Governo do Estado lança programa ‘Justiça para as Mulheres’

O governador Eduardo Campos (PSB) lançou, na manhã desta segunda-feira (29), o programa “Justiça para as Mulheres: Agora e Sempre”. A meta é reforçar as estratégias adotadas no Plano Estadual para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra as Mulheres. A solenidade aconteceu no Teatro Guararapes, em Recife.

As ações do programa vão desde um mutirão para acelerar o julgamento dos processos em trâmite – nas varas de violência e familiar contra a mulher – até a adoção de equipamentos eletrônicos (tornozeleiras) para monitorar os homens agressores. Outras medidas envolvem a criação de delegacias, instalação de centros de referências especializados no atendimento à mulher, casas-abrigo e varas de violência doméstica e familiar contra a mulher.

“São ações que vão devolvendo a possibilidade de que a mulher pernambucana se sinta mais segura, até para denunciar a violência doméstica, que muitas vezes não é denunciada por falta de segurança da vítima”, destacou Eduardo Campos.

O Brasil é hoje o sétimo país no ranking da violência contra a mulher. Pernambuco, que em 2006 ocupava o segundo lugar entre os estados mais violentos nesse quesito, hoje está em 11º lugar.

Laura Gomes confirma presença no Congresso Estadual de Vereadoras

A secretária estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Laura Gomes, participa nesta quinta-feira (19) do 7º Congresso Estadual de Vereadoras, no auditório do Hotel Portal, em Gravatá. O evento, coordenado pela UVP (União dos Vereadores de Pernambuco), começa hoje e deve reunir vereadoras, prefeitas, servidoras de câmaras e secretárias para debater o tema “Mulheres na Política”.

O encontro vai contar ainda com a presença das deputadas Luiza Erundina (PSB-SP), Luciana Santos (PCdoB) e Raquel Lyra (PSB), além da secretária da Mulher de Pernambuco, Cristina Buarque. Temas importantes no âmbito da mulher na política também farão parte dos debates: “Sete anos da Lei Maria da Penha: conquistas e desafios”; “Luta pela vinculação constitucional para políticas públicas para mulheres”; e “Política, comunicação, cultura e mídia”.

O encerramento do evento ficará a cargo do governador Eduardo Campos (PSB), que proferirá palestra sobre o cenário da política nacional. A programação completa pode ser acessada no site www.uvp.com.br.

Congresso Estadual de Vereadoras será realizado em setembro

A UVP (União dos Vereadores de Pernambuco) realiza em Gravatá, nos dias 18 e 19 de setembro, no Hotel Portal, o 7º Congresso Estadual de Vereadoras. O tema será “Mulher na Política”.

O encontro tem como objetivo fortalecer os vínculos e a representação feminina na política. Haverá presença de grandes conferencistas e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Além de vereadoras, foram convidadas prefeitas, vice-prefeitas, servidoras de câmaras e secretárias municipais.

Mulheres inscritas em cursos devem comparecer ao Senai

Após período de cadastros realizados na Secretaria Especial da Mulher de Caruaru, as mulheres inscritas nos cursos de auxiliar administrativo e de recursos humanos, do programa “Novos Talentos”, devem comparecer à sede do Senai, entre os dias 26 e 27 de agosto, para validar suas matrículas.

Para isso, é necessário apresentar original e cópia da carteira de identidade, do CPF, do comprovante de residência e de escolaridade. A relação com os nomes das participantes do programa está disponível no site da prefeitura.

O Senai fica localizado na rua João Gomes Pontes, n° 166, na Vila Kennedy.

Emissão gratuita de documentos para as mulheres de Gravatá

Uma grande oportunidade para emitir RG, carteira de trabalho, certidão de nascimento e de casamento de forma gratuita será oferecida em Gravatá. No dia 9 de agosto, a campanha “Nenhuma Pernambucana sem Documento” chega ao município por meio de uma parceria entre a prefeitura e o Governo do Estado. A ação acontecerá no Círculo Operário, das 8h às 15h.

“Esse projeto traz cidadania às mulheres gravataenses. É uma grande chance para quem ainda não tem esses documentos”, observou a secretária-executiva da Mulher de Gravatá, Luciana Paiva.

OPINIÃO: Novas ações em defesa das mulheres

Por ARMANDO MONTEIRO*

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência contra a Mulher, criada pelo Congresso Nacional e da qual tive a honra de participar, aprovou no último dia 4 o seu relatório final, após mais de um ano de intenso trabalho.

Deputados federais e senadores percorreram 17 Estados brasileiros e o Distrito Federal para investigar casos de violência e apurar denúncias de omissão do poder público na proteção às mulheres.

O relatório final, que conta com mais de mil páginas, consubstancia o terrível quadro existente em nosso país. Os dados indicam que, nos últimos 30 anos, mais de 90 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, 43,5 mil somente na última década. Dentre 84 países, ocupamos a 7ª posição, com taxa de 4,4 homicídios em 100 mil mulheres.

Para a CPMI, ficou clara, ao fim dos trabalhos, a inexistência ou a ineficácia das políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulheres. Esse exaustivo trabalho resultou na formulação de 69 recomendações gerais aos governos federal, estaduais e municipais; ao Judiciário; ao Ministério Público; às Defensorias Públicas; e às Assembleias Legislativas. Teve, ainda, o mérito de analisar o panorama de cada Unidade da Federação e formular propostas específicas a cada uma delas.

O grupo de trabalho sobre legislação da CPMI estudou também, em conjunto com representantes da sociedade, mais de 50 projetos em tramitação no Congresso Nacional. A partir daí, propôs mudanças nas legislações penal; processual penal; de seguridade social; sobre educação; na Lei de Tortura; e na Lei Maria da Penha.

Uma recomendação significativa feita foi a tipificação do feminicídio como circunstância qualificadora de homicídio. No total, foram propostos 13 projetos de lei e um projeto de resolução.

Apenas a passagem da CPMI pelas Unidades Federadas foi suficiente para gerar efeitos positivos nessa luta. Varas judiciais de violência doméstica e familiar foram criadas em Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, onde foi aberta, também, uma câmara técnica para análise dos casos dessa natureza.

Ao nosso Estado, que ocupa o 10º lugar no Brasil no ranking de violência contra as mulheres, a Comissão fez 21 recomendações específicas, como a implementação de mais Delegacias da Mulher; a ampliação das políticas e dos equipamentos para que cheguem às mulheres da Zona da Mata, Agreste e Sertão, bem como às quilombolas; e a criação de mais Juizados Especializados de Violência Doméstica; de Promotorias e de Defensorias da Mulher.

Com os resultados dessa CPMI, o Congresso Nacional oferece ao nosso país uma contribuição significativa no combate a essa chaga social tão alarmante para a nossa sociedade, que é a violência contra a mulher.

* Armando Monteiro (PTB) é senador por Pernambuco