Em artigo, Marina Silva defende afastamento de denunciados

Do Estadão Conteúdo

Terceira candidata mais votada na última eleição presidencial, a ex-ministra Marina Silva defendeu, em artigo, que políticos que forem formalmente denunciados pela Procuradoria-Geral da República se afastem dos cargos. Para ela, o perigo é que políticos usem seus poderes para interferir nas investigações.

“Devemos exigir o afastamento dos que ocupam cargos cujos poderes possam interferir nas decisões. Mas desde já precisamos estar atentos contra qualquer tentativa de sabotagem”, escreveu Marina em artigo enviado ao blog do jornalista Matheus Leitão, do G1.

A ex-senadora critica o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a quem acusa de usar a manipulação da crise para aumentar seu poder. Segundo Marina, por isso “é normal que ele agora tente explicar as denúncias de corrupção que recebe como sendo manipulação dos outros”. No entanto, Marina aponta que os que gritam “fora Cunha” querem desviar atenção dos gritos de “fora Dilma”.

Na avaliação de Marina, o Congresso divide com o governo a responsabilidade pela crise. “Neste momento, deveria predominar entre eles (parlamentares) a consciência de que o Poder Legislativo é maior que seus membros, mesmo aqueles que ocupam cargos de direção”, disse.

A candidata do PSB nas eleições de 2014 pede que, “ao menos em nome do bom senso”, os denunciados evitem “mexer mais ainda num equilíbrio institucional que já está precário, não usando poderes públicos como navios de guerra onde os litigantes disparam contra os outros”.

No texto, Marina defende a ação da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça na Lava Jato e argumenta que o Brasil é capaz de sair do momento atual para outro momento positivo, assim como na crise que culminou no impeachment de Fernando Collor. “O que está em curso no Brasil não é apenas a desconstrução de um sistema político que revela, a cada dia, sua falência. Há também uma lenta construção da democracia e de instituições independentes e fortes, instrumentos de navegação em meio às crises”, argumenta.

No texto, a ex-senadora mantém a esperança de que os culpados sejam punidos. “Se temos que respeitar as instituições que eles, infelizmente, dirigem tão mal, e respeitar a população que lhes confiou seu voto, temos também que manter viva nossa esperança de que a Justiça será feita e os erros serão punidos”, escreveu.

Rede conta com liberação de registro no TSE em agosto

No final de maio deste ano, sigla de Marina Silva entregou mais fichas de apoio para viabilizar sua criação

Do Estadão Conteúdo

A Rede Sustentabilidade, grupo político da ex-ministra Marina Silva, espera que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dê o aval para o registro oficial do partido em agosto, na volta do recesso do Judiciário. Em reunião do diretório nacional neste fim de semana, os integrantes do grupo já começaram a organizar a formalização da legenda e marcaram a data do congresso nacional do partido para novembro, contando com a liberação da Justiça eleitoral.

No final de maio deste ano, a Rede entregou ao TSE mais fichas de apoio para viabilizar a criação do partido. De acordo com Bazileu Margarido, porta-voz do grupo, na última semana a área técnica do Tribunal já certificou a validade de mais 55,7 mil assinaturas. “Esse número ultrapassa as assinaturas necessárias para o registro. Como é o único item que faltava ser cumprido, nossa expectativa é que ainda no mês de agosto seja julgado”, afirmou Margarido.

Em 2013, a Rede teve pedido de registro negado pelo TSE por não obter apoio mínimo exigido pela legislação eleitoral para criação de novo partido. Na ocasião, faltaram pouco menos de 50 mil assinaturas para serem validadas. O relator do processo de criação da Rede no TSE atualmente é o ministro João Otávio de Noronha, corregedor-geral da Justiça Eleitoral.

Após o registro oficial, o grupo pretende ainda discutir uma revisão no estatuto e outros pontos como a oficialização dos militantes como filiados do partido.

Durante as reuniões do final de semana, a Rede discutiu também impactos do ajuste fiscal. Marina Silva participou do debate e, de acordo com presentes no encontro, manifestou preocupação com a necessidade de que medidas econômicas sejam desenhadas de forma a poupar os segmentos mais vulneráveis da sociedade.

