SESI mobiliza indústria e trabalhadores no combate ao mosquito da dengue no Agreste

O SESI Pernambuco, em parceria com o Sistema FIEPE (Federação das Indústrias, CIEPE, SENAI e IEL), lança nesta semana, campanha estadual contra o mosquito Aedes Aegypti, principal transmissor de doenças como a Dengue e os vírus Zika e da febre Chikungunya. O SESI será o responsável por levar gratuitamente aos trabalhadores da indústria pernambucana e seus familiares orientações sobre a adoção de medidas simples, mas efetivas, para a prevenção de doenças transmitidas pelo mosquito.

A entidade prestará esclarecimentos sobre o assunto, levando para dentro das fábricas 25 mil panfletos e 2 mil cartazes explicativos sobre a importância do combate e os sintomas das doenças. A expectativa é atingir 100 mil pessoas no Estado e cerca de mil indústrias.

A entidade iniciou a campanha no ano passado, na Região Metropolitana do Recife, juntamente com a Secretaria de Saúde da capital pernambucana, agora o SESI expande a campanha para todo o Estado. No Agreste, as empresas interessadas em receber a campanha devem entrar em contato com as unidades Belo Jardim pelo telefone (81) 3726.1166 ou Caruaru pelo número (81) 3722.9520.

O Ministério da Saúde ainda não terminou de compilar todos os casos de dengue registrados em 2015, mas até 5 de dezembro o número de vítimas do vírus havia chegado a 1,59 millhão de brasileiros. O Ministério ainda não conseguiu concluir os números de 2015 sobre chikungunya e zika, outros dois vírus transmitidos pelo Aedes Aegypti, mas confirmou a gravidade das endemias. O mosquito espalhou vírus chikungunya por 10 estados e zika por 19.

Em Pernambuco, desde o início deste ano, foram notificados 923 casos de dengue, o que representa um aumento de 40,92% em comparação com o mesmo período do ano passado. Três mortes que teriam sido provocadas pela doença estão sendo investigadas. Já entre os dias 3 e 9 de janeiro, foram notificados 255 casos suspeitos de chikungunya e 200 de zika vírus. No ano passado, houve ao todo 2.605 ocorrências da primeira doença. Quanto ao zika, foram registrados 1.386 casos desde o dia 12 de dezembro de 2015, quando as notificações da doença passaram a ser obrigatórias.

Microcefalia – O Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fez ainda testes em 38 bebês com microcefalia buscando relacionar os casos ao vírus da zika. Destes, 34 bebês tiveram o anticorpo IgM no líquido cefalorraquidiano detectado – correlacionando assim com o zika. Outros três casos deram negativo e um teve o resultado inconclusivo. Os reagentes para realização do exame foram fornecidos pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC).

I Fórum Itinerante de Mobilização para prevenção dos acidentes de moto no Estado de PE acontece nesta sexta

O Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto (CEPAM-PE) vai promover, neste dia 31, o I Fórum Itinerante de Mobilização para Prevenção dos Acidentes de Moto, em Petrolina, Sertão de Pernambuco.

O evento é mais uma iniciativa entre o CEPAM-PE e Projeto Salvando Vidas, realizado em parceria com Projeto Moto Amiga (Honda), a Assembleia Legislativa do Estado e o Sindicato dos Corretores de Seguros (Sincor-PE), e tem como objetivo apresentar ações para diminuir acidentes e salvar vidas no trânsito. O Fórum acontece a partir das 8h, na sede da VIII Geres, Rua Fernando Góes, S/N, Centro. De acordo com dados da SES, em Pernambuco, entre os meses de janeiro e abril deste ano, foram registradas 255 mortes causadas por acidentes com motocicletas.

O evento também vai contar com a presença do Secretário de Saúde do Estado, José Iran Costa Júnior, do coordenador executivo do Cepam-PE, João Veiga, do representante do projeto Moto Amiga, além do coordenador-executivo da Operação Lei Seca, tenente coronel André Cavalcanti. Todavia, o representante da VIII Geres fará uma apresentação das ações de prevenção do Comitê Regional. Todos devem chamar a atenção para os altos índices de acidentes de moto e os onerosos custos desembolsados pelos governos na recuperação dos pacientes.

