Bezerros perde artesão e carnavalesco Gilmar Silvestre

Faleceu na cidade de Recife nas primeiras horas da manhã desta terça
feira (25) Gilmar Silvestre, uma das suas figuras mais ilustres na
arte de confecção de máscaras e bloco carnavalesco de Bezerros. Ele
estava internado devido a um câncer e não resistiu.

Gilmar era conhecido pelo seu talento enquanto artesão. Dedicado ao
Carnaval, sua paixão sempre foi o personagem mascarado Papangu. Fazia
com orgulho as máscaras em formato de cabeção, a marca registrada do
seu trabalho.  Também foi o idealizador do famoso bloco “A Turma do
Gilmar” que saiu pelas ruas de Bezerros durante 35 anos.

O bloco era outra paixão de Gilmar. Teve início com uma brincadeira de
amigos, mas ganhou proporções e arrastava multidões pelas ruas,
considerado um dos mais tradicionais e fieis ao frevo e mascarado que
da nome a folia de Bezerros.

Contribuiu também no setor público e seu último trabalho foi de
supervisor de cultura na atual gestão do Prefeito Branquinho. O
velório será na Câmara de Vereadores e o sepultamento será às 17h no
cemitério do Rosário.

A ‘década perdida’ das CPIs no Congresso

Da Agência Estado

Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, começou a cumprir pena na Penitenciária da Papuda na sexta-feira 23, exatos dez anos, dois meses e cinco dias depois de prestar depoimento à CPI dos Correios, a última comissão parlamentar de inquérito de alto impacto político no País. Desde o fim da investigação do mensalão no Congresso, as CPIs perderam protagonismo na apuração de casos de corrupção e produziram mais “pizza” que impacto político.

Em 2005, passaram pelos holofotes da CPI os principais envolvidos no mensalão, como o empresário Marcos Valério, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que relatou a existência de um esquema de compra de apoio parlamentar no Congresso. Todos foram depois condenados e presos.

De lá para cá, o peso político das CPIs refluiu. Na Câmara, além de um ou outro escândalo de menor impacto, os deputados se propuseram a investigar temas como a crise no sistema aéreo (na época dos acidentes com voos da TAM e da Gol), o tráfico de pessoas, o trabalho infantil, a exploração sexual de crianças e adolescentes, os maus tratos ao animais e até a dívida pública do Brasil.

Nem o estouro do escândalo da Petrobras, um dos maiores esquemas de corrupção já investigados no País, contribuiu para colocar uma comissão parlamentar de inquérito no centro das atenções. Desde 2007, foram realizadas três CPIs sobre a Petrobras – uma por legislatura. A mais recente, encerrada na semana passada, não apurou fatos novos, ficou à sombra das ações da Polícia Federal, da Justiça e do Ministério Público e produziu um relatório sem pedir indiciamento de nenhum parlamentar ou autoridade do governo.

A perda de importância das CPIs na última década pode ser medida por dois indicadores: o número de notícias geradas e o nível de interesse provocado – ambos em baixa. Em 2005, o Estado publicou 1.558 textos com menções ao termo “CPI” em suas edições impressas, segundo o Acervo Estadão. Desde então, esse volume nunca mais foi alcançado. Neste ano, até setembro, foram 404. Mesmo com pouco impacto, o fim da CPI da Petrobras deve reduzir ainda mais a citação ao termo no noticiário.

O interesse público pode ser medido pelo volume de buscas por “CPI” no Google. Mais uma vez, os dados mostram que houve um pico em 2005, seguido por uma forte queda de interesse nos anos seguintes.

Um crescimento considerável nas buscas ocorreu em 2012, durante a chamada CPI do Cachoeira, que investigou as atividades de Carlinhos Cachoeira na exploração de jogos ilegais em Goiás. O que despertou o interesse atípico, porém, não foram as atividades da CPI ou seu personagem central, mas uma figura secundária: Denise Leitão Rocha, então assessora do senador Ciro Nogueira (PP-PI). Na época, um vídeo íntimo da funcionária vazou na internet.

