Pernambuco é prioridade para Lula e Dilma, afirma Humberto

A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula elegeram Pernambuco como um dos principais palcos do país na disputa eleitoral deste ano. Os dois chegam juntos ao Recife no próximo dia 13 para o primeiro gesto da força que pretendem imprimir às eleições no Estado.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, que tem trabalhado nas articulações políticas entre a cúpula do partido e as lideranças locais, afirma que a estratégia é dar à presidenta uma expressiva vitória em Pernambuco na corrida pela reeleição e vencer a disputa estadual com a chapa majoritária encabeçada pelo senador Armando Monteiro (PTB).

“Temos em Pernambuco um dos candidatos a presidente da República com expressão política, que é o ex-governador Eduardo Campos (PSB). Por isso, é importante que Dilma tenha uma excelente votação no Estado. É importante, também, que possamos dar uma grande vitória a Armando Monteiro e ao deputado federal João Paulo (PT) para o Governo e o Senado, respectivamente”, explicou.

Ao desembarcar no próximo dia 13 na Base Aérea do Recife, Dilma estará pisando pela terceira vez, em menos de dois meses, em Pernambuco. A presidenta cumprirá uma intensa agenda administrativa e, ao lado de Lula, participará de compromissos políticos para reforçar os nomes de Armando e João Paulo como os únicos majoritários no Estado apoiados pelas duas maiores lideranças políticas do Brasil.

“Essa priorização foi estabelecida pelo PT nacional, mas também por Lula e por Dilma. Essa será uma entre as várias visitas de ambos que vão acontecer a Pernambuco”, assegurou Humberto Costa.

Lula e Dilma ficarão em Pernambuco até o sábado, dia 14. Recente pesquisa Ibope apontou que Armando Monteiro lidera a sucessão estadual com 43% dos votos contra 8% de Paulo Câmara (PSB), que é indicado por Eduardo. Na disputa pelo Senado, João Paulo soma 40% contra 18% do seu adversário, Fernando Bezerra Coelho (PSB).

Quando o eleitor é informado de que Armando e João Paulo são apoiados por Lula e Dilma, as pesquisas apontam que os dois disparam para 53% das intenções de voto. Câmara e Bezerra Coelho, com o suporte do ex-governador Eduardo Campos, chegam a 21% e 22%, respectivamente, segundo o Ibope.

Armando exalta contribuição de Dilma e Lula para as microempresas

O senador Armando Monteiro comemorou, na tribuna do Senado, a aprovação de relatório de sua autoria que disciplina o uso da substituição tributária na cobrança do ICMS sobre as micro e pequenas empresas optantes do Simples. Isso significa que 1 milhão de empresas serão beneficiadas pagando menos impostos e contando com mais recursos para a ampliação dos negócios. A proposta aguarda votação pelo plenário da Casa.

Em seu discurso, Armando criticou os estados que usam, de forma indiscriminada e abusiva, o instrumento da substituição tributária no ICMS, o que está anulando os benefícios proporcionados pelo Simples Nacional.

Ele destacou que o Simples é uma conquista do pequeno empreendedor brasileiro e lembrou da grande contribuição dada pelos governos da presidenta Dilma e do ex-presidente Lula para a melhoria do ambiente dos negócios para este segmento.

Lula dará início a giro de pré-campanha pelo país em março

Do Poder Online

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou uma data para iniciar o giro da pré-campanha presidencial por todo o país. O ex-presidente vai começar a rodar todos os estados brasileiros em março. Vai se revezar nas visitas aos principais colégios eleitorais com o presidente nacional do partido, Rui Falcão.

Numa análise preliminar, os dois concordaram em priorizar, num primeiro momento, estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará.

Armando encontra Lula em São Paulo

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O ex-presidente e o senador conversaram por mais de duas horas (Foto: Ricardo Stuckert/IL)

O senador e pré-candidato ao Governo do Estado, Armando Monteiro (PTB), teve um encontro de mais de duas horas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sede do Instituto Lula, em São Paulo, nesta quinta-feira (7). Segundo Armando, a conversa com Lula foi muito produtiva e girou em torno da conjuntura política do país e das questões do Congresso Nacional.

Armando destacou, sobretudo, a disposição e a animação de Lula para participar do processo eleitoral. “O presidente Lula mostrou estar muito atento ao quadro de Pernambuco, muito bem informado sobre o quadro, e manifesta uma posição clara de que estará participando ativamente do processo eleitoral, que vai estar muito engajado na eleição nacional e na eleição em Pernambuco”, afirmou.

A passagem de Armando Monteiro por São Paulo também foi marcada por outro compromisso de peso. Antes do encontro com Lula, o senador participou de um almoço com o presidente do Banco Itaú, Roberto Setúbal.

