a ocupação estavam cadastradas para receber as casas, mas até o momento não tinham recebido nenhum imóvel, conforme informou a PM.

O G1 entrou em contato com o Ministério das Cidades por e-mail. A assessoria informou que “como a Polícia Militar já foi acionada, a próxima ação é esperar pela reintegração de posse das 502 casas. A inauguração desses imóveis estava prevista para dia 14 de março de 2016”. O G1ainda tentou falar com a Prefeitura de Correntes e a Secretaria de Habitação do Governo do estado, mas as ligações não foram atendidas.

Ainda segundo a PM, após as enchentes, as famílias estavam morando em casas alugadas, galpões e em áreas de risco. Alguns dos moradores já transportaram os móveis para as casas e a mobilização foi pacífica, de acordo com informações da polícia.

Nesta segunda-feira (11), moradores que estavam sem casa própria desde a enchente ocorrida no ano de 2010 invadiram imóveis do ‘Minha Casa, Minha Vida’ em Correntes.

URB realiza levantamento de famílias que invadiram o Loteamento Moura Brasil

A (URB) Empresa de Urbanização e Planejamento de Caruaru realizou na manhã desta terça-feira (9) uma ação de fiscalização e cadastramento de famílias sem teto que ocuparam irregularmente o Loteamento Moura Brasil.

O Loteamento está em fase de regularização e foi ocupado indevidamente pelas famílias. O responsável pelo loteamento já solicitou da justiça a reintegração de posse e foi atendido.

O município realizará o levantamento e cadastro das famílias para o recebimento provisório do auxílio aluguel do município e posteriormente serão incluídos no programa de moradia popular do governo federal.