A ferramenta Google Trends mostra que, em 2012, um terço das buscas relacionadas à CPI era feito com os termos “musa da CPI” ou “furacão da CPI”, como a assessora ficou conhecida. Não foi um fenômeno passageiro: em 2013, os termos relacionados a ela representaram mais da metade das buscas por “CPI”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Novos dados sobre contas na Suíça reduzem apoio a Cunha na Câmara

Da Folha de S. Paulo

Depois da publicação das “digitais” de Eduardo Cunha e de familiares nas contas secretas no exterior, sua tropa de choque continua dizendo que vai com ele até o fim, mas políticos até então próximos afirmam que ele perdeu as condições de comandar a Câmara e que sua saída se reduz agora a uma questão de dias.

A maioria dos líderes partidários submergiu nesta sexta-feira (16) após a divulgação dos documentos, incluindo a oposição, que já ensaiava um distanciamento após a tentativa de Cunha de fechar um acordo com o governo para salvar seu mandato.

Políticos do governo e da oposição, ouvidos em caráter reservado, afirmaram que esta segunda e terça-feira serão decisivas para a definição do futuro de Cunha.

O principal fator político que agora pesa contra o peemedebista é o de que ele vinha pedindo um voto de confiança assegurando não ter contas fora do país.

As imagens do passaporte diplomático, as assinaturas e os demais documentos publicados tornam essa versão pouco crível, dizem deputados. “Essa será a semana em que o Parlamento vai perceber se o Eduardo vai ter condições de governabilidade”, afirmou um aliado próximo.

Líderes das bancadas do governo e da oposição são quase unânimes em afirmar que a situação é “delicadíssima” e deve vitaminar a lista do “Fora, Cunha” elaborada pelo PSOL e pela Rede, que já conta com 53 adesões.

Os dois partidos protocolaram pedido de cassação de Cunha no Conselho de Ética. O processo deve ser instaurado até o final do mês.

A oposição, que se alinhou a Cunha quando ele rompeu com o governo, combinou que se manifestará em conjunto no início da semana.

Os principais partidos, PSDB e DEM iniciaram o afastamento do peemedebista na semana passada, quando soltou nota sugerindo a ele que se afastasse da Presidência.

Procurado, o senador Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM –investigado em outro caso–, disse que “as coisas ficam agora muito difíceis de serem explicadas”, já que Cunha dizia não ter conta no exterior.

O deputado Silvio Costa (PSC-PE), adversário de Cunha, passou a pedir a líderes de todos os partidos que se unam pelo afastamento do peemedebista do cargo. “Ele negou o tempo todo que tivesse conta. Acho que não dá mais nem para esperar o tempo regimental [de cassação].”

Aliados mais fiéis saíram em defesa de Cunha. O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, disse à Folha que está com Cunha “para o que der e vier”, na maré contrária à oposição.”O nosso negócio é derrubar a Dilma. Nada nos tira o rumo. O governo o persegue porque sabe que sem ele não tem impeachment.”

O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), minimizou a crise e afirma as últimas revelações “são apenas novas notícias”. “Ele foi na CPI espontaneamente, podia falar o que quisesse. Não estava sob juramento”, disse, numa referência ao depoimento Cunha prestou em março à CPI da Petrobras, quando negou que ter contas no exterior.

O petebista disse ainda que Cunha é alvo de uma “caça às bruxas”. “O que está acontecendo com ele deveria estar acontecendo com outros também. Não podemos achar que isso é certo.”

Reforma: o fim do foro privilegiado

Por ILIMAR FRANCO
De O Globo

Não se sabe o tamanho da reforma que a presidente Dilma fará. O número mágico é o de acabar com dez pastas. Mas há espaço para acabar ou tirar o status de 14 a 16 ministros.

Esses perderiam direito ao foro privilegiado e passariam a ser simples mortais. Muitos ganharam o status de ministro para escapar da Justiça comum, como no caso do ex-presidente do BC, Henrique Meirelles.

Caruaru perde espaço no Lesgislativo estadual

Apesar de contar com o maior colégio eleitoral do interior, com 199.922 eleitores, Caruaru não conseguiu repetir nas eleições de 2014 o mesmo desempenho demonstrado em 2010.

