O Globo
Michel Temer mandou Padilha avisar o advogado-geral da União, Fábio Osório, de que ele estava demitido. Quando soube que Osório respondeu que só aceitava ser demitido depois que conversasse com ele, o presidente, mau feito um pica-pau, respondeu:
— Ele quer conversar? Então vou mandá-lo conversar com o Diário Oficial da União.
O Palácio do Planalto tem informado que a anunciada reforma ministerial não passará, além da demissão de Osório, de mais duas mexidas: a volta de Jucá para o Ministério do Planejamento e a nomeação de Marx Beltrão, afilhado de Renan, para o Ministério do Turismo.
Para isso, Temer aguarda apenas o nada consta do Janot.
Que ele sabe que pode não vir. E torce para isso.
Sobre a demissão do desastrado ministro da Saúde, prometida desde a posse, a estratégia agora dos chamados ministros da casa é dizer que estão surpresos com a sua condição de “excelente gestor”.
Temer, que acabou de chegar de lá, sabe que Ricardo Barros não é bom ministro, nem aqui nem na China. Só o nomeou para aprovar o impeachment.