Comerciantes informais lucram com o calor

Pedro Augusto

Na teoria, a estação atual do ano ainda tem correspondido à primavera, mas, na prática, o que os caruaruenses vêm sentindo mesmo na pele é o clima de verão. Com temperaturas máximas oscilando na casa do 32 a 34 graus, segundo os dados do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), hoje está cada vez mais difícil circular pelas ruas da Capital do Agreste sem o auxílio de um bom óculos escuro ou de uma água mineral bem gelada. Quem está lucrando bastante com essa intensificação do calor são alguns informais da rua 15 de Novembro, no Centro.

Dotados dos mais variados tipos de produtos – do sorvetinho com casquinha aos protetores solares -, eles vêm encontrando, embaixo do sol escaldante, a saída para driblarem a crise econômica. Que o diga a ambulante Shirley Targino. Com a venda de salada de frutas e água mineral, ela tem contabilizado faturamento à altura de um final de ano. “Atualmente, o calor encontra-se numa proporção tão grande, que os clientes estão tendo de comprar os nossos produtos para suportar o ritmo das compras. Desde o início deste mês que tenho vendido redobrado”, comemorou.

Apesar de estar exercendo há pouco tempo a função, a vendedora Cássia Ferreira também já notou um acréscimo considerável na demanda por produtos refrescantes. Em um dia de pouco movimento, ela tem comercializado cerca de 100 sorvetes. “Isso quando o sol não está tão escaldante, porque quando a temperatura começa a subir mesmo, o número de vendas chega até a ser maior. Com o pagamento da primeira parcela do 13º, a expectativa é que mais clientes circulem por aqui e a procura aumente ainda mais”, avaliou.

Quem também não está tendo do que reclamar de temperaturas elevadas é o ambulante Bruno Ferreira. Especializado em venda de óculos, ele tem vendido um número significativo de unidades. “Com essa crise, os consumidores vêm dando aquela choradinha nos preços, mas não estão deixando de comprar. Pelo menos para os meus negócios, esse calor insuportável está sendo excelente. E quando o verão chegar, aí é que lucrarei ainda mais.” A estação mais quente do ano iniciará oficialmente no próximo dia 21.

Lucro da Petrobras diminui 90% no segundo trimestre e chega a R$ 531 milhões

petrobras

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 531 milhões no segundo trimestre deste ano. O resultado, de acordo com a companhia, é 90% inferior ao do período anterior e reflete maiores despesas operacionais que compensaram o aumento do lucro bruto.

O resultado operacional ficou em R$ 9,5 bilhões, o que representa 29% menos que no trimestre anterior. A Petrobras informou que o valor, em parte, é em função do reconhecimento de despesa tributária de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de R$ 3,1 bilhões.

O detalhamento dos resultados está sendo divulgado agora na sede da empresa, no centro do Rio.

No primeiro trimestre deste ano, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 5,3 bilhões. O valor foi 1% inferior ao obtido no mesmo período do ano passado.

De acordo com a companhia, o resultado refletiu o aumento da despesa financeira líquida da companhia, principalmente, em função da depreciação do real em relação ao dólar.

No primeiro semestre, o lucro líquido chegou a R$ 5,9 bilhões, representando queda de 43% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa informou que o aumento de despesas financeiras líquidas e o reconhecimento de despesa tributária de IOF influenciaram o desempenho.

Já o lucro operacional no mesmo período atingiu R$ 22,8 bilhões, uma elevação de 39% na comparação com o primeiro semestre de 2014.

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que, dadas as condições de mercado, não há perspetiva de aumento nos preços dos combustíveis, mas não descartou uma elevação caso mudem as condições. “Não posso fazer futurologia sobre o preço”, afirmou.

Bendine acrescentou que 2015 ainda é um ano de ajustes para a Petrobras. “Queremos deixar a companhia saneada, com seus passivos e tudo que tem de enfrentar”, concluiu.

Banco do Brasil tem lucro de R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre

O Banco do Brasil (BB) informou hoje (14) que registrou lucro líquido de R$ 5,818 bilhões no primeiro trimestre de 2015. O montante cresceu 93,3% em relação aos R$ 3 bilhões registrados no quarto trimestre de 2014 e 115,4% na comparação com os R$ 2,7 bilhões do primeiro trimestre do ano passado.

A instituição alcançou ainda um valor de R$ 1,524 trilhão em ativos em março de 2015, com crescimento de 11,2% em 12 meses, e de 6% na comparação com o trimestre anterior.

O BB é a maior instituição em ativos entre as empresas do setor financeiro da América Latina. De acordo com nota do banco, o desempenho no primeiro trimestre foi favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito, que ampliada atingiu R$ 776,9 bilhões em março último, com crescimento de 11,1% em 12 meses e 2,1% em relação ao trimestre anterior.

O crédito imobiliário atingiu saldo de R$ 41 bilhões, crescendo 49% em relação ao primeiro trimestre de 2014. O financiamento imobiliário às pessoas físicas cresceu 45,5% em 12 meses, alcançando saldo de R$ 30,4 bilhões. Já o financiamento ao agronegócio encerrou o primeiro trimestre deste ano em R$ 163,4 bilhões, 9% a mais do que no primeiro trimestre de 2014.

O saldo do crédito concedido às empresas chegou a R$ 359 bilhões em março de 2015, crescimento de 11% em 12 meses e 1,4% em relação ao trimestre anterior. As operações de capital de giro e investimento representaram 71,2% do total. De acordo com o BB, o banco manteve a liderança em crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), com 20,8% de participação no mercado.

De acordo com a nota do BB, os índices de inadimplência no banco “se mantiveram em patamares menores do que os observados no SFN”. Ao fim de março de 2015, o índice de operações com atraso de mais de 90 dias no pagamento representou 2,05% da carteira de crédito. A instituição financeira destacou que, no mesmo período, o SFN registrou índice de inadimplência de 2,8%.