Especialistas divergem sobre estratégia de recuperação da Petrobras

Depois de divulgar prejuízo de R$ 21,6 bilhões em 2014 e perdas de R$ 6,2 bilhões com a corrupção e de R$ 44,6 bilhões com a má gestão de projetos, a Petrobras virou a página e iniciou uma nova era, segundo a presidenta Dilma Rousseff. Especialistas ouvidos pela Agência Brasil concordam que a empresa tem um grande desafio para retomar a rotina e superar as questões ligadas à Operação Lava Jato. Eles, no entanto, dividem-se em relação à melhor estratégia para a estatal se recuperar.

O principal ponto da divergência diz respeito ao papel da Petrobras como indutora de investimentos no Brasil. De um lado, está a necessidade de reduzir o endividamento da companhia, com abandono de empreendimentos e eventual aumento no preço dos combustíveis. De outro lado, há quem defenda a diversificação da atuação da empresa, com a reativação de projetos de refinarias. Nesse modelo, haveria forte presença do Estado na empresa, mas a administração estaria desvinculada de partidos políticos.

O economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, considera o principal desafio da Petrobras superar o endividamento de R$ 351 bilhões, que ultrapassa o valor de mercado da companhia, R$ 172 bilhões. Caso a empresa fosse vendida hoje pelo valor de mercado, o montante arrecadado seria insuficiente para cobrir metade da dívida total. Para ele, a companhia não tem saída a não ser promover novos aumentos da gasolina e do diesel para recompor as contas.

“A divulgação do balanço pode até melhorar as expectativas no curto prazo, mas, no médio e no longo prazos, o que interessa é o endividamento da empresa. Para reverter o quadro precário, a empresa precisa promover um tarifaço semelhante ao do setor elétrico e reajustar os combustíveis nas refinarias”, diz Adriano Pires.

Segundo ele, mesmo com a queda do barril de petróleo no mercado internacional, a estatal precisa aumentar os preços no mercado interno. “O reajuste da gasolina e do diesel, no início do ano, ocorreram por causa do aumento de impostos”, lembrou, ao acrescentar que a Petrobras não foi beneficiada. Ele considera inevitável que a estatal corte projetos para ajustar as contas e melhorar a gestão. “Os erros de projetos que levaram à perda de R$ 44,6 bilhões são mais graves que a corrupção, que desperdiçou R$ 6,2 bilhões.”

Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados e autor de vários estudos sobre o setor de gás e de petróleo, Paulo César Lima tem opinião diferente. Para ele, o cancelamento de projetos de refinarias e a especialização da companhia na extração de petróleo reduzirão a importância da companhia e prejudicarão o país no médio prazo. “A empresa enveredou pelo caminho do mercado. Não precisa investir nada em refino e certamente vai voltar a lucrar explorando as melhores áreas do pré-sal. Mas, para o país, esse é o pior cenário possível.”

Segundo o consultor, a falta de investimentos em refinaria manterá a dependência do Brasil em relação aos combustíveis importados, agravando um dos principais gargalos do mercado nacional de petróleo e derivados. Apesar de autossuficiente em petróleo, o Brasil precisa exportar o óleo pesado e importar a maior parte da gasolina e do diesel consumidos no país por causa da falta de refinarias.

 

Reunião do conselho da Petrobras acontece nesta quarta

A Petrobras planeja que a reunião do conselho de administração para avaliação das demonstrações financeiras auditadas do terceiro trimestre e do ano de 2014, nesta quarta-feira, seja encerrada até as 16h, com início agendado para as 11h. A informação consta na agenda pública do diretor de Governança da companhia, João Elek Junior. O encontro será realizado na sede da companhia, no Rio. O término do encontro, entretanto, está condicionado à aprovação das contas pelos conselheiros.

Logo após o término da reunião e a publicação dos resultados, a estatal realizará uma entrevista coletiva sobre os dados financeiros. A previsão é que o encontro aconteça às 18h, mas, segundo comunicado da companhia, “está sujeita ao término da reunião do conselho de administração da Petrobras”.

A estatal já havia confirmado para esta quinta-feira, às 11h, a realização de uma teleconferência com analistas e investidores para comentar os resultados.

Investimento da Petrobras está contaminado por denúncias, diz Braga

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reconheceu ontem (8) que o programa de investimentos da Petrobras está “contaminado pelas denúncias de corrupção” causados a partir da Operação Lava Jato. Segundo ele, isso tem provocado a paralisação de obras e projetos. Em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, ele foi questionado por senadores sobre a necessidade de mudanças no modelo de exploração de petróleo no Brasil por causa dos desvios revelados pela Lava Jato.

