Políticos viram alvo do Judiciário em posse de Cármen

Representantes do Judiciário fizeram duras críticas aos políticos na cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do STF (Supremo Tribunal Federal) na tarde desta segunda-feira (12).

Ao discursar, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, citou nominalmente a operação Lava Jato e disse que a classe política tenta prejudicar os responsáveis pelos trabalhos.

Declarou ser inaceitável a reação do “sistema adoecido” contra a investigação, acrescentando que as “forças do atraso” vêm trabalhando de forma desonesta na “desconstrução da imagem” dos investigadores. Também disse que “o Brasil precisa mudar” e fazer uma depuração na política.

O ministro Celso de Mello, decano do Supremo, disse em discurso que o Brasil enfrenta um momento desafiador e criticou a corrupção na política. Afirmou “que se formou no âmago do poder estatal em passado recente uma estranha e perigosa aliança entre representantes do setor público e agentes empresariais” e que devem ser “punidos exemplarmente esses infiéis da causa pública, esses indignos do poder”.

As afirmações foram feitas mesmo diante da presença do presidente Michel Temer (PMDB); do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ocuparam lugares na mesa do plenário.

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Sarney (PMDB) também acompanharam a posse na mais alta Corte da Justiça brasileira, mas da plateia.

Na operação Lava Jato, Calheiros é réu, Lula foi denunciado, Sarney e Temer já foram citados em delações.

Cármen Lúcia evitou fazer menções diretas à política e afirmou que é necessário transformar o Judiciário. Ela prometeu dar transparência a propostas para aperfeiçoar o funcionamento do tribunal e tornar o país mais justo. “O Brasil é cada um e todos nós, o Brasil que quereremos que seja pátria mãe gentil para todos e não somente para alguns”, declarou.

Lava Jato: dois anos e nenhum político condenado

A “lava jato”, que investiga desvio de verbas da Petrobras e fraudes em contratos, completou no dia 28 de agosto dois anos sem nenhum político condenado e só dois parlamentares réus em ações penais que estão ainda em fase inicial de julgamento no Supremo Tribunal Federal. Toda a investigação já gerou 81 inquéritos que investigam 364 pessoas que detêm ou não foro especial por prerrogativa de função, sendo 54 parlamentares, além de ministros do TCU. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Na primeira eleição após a proibição de doações de empresas a partidos e candidatos, e faltando um mês para a votação, 51% dos 16.349 políticos que disputam as 5.568 prefeituras do país não arrecadaram nem um centavo sequer. Foi registrado nas contas dos demais, somados, R$ 248 milhões, o que representa uma queda de 46% em relação ao que ocorreu em 2012. Além dos 8.269 candidatos que declararam ter receita zero até a sexta-feira, outros 3.901 (24% do total) registraram arrecadação inferior a R$ 10 mil. O autofinanciamento já corresponde a 43% do total arrecadado.

Aécio Neves cedeu avião de Minas a políticos e celebridades

Da Folha de S. Paulo

Registros do Gabinete Militar de Minas Gerais mostram que durante o governo do tucano Aécio Neves (2003-2010) aeronaves do Estado foram cedidas para deslocamentos de políticos, celebridades, empresários e outras pessoas de fora da administração pública a pedido do então governador mineiro.

Essas viagens não encontram amparo explícito na legislação que desde 2005 regula o uso das aeronaves oficiais do Estado, um decreto e uma resolução assinados pelo próprio Aécio.

O tucano afirma, por meio de sua assessoria, que a legislação estabelece apenas diretrizes, que os voos foram regulares e atenderam a interesses do Estado.

Por meio da Lei de Acesso à Informação, a Folha obteve do governo de Minas, comandado hoje pelo petista Fernando Pimentel, adversário político de Aécio, a relação dos 1.423 voos entre janeiro de 2003 e março de 2010 em que o nome do tucano figura como solicitante.

Desses, em 198 voos não houve a presença nem de Aécio nem de agentes públicos autorizados pela legislação a usar essas aeronaves, como secretários de Estado, vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa.

Dois desses voos solicitados por Aécio foram usados em 2004 – um ano antes da edição do decreto e da resolução – pelo apresentador da Rede Globo Luciano Huck, amigo do tucano, para se deslocar de Belo Horizonte ao interior de Minas. Um desses voos também teve a presença da dupla Sandy e Júnior, que na ocasião gravava em Minas um novo quadro para o “Caldeirão do Huck”, o “Quebrando a Rotina”.