Durante o Fórum serão discutidas e apresentadas as ações realizadas por todos os órgãos envolvidos na mobilização para prevenção de acidentes com motocicletas. “O País gasta R$ 40 bilhões com acidentes de trânsito, por ano. Em Pernambuco se gastou R$ 1,3 bilhão, em 2014, durante os serviços de pré-atendimento (Samu), internamento hospitalar e pós-tratamento”, informa o médico e coordenador executivo do CEPAM, João Veiga. “Existe uma preocupação do Governo do Estado. E a diferença para mudar o quadro atual deve ser feita com fiscalização”, condiciona Veiga.

Criada pela Honda a pouco mais de dois anos, o projeto Moto Amiga trabalha para reduzir o alto índice de acidentes com motos no Brasil. Os instrutores do Centro de Treinamento Honda procuram fazer palestras educativas e mostrar que o alto índice de acidentes se deve à falta de instrução sobre a pilotagem correta. “Para ter uma ideia, nós oferecemos todos os cursos gratuitos de pilotagem nos centros de treinamento (PE, SP e AM). Mas somente 5% dos usuários utilizam e procuram as nossas instruções”, ressalta o diretor do Moto Amiga, Marcelo Sadi.

O coordenador-executivo da Lei Seca deve ainda apresentar e analisar um balanço do trabalho de três anos e oito meses das operações, expondo os números referentes à quantidade de veículos abordados, entre outros dados. “Também vamos tratar sobre a mudança de hábito e cultura, que foi absorvido pela população. Desde o início da operação até maio de 2015, foram abordados quase 1,2 milhão de motoristas, número bastante significativo para que haja uma maior redução de acidentes”, dispõe o tenente-coronel André Cavalcanti.

Pernambuco se mobiliza par trazer o Hub da Latam

Pernambuco se uniu em um movimento suprapartidário com o objetivo de assegurar a implantação do Hub da Latam no Recife – a decisão será anunciada pela companhia no final do ano. Representantes da sociedade civil, ex-governadores, gestores e deputados estaduais de governo e oposição atenderam ao chamado do governador Paulo Câmara e participaram de uma reunião, nesta quinta-feira (11), para tratar do tema. O ato lotou o Salão das Bandeiras do Palácio do Campo das Princesas.
 
Paulo Câmara destacou as potencialidades do Estado e garantiu que Pernambuco está pronto para receber o centro de voos nacionais e internacionais do grupo, formado pela brasileira TAM e pela chilena LAM. “Temos uma posição geográfica diferenciada em relação às demais capitais e uma ótima infraestrutura. Além disso, temos negócios movimentando a economia. Pernambuco cresce mais do que o Brasil. Temos, também, um aeroporto eleito em abril como o melhor do País, pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República; que tem todas as condições para receber esse empreendimento”, argumentou.
 
O centro fará a conexão, de forma rápida, a destinos no exterior. No Brasil, a Latam já tem hubs operando em Brasília e Guarulhos. O Nordeste tem uma localização que vai conectar toda a América do Sul com a Europa Ocidental. Caso Recife ganhe a disputa, que envolve Fortaleza (CE) e Natal (RN), o Aeroporto Internacional dos Guararapes, um dos melhores do Brasil, terá que passar por menos alterações que os concorrentes.
 
A expectativa do setor é que o novo centro de voos crie entre 8 mil e 12 mil empregos diretos e indiretos, com um investimento de R$ 3,9 bilhões. “Nesse ambiente de constantes desafios para o Brasil, é importante que Pernambuco saiba tratar essas questões de maneira profissional, visando o planejamento de longo prazo”, explicou Paulo Câmara.
 
Três ex-governadores participaram do ato. “Mais uma vez, Pernambuco está unido falando para o Mundo. E Paulo Câmara está fazendo História com ‘H’ maiúsculo”, reforçou Gustavo Krause, referindo-se à convocação do governador.
 
Também ex-governador, Joaquim Francisco classificou o ato promovido por Paulo como “respeitoso”, pois soube destacar os avanços do Estado em cada gestão. “Cada gestor deu sua contribuição. Os governos de Eduardo e de Paulo souberam respeitar essa conquista”.
 
Já Roberto Magalhães enalteceu a infraestrutura de Pernambuco como fator fundamental para a definição da empresa. Para ele, o Estado tem tradição no planejamento. “Como um equipamento importante temos aqui o Porto de Suape, que foi erguido com o suor dos pernambucanos e hoje é responsável pela chegada de muitas outras empresas ao Estado”, exemplificou.
 
Secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente de Suape, Thiago Norões detalhou as vantagens econômicas de Pernambuco. “Em relação aos demais estados do Nordeste brasileiro, Pernambuco é o mais competitivo para se investir. Ficamos conhecidos nos últimos anos como o Estado onde as coisas acontecem e os problemas são solucionados de imediato. Trabalhamos com as regras claras e temos um time que faz as coisas acontecerem com qualidade”, pontuou.
 
ARTICULAÇÃO –  Paulo Câmara adiantou que essa foi a primeira de muitas outras reuniões que devem envolver a sociedade civil. “Na próxima segunda-feira, vou reunir a bancada federal de Pernambuco. Vamos apresentar as vantagens, como foi feito aqui, para que cada parlamentar possa nos ajudar com a questão”, explicou o chefe do Executivo estadual.
 
O prefeito do Recife, Geraldo Julio, acrescentou que o Estado ainda pode flexibilizar a tributação. Para Geraldo, o ambiente econômico faz toda a diferença na disputa. “Eles têm que considerar a demanda de passageiros e de profissionais para tocar o Hub, além das empresas para dar suporte”, salientou Geraldo.
 
Líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Silvio Costa Filho afirmou que o bloco vai trabalhar em favor dos pernambucanos. “Faremos o que for necessário para garantir esse investimento”, disse o parlamentar. Para o líder do Governo na Casa, deputado Waldemar Borges, a união será fundamental para o sucesso. “Temos que deixar de lado as diferenças e unir forças para avançar mais”, completou.
 
A vice-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos, seccional Pernambuco, Tatiana Marques, salientou a importância da chegada do Hub para o turismo e para o mercado de eventos do Estado. “Pernambuco está repleto de oportunidades e a implantação do Hub da Latam será mais um incentivo para o mercado de turismo e de eventos”, avaliou.

Empresários e trabalhadores protestam no Ministério do Planejamento

Centenas de trabalhadores e empresários do setor de agências de viagens fizeram manifestação nessa terça-feira, 10, iniciando no Ministério do Planejamento, seguindo rumo ao Congresso Nacional e finalizando a mobilização diante do Palácio do Planalto. Convocada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens do DF (ABAVDF), o Sindicato das Empresas de Turismo (SINDETURDF) e o Sindicato dos Empregados em Empresas de Turismo (SEMDETURDF), a marcha serviu para denunciar a ação nefasta do Governo Federal que criou, pelo Decreto 8.189/2014, a Central de Compras.

De acordo com Carlos Vieira, presidente da ABVDF, os manifestantes querem ter o direito de trabalhar. “Não é possível que na 7a economia do mundo, diante da incompetência do governo que não consegue suprir as necessidades elementares do cidadão, o Governo Federal se preocupe em adquirir R$ 6 bi em passagens aéreas, sem licitação, sem controle, sem fiscalização e tudo pago com o cartão corporativo. O governo de fato estatiza o setor de viagens”.

Ao contrário do que apregoa o governo, não há economia nesse golpe contra as empresas, porque, conforme reitera Carlos Vieira, “os burocratas apregoam descontos de zero a 5%, mas não divulgam que isentaram as companhias aéreas do recolhimento da Lei Kandir – de 7,5%. Onde está a economia?”.

Assim, sem controle, sem licitação, sem fiscalização, a Central de Compras acaba sendo o 40o Ministério “e pelas características, tem tudo para ser o embrião de um novo escândalo” conclui Carlos Vieira.

Importante: Quem quiser pautar o assunto ou entrevistar o presidente da ABAVDF, Carlos Vieira, pode ligar diretamente no (61) 9101-2171 ou pelo e-mail carlosvieira@abavdf.com.br

Sismuc realiza mobilização neste sábado

O Sismuc está encerrando os preparativos para realizar mais um ato público. A mobilização irá acontecer  neste próximo sábado (31) à partir das 9h no Marco Zero de Caruaru.

O objetivo da mobilização segundo o Sismuc é marcar o dia de ”Luta pela Educação”, dia também da votação do PCC  pela Câmara Municipal de Caruaru.

Agentes de saúde participam de reunião de mobilização para o PLHIS

Acontece nesta quinta-feira (29) mais um encontro de mobilização para as oficinas do Plano Municipal Local de Habitação de Interesse Social, que tem início no próximo dia 31 de Janeiro.
O encontro é destinado à formação e preparo dos agentes de saúde, parceiros da Secretaria de Participação através da Gerência de Diálogos Sociais. Já que possuem contato rápido e direto com a população de diversas áreas da cidade, o trabalho desses profissionais foi uma das principais maneiras de alcançar e mobilizar o máximo de pessoas para participação nessas oficinas. 
 