Em encontro com Raquel, Marina Silva fala sobre Caruaru

Durante encontro ontem (26) com a deputada estadual Raquel Lyra (PSB), a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva relembrou suas passagens por Caruaru. “Tive a felicidade de estar em Caruaru duas vezes. Uma delas com o nosso saudoso Eduardo Campos visitei a Feira de Caruaru. Penso muito na gostosa tapioca”, comentou. Marina disse que pretende retornar em breve a Capital do Agreste para abraçar amigos, conversar com a população e discutir temas sugeridos por Raquel, como mobilidade, sustentabilidade e soluções para uma cidade melhor.

Marina consolida aliança com PSB

Por CAROL BRITO
Da Folha de Pernambuco

Com o pedido de registro para criação da Rede Sustentabilidade programado para esta semana, a ex-senadora Marina Silva chegou ontem a Pernambuco, de onde irá embora hoje, com a prioridade de estreitar a aliança com PSB e com PPS. Hoje pela manhã, reúne-se com o governador Paulo Câmara (PSB) e com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), em mais um gesto no sentido de manter a parceria da Rede com os socialistas. Ontem à tarde, logo depois de desembarcar no Estado, fez sua primeira parada na casa da ex-primeira dama Renata Campos, de quem se tornou amiga.

Mesmo com a provável fusão das siglas, o projeto casado das legendas para o pleito de 2016 será mantido, garante o coordenador nacional da Rede, Pedro Ivo. Enquanto o dirigente tratou de distribuir gestos partidários, a ex-ministra optou por não falar com a imprensa e disparou contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), durante plenária com a militância.

A crise enfrentada pela administração petista foi o principal mote do discurso de Marina Silva. Segundo ela, a chefe do Executivo federal está mais preocupada em recuperar a sua popularidade do que melhorar a economia do país. A ex-verde afirmou que o país vive uma crise de credibilidade na economia e política, que são resultados de um governo que “diz uma coisa na eleição e faz outra no governo”.

A ex-senadora ainda disparou contra o que ela classificou como “grupos que tentam utilizar a crise como estratégia” e criticou leis, que de acordo com ela, foram “criadas por encomenda” para inviabilizar a criação da Rede. Apesar das críticas, Marina Silva justificou sua posição contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e defendeu as instituições democráticas.

Pernambuco foi um dos três Estados do país que mais coletou assinaturas para o registro da Rede Sustentabilidade.”Não sabemos nada sobre os nomes do partido para disputar as eleições ano que vem. Nossa prioridade são as capitais e cidades-polo. Vamos também priorizar as alianças com PSB e PPS”, afirmou Pedro Ivo.

Marina Silva é homenageada pela Universidade de Harvard

A ex-senadora Marina Silva é uma das homenageadas pela exposição de fotografia “Inspiring Change, Inspiring Us”, organizada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, para relembrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março passado. A mostra traz imagens de um total de 48 personalidades femininas, consideradas entre as mais influentes do mundo porque dão grandes contribuições em diversos segmentos. Entre essas áreas, estão as do direito, da política e das questões sociais por todo o planeta.
Os organizadores realizaram na última terça-feira, 10 de março, uma cerimônia que contou com as presenças das homenageadas. A ex-senadora marcou presença nessa importante celebração, ocorrida em Harvard, situada na cidade americana de Cambridge, estado de Massachusetts.
A exposição é promovida pela Escola de Direito de Harvard, em parceria com outras entidades e organizações estudantis. As homenageadas foram selecionadas por um grupo composto por alunos, professores e diversas autoridades em seus respectivos campos de atuação. As fotos das escolhidas estarão à disposição do público no dia 13 de março no Wasserstein Hall, que fica na universidade.
Em sua segunda edição, a exposição “Inspiring Change, Inspiring Us” (Inspirando Mudanças, Inspirando todos Nós em português) destaca as mulheres que atuam como juristas, lideranças políticas e outros tipos de atividades que fizeram a diferença e inspiraram outras pessoas a fazerem o mesmo ao longo dos últimos anos. A biografia elaborada pelos organizadores destaca a dedicação de Marina Silva às causas de justiça social, contra o desmatamento e preservação do meio ambiente, além da sua luta contra a expulsão de comunidades indígenas de suas terras.
A mostra também destaca que apesar de ter sido analfabeta até os 16 anos, Marina se formou em História. Além disso, mostra o seu retrospecto no movimento sindical, na década de 80, a eleição para o Senado em 1994 e sua atuação como ministra do Meio Ambiente entre os anos de 2003 e 2008. O histórico aponta as suas candidaturas a presidente em 2010 e 20014. Esta última ocorreu após a morte do ex-governador Eduardo Campos, descreve o perfil.
A biografia salienta ainda a “cordialidade pessoal” e “força notável” de Marina, por ter inspirado os brasileiros de todas as classes e idades para se unir a sua visão de “Brasil como uma sociedade que é economicamente bem sucedido ainda respeitado no mundo por sua humanidade e consciência ambiental e social”. Os retrospectos e os retratos de Marina e das demais escolhidas para essa homenagem da Escola de Direito de Harvard também podem ser vistos pela internet, num site montado pela universidade.