O programa mostrava os três percorrendo a Estrada Real de Minas Gerais. “O trio visitou locais históricos como os municípios de Ouro Preto e Santa Bárbara. Eles conheceram também paisagens exuberantes, como o Parque Natural do Caraça, e proporcionaram ao público cenas inusitadas como Sandy lavando louça e Junior montando em um jumento”, diz o texto de descrição do quadro no site oficial do “Caldeirão”.

Outros integrantes e ex-integrantes da Globo usaram jatos e turboélices do Estado – os atores José Wilker (que morreu em 2014) e Milton Gonçalves, em 2008, além do ex-executivo da rede José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, em 2003.

Dias antes de deixar o governo, em março de 2010, Aécio também cedeu o helicóptero para que o então presidente do grupo Abril, Roberto Civita (morto em 2013) e sua mulher, Maria Antônia, visitassem o Instituto Inhotim, museu de arte contemporânea do empresário Bernardo Paz em Brumadinho (53 km de Belo Horizonte).

O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira também aparece nos registros como tendo usado por três vezes o helicóptero, em deslocamentos dentro de Belo Horizonte, e em outras três vezes um dos jatos para viagens de BH a São Paulo e ao Rio, entre 2006 e 2009.

As viagens em que Aécio não figura como passageiro listam trechos para fora de Minas Gerais que têm ainda como passageiros vários políticos – com ou sem mandato – tucanos, de partidos aliados e até alguns adversários, outras autoridades federais dos Três Poderes e comitivas de jornalistas – a Folha esteve em um desses voos para acompanhar uma agenda de Aécio em Lavras.

A reportagem obteve também os dados dos voos dos governos Anastasia (2010-2014), afilhado político de Aécio, e Pimentel (2015).

No caso de Anastasia, há ao menos 60 voos sem a presença de autoridades estaduais. Há deslocamentos para o próprio Aécio, para políticos, magistrados estaduais, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e novamente para Ricardo Teixeira.

Sobre os voos de Pimentel, nos seus primeiros nove meses de gestão um voo foi cedido para uma autoridade fora da administração, segundo os registros enviados pelo governo mineiro: um deslocamento do presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e de sua mulher, Yara, de Belo Horizonte a São Paulo, em março deste ano.

Na comparação, foram em média 2,3 voos mensais durante o governo Aécio, 1,3 voo na gestão Anastasia e 0,1 de Pimentel.

Em setembro, a Folha mostrou que Aécio usou jatos oficiais do Estado para ir de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro em 124 ocasiões durante a sua gestão em Minas.

A legislação mineira que disciplina o uso das aeronaves oficiais se resume ao decreto 44.028 e à resolução 3, ambos de 2005. O decreto define que “a utilização das aeronaves oficiais será feita, exclusivamente, no âmbito da administração pública estadual (…) para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos.”

A resolução, que regulamenta o decreto, estabelece que as aeronaves “destinam-se ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando integrantes de comitivas dos titulares dos cargos”.

OUTRO LADO

A assessoria de imprensa de Aécio Neves afirmou que “todos os voos foram regulares, dentro das normas legais e atenderam a interesses da administração do Estado.”

Apesar de a legislação definir que duas das aeronaves se destinam aos deslocamentos do governador, elas não se limitam “ao seu uso pessoal exclusivo, compreendendo, portanto, o atendimento de demandas e necessidades do chefe do Executivo”, diz a nota enviada pelo tucano.

A assessoria afirma que Aécio determinou que todos registros de voos trouxessem os nomes dos passageiros, assegurando transparência.

Sobre a cessão do helicóptero para a gravação do “Quebrando a Rotina”, a assessoria diz que o Estado ofereceu apoio de infraestrutura “para uma grande ação de divulgação turística, no caso, a divulgação de um roteiro turístico, a Estrada Real”.

Da mesma forma, segue a nota, o transporte de Civita “atendeu o objetivo de divulgar o Museu de Arte Contemporânea apresentando-o a um dos maiores empresários de comunicação do país”. A assessoria enviou uma reportagem sobre o museu publicada posteriormente na revista “Veja”.

