PCR anuncia meta de R$ 90 mi em cortes de despesas

O prefeito Geraldo Julio reuniu, na manhã de hoje, equipes das secretarias de Finanças, Planejamento e Gestão, Assuntos Jurídicos e da Controladoria-Geral do Município para alinhar um conjunto de medidas de corte de despesas com a meta de economizar mais de R$ 90 milhões no ano de 2017. Entre as medidas estão a revisão de pagamento de tributos federais (PIS, Cofins, Pasep), otimização de contratos, revisão do contrato de prestação de serviços, da frota e de utilidades (luz, água, telefone e custos logísticos), além de locação de imóveis.

“É fundamental em um momento desses, quando a economia está em recessão há dois anos, reduzir R$ 313 milhões nos últimos quatro anos e em cima disso implementar um corte de mais R$ 90 milhões. Isso é fundamental para continuarmos com as contas equilibradas e não diminuir o nível da prestação de serviço. Ao contrário, foram ampliados os serviços como o Hospital da Mulher, as creches-escolas, o Compaz, entre muitos outros”, avaliou o secretário de Finanças do Recife, Ricardo Dantas

Essa não é a primeira vez que a Prefeitura do Recife toma medidas de redução de gastos nessa gestão. Em 2014, já visualizando o agravamento da crise, o executivo municipal se preparou para, mesmo entregando mais serviços, não aumentar o custeio. Em setembro de 2015, anunciou plano que resultou na economia de R$ 120 milhões. Com as ações adotadas na gestão, o esforço de racionalização dos últimos três anos resultou em uma redução real de R$ 313 milhões.

“Nós vamos atuar em vários pacotes de despesas, desde o planejamento tributário, onde a controladoria fez uma auditoria e identificou créditos na ordem de R$ 30 milhões para serem recuperados. Além disso, a gente vai iniciar em 2017 um aplicativo de compartilhamento de veículos e com isso nós iremos dar inteligência à gestão de frota e economizaremos R$ 16,5 milhões. Também nós continuaremos a renegociar os contratos de locação de imóveis e trabalhar com eficiência energética, entre outros “, detalhou o Controlador Geral do Município, Rafael Figueiredo.

As medidas anunciadas nesta quarta-feira são apenas o primeiro passo do plano de redução de custos para 2017. Até o fim do mês, o prefeito Geraldo Julio conclui estudo da reforma administrativa da Prefeitura do Recife, que será encaminhada à Câmara de Vereadores.

A gestão tem acompanhado o cenário da crise econômica nacional de perto desde novembro de 2014, inclusive já realizando ações, como o mutirão da dívida ativa, renegociação de contratos, patrocínios privados, reembolsos, entre outras. No ano seguinte, economizou com a redução de cargos comissionados, diminuição de gastos com propaganda, corte de diárias e passagens, redução de veículos na frota, redução de 15% nos contratos da área administrativa, entre outros.

Todas as medidas de corte de custeio adotadas durante toda a gestão visam, diante da crise que tem se agravado nos últimos anos, não só manter os serviços prestados à população, como aumentar esses serviços. E isso já tem acontecido. Prova disso é que, mesmo com a retração da economia nos últimos anos, a Prefeitura entregou importantes serviços para os recifenses, como o Hospital da Mulher, Upinhas, o Compaz, escolas e creches-escolas.

No Senado, Humberto defende João Paulo para PCR

O líder do Governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE), defendeu a candidatura do ex-prefeito João Paulo para a Prefeitura do Recife (PCR) nas eleições deste ano e criticou a postura daqueles que “traíram a presidenta Dilma Rousseff e ajudaram a golpear a democracia do país”.

Em discurso na tribuna do plenário da Casa nesta terça-feira, o senador fez uma análise do quadro político atual da capital pernambucana e ressaltou que a escolha de João Paulo, “o nome mais experiente do partido no Estado para a disputa”, está sendo construída junto com os recifenses que conhecem a sua capacidade, a sua liderança e o seu amor à cidade – além de contar com o apoio de Lula, Dilma e do PT unido.

“Será o retorno de um político lutador, de uma história construída sempre ao lado das forças progressistas, com partidos aliados, e contra o atraso, o conservadorismo. No momento que vivemos, a eleição de João Paulo será também uma resposta do recifense à mentira, à traição, ao golpe e um sonoro ‘sim’ à democracia”, declarou.