Marina anuncia apoio a Aécio

Do G1

Após uma semana de negociações com o PSDB, a candidata derrotada à Presidência pelo PSB, Marina Silva, anunciou neste domingo (12) que apoiará o candidato tucano Aécio Neves no segundo turno. A decisão foi divulgada, em São Paulo, um dia depois de o presidenciável do PSDB assumir, por meio de uma carta aberta, uma série de compromissos para a área social, entre os quais parte das condições impostas pela ex-senadora para apoiá-lo na reta final da corrida pelo Palácio do Planalto.

“Declaro meu voto e apoio a sua candidatura. Votarei em Aécio e o apoiarei”, disse Marina, ao final de um pronunciamento de cerca de meia hora.

Entre as promessas assumidas pelo tucano no sábado, em resposta às condições apresentadas pela ex-senadora, está, caso seja eleito, a adoção de uma política ambiental sustentável, a priorização do ensino integral no país e a criação de um fundo para tentar solucionar os conflitos entre índios e produtores rurais, além do compromisso de que irá trabalhar para que o Congresso Nacional aprove o fim da reeleição para cargos executivos.

Marina substituiu Eduardo Campos – que morreu em um acidente aéreo, em agosto, durante a campanha eleitoral -, na corrida presidencial. Ela se filiou ao PSB, em outubro de 2013, em razão de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter negado registro partidário à Rede Sustentabilidade, o grupo político da ex-senadora.

Em meio à disputa pela Presidência, Marina chegou a ser apontada pelas pesquisas eleitorais em empate técnico com a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, deixando Aécio na terceira posição nas simulações.

No entanto, na votação do último domingo (5), Marina Silva obteve 22.176.619 votos (21,32%) e ficou em terceiro lugar, mesma colocação da eleição de 2010. A petista recebeu 43.267.668 votos (41,59%) e o tucano, 34.897.211 (33,55%).

Na quarta-feira (8), três dias depois do primeiro turno, a executiva nacional do PSB anunciou, em Brasília, apoio ao presidenciável tucano. Marina, entretanto, não participou da reunião e decidiu condicionar seu apoio à inclusão no programa de governo do PSDB de uma lista de pontos que ela considerava “fundamentais” que fossem adotados pelo candidato tucano para que ela abrisse o voto na candidatura dele.

Ela solicitou, por exemplo, que ele se comprometesse a acelerar a reforma agrária no país, manter os direitos dos trabalhadores, dar continuidade às demarcações de terras indígenas e de unidades de conservação, além de adotar uma política “progressista” em relação ao clima.

Marina também pediu que Aécio incluísse em seu programa de governo os compromissos de implantar escolas em tempo integral, oferecer passe livre a estudantes de escolas públicas e revisar a regra do fator previdenciário.

O texto divulgado pelo tucano no sábado, que ele disse que foi inspirado nas propostas divulgadas pela Rede – o grupo político da candidata derrotada do PSB –, contemplou parte das exigências de Marina. Não foram incluídas no programa tucano, por exemplo, as propostas envolvendo a gratuidade do transporte público e a reforma na regra previdenciária que inibe as aposentadorias precoces.

Ao final do evento na capital de Pernambuco, o deputado federal Beto Albuquerque (RS), que concorreu a vice na chapa de Marina, afirmou que o documento divulgado por Aécio contemplava as reivindicações apresentadas pela ex-senadora e abria caminho para ela declarar apoio ao tucano. “Esse documento responde as contribuições que o PSB, a Rede, eu, Marina e todos nós encaminhamos”, enfatizou.

Segundo o Blog do Camarotti, antes de fazer o pronunciamento deste sábado, o candidato do PSDB encaminhou os pontos de seus compromissos a integrantes da Rede, que aprovaram os termos programáticos do tucano para a área social.