Em relação à concessão de um jato para levar o empresário José Bonifácio Oliveira Sobrinho de BH ao Rio, a assessoria diz que o governo solicitou a colaboração do ex-executivo da Globo na definição de diretrizes para a TV Minas. Sobre o transporte dos atores Milton Gonçalves e José Wilker entre BH e o Rio, a razão seria a participação em ato contra a corrupção apoiado pelo governo de Minas.

Sobre as viagens do ex-presidente da CBF, a afirmação é a de que elas se deram “em atendimento a agendas com o governador à época da candidatura do Brasil para sediar os jogos da Copa de 2014”.

A Comunicação da Globo enviou dados sobre a logística bancada pela emissora para o “Quebrando a Rotina”, entre elas passagens aéreas e aluguel de helicópteros particulares. O uso da aeronave oficial oficial faria parte de um acordo de “facilidades de produção”.

Também via Comunicação da Globo, o ator Milton Gonçalves afirmou não se lembrar da viagem. “Não uso nada que não seja legal e que todos possam saber. Se isso de fato ocorreu, basta comprovarem e me dizerem quanto foi o voo que eu pago”, disse o ator.

A assessoria dos cantores Sandy e Júnior disse que como os dois foram convidados pelo programa, a logística coube ao “Caldeirão”.

Boni afirmou que a pedido do governo estadual fez uma análise da TV Minas. “Não cobrei pela visita e nem pela minha opinião, por considerar uma contribuição à TV pública. Fui do Rio a BH pagando minha passagem. Na volta aceitei uma carona com o governador, que já vinha para o Rio”, afirmou. O registro do governo mineiro, porém, indica que o empresário foi o único passageiro.

A assessoria do agora senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) afirmou que os deslocamentos foram de autoridades que participaram de eventos ou reuniões no Estado e que as viagens cumpriram o disposto na legislação.

A assessoria de Fernando Pimentel disse que Lewandowski cumpriu agenda oficial em Belo Horizonte, tendo recebido o Colar do Mérito Judiciário Militar.

O presidente do STF e a Abril não se pronunciaram. A Folha não conseguiu falar com Ricardo Teixeira.

Glória do Goitá: políticos suspeitos de atentado

Do Diario de Pernambuco

Após sofrer um atentado no último sábado, o prefeito de Glória do Goitá, Manoel Teixeira (PSC), prestou depoimento na Polícia Federal (PF) na tarde de ontem. Ele deu detalhes da tentativa de homicído da qual foi vítima e, segundo informações da PF, apesar de as investigações estarem em fase inicial, os indícios reforçam a tese de crime motivado por razões políticas. Alguns nomes chegaram a ser citados durante o depoimento, entre eles o do presidente da Câmara dos Vereadores, Lívio Amorim (PTN). Após prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal, o prefeito foi à Secretaria de Defesa Social (SDS) e solicitou reforço em sua segurança.

O gestor foi ouvido pela delegada Mariana Cavalcanti, a mesma que está responsável pela Operação Carona (que investiga a formação de cartéis no transporte escolar em prefeituras do interior). Foi a partir dessa operação que o então prefeito do município Zenilto Miranda (PTB) foi afastado do cargo, a pedido da própria PF. “Ela vai analisar o teor do depoimento. Caso as informações tragam novos fatos para a operação, a polícia vai incorporá-las à investigação”, explicou o assessor de comunicação da PF, Giovanni Santoro. Caso não haja qualquer relação entre a operação e o atentado, o inquérito será encaminhado à Polícia Civil.

Ainda segundo Giovanni, o presidente da Câmara Municipal e todas as demais pessoas citadas serão intimadas para prestarem esclarecimentos. “Entre os nomes mencionados pelo prefeitos há políticos e pessoas que eram ligadas a esses políticos”, adiantou o assessor da PF. O advogado do prefeito, Saulo Penna, também reforçou que o atentado teve motivação política.

O presidente da Câmara Lívio Amorim (PTN) não demonstrou preocupação com o fato. “Estou à disposição da polícia para qualquer esclarecimento. Não tenho nada a ver com isso. A violência não faz parte do meu perfil.” Ele disse não entender os motivos que fizeram o prefeito a levar o caso à Polícia Federal. “Estão criando um factoide, mas estou tranquilo”. Segundo o vereador, o prefeito registrou a ocorrência na delegacia na cidade e, inicialmente, afirmou que o atentando não tinha conotação política.

