A polêmica Cidade da Copa

Por MARIANA CORREIA
Da Folha de Pernambuco

O estádio multiuso construído em São Lourenço da Mata foi palco da Copa das Confederações 2013 e da Copa do Mundo de 2014. Ele tem capacidade de receber 46 mil pessoas, divididas em seis pavimentos que acomodam arquibancadas, camarotes, lanchonetes, auditórios e outras estruturas. O moderno equipamento, que serve tanto a eventos esportivos quanto para programações culturais e de negócios, foi concebido como a âncora de um projeto maior – a Cidade da Copa – um bairro planejado que incluiria moradias, empresas, espaços educacionais e de lazer.

A construção da Cidade da Copa justificava, inclusive, a escolha polêmica da localização do estádio, único entre os construídos para a Copa que não foi erguido na capital do estado sede. O complexo imobiliário previsto no contrato da Parceria Público Privada (PPP) tinha o apelo de criar uma nova centralidade urbana, como alternativa ao adensamento imobiliário do Recife. No entanto, essa nova cidade nunca saiu do papel e as complicações do acesso dos torcedores à Arena, tanto pela inconclusão de obras viárias previstas para a Copa, quanto pelos problemas do transporte público, continuam sendo pontos que pesam contra o equipamento.

O processo de aceleração da obra também fez com que o projeto arquitetônico oficial sofresse algumas alterações. Para ganhar celeridade, por exemplo, uma das soluções foi substituir o revestimento por um material importado chamado ETFE, que seria iluminado por luzes de LED, permitindo a mudança de cor do estádio. A iluminação externa, contudo, terminou ficando de fora, dada a escalada dos custos empregados nos esforços para concluir a construção no prazo estabelecido pela Fifa, para participação na Copa das Confederações.

Negado pedido da família sobre uso de imagem de Eduardo

Do Estadão Conteúdo

A Justiça Eleitoral, em Pernambuco, negou o pedido feito pela coligação Frente Popular, encabeçada pelo candidato ao governo do Estado pelo PSB, Paulo Câmara, de impedimento de uso da imagem de Eduardo Campos na campanha do adversário Armando Monteiro (PTB) – líder na disputa.

A Frente Popular informou que vai recorrer em segunda instância no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco. “Horário eleitoral não é lugar de fazer homenagem. Quem quer fazer homenagem, paga anúncio no jornal, escreve um artigo”, afirmou Seleno Guedes, presidente do PSB estadual.

A ação cautelar foi enviada pela Frente Popular, em nome da viúva, Renata Campos, e dos cinco filhos do ex-governador morto. O objetivo era evitar que Monteiro tente se apropriar da popularidade de Eduardo (reeleito governador do Estado em 2010 com 83% dos votos) usando sua aliança do PTB com o PSB durante os dois mandatos (2006-2010 e 2011-2014).

Monteiro vai veicular em seu primeiro programa eleitoral uma homenagem a Eduardo; só falta definir qual será o formato da peça. O PTB foi base do governo Eduardo em Pernambuco e deixou a aliança nesta eleição.