Com aliança Campos-Marina, Lula centra esforços em plano para Dilma

Do Poder Online

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva largou tudo o que estava fazendo para alinhar a estratégia do PT diante da aliança entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Até então, o petista estava concentrado na definição dos primeiros passos da campanha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo.

Quem participa da campanha paulista diz que, desde a semana passada, o ex-presidente mal deu as caras por ali. Só fala mesmo da eleição presidencial.

Para ex-presidente Lula, confronto entre PT e PSB ‘não é legal’

Do PE 247

Embora ainda espere por um recuo das pretensões presidenciais do PSB e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recomendou que o governo e a presidente Dilma Rousseff (PT) afaguem o socialista. O objetivo, segundo o ex-presidente, seria uma forma de evitar que Campos e o PSB, que já entregaram os cargos que ocupavam na administração federal, muito embora ainda permaneçam integrantes da base governista no Congresso, saiam “com raiva”, complicando a disputa majoritária do próximo ano.

“É como se você estivesse numa guerra e o seu batalhão começa a se separar. Eu não acho isso legal”, teria dito Lula à presidente Dilma durante uma reunião em Brasília, segundo o Estadão.

O primeiro passo nesta direção deverá acontecer ainda esta semana, quando Dilma deverá encontrar-se com Campos, seguindo o conselho dado por Lula. Atuando como uma espécie de conselheiro, o ex-presidente já declarou em várias ocasiões que o PSB tem o direito de tentar um voo solo, mas que gostaria que a aliança histórica entre as duas legendas, que data desde 1989, fosse mantida. Um dos temores por parte do PT é de que Campos saia com raiva da base governista para concorrer ao Planalto nas próximas eleições.

Como Campos tem uma forte ligação com o pré-candidato tucano, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), e no caso de um rompimento traumático com o governo, os dois partidos poderiam vir afirmar uma aliança em um eventual segundo turno. A possibilidade é vista pelo PT como bastante viável de acontecer, uma vez que o PSB e o PSDB irão dividir palanques estaduais em diversos estados contra candidatos petistas.

PSB de Eduardo joga desembarque do governo na conta de Lula e do PT

Do Poder Online

Na reunião em que decidiu propor a saída do PSB do governo Dilma, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deixou claro a seus principais aliados que não gostou nada da atitude do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao assunto.

Nas conversas, surgiu a avaliação de que Lula faz um jogo duplo ao deixar correrem soltos no PT os ataques ao próprio Campos, enquanto se coloca como uma espécie de conciliador.

As reclamações mais intensas dos socialistas, entretanto, ficaram para a cúpula do PT. Mais especificamente para o presidente do partido, Rui Falcão, e o vice-presidente Alberto Cantalice.

Lula quer Dilma mais próxima de Eduardo

Deu no Brasil 247

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou a presidenta Dilma Rousseff a fazer novos gestos de aproximação e de boa vontade ao governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) visando um possível apoio em 2014. A informação é da jornalista Vera Magalhães, na Coluna Painel da Folha de S. Paulo, segundo quem o encontro ocorreu na quinta-feira (22), em São Paulo.

A avaliação de Lula é de que Eduardo Campos terá enormes dificuldades em se viabilizar internamente devido às pressões regionais no PSB.

Lula ponderou que ainda considera provável a candidatura do governador de Pernambuco ao Planalto, mas acredita que a estagnação nas pesquisas e a falta de palanques viáveis no Sul e no Sudeste podem conter o apetite de Campos e levá-lo a apoiar a reeleição de Dilma.

Lula no New York Times: ‘A mensagem da juventude brasileira’

Por LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Jovens digitando agilmente em seus celulares tomam as ruas em todo o mundo. Parece mais fácil explicar esses protestos quando acontecem em países sem democracia, como o Egito e a Tunísia de 2011, ou onde a crise econômica catapultou as taxas de desemprego entre a juventude, como na Espanha e na Grécia, do que quando eles ocorrem em países sob governos democráticos e populares — como o Brasil, que atualmente desfruta de uma das taxas de desemprego mais baixas de sua história e uma inédita expansão dos direitos sociais e econômicos.

Muitos analistas atribuem os recentes protestos no Brasil a uma rejeição à política. Eu acredito que é precisamente o oposto: as manifestações demonstram que a ampliação da democracia estimula as pessoas a uma participação mais efetiva.

Só posso falar com autoridade sobre o meu País, o Brasil, onde acredito que os manifestantes, em sua ampla maioria, são a expressão de um sucesso social, político e econômico. Na última década, o Brasil dobrou o número de estudantes universitários, incorporando ao ensino superior, principalmente, os filhos das famílias pobres. Nós reduzimos drasticamente a pobreza e a desigualdade. São conquistas, mas, ainda assim, é absolutamente natural que os jovens, especialmente os que estão conquistando o que seus pais nunca tiveram, queiram mais.