Câmara quer punir quem fala mal de político na internet

Do Congresso em Foco

A Câmara prepara um projeto de lei para acelerar a identificação e a punição de pessoas que criam páginas ofensivas e difamatórias contra parlamentares na internet. O texto também vai responsabilizar criminalmente os provedores, portais e redes sociais que hospedam esses sites. A proposta, que tem o apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está em fase final de elaboração e deve ser apresentada em setembro pelo procurador parlamentar, deputado Cláudio Cajado (DEM-BA).

O procurador adiantou ao Congresso em Foco que vai propor uma mudança no Marco Civil da Internet para facilitar a retirada das postagens ofensivas contra políticos em geral. Pela proposta, sites, provedores e portais serão corresponsáveis pelas publicações. Por exemplo: se um usuário criar um perfil falso (o chamado fake) no Facebook que ironize ou atinja a honra de um deputado, tanto o responsável pela página quanto o próprio Facebook serão acionados criminalmente e estarão sujeitos a processos penais e cíveis.

O objetivo, explica Cajado, é obrigar os grandes provedores e empresas de internet a analisarem, de modo célere, as denúncias de ofensa contra parlamentares. Nesse caso, o conteúdo classificado como ofensivo terá de ser retirado do ar imediatamente, sob pena de abertura de processo por crime de injúria e difamação.

“Às vezes, a pessoa faz um ‘fake’ ofensivo à honra de qualquer pessoa e essas empresas não têm nenhum tipo de controle sobre esses atos criminosos e permitem que eles sejam divulgados”, exemplifica Cajado. “A nossa tese é que quem pratica o crime tem de responder. E quem ajuda a divulgar esse crime tem de ser corresponsável”, afirma.

Avalizada por Cunha, a proposta pode ser votada em regime de urgência pela Câmara nos próximos meses. O projeto terá caráter institucional. Isso porque cabe à Procuradoria Parlamentar, conduzida por Cajado, defender a Câmara e seus integrantes no exercício do mandato ou de suas funções institucionais quando atingidos em sua honra ou imagem perante a sociedade.

FAKE DE POLÍTICO: R$ 6 MIL

A Câmara também quer coibir a “indústria” de criação de páginas ofensivas contra deputados. Este mês a Polícia Federal desencadeou a Operação Face to Fake, que desarticulou uma quadrilha especializada na elaboração de sites e perfis ofensivos contra políticos de Mato Grosso do Sul. Nesta investigação, a PF identificou 60 perfis falsos e 35 comunidades no Facebook – todos criados para atacar políticos. Um dos investigados chegou a receber R$ 6 mil para elaborar fakes e montagens que feriam a honra de políticos locais.

Segundo a Procuradoria Parlamentar da Câmara, nos últimos quatro anos cresceu em 30% o número de ações judiciais e extrajudiciais movidas pela Casa contra veículos de imprensa e empresas como o Google e o Facebook. “Ninguém quer aqui cercear a liberdade de expressão, ninguém está contra o direito do usuário. Agora, o que não pode é a pessoa se esconder no anonimato para praticar crimes. Temos de estipular regras contra isso”, disse, Cajado ao Congresso em Foco.

COLETA DE DADOS

Nesta mesma linha, o deputado Silvio Costa (PSC-PE) apresentou, no início de junho, um projeto de lei (PL 1879/15) que obriga os provedores de internet e sites a coletar dados pessoais de usuários que postarem comentários em matérias, fóruns ou mesmo atualizações de redes sociais institucionais.

Na justificativa da proposta, o parlamentar afirma que a medida visa coibir a incitação ao ódio e responsabilizar criminalmente pessoas que cometam crimes de injúria e difamação. “Esta vedação (do anonimato na internet) é fundamental para que se possa punir aqueles que, por exemplo, se utilizem da liberdade de expressão para incitar o ódio, para caluniar pessoas ou para fazer apologia ao crime”, explica o deputado. O projeto tramita na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara.

“No caso da internet, a responsabilização daqueles que, por ventura, pratiquem crimes é bastante complicada. Ainda que o Marco Civil (da internet) tenha avançado neste aspecto, ao estabelecer a obrigatoriedade de guarda de registros por provedores de acesso e de aplicações, o fato é que as informações tecnicamente coletáveis são, muitas vezes, insuficientes”, acrescenta Silvio Costa.