Integrantes do grupo político de Marina, informou o blog, compararam os compromissos sociais de Aécio à Carta ao Povo Brasileiro, apresentada pelo ex-presidente Lula, na campanha eleitoral de 2002, na qual ele afirmou que iria garantir a ortodoxia na condução da política econômica.

Viúva de Campos
No sábado, após divulgar a carta compromisso, Aécio Neves se reuniu com Renata Campos, viúva do ex-governador pernambucano Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo em agosto. No encontro, que tem peso simbólico para o presidenciável do PSDB, ele almoçou com a família de Campos e líderes do PSB e do PSDB de Pernambuco.

Renata não falou com a imprensa, mas divulgou uma carta na qual listou os motivos que a levaram a declarar apoio ao candidato do PSDB no segundo turno. O texto destaca a consternação de sua família com a morte trágica de Eduardo Campos e afirma que o governo federal se tornou “incapaz” de promover as mudanças idealizadas por seu marido.

A viúva também ressaltou na carta pontos em comum na trajetória política entre Aécio e Campos e disse que acredita na capacidade de “diálogo e gestão” do tucano.

No Facebook, Marina Silva sinaliza apoio a tucano

Marina Silva (PSB) fez um desabafo na sua página no Facebook sinalizando que tende a assumir a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República na disputa final de segundo turno. Ela manifesta o desejo de mudança, mas diz que aguarda que cada partido da Coligação Unidos pelo Brasil se defina para, posteriormente, manifestar a sua posição. Veja abaixo:

‘Companheiros,
Partidos são expressão de sonhos. Sonhos de sociedade, de futuro, de razões pelas quais lutar e dedicar a vida. E cada um desses sonhos segue seu próprio caminho no grande universo da política.
Mas a busca de todos é o encontro com parceiros com os quais possam fazer sínteses que ampliem as chances de chegar aos seus objetivos com mais legitimidade, a legitimidade que vem da aprovação e da identificação por parte da sociedade.
Nós vivemos intensamente essa experiência nos últimos quarenta dias e ainda a estamos vivendo. Então, minha primeira palavra é de saudação e agradecimento a cada partido aqui presente – o PSB, a Rede Sustentabilidade, o PPS, o PPL, o PRP, o PHS e o PSL – por estarmos juntos, em nome de nossos sonhos, sob a inspiração da liderança de Eduardo Campos, cuja memória aqui homenageio e reverencio.
Conseguimos fazer algo inédito na política brasileira e só isso já pode ser considerada uma vitória: nos unimos em torno de um programa, de ideias, da coragem para mudar o Brasil.
Vivemos 40 dias enfrentando uma das campanhas de destruição mais sórdidas e mentirosas já feitas na história do país e estamos fortes, inteiros para continuar nossos caminhos, agora mais qualificados, mais consistentes, mais refletidos, mais desafiados.
Pelo reconhecimento das conquistas alheias, pelo esforço de convergência na diversidade, pela insistência na centralidade do programa e no debate de temas relevantes, recusando a guerra suja da destruição, já somos a semente de uma nova política.
Desejo que todos nós possamos seguir em frente com a determinação de cultivá-la e fazê-la crescer íntegra, pujante, generosa, em nome do Brasil, do avanço da democracia e de uma sociedade que merece que lhe entreguemos o melhor de nós, de nossos talentos, de nossas crenças, de nossas capacidades.
Reafirmo que temos o dever de fazer da política a alavanca para preparar o Brasil para um modelo de desenvolvimento que tenha em sua lógica, a um só tempo, avanços democráticos, a justiça social, a sustentabilidade ambiental e a qualidade de vida para todos como guia da dinâmica econômica.
Espero estar expressando aqui o sentimento comum de que a participação de cada um de nossos partidos no segundo turno das eleições reflita este legado, reafirme a necessidade de mudanças, não abra mão de compromissos explícitos e objetivos, exija o debate programático de alto nível.
Repudie também a violência dos ataques pessoais, a mentira e a calúnia como táticas políticas, denuncie e repudie o continuísmo que fragiliza a democracia, ameaça seus fundamentos e sufoca o surgimento do novo.
Aguardo com tranquilidade e confiança a manifestação individual ou coletiva dos partidos sobre os compromissos que precisam ser assumidos pela candidatura identificada com o sentimento de mudança, de modo que eles se expressem em atitudes, políticas, ações e modelo de governança que de fato materializem novos tempos para o Brasil.
Essa manifestação e a resposta que ela obtiver serão fundamentais para minha manifestação individual, que será feita oportunamente neste segundo turno.