A reunião vai acontecer a partir das 8h, na Casa da Participação, na Rua Padre Rolim, nº 40, Maurício de Nassau.

Mobilização para oficinas do Plano de Habitação seguem junto à sociedade

Durante a manhã de hoje, aconteceu o encontro com os Conselheiros do Orçamento Participativo, que iniciaram suas atividades de 2015 reforçando o apoio e envolvimento ao atender o chamado da gestão municipal para conhecer um pouco mais sobre o PLHIS. Durante a conversa, cada conselheiro teve a oportunidade de tirar suas dúvidas e entender melhor como seria feita a cooperação com a equipe da Secretaria de Participação Social, que é corresponsável pela organização e cuida com prioridade da mobilização das comunidades na área urbana e no campo, utilizando o modelo de organização de plenárias já utilizado nas experiências com o OP em 2013.

No início da tarde, teve início o encontro com os presidentes e representantes das associações de moradores de diversos bairros de Caruaru, para que estes também conhecessem a metodologia aplicada no desenvolvimento do Plano de Habitação e pudessem se engajar ainda mais na mobilização dos bairros que moram. “É importante que cada um aqui participe desses projetos e se esforce para que as coisas possam dar certo. Para que aquilo que vocês cobram possa chegar aos seus bairros. Todos sabem que é preciso empenho e envolvimento, pois isso nada mais é do que a construção de uma nova cultura política que precisa do apoio de todos e todas”, comentou o secretário de Participação Social, Leonardo Bulhões, ao expressar a importância da presença e apoio de cada presidente de associação.

Ao fim da reunião, os presidentes das associações ganharam o primeiro kit de divulgação das oficinas do Plano de Habitação, contendo folders e cartazes que esclarecem do que se trata o projeto e ainda o calendário com datas, locais e horários das oficinas que serão desenvolvidas a partir do dia 31 deste mês.

Presidente da Associação dos Moradores do Bairro do Salgado, a senhora Norma Maciel, comentou a felicidade que cada representante sente em reuniões de novas oportunidades de participação. “Essa reunião foi muito importante para que nós da sociedade civil pudéssemos nos sentir ainda mais engajados, assim como nos sentimos desde o primeiro momento de prática do Orçamento Participativo, em que notamos o quanto a gestão estava valorizando o nosso envolvimento e nossas considerações a respeito das políticas públicas de nosso município”, destacou.

Mobilização nacional contra o mosquito aedes aegypti acontece neste sábado

O sábado vai ser de mobilização contra os focos do mosquito aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue e da febre chikungunya. Para isso, o Ministério da Saúde convocou estados e municípios a realizarem o Dia D de Mobilização, que será marcado por mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais de saúde ao diagnóstico correto das doenças. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participará de uma visita à comunidade do catumbi, no Rio de Janeiro, estado que conseguiu reduzir em 97% os casos de dengue, comparação de 2013 a 2014, a maior do país.

Medidas simples como manter recipientes que podem armazenar água fechados, limpar regularmente calhas e caixas d’água e recolher o lixo são fundamentais para o combate ao mosquito e já conhecidas da população. A ideia do Ministério da Saúde é promover uma nova ação de mobilização em fevereiro de 2015, que será chamado de Dia D+1.

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, esta é uma ação importante para reforçar a prevenção contra as duas doenças. “As ações de controle e combate do mosquito devem se antecipar aos problemas. Por isso, é muito importante o envolvimento do setor público e da sociedade nesse mutirão de limpeza das cidades antecedendo o período de chuvas. A dimensão da dengue e da chikungunya no próximo ano dependerá do dever de casa de cada um e do envolvimento de todos”, afirma o ministro.

Segundo dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), pesquisa que identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito o panorama dos criadouros do mosquito varia entre as regiões. Enquanto na Região Nordeste, 76,1% dos focos está no armazenamento de água, na região sudeste 56% dos focos está no depósito domiciliar. Já as regiões Norte, Centro-Oeste e Sul tem no lixo o principal desafio, com taxas de – 42,5%, 45,5% e 47,3% –, respectivamente.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, reforça que a campanha de mobilização para dengue este ano tem objetivo duplo de combater a dengue e o chikungunya. “Como 80% dos focos dos mosquitos estão nas residências, a mobilização da população tem um papel fundamental. Em apenas 15 minutos semanais, as famílias podem fazer o inspeção dentro de casa e destruir os focos dos mosquitos”, explica o secretário.