“É lamentável que o nosso projeto tenha sido contaminado da forma como foi, o que trouxe tantos desafios que estão sendo enfrentados neste momento pela Petrobras, pelo Senado, pelo Congresso, pela Justiça brasileira e pelos órgãos de comando e controle. Isto não pode significar que a Petrobras não é essencial, que o pré-sal não é importante e que não são necessários os investimentos”, disse o ministro.

Senador do PT reconhece que foi à sede da Petrobras pedir doações

Por BERNARDO MELLO FRANCO
COLUNISTA DA FOLHA DE S. PAULO

Alvo de um dos inquéritos da Operação Lava Jato, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) confirma ter recebido R$ 2 milhões por intermédio do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em 2010, mas nega ter participado do esquema de corrupção na estatal.

Ele diz que o dinheiro foi doado legalmente pela empreiteira Andrade Gutierrez, também investigada. Costa foi preso em 2014, quando colaborava com a campanha derrotada do petista ao governo do Rio.

Lindbergh reconhece que foi à sede da Petrobras para pedir doações. “De fato, você pode até dizer que é impróprio. Só que não é ilegal.”

O senador diz que conheceu Costa ao participar de inaugurações da estatal no Rio, com a presença do então presidente Lula. Ao se candidatar, decidiu procurá-lo.

“Eu sabia que ele era uma pessoa muito bem relacionada na Petrobras e perguntei se ele conhecia alguma empresa que pudesse me receber. Ele ligou para alguém da Andrade Gutierrez e pediu para me receber”, conta.

O petista diz ter falado “algumas vezes” com Otavio Azevedo, presidente da construtora.

“Eu fui na Andrade Gutierrez, falei da minha campanha. Ninguém falou mais de Paulo Roberto. Ninguém falou de propina, muito pelo contrário”, afirma.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sustenta que Lindbergh “tinha conhecimento do caráter ilícito dos valores recebidos, pois não haveria qualquer justificativa lícita razoável” para recorrer a Costa.

O senador contesta a acusação e diz que o Ministério Público não tem provas. “Você acha que alguém disse: ‘Olha, esse dinheiro aqui que eu vou te ajudar é de uma propina?’ Isso não existe”.

Os investigadores afirmam que havia conexão entre as doações feitas a políticos pelas empreiteiras e as propinas que elas pagavam para fechar contratos com a estatal.

“Como eu poderia saber que o dinheiro de uma empresa grande estava saindo para a minha campanha de um processo como esse? Eu não sabia. Ninguém sabia disso aí”, rebate Lindbergh.

O senador acusa o Ministério Público de “criminalizar doações legais”: “Do jeito que a lista foi lançada, estão misturando gente que recebia mesada de propina com doação legal de campanha”.

“Essas empreiteiras ligadas à Lava Jato fizeram mais de 60% das doações nas últimas campanhas. Se eu recebo dinheiro de uma grande empresa, nunca passou pela minha cabeça saber se era ilícito ou não era”, afirma.

CARA-PINTADA

Ex-líder estudantil, Lindbergh despontou como cara-pintada nos atos pelo impeachment de Fernando Collor, em 1992. Agora está citado num escândalo com o ex-presidente.

“É horrível. O Collor tem uma acusação real, concreta. O meu caso é diferente”, diz ele, que ficou emocionado ao falar do impacto do caso sobre sua família.

“Estou numa lista que é praticamente uma condenação. Nunca sofri tanto. Pedi doação legal e entrei na lista com gente que fez atos bárbaros de corrupção. Isso pode estar destruindo a minha carreira política”.

Kaio Maniçoba é eleito 3º vice-presidente da CPI da Petrobras

O deputado federal Kaio Maniçoba (PHS-PE), único representante pernambucano na CPI da Petrobras, foi eleito, na manhã desta quinta-feira (5), 3º vice-presidente da comissão, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Em votação secreta, o deputado representante do Sertão de Itaparica conseguiu 24 votos dos 27 possíveis, sendo três em branco. O presidente da comissão é o deputado federal Hugo Motta (PMDB-PB). IMG_0106

Juiz quer apurar interferência em CPI da Petrobras

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, recomendou à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF) que apurem suspeitas de tentativas de obstrução dos trabalhos da CPI mista da Petrobras, concluída em dezembro do ano passado.