Se há quatro anos o município conseguiu eleger um deputado federal e três deputados estaduais, dessa vez manteve a vaga na Câmara Federal, com a reeleição do deputado Wolney Queiroz (PDT), enquanto que na Assembleia Legislativa de Pernambuco apenas a deputada Raquel Lyra (PSB) e o deputado Tony Gel (PMDB) conseguiram reeleger-se, com o município perdendo a vaga até então ocupada pela deputada Laura Gomes (PSB).

No entanto, por pouco a Capital do Agreste não conseguiu repetir o mesmo número de representantes alcançado nas eleições de 2010, já que o vereador Dr. Demóstenes Veras (Pros) terminou como primeiro suplente na coligação “Pernambuco Que eu Quero”.

O deputado federal Wolney Queiroz (PDT) acabou tendo uma votação de 86,7 mil votos para a Câmara Federal. O pedetista também foi o deputado federal mais votado em Caruaru, com 46.143 votos (33,28%), contra 29.662 de Jarbas Vasconcelos (PMDB), que no município dobrou com o deputado estadual reeleito Tony Gel.

Em relação à disputa para a Assembleia Legislativa, Raquel Lyra obteve uma votação de 80,8 mil votos no Estado, enquanto Tony Gel conquistou 42,1 mil. Na disputa específica pelos votos dos caruaruenses, a situação se reverteu, com o peemedebista sendo o deputado estadual mais votado no município, com 31.426 votos (21,47%), seguido de perto pela candidata socialista, com 28.820 votos (19,69%).

A candidata não reeleita Laura Gomes chegou em terceiro com 14.519 votos (9,92%), enquanto Dr. Demóstenes foi o quarto mais votado no município, com 12.148 votos (8,3%).

PERNAMBUCO E BRASIL
Na disputa para a Presidência da Repúbica, Marina Silva (PSB) acabou sendo a mais votada no município, com 93.778 votos (59,72%), com Dilma Rousseff (PT) chegando em 2º, com 49.643 votos (31,62%), enquanto que Aécio Neves (PSDB), que vai para o 2º turno na eleição nacional, obteve em Caruaru 10.959 votos (6,98%).

Já na disputa pelo Governo do Estado, o governador eleito Paulo Câmara (PSB) conquistou expressiva votação no município, com 111.415 votos (76,92%), contra apenas 32.613 votos (22,52%) dados ao candidato Armando Monteiro Neto (PTB).

Por fim, na disputa pelo Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB) acabou sendo também o mais votado em Caruaru, com 98.998 votos (76,11%), contra 30.235 votos (23,24%) dados ao 2º colocado, o deputado federal e ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT).

Paulo: Falecimento de Ariano é uma perda irreparável

Após ser informado no final da tarde desta quarta-feira (23) do falecimento do escritor Ariano Suassuna, o candidato da Frente Popular ao Governo, Paulo Câmara (PSB), acompanhado de sua esposa, Ana Luiza Câmara, foi ao Hospital Português, onde o paraibano estava internado desde a última segunda-feira. “Viemos trazer nossa solidariedade à família de Ariano, que num momento de dor como esse merece todo o nosso apoio; por tudo o que ele representa para todos nós, para o Brasil, para Pernambuco, para a nossa cultura”, afirmou.

Ariano era presidente de Honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e foi secretário na gestão do ex-governador Eduardo Campos, seu correligionário, assim como Paulo, que comandou três pastas no Governo Estadual. “No campo político, Ariano sempre esteve junto com as forças populares. Com Pelópidas Silveira, Miguel Arraes e Eduardo. Eu tive o privilégio de conviver mais intensamente com ele nos últimos anos e levo comigo muitas mensagens positivas, de bem, de uma pessoa que queria sempre ajudar ao próximo”, lembrou Paulo, que classificou o falecimento do escritor como “uma perda irreparável”.

Em luto e em respeito à importância de Ariano Suassuna, não apenas para Pernambuco, mas para o Brasil e o mundo, Paulo tomou a decisão de suspender todas as atividades de rua programadas para essa quinta-feira (24), em sua campanha. O candidato acompanhará o velório e o enterro de Ariano.