LIRAa – O estudo elaborado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, é considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção. Até o momento, 1.824 municípios realizaram o levantamento, um crescimento de 26,8% em relação aos 1.438 municípios que realizaram o levantamento no ano passado. O LIRAa revela que 137 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, outros 659 em alerta e 1.028 cidades com índice satisfatório.

Para o secretário Jarbas Barbosa, as prefeituras que realizaram o LIRAa têm uma informação qualificada para direcionar as ações do Dia D. “Os gestores municipais têm informações qualificadas para atuar nos bairros com maiores índices de infestação e os principais depósitos onde as larvas dos mosquitos foram encontradas. Sabendo que a maioria dos focos está em armazenagem da água, o prefeito irá direcionar a ação para caixa d’água destampada”,  avalia.

BALANÇO – O número de casos registrados de dengue caiu 61% entre janeiro e 15 de novembro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013, passando de 1,4 milhão de casos para 566,6 mil neste ano. Todas as regiões do país apresentaram redução de casos notificados, sendo que a região Sudeste teve a queda mais representativa, correspondente a 67%, seguida pelo Sul (64%), Centro-Oeste (58%), Nordeste (42%) e Norte (12%). O estado com a maior diferença entre 2013 e 2014 foi o Rio de Janeiro, que conseguiu reduzir em 97% o número de casos, seguido pelo Mato Grosso do Sul (96%) e Minas Gerais (86%). Os óbitos por dengue no Brasil também apresentaram queda em comparação a 2013. Neste ano, foram 398 mortes, contra 652 confirmados no ano passado, uma redução de 39%.

Em relação à febre chikungunya, o Ministério da Saúde registrou até 15 de novembro, 1.364 casos, sendo 125 confirmados por critério laboratorial e 1.239 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 71 casos são importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 1.293 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Destes casos, chamados de autóctones, 531 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 563 em Feira de Santana (BA), 196 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Matozinhos (MG), um em Pedro Leopoldo (MG) e um em Campo Grande (MS).

Campanha mobiliza a população contra o racismo no SUS

O governo federal coloca no ar a primeira campanha publicitária que busca envolver usuários e profissionais da rede pública de saúde na luta contra o racismo. Lançada nesta terça-feira (25) pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Direitos Humanos, a ação visa conscientizar a população de que a discriminação racial também se manifesta na saúde.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que a campanha tem como objetivo o enfrentamento da discriminação institucional e o reforço à Política Integral de Saúde da População Negra. “Não podemos tolerar nenhuma forma de racismo. Essa campanha é um alerta para os profissionais de saúde e para toda a sociedade brasileira. A desigualdade e preconceito produzem mais doença, mais morte e mais sofrimento. Nós queremos construir um país de todos e a maneira mais importante é falar sobre a desigualdade”, disse. O ministro ressaltou que o racismo se manifesta, muitas vezes, “em uma negativa do acesso, da informação adequada, e do cuidado”, disse.

Com o slogan Racismo faz mal à saúde. Denuncie!, as peças que serão veiculadas na TV, rádio, impresso e redes sociais incentivam as pessoas a não se calarem diante de atos de discriminação no Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio do Disque Saúde 136 é possível denunciar qualquer situação de racismo ou obter informações sobre doenças mais comuns entre a população negra e que exigem um maior acompanhamento.

É o caso do diabetes mellitus (tipo II), cuja taxa de mortalidade, a cada 100 mil habitantes, afeta na população negra 34,1 habitantes, na população parda atinge 29,1 e, entre a branca, 22,7. A anemia falciforme, doença grave que deve ser diagnosticada precocemente por meio do teste do pezinho, é encontrada em maior escala entre a população negra, com incidência que varia de 6% a 10%, enquanto no conjunto da população oscila entre 2% e 6%.

Durante o lançamento da campanha, a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, destacou os avanços da população negra. “Pela primeira vez a população negra e parda se autodeclara como sendo maioria no Brasil. Isso não é porque os negros e pardos se multiplicaram, é porque houve uma condição econômica, política e social de se reconhecerem assim”, afirmou a ministra. Ela salientou que “a promoção da campanha no SUS, e cada vez mais ampliar as políticas públicas dando igualdade de oportunidades a todos os brasileiros, independente da sua raça ou condição econômica, é uma questão central da democracia brasileira”.