A suspeita da força-tarefa da Lava Jato, conforme Congresso em Foco apurou, é que as empresas envolvidas no regime de cartel de obras da Petrobras tentaram influenciar a convocação de membros que prestaram depoimentos aos deputados federais e senadores no ano passado. Os investigadores suspeitam que a CPI de 2014 tenha passado por situação semelhante à que ocorreu em 2009, conforme depoimentos do ex-diretor de refino e abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Na época, segundo Paulo Roberto, o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra teria recebido propina para esvaziar uma CPI também criada para investigar a Petrobras.

Interceptações telefônicas da Polícia Federal registraram momentos em que pessoas próximas ao ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque confirmaram a obstrução à sua convocação na CPI mista. O próprio juiz Sérgio Moro faz essa observação em um dos despachos de manutenção das prisões temporárias dos executivos Ricardo Pessoa, da UTC, Eduardo Hermelino Leite, Dalton Avancini e João Auler, da Camargo Corrêa. “Mais recentemente, foram interceptados diálogos telefônicos que revelaram obstrução à convocação, como testemunha, do ex-diretor de Serviços Renato de Souza Duque pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito constituída no Congresso para apurar os crimes praticados contra a Petrobras”, revelou Moro em seu despacho.

Em um destes diálogos interceptados pela Polícia Federal, gravado no dia 11 de novembro do ano passado, uma interlocutora de Duque, identificada como Gabriela, revela que estaria com “três pessoas” monitorando os trabalhos da CPI da Petrobras.

Na conversa, a interlocutora revela uma articulação para obstruir a convocação do executivo da estatal. “Tô te ligando só para te falar que a gente tá monitorando o dia. Tem uma ideia agora de deixarem aprovar a sua convocação. Hoje só vão votar você e o Sérgio Machado (na época, presidente da Transpetro). De deixarem aprovar a convocação e depois irem protelando como tão (sic) fazendo com a cassação do André Vargas. É … Eles tão (sic) lá conversando e tá tendo muita reunião ao mesmo tempo. Assim que a gente souber com que posição. Se vai para reunião eu te aviso”, afirmou a interlocutora de Duque uma semana antes dele ser preso.

No ano passado, após sete meses de investigações, a CPI da Petrobras pediu o indiciamento de 52 pessoas, entre elas Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, tido como líder do esquema de desvios de recursos da Petrobras. No entanto, a CPI não fez indiciamento de políticos.

CPI da Petrobras será instalada na Câmara no dia 26

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras só no final da próxima semana. Os partidos terão até as 12h da próxima quinta-feira (26) para concluir a indicação dos 27 membros.

Partidos como PT e PMDB ainda não indicaram seus representantes. A oposição, autora do requerimento, já tem sete membros formalizados. Nos próximos dias, o bloco oposicionista discutirá a estratégia de atuação na CPI. Com base nas informações já divulgadas sobre as investigações da Operação Lava Jato, o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), já montou um organograma para orientar os trabalhos da oposição.

Costa confirma que recebeu propina pela compra da Refinaria de Pasadena

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa confirmou neste início de semana, em depoimento na Justiça Federal, em Curitiba, que recebeu propina do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Segundo Costa, os pagamentos ocorreram no contrato de compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e em contratos da Andrade Gutierrez, que, segundo ele, também participava do cartel de empreiteiras. De acordo com ele, grande parte dos pagamentos foi feita em contas no exterior e valores menores foram pagos no Brasil. Costa afirmou que Soares foi apresentado a ele pelo ex-diretor da Área Internacional da estatal Nestor Cerveró. Costa também confirmou que recebeu propina do ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo, pelos contratos da Petrobras com a empresa. Segundo ele, Camargo tinha um “bom relacionamento e conhecia bastante” o doleiro Alberto Youssef. Sobre Cerveró, o ex-diretor disse que não sabe se ele recebeu propina do doleiro.

O advogado Nélio Machado, que representa Fernando Soares, participou da audiência e negou que o empresário tenha feito os pagamentos indevidos. Em nota enviada à Agência Brasil, a empreiteira rebateu as declarações de Paulo Roberto Costa. “A Andrade Gutierrez nega e repudia as acusações – baseadas em ilações e não fatos concretos – e afirma, como vem fazendo desde o início das investigações, que nunca fez parte de qualquer acordo de favorecimento envolvendo a empresa e a Petrobras. A Andrade Gutierrez reitera, mais uma vez, que não tem ou teve qualquer envolvimento com os fatos relacionados com as investigações em curso” , diz a nota. Costa foi ouvido na ação penal em que Nestor Cerveró e o empresário Fernando Soares são réus. Ele teria direito de ficar em silêncio, mas foi obrigado a responder as perguntas por ter assinado acordo de delação premiada.

