Nutricionista do Sesi ensina a reaproveitar bagaço do milho

Pamonha e canjica são receitas típicas na mesa do nordestino no período junino. As duas iguarias levam os grãos do milho ralados como ingrediente principal. Mas quem imagina que, não apenas os grãos, mas também o bagaço encontrado na espiga pode resultar em um prato saboroso, nutritivo e, sobretudo, barato?

A nutricionista do Sesi Cozinha Brasil, Lídia Ramos, explica que, em tempos de crise, é possível usar o milho em sua totalidade e também vale investir em um mix de iguarias para baratear a mesa junina, como a tapioca. ”A ideia é reaproveitar alimentos que costumam ser desperdiçados e transformar em pratos diferentes aquela comida que antes iria para o lixo.

Uma boa dica, principalmente quando a safra empurra os preços para cima. Este ano, a produção do milho verde no município de Passira, por exemplo, caiu 30%. Na cidade do Agreste, há 400 hectares de cultivo do grão. De acordo com o agente de extensão Fabrício Bezerra, do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), os poços artesianos – de onde a água é tirada para irrigação – secaram e, por conta da escassez de chuvas, não foram reabastecidos. Já os poços que ainda têm água estão com a quantidade abaixo da capacidade.

Segundo a nutricionista, ao usar o bagaço do milho, puro ou como ingrediente de outros produtos, não há perda de nutrientes. “Ao contrário do trigo e o arroz, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva as fibras na sua casca, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano”, afirma Ramos.

Milho Gigante do Peru, em snacks, é sugestão requintada de chefe para entrada de refeições

A gastronomia peruana esta agradando cada vez mais o paladar dos brasileiros. O protagonista continua sendo o tradicional Ceviche, mas a novidade é a entrada com os snacks Milho Gigante, que surgem com uma variedade de sabores e estão sendo bastante pedidos nos principais restaurantes peruanos do país. Para atender esta procura a St. Willie, marca que representa bebidas e alimentos sofisticados de outros países, trouxe para o Brasil os snacks Milho Gigante, nos sabores picante, original, caramelo e barbecue.  No formato de salgadinhos, os snacks são uma requintada opção para receber os amigos antes da refeição principal, conforme sugestão do chefe de cozinha, Fabio Babosa, que atua com a gastronomia peruana.

“Os snacks peruanos caíram no gosto do público brasileiro. O ideal é que sejam servidos, em pouca quantidade, antes do prato principal e com um bom Pisco Vargas para abrir o apetite. Os salgadinhos possuem o agradável sabor do verdadeiro Milho Gigante peruano mesclado à essência do sabor escolhido, com uma textura crocante e aromatizada” reforça o chefe, formado em Cuisineg e Patisserie pela Le Cordon Bleu Londres. A adaptação ao paladar brasileiro ficou sob a responsabilidade de Alfredo Novais, Diretor da St. Willie, que optou por manter a essência do verdadeiro Milho Gigante para preservar o sabor e a cultura da culinária peruana.

Além da boa aceitação pelo público brasileiro, a origem do Milho Gigante traz curiosidades interessantes. Na cultura peruana acredita-se que o cereal é fértil. O formato gigante ocorre por conta de um fenômeno único do país.   “O cereal é plantado no Vale Sagrado do Cusco. Do lado direito tem a umidade da Amazônia peruana e do lado esquerdo o calor do deserto peruano. Estas duas frentes se chocam e caem sobre o vale. É a partir daí que surgem as espigas em formato gigante e com a característica de fertilidade. O vale é protegido por montanhas com até dois mil metros de altura. Já tentaram plantar a semente em outras partes do mundo, porém nascem no tamanho normal. Apreciar os snacks peruanos é experimentar um pouco da cultura peruana”, explica Novais. No Peru há até estatuas reverenciando o cereal.

A marca St. Willie representa produtos e bebidas alimentícias que atendem as mais exigentes normas de qualidade dos países de origem. Os produtos, de toda parte do mundo, que se destacam pelos sabores exóticos e boa aceitação da população local, são analisados pela marca que avaliam a aceitação dos mesmos no Brasil. Os especialistas chefes de cozinha, barmens e empresários fazem a análise e, a partir daí, optam pela comercialização em território nacional.

Os snacks podem ser encontrados em supermercados como: Zaffari, Mambo, Santa Luzia, Natural da Terra, etc…

Maior Bolo de Milho será realizado nesta quarta

Quem gosta de se deliciar com bolo de milho não pode perder a festa que será realizada nesta quarta (17), no bairro Indianópolis. A iguaria será confeccionada numa proporção gigantesca. Serão quase 400kg de bolo distribuídos em 10m de comprimento. Para a receita são utilizados 1.100 ovos, 110 litros de leite, 50kg de farinha trigo, 185kg de mistura pronta para bolo de milho e 60kg de margarina, além de 15 rolos de papel alumínio para as formas e seis botijões de gás para o forno. O bolo é produzido diretamente por três pessoas, que deram início aos trabalhos no último domingo (14).