Esses jovens não viveram sob a repressão da ditadura militar, nos Anos 60 e 70. Eles não conheceram a inflação, nos Anos 80, quando a primeira coisa que fazíamos, ao receber nossos salários, era correr para o supermercado e comprar tudo o que conseguíamos antes que os preços subissem. Esses jovens se lembram muito pouco dos Anos 90, quando a estagnação econômica e o desemprego deprimiam o país. Eles querem mais,

É compreensível que seja assim. Eles querem melhorias na qualidade dos serviços públicos. Milhões de brasileiros, incluindo os recém chegados à classe media, compraram seus primeiros automóveis e começaram a viajar de avião. Agora, o transporte público precisa ser eficiente, tornando a vida nos grandes centros urbanos menos difícil.

Mas as demandas dos jovens não são apenas materiais. Eles querem mais acesso ao lazer e às atividades culturais. Acima de tudo, eles exigem que as instituições políticas sejam mais limpas e transparentes, sem as distorções do anacrônico sistema político e eleitoral brasileiro, que recentemente provou-se incapaz de se reformar. A legitimidade dessas reivindicações não pode ser negada, mesmo que não seja possível atendê-las imediatamente. Primeiro, é preciso definir os recursos, estabelecer os prazos e as metas.

Democracia não é um compromisso de silêncio. Uma sociedade democrática é um fluxo de debate e definição de prioridades e desafios, a conquista constante de novas vitórias. Somente numa democracia um indígena pode ser eleito presidente da Bolívia e um negro pode ser presidente dos Estados Unidos. Somente uma democracia poderia eleger seu primeiro operário e sua primeira mulher para a Presidência.

A História demonstra que quando os partidos políticos são silenciados e as soluções são buscadas pela força, os resultados são desastrosos: guerras, ditaduras e a perseguição às minorias. Sem partidos políticos não pode existir a verdadeira democracia. Mas as pessoas querem mais do que apenas dar seu voto a cada quatro anos. Elas querem uma interação diária com os governos, tanto os locais quanto os centrais. Querem participar da definição das políticas, opinando sobre decisões que os afetam seu cotidiano.

Resumindo: as pessoas querem ser ouvidas. Essa constatação apresenta um imenso desafio às lideranças políticas. Exige melhores ferramentas de comunicação, por meio das redes sociais, nos locais de trabalho nos campi universitários, reforçando a interação com os trabalhadores e líderes comunitários, mas também com os chamados “setores desorganizados”, cujas demandas e necessidades não são menos relevantes por sua falta de organização.

Já foi dito, e com muita razão, que enquanto a sociedade já ingressou na era digital, os políticos permaneceram analógicos. Se as instituições democráticas usarem as novas tecnologias de comunicação como instrumentos de diálogo, e não apenas como meios de veiculação de propaganda, elas vão respirar ar fresco e vão conseguir sintonizar-se mais efetivamente com os diversos segmentos da sociedade.

Mesmo o PT, que ajudei a fundar e que tanto contribuiu para modernizar e democratizar a política brasileira, precisa de uma profunda renovação. O partido precisa reconstruir seu vínculo cotidiano com o movimento social e propor soluções novas para novos problemas — e precisa fazer tudo isso sem tratar a juventude de modo paternalista.

A boa notícia é que a juventude não é conformista, apática ou indiferente à vida pública. Mesmo aqueles que acreditam odiar a política estão começando a participar. Quando eu tinha a idade deles, jamais imaginei que pudesse me tornar um militante político. Mesmo assim, acabei participando da fundação de um partido, quando descobrimos que o Congresso Nacional praticamente não tinha representantes da classe trabalhadora.

Foi por meio da política que conseguimos restaurar a democracia, consolidar a estabilidade econômica e criar milhões de empregos.

Evidentemente, ainda temos muito o que fazer. É bom saber que a juventude quer lutar para garantir que as mudanças sociais prossigam num ritmo mais intenso.

A outra boa notícia é que a presidenta Dilma Rousseff propôs um plebiscito para garantir as reformas políticas que são tão necessárias. Ela também propôs um pacto nacional pela educação, pela saúde e pelo transporte público, no qual o Governo Federal deve assegurar apoio técnico e financeiro aos estados e municípios.

Quando converso com lideranças jovens do Brasil e de outros países, gosto de dizer a eles o seguinte: quando você estiver desencantado com tudo e com todos, não desista da política. Participe! Se você não encontrar nos outros o político que você procura, você poderá encontrá-lo em você mesmo.