Humberto lembrou que João Paulo foi prefeito do Recife por duas vezes (2001-2008), deixou a prefeitura com mais de 80% de aprovação da sua gestão e é o melhor quadro para assumir a cidade pelos próximos quatro anos. “Recife vive uma semana decisiva para a construção desta que, sem dúvida, será a melhor opção para governá-la. O grande elenco de ações voltadas para a população até hoje não encontra precedentes em outra administração ”, afirmou.

O parlamentar também criticou o grupo de candidatos que pertence a partidos que nunca aceitaram o resultado das urnas em 2014, como DEM e PSDB. “São legendas que bancaram o golpe e se aliaram ao PMDB de Eduardo Cunha e de Michel Temer para derrubar Dilma e decretar, finalmente, o resultado que eles queriam, mas que o povo não quis”, disse.

O parlamentar fez questão de chamar a atenção de que, do mesmo lado de Cunha e Temer, está o atual prefeito e candidato à reeleição, Geraldo Julio, do PSB, partido que protagonizou “um papel lamentável no processo de impeachment, voltando as costas para um governo federal e uma presidenta que nunca negou apoio político e administrativo ao Recife e a Pernambuco”.

“Lula e Dilma sempre deram apoio, tanto para o governo estadual quanto para a Prefeitura do Recife. Agora, vemos uma ingratidão que, temos certeza, o povo não esquecerá na hora de botar o seu voto na urna”, disparou.

O líder do Governo Dilma avalia que eleger João Paulo para prefeito será também resgatar o sentimento de rebeldia e coragem política que sempre caracterizou o eleitor do Recife. De acordo com o senador, o eleitor pernambucano não aceita – e vai mostrar isto nas urnas – traições e golpes aos ideais democráticos, como os que foram apoiados pela atual gestão municipal.

“Um Estado que deu a Dilma a vitória expressiva que ela teve em 2014 não vai perdoar os que se prestaram ao triste papel de Judas da vontade majoritária”, destacou. Ele lembrou que, na próxima sexta-feira (17), a presidente estará no Recife para um dia muito especial.

“Ao contrário do presidente interino e golpista, que desmarcou sua visita com medo do povo e do que iria ouvir se saísse às ruas, a presidenta Dilma vai receber o apoio e o abraço desse mesmo povo que nela votou em massa e que não aceita o golpe que nela está sendo dado. Dilma vai ouvir dos recifenses que a nossa cidade não aceita a traição e a covardia de que ela está sendo vítima”, afirmou. ‏

Mudanças no Governo e PCR

Do Blog da Folha

A composição do secretariado do futuro governador Paulo Câmara (PSB) poderá ter reflexos na Prefeitura do Recife. Nos bastidores, a leitura é que com a nova composição da frente governista, que abrigou 21 legendas na eleição estadual, alterações na equipe do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também serão necessárias. Os gestores socialistas seguem em tratativas por telefone e podem acertar alterações nas equipes em conjunto.

Inicialmente cogitado para o Palácio dos Princesas, o coordenador da equipe de transição, Renato Thièbaut, pode integrar o secretariado municipal. O nome do ex-chefe de gabinete do Governo do Estado estaria sofrendo resistência de uma ala socialista, mas há quem aposte que pode haver fogo amigo contra Thièbaut.

Já o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, que ocupa a pasta de Governo é alvo de especulação para deixar a Prefeitura. Contudo, é considerado um quadro-chave para a gestão municipal e deverá permanecer no cargo. A volta do deputado federal Felipe Carreras (PSB) para a equipe do prefeito também é ventilada por socialistas. A especulação feita em reserva por socialistas é que Geraldo Julio precisará reforçar sua administração visando seu projeto de reeleição em 2016.

As articulações dependem das conversas entre os chefes dos Executivos. Por enquanto, Paulo Câmara se dedica ao fechamento do organograma estadual para começar a fazer os convites para o seu secretariado. Somente após a fase, as conjunturas poderão ser montadas. Um dos nomes que serão convidados por Paulo Câmara é o da ex-primeira-dama do Estado, Renata Campos, para pasta ligada à área social do Governo.