Esta é a 14ª edição do evento que neste ano espera cerca de cinco mil participantes. O bolo gigante leva 30h no forno e no final serve aproximadamente 4.000 fatias. A programação começa cedo. A partir das 19h, bacamarteiros e forrozeiros saem em desfile da rua Henrique de Oliveira, percorrendo as principais vias do bairro Indianópolis até a Barão de Itamaracá (sede da festa).

Às 20h, a programação segue com Derson Júnior e Banda, Identidade do Forró, Banda de Pífano Zé do Estado e Naldo e Ronaldo – Meninos do Forró para animar o público. Além disso, a festa ainda contará com a apresentação da quadrilha da APODEC e os bacamarteiros do Murici.

Oferta de milho diminui e preços devem aumentar

Pedro Augusto

A seca que vem se proliferando nos últimos anos novamente afetará o preço do milho durante o período junino. Com a baixa no volume de chuvas não só em Caruaru, mas também em outros municípios da região, a tendência é de que o item alimentício mais utilizado nesta época fique mais caro em relação ao mesmo intervalo de 2014. Até agora, o preço da ‘mão de milho’ – composta por 50 espigas – está variando na casa dos R$ 20 a R$ 30 no Parque 18 de Maio, no centro da cidade. Entretanto, com a intensificação dos festejos previstos para serem iniciados neste sábado (30), a expectativa é de que os valores acima saltem para entre R$ 30 e R$ 50.

Comerciante há dez anos na Feira do Milho, Amaro da Silva disse não ter visto fluxo de consumidores tão pequeno às vésperas do Maior e Melhor São João do Mundo. “No ano passado, as vendas não foram lá essas coisas, mas na semana que antecedeu o início dos festejos o movimento encontrava-se melhor. Veja agora como está a situação: feira totalmente vazia em plena manhã de terça-feira (26). Apesar de até agora estarmos praticando os mesmos preços de 2014, a procura ainda é muita pequena. Nem parece que vai começar o São João de Caruaru.”

A lamentação do comerciante não foi a única no local. Concorrente de Amaro, Helena Francisca também ressaltou a baixa na demanda pelo produto. “É claro que o movimento irá melhorar neste mês, até porque estaremos festejando o São João, mas não sei se venderemos a mais em relação a 2014. Com essa crise financeira que vem afetando todo mundo, a tendência é de que os clientes diminuam as compras. Se não bastasse a falta de dinheiro, eles terão de gastar um pouco mais para levar o produto. No meu espaço, por exemplo, venderei a mão de milho de melhor qualidade por R$ 50 e a de menor por R$ 30. Até porque ficará mais difícil de comprá-lo.”

O provável aumento antecipado pela comerciante foi justificado pelo engenheiro do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Fábio César. “Além do habitual acréscimo na demanda, o detalhe é que a oferta do milho durante esse período deverá ser menor em relação aos últimos anos. Isso porque os mananciais dos agricultores da região, principais abastecedores dos comerciantes de Caruaru, encontram-se com um volume de água abaixo em comparação aos festejos juninos passados. Apesar de garantirem as produções através do sistema de irrigação, com menos água à disposição a colheita está ainda mais prejudicada. Desta forma, com a provável maior procura em relação à oferta, a expectativa é de que haja reajuste nos preços.”

O milho que é comercializado no Parque de 18 Milho geralmente é oriundo de Cumaru, São Joaquim do Monte, Camocim de São Félix, Bezerros e Sairé – todos no Agreste. Assim como em Caruaru, que diferentemente dos citados costuma ceder pouco milho para comercialização, nesses municípios, onde há uma produção maior, o período de chuvas ideal para a colheita também praticamente não existiu em 2015. “Ele vai da segunda quinzena de março até a primeira de abril. Somente como exemplo, em Caruaru choveu 74% a menos do esperado para o intervalo. Nas outras cidades também ocorreu uma queda brusca em relação ao quantitativo de chuvas”, finalizou Fábio.

Governador prorroga a isenção do ICMS nas operações com milho em grão

Em mais uma ação de combate aos efeitos da estiagem prolongada, o governador Paulo Câmara determinou que a Secretaria da Fazenda prorrogasse a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações de saída de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Abastecimento e Logística (Ceasa-PE). A medida beneficiará os pequenos produtores agropecuários e agroindústrias de pequeno porte que utilizam o insumo em seu processo produtivo.

A isenção do milho foi implementada através do Decreto 39.659 de 31/07/2013 e prorrogada pelo Decreto 40.949 de 01/08/2014, com vigência até 31/12/2014. O fim da isenção do ICMS acompanhou o fim do subsídio concedido pelo Governo Federal. Como as condições climáticas continuam críticas, o governador do Estado decidiu prorrogar a isenção independentemente da renovação do subsídio pela União.

A prorrogação da isenção, que passa a vigorar até 31 de dezembro de 2015, atende ao pleito apresentado em janeiro deste ano pelo Sindicato dos Produtores de Leite (Sinproleite-PE) à Secretaria da Fazenda, em face à escassez do produto provocada pela seca.