Políticos são declarados mortos no sistema do SUS

Da Folhapress

Uma ação no sistema de cadastro nacional do SUS alterou informações de políticos e personalidades públicas para declará-los mortos. A alteração foi confirmada pelo Ministério da Saúde nesta semana.

Nas redes sociais, um grupo de hackers afirma ter alterado os cadastros do ex-presidente Lula, do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), dos deputados Marco Feliciano (PSC-SP), Maria do Rosário (PT-RS) e do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró.

As informações constavam da base nacional do Cadastro Nacional de Usuários do SUS, que mantém dados da maioria dos brasileiros e possui uma interface com outro sistema, que registra informações sobre mortalidade.

Em nota, o Ministério da Saúde informa que identificou uma “tentativa indevida de alteração” no cadastro dos usuários do SUS e encaminhou um pedido de investigação à Polícia Federal para determinar os responsáveis e as punições legais.

A pasta, no entanto, nega que o sistema tenha sido alvo de hackers. Segundo o ministério, a ação foi executada por meio do login de uma pessoa autorizada a operar o sistema, dentro de uma unidade de saúde ­a pasta investiga se a senha foi roubada.

“A pasta identificou de onde foi realizada a tentativa, bem como o operador, e está adotando as providências cabíveis em âmbito administrativo como cancelamento da senha. Após detectar o problema, as informações foram corrigidas”, afirma.

O ministério informou ainda que trabalha na implementação de “novas medidas de segurança” como certificado digital e dupla identificação para alteração de dados de pessoas públicas.

Romaria de políticos ao Morro foi inferior à de 2013

Políticos de vários partidos e tendências estiveram no Morro da Conceição, em Casa Amarela, neste final de semana, para visitar a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e assistir a uma das missas que se realizaram no local.

A romaria de deputados e vereadores foi longa, mas inferior à de 2013, véspera de ano eleitoral.

Um dos que subiram o Morro para acender uma vela nos pés da Santa foi o ainda deputado federal João Paulo (PT).

Ele antecipou sua visita ao Morro para este sábado e fez a subida, a pé, acompanhado por assessores e militantes do PT.

Ele disse que cumpriu o ritual antecipadamente porque tem compromissos em Brasília nesta segunda-feira (8), dia consagrado à Nossa Senhora da Conceição (e feriado no Recife).

Ao final da visita, João Paulo foi recebido com um café da manhã pelas lideranças comunitárias do Morro, Dona Helena e Marcos Ferreira. O encontro também contou com a presença de representantes dos movimentos sociais. Na ocasião

Na ocasião, fizeram uma análise da conjuntura política e econômica do país e dos desafios que o próximo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) deverá enfrentar com o agravamento da crise econômica mundial.

Quem também subiu o Morro neste domingo (7) foi o senador Humberto Costa (PT), que regularmente participa da Festa de Nossa Senhora da Conceição.

Artigo: Petrobras: os primeiros políticos implicados seriam…

Por Luiz Flávio Gomes

01. NUNCA ANTES NESTE PAÍS tantos políticos foram implicados num único escândalo: Humberto Costa (senador, PT-PE: teria recebido R$ 1 milhão), Sérgio Guerra (senador, PSDB-PE: R$ 10 milhões), José Jatene (deputado, PP-PR: de 1% a 3% dos contratos superfaturados), Renan Calheiros (senador, PMDB-AL: R$ 400 mil), Gleisi Hoffmann (senadora, PT-PR: R$ 1 milhão) e Eduardo Campos (ex-governador, PSB-PE: R$ 20 milhões). Somente o delator Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras) teria citado 32 parlamentares, além de outros políticos (Estadão 23/11/14). A maioria dos nomes está sob sigilo, no STF. Várias outras delações estão sendo feitas (Youssef, Barusco, Renato Duque etc.).

02 Alguns dos nomes citados já morreram (Sérgio Guerra, Eduardo Campos e José Jatene). Todos os demais políticos assim como seus respectivos partidos negam o recebimento de qualquer quantia de forma ilegal. Os executivos e presidentes das empreiteiras optaram pelo silêncio ou disseram que foram “extorquidos”. Muita tarefa probatória pela frente. O ministro do STF, Teori Zavascki, quando da homologação da delação premiada de Paulo Roberto Costa, sublinhou: “Há elementos indicativos, a partir dos termos do depoimento [de PRC], de possível envolvimento de várias autoridades, inclusive de parlamentares federais”. Ninguém sabe quais serão os efeitos políticos do escândalo.