A criação da campanha foi motivada por relatos de discriminação e números que revelam a expressão do racismo no SUS, consequências do contexto social e histórico da população negra no Brasil. Dados do Ministério da Saúde demonstram que uma mulher negra recebe menos tempo de atendimento médico do que uma mulher branca. Enquanto 46,2% das mulheres brancas tiveram acompanhantes no parto, apenas 27% das negras utilizaram esse direito. Também 77,7% das mulheres brancas foram orientadas para a importância do aleitamento materno e apenas 62,5% das mulheres negras receberam essa informação.

As taxas de mortalidade materna e infantil na população negra são muito acima das registradas entre mulheres e crianças brancas. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde revelam que 60% das mortes maternas ocorrem entre mulheres negras e 34% entre as brancas. E, na primeira semana de vida, acontecem, em maioria, entre crianças negras (47% dos casos). Entre as brancas, representam 36%.

A secretária de Políticas para Ações Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), Angela Nascimento, reconhece os avanços que têm permitido a inclusão da população negra, mas destacou que ainda há desafios a serem superados. “O tema racismo ainda encontra resistência nas nossas formações. Por isso, a campanha lançada hoje representa um passo importante enquanto compromisso institucional e o nosso desejo de construirmos juntos novas práticas”, complementou.

Além de divulgação da campanha publicitária em todas as mídias, será distribuído ainda folders para a população, que trazem números relacionados às mulheres e às crianças negras, além de informar sobre as doenças mais comuns na população negra.

NOVAS AÇÕES – Profissionais do Disque Saúde já passaram por treinamento para identificar as denúncias caracterizadas como racismo, que serão direcionadas aos órgãos competentes. O racismo não se apresenta necessariamente na forma de atitudes discriminatórias explícitas. Nas instituições pode ocorrer na forma de linguagem codificada (violência simbólica) e negligência (indiferença diante da necessidade). As dúvidas e denúncias registradas no Disque 136 também serão consolidadas e servirão para direcionar novas ações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Direitos Humanos.

O Ministério da Saúde iniciou ainda duas novas ações para reforçar o combate ao racismo no SUS. Mais de 2,4 mil profissionais de saúde estão inscritos em módulo virtual de educação à distância sobre a ‘Saúde Integral da População Negra’, lançado em 22 de outubro. E em iniciativa conjunta com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), após a publicação de edital, recebeu cerca de 100 projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação voltados para Saúde da População Negra no Brasil.

POLÍTICA NACIONAL – O Ministério da Saúde firmou compromisso para a construção da equidade racial em saúde para a população negra ao instituir, pela Portaria 992/2009, a Política Nacional de Saúde Integral para a População Negra, cuja marca é: “reconhecimento do racismo, das desigualdades étnico-raciais e do racismo institucional como determinantes sociais e condições de saúde, com vistas à promoção da equidade em saúde”. O principal objetivo da Política, que é transversal às outras políticas, como Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Saúde do Homem, é promover a saúde integral da população negra.

O tratamento pelo SUS de doenças que mais afetam a população negra, como é o caso da anemia falciforme, alcança cerca de 40 mil pessoas. O atendimento inclui exames de rotina, entre os quais, a eletroforese de hemoglobina, o dopller transcraniano para prevenção do derrame cerebral e de sangue para controle da doença. Os medicamentos disponíveis são hidroxiuréia, ácido fólico, quelantes de ferro, analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e vacinas de rotina e especiais. A cada ano, aproximadamente 2,4 milhões de recém-nascidos fazem o exame de Doença Falciforme pelo SUS, ou seja, uma cobertura de 83,2% das crianças que nascem no país.

No caso do diabetes, a população tem acesso a ações de prevenção e tratamento, desde a atenção básica até procedimentos de média de alta complexidade. São asseguradas gratuitamente as insulinas humana NPH – suspensão injetável 1 e humana regular, além de três medicamentos que ajudam a controlar o índice de glicose no sangue (libenclamida, cloridrato de metformina e glicazida).

As comunidades quilombolas são priorizadas no Mais Médicos do Ministério da Saúde, recebendo investimentos em infraestrutura e profissionais para atuarem nessas localidades. São 249 municípios com comunidades quilombolas atendidos pelo programa, que possuem um ou mais médicos, somando 1.630 ao todo.