Um abraço fraterno a todos,
Marina Silva

Marina reúne condições para apoiar Aécio Neves

Do Congresso em Foco

Sem conseguir chegar ao segundo turno das eleições presidenciais, restou à candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, a tentativa de salvar alguns pontos programáticos que vinha defendendo durante o primeiro turno das eleições. Por isso, interlocutores do Rede Sustentabilidade começaram a traçar quais serão as bases para que Marina anuncie apoio formal ao segundo colocado, o senador Aécio Neves (PSDB).

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a ex-senadora estuda a melhor maneira de se colocar ao lado do tucano sem parecer incoerente com a postura de “nova política” que defendeu durante a campanha. Para anunciar o apoio, ela deve condicionar sua adesão à incorporação de pontos de seu programa de governo pela candidatura do PSDB.

A reforma política, com o fim da reeleição, a educação em tempo integral e a sustentabilidade estão entre os itens colocados à mesa pela ex-senadora. Todos eles já aparecem contemplados no programa de governo tucano.

A Rede marcou reunião para a noite de ontem, em São Paulo, na qual deve se comprometer com a mudança, mas liberar seus filiados para escolher entre Aécio e Dilma Rousseff (PT). Já o PSB convocou encontro em Brasília na quarta-feira (8) para definir o futuro político do partido no segundo turno.

O presidente nacional da sigla, Roberto Amaral, defendia apoio à petista, mas tem dito que “às vezes um reacionário pode ser um avanço”, em referência ao candidato do PSDB. O jornal informa ainda que o PSB e a Rede estão na fase de afinar o discurso para o anúncio oficial previsto para quinta-feira (9).

A relação entre PSB e PSDB sempre foi de diálogo e até de simpatia. Os ex-presidentes nacionais dos dois partidos – Sérgio Guerra (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), mortos este ano – mantinham conversas políticas frequentes e eram amigos.

O PSB de Pernambuco, com a força da viúva, Renata Campos, deve trabalhar para quebrar as resistências internas e levar toda legenda a apoiar Aécio Neves. Ainda na período de pré-campanha, Aécio e Eduardo Campos haviam estabelecido um “pacto de não agressão” que está sendo levado em consideração pela executiva do PSB

Marina apoiará Aécio

Do Blog de Sonia Racy

Marina Silva não tem mais dúvidas: vai apoiar Aécio. O que ainda está em jogo, pelo que se apurou, é se isto acontecerá com o PSB ou se será uma opção solo. O partido está dividido entre o que quer seu presidente, Roberto Amaral – apoiar Dilma –, e os pessebistas mais próximos da ex-ministra – que defendem o tucano.

A decisão deve sair antes do endosso formal de Renata Campos, mulher de Eduardo, ao tucano.

Tampouco está definido como tudo isso se dará. Marina não quer condicionar sua decisão a cargos – coisa da “velha política”. O caminho pode ser o de pedir concordância com pontos importantes do programa de governo do PSB.

Em 2010, a ex-senadora elaborou lista de dez itens e a enviou a Serra e Dilma, antes da disputa de segundo turno. O tucano não respondeu; já a petista assinou termo indicando aceitar o proposto. Mas não cumpriu. Marina tampouco a apoiou.

Raquel Lyra recepciona Marina Silva

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A deputada estadual e o governador João Lyra recebem candidata socialista em aeroporto (Foto: Divulgação)

A deputada estadual e candidata à reeleição, Raquel Lyra (PSB), participou nesta segunda-feira (29) dos eventos com Marina Silva (PSB) e Beto Albuquerque (PSB), em Caruaru. Raquel foi recebê-los no aeroporto, ao lado do governador João Lyra Neto (PSB). Em seguida, a comitiva se dirigiu ao Caruaru Park Hotel, onde a candidata a presidente concedeu entrevista coletiva. Enquanto isso, muitas pessoas já os esperavam no Largo da Coletoria.

A caminhada se dirigiu até a avenida Rui Barbosa, onde foi realizado um grande comício, com Marina, Paulo Câmara, Fernando Bezerra Coelho e outras lideranças da Frente Popular. “Foi muito bom receber Marina em nossa cidade. Já tivemos muitas oportunidades de estarmos juntas e de conversar sobre nosso futuro e sobre o Brasil. Não tenho dúvidas que Marina Silva é a mudança que a população deseja”, comentou Raquel Lyra.