03. NUNCA ANTES NESTE PAÍS a Justiça teve acesso a tantas provas (ainda precárias, porque não submetidas ao crivo do Judiciário) sobre o que todos sabiam, mas que ela nunca tinha em seu domínio de forma volumosa: há, não só na política e nos órgãos públicos (no Estado), senão também (e, sobretudo) no mercado(especialmente no nacional), incontáveis pessoas sem qualidades, que sempre acumularam fortunas de forma ilícita. Os internautas digladiadores, de tão centrados nos seus alvos prediletos (os partidos e os políticos adversários), muitas vezes se mostram cegos para a realidade do mercado corrupto e da abrangência do escândalo (que vergasta não somente o PT, senão todos os grandes partidos do país). Não atinam para o fato de que o novo sistema de liberdade constitucional, suscitado engenhosamente para corrigir e extirpar os abusos do pretérito despotismo militar, fulcrado na exploração dos menos favorecidos, se fez democraticamente cúmplice obsequioso das oligarquias reinantes, abrindo-lhes as portas de forma solene e servil, dando-lhes legitimação política.

04. O escândalo da Petrobras (cujos efeitos políticos são absolutamente imprevisíveis) não revela apenas mais uma faceta das crises cíclicas presentes em todos os países, crises típicas do crescimento ou da estagnação das nações. Ele escancara um tipo de crise final, entendida não como o fim do país ou da Petrobras ou do povo brasileiro, sim, como patente e progressiva impossibilidade de subsistência do nosso modelo de organização social, administrativa, jurídica e política. Não se trata de uma suposição conectada com o futuro, sim, cuida-se de uma realidade, de uma constatação do que está acontecendo hoje no nosso país.

05. Civilização ou barbárie? Chegamos a uma encruzilhada muito delicada, porque a alternativa à civilização que é vista no horizonte é a da barbárie da máfia. O Brasil, tal como a Sicília e o México, pode se converter num dos países mais mafiosos do planeta (caso não tome o rumo da civilização das suas instituições políticas, econômicas, jurídicas e sociais). Nos países mafiosos o crime organizado invade até às vísceras a política, a polícia e a Justiça, desenvolvendo seus “negócios” por meio da fraude, da corrupção, da ameaça, da violência, do medo e da omertà = silêncio. O Brasil, pelo que se sabe, ainda não chegou a esse ponto, porque ainda não houve a junção dos vários crimes organizados que atuam no país (o dos poderes privados, como o PCC, o das milícias, o das polícias e o político-empresarial, que protagoniza o escândalo da Petrobras). Mas essa combinação de fatores e de procedimentos estaria afastada?

06. O fato de que alguns crimes organizados estejam se enriquecendo cada vez mais (esse é o caso do PCC, do crime político-empresarial que está dizimando a Petrobras etc.), de forma absurdamente criminosa, mediante os expedientes da fraude de licitações, da sonegação fiscal e da ilicitude dos contratos e serviços, não significa boa saúde para nossa decrépita e fúnebre organização social, ao contrário, a acumulação de capital, quanto mais injusta e/ou corrupta, mais exterioriza a fraqueza do grupo, cujas patologias graves são públicas e notórias, em razão, sobretudo, das formas selvagens de exploração do humano, da natureza, do Estado, do Direito e das próprias instituições. Criamos uma anômala organização social em que a extrema desigualdade se perpetua e se agrava a cada dia, sobretudo por meio de expedientes ilícitos que sempre permearam a vida de todos os governos bem como de todos os maiores partidos políticos do país, cujos seguidores, com viseira limitadora, só conseguem ver o mal nos seus contrários.

07. Muitos dos estimados leitores podem não concordar com nossa tese (de que nos encontramos nos estertores de uma crise que já se aproxima velozmente do seu final, exigindo de todos nós a tomada de uma posição firme, que se bifurca entre a civilização e a barbárie mafiosa), que seria exagerada e, em última análise, misantrópica, porém, a rigor, se trata de um quadro sombrio e carregado fundado na realidade nua e crua do nosso país, cada vez mais violento, fraudulento, corrupto, parasitário, desigual, ignorante, segregado e intolerante. Somos um país com violência epidêmica (particularmente a partir de 1980), corrupção endêmica, desigualdade obscênica, escolaridade anêmica e fraqueza institucional sistêmica, tudo isso protagonizado por uma sociedade anômica (anomia = ausência ou ineficácia das normas). Por acaso não era esse o cenário assombroso vivido pela Sicília nos séculos XVIII e XIX, até se converter no berço da máfia?