Explosão: Dilma pede explicações à Petrobras

A presidente Dilma Rousseff telefonou na tarde desta quarta-feira (11) para o novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, para pedir detalhes sobre a explosão em um navio-plataforma no Espírito Santo, segundo apurou o repórter Filipe Matoso, do G1. A acidente provocou a morte de três pessoas e deixou outras dez feridas, além de seis desaparecidas.

O telefonema ocorreu em meio à reunião que Dilma realizou, no Palácio do Planalto, com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e representares de órgãos do setor elétrico, como Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema (ONS).

Conforme apurou o G1, a presidente foi informada pelo presidente da Petrobrasx que o navio era privado, tinha 71 tripulantes – sendo que um deles era fiscal da estatal do petróleo.

Bendine também comunciou à presidente que a Petrobras está prestando “toda a assistência necessária” aos familiares das vítimas. Em meio ao telefonema, Dilma lamentou o incidente.

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a explosão no navio-plataforma ocorreu às 12h50. Segundo o órgão, 33 pessoas foram desembarcadas e outras 31 permanecem a bordo. Seis estão desaparecidas. A explosão ocorreu na casa de bombas e não houve vazamento, informou a ANP.

O navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus é operado pela BW Offshore e afretado (contratado) pela Petrobras, que confirmou o número de vítimas e informou que havia 74 pessoas embarcadas no total – mas não especificou quantos trabalham para a petroleira.

Petrobras, do sonho ao abismo

Marcus Pestana, do Congresso em Foco

A sociedade brasileira assiste, estupefata e cheia de indignação, à maior empresa brasileira mergulhada numa crise que parece não ter fim. Muitas são as causas, múltiplas são as consequências.

A Petrobras nasceu, nos anos 50, de um sonho generoso presente na campanha “O Petróleo é nosso”. O sentimento nacionalista imaginava um país desenvolvido e industrializado e teve como estuário a criação da nossa maior empresa estatal, protegida pelo monopólio da exploração.

Uma combinação fantástica de erros e desvios patrocinados pelo PT misturaram equívocos estratégicos, má gestão e corrupção desenfreada.

O erro estratégico essencial se deu ainda no governo Lula com a alteração do regime de concessão para o modelo de partilha, visando à exploração do pré-sal. O dinamismo setorial alcançado com a quebra do monopólio estatal e pelas concessões, que levaram a um crescimento de 10% ao ano, foi quebrado pela mudança da regra do jogo, sobrecarregando a Petrobras, introduzindo ineficiência com cláusulas inatingíveis de conteúdo nacional e paralisando, por seis anos, os leilões. O Brasil perdeu preciosas oportunidades enquanto o mundo inovava e rompia paradigmas.

A isso se somou um aparelhamento político inédito da empresa que minou o seu desempenho empresarial e seus resultados. A visão patrimonialista do PT partia de um olhar míope que tratava uma grande empresa de capital aberto, com ações negociadas em bolsa e sócios minoritários nacionais e estrangeiros, inclusive os trabalhadores que ali colocaram o seu FGTS, como quintal partidário. Os padrões de excelência na gestão foram substituídos por um festival de incompetência, erros e desvios.

De meses para cá, a Operação Lava Jato trouxe à tona o maior escândalo da historia brasileira, envolvendo bilhões de reais desviados para financiamento do PT e seus aliados e para enriquecimento ilícito de uns poucos.

E mais, assistimos à uma gestão irresponsável e temerária de nossa maior empresa. Investimentos como Pasadena e Abreu e Lima, além de se colocarem a serviço da corrupção, não tinham a menor consistência econômica e técnica. Chegou-se ao ponto de auditores externos não admitirem avalizar o balanço da empresa.

Resultado: imagem do Brasil arranhada em todo o mundo, ações despencando, endividamento explodindo, investimentos cancelados, outros setores, como o da engenharia pesada e o sistema financeiro, contaminados e um desastroso impacto na autoestima dos brasileiros. Para piorar os preços dos combustíveis foram artificialmente reprimidos por Dilma e os preços internacionais do petróleo vieram ladeira abaixo.

Que a CPI, recém-criada na Câmara dos Deputados, somando esforços com o Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal, consiga elucidar em profundidade tudo que ocorreu e punir os culpados.

E que os erros sejam corrigidos por uma gestão profissionalizada, boas regras de governança e respeito à sociedade e aos acionistas.