08. Por acaso esse não é o mesmo cenário pungentemente descrito no livro O leopardo, do escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa (1896-1957), que se transformou em filme pelo cineastra italiano Luchino Visconti (com Burt Lancester, Alain Delon e Claudia Cardinale)? Vista nossa realidade com imparcialidade (e muita preocupação), será que o mal que tomou conta do país (desde seu descobrimento), mal que anda carcomendo todas as relações sociais assim como as instituições, não teria semelhanças com paisagens e cenários históricos de outras plagas? Como negar que o crime organizado já se apoderou de grandes parcelas dos poderes instituídos? Não seria grande ingenuidade não ver no escândalo da Petrobras somente a ponta de um iceberg monstruoso composto por uma troyka maligna (agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros) que não tem outro escopo senão o de promover a pilhagem do patrimônio público por meio de uma parceria público/privada (PPP-PPP)?

09. A paisagem do livro O leopardo encontra enorme eco na nossa realidade, que se agrava a cada dia em razão da corrupção, da violência e da miséria. Caminhamos para uma situação de absoluto desespero, mesclado com ira e indignação, o que sugere mudanças radicais em favor da civilização ou todos sucumbiremos aos métodos mafiosos, nascidos na Sicilia, a partir de um cenário muito semelhante. Quando a Justiça e o Estado de Direito se esvanecem, nos descarrilhamos naturalmente para a lei da selva, ou seja, a lei do mais forte, que conduz a nação não com a força do Direito, sim, com o direito da força, da violência, da corrupção, do engodo, do medo e da omertà (silêncio). No final do escândalo da Petrobras, que nada mais significa que a metástase da organização social que fundamos há cinco séculos, será que não ficaremos todos novamente estarrecidos (mas ao mesmo tempo indiferentes) com a atualidade daquela famosa frase do príncipe de Falconeri (do livro O leopardo), que dizia “tudo deve mudar para que tudo fique como está” ?

 Luiz Flávio Gomes é jurista e professor 

Políticos lamentam morte de Eduardo Campos

Jorge Gomes – “É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento do nosso eterno governador Eduardo Campos. Acompanhei, de perto, toda a trajetória política desse grande homem, quando estivemos juntos no último governo de Dr. Arraes. Estive bem perto também na campanha vitoriosa de 2006, quando disputei o Senado e ele sagrou-se governador. Agora, estava na torcida e acompanhando todos os passos dele rumo ao Palácio do Planalto. Ontem, vibrei com a entrevista dele ao Jornal Nacional e mandei a seguinte mensagem: “Valeu, presidente! Todos estamos orgulhosos de sua performance e ficaremos mais ainda com sua vitória, que será a vitória dos brasileiros, principalmente dos mais necessitados. Um grande abraço e sucesso sempre”. Eduardo cumpriu sua missão exemplarmente. Deixo meu abraço para toda a família”.

Armando Monteiro- Nesse momento de grande tristeza que se abateu no coração de todos os  pernambucanos, o meu sentimento mais profundo se volta para a família de Eduardo Campos.  A perda para Renata, sua esposa, e para seus filhos Maria Eduarda, João, Pedro, José e do pequenino Miguel, é inestimável. Guerreira como ele, certamente ela saberá encontrar forças para superar tamanha dor e sofrimento. Dirijo especialmente a eles a minha solidariedade, de Mônica e da minha família nesse momento tão triste.
Ao longo da minha vida pública, o meu caminhar em vários momentos se cruzou com o de Eduardo e, em que pese divergências ocasionais, naturais da política, eu sempre tive a compreensão dos seus atributos e qualidades indiscutíveis como homem público.  Pernambuco perde um grande líder, de caráter combativo e obstinadamente dedicado ao trabalho. Ele deixa um legado, como político e como administrador, sobretudo pela maneira competente com que governou o nosso Estado por oito anos, inquestionavelmente um marco na nossa história. E foi exatamente esse conjunto de qualidades que o fez se destacar como uma nova e natural liderança no cenário nacional.
Há de se buscar agora, num momento em que todos compartilhamos essa sensação de perda, a inspiração para todos aqueles que continuarão a militar na vida pública. A dimensão humana de Eduardo ia muito além da sua atividade e do seu cotidiano político. O que sempre guardei foi a maneira como ele dedicou-se à família com devoção e amor.  Mesmo em meio ao turbilhão de compromissos que a vida pública impõe, ele sempre encontrou tempo para dedicar aos que mais amava. Pernambuco reverencia a memória de Eduardo Campos, independente de circunstâncias políticas ou partidárias, que nesse momento ficam muito pequenas diante da dimensão dessa grande perda.Também gostaria de externar o meu profundo sentimento de pesar aos familiares de Carlos Percol, Geraldo da Cunha, Marcos Martins, Alexandre Severo Gomes, Marcelo Lyra e Pedro Valadares Neto, nesse momento tão doloroso e difícil”.

Lula Tôrres– “Nós temos vários sonhos na vida. E para realizar esses sonhos, precisamos de algumas ferramentas e instrumentos para seguir com passos firmes. Quando estes instrumentos nos são tirados, nos sentimos sem chão e muitas vezes sem coragem para seguir em frente. Eduardo Campos, amigo, e político com força e atitude para dar uma esperança ao Brasil, representou para o estado de Pernambuco uma transformação política de grande relevância. Seus atos como Governador do Estado elevaram o nome de Pernambuco do Brasil para o mundo. “Nunca desistam do Brasil” disse ele em entrevista. Vamos continuar lutando. Que Deus conforte a família e todos nós neste momento”.

Laura Gomes– “Não há palavras para expressar o tamanho desta perda para a política brasileira, para o povo pernambucano. Mas, especialmente, para todos nós que convivemos e acompanhamos toda a trajetória de Eduardo Campos. Eu, particularmente, sinto como se fosse a perda de um filho. Digo isso por tamanha admiração e relação afetiva que consegui construir com ele nos anos de luta e amizade. Ligação que vem desde o tempo em que trabalhávamos juntos na gestão do seu avô, Miguel Arraes. Que se desenvolveu nos tempos difíceis e de vitória. Abri as portas da minha casa para Eduardo em 2006, quando quase ninguém acreditava no êxito do grande governador que estava por vir. Com ele, estive em 2010 apoiando sua reeleição, e tive a grande honra de ser convocada para fazer parte da sua equipe nos últimos anos. Com ele estava agora, e com seus ideais sempre estarei. Porém, independente da ligação política existente, registro nestas palavras a dor pela precoce perda de uma mente tão brilhante. Do pai exemplar, do homem íntegro que foi. Eduardo Campos se vai, mas deixa um legado que vai muito além do que possamos imaginar. Lutarei para dar continuidade a tudo aquilo que aprendi com Eduardo. A girar a roda em favor dos que mais precisam. A ter coragem para mudar o que for necessário em prol de quem necessita. Tenho certeza de que os companheiros de Frente Popular estão com o mesmo sentimento.Vá em paz, Eduardo. O que você deixou para nós ficará para sempre na memória dos pernambucanos. Os meus mais profundos sentimentos às minhas amigas Ana Arraes e Renata Campos. Aos filhos Maria Eduarda, João, Pedro, José, e Miguel. Aos demais familiares, amigos e companheiros de luta. Às famílias das outras vítimas do trágico acidente.”

Rozael do Divinópolis – “É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Neto do inesquecível Miguel Arraes, um dos maiores representantes da história política de Pernambuco, Eduardo pautou a sua vida para trazer melhorias e desenvolvimento para o nosso Estado. Deixo aqui as minhas condolências não só para família do ex-governador como também para as demais famílias dos outros ocupantes do avião. Descansem em paz!”.

Bruno Martiniano– “É lamentável ter que escrever sobre este assunto que nos surpreendeu na manhã desta quarta-feira, quando recebemos a trágica notícia do falecimento de Eduardo Campos, ex governador de Pernambuco. Venho por meio desta, expressar meus sinceros sentimentos de pesar, mesmo sendo tomado pelo sentimento de incredulidade. Não existem palavras suficientes para falar da importância deste grande líder, homem, cidadão, e eterno governador de Pernambuco. Com ele aprendemos a lutar, batalhar e superar os obstáculos da vida, e da lida diária. Neste momento devemos nos unir em uma só corrente de orações para que Deus possa confortar a família, a senhora Renata Campos, os filhos, irmãos, mãe, e todos nós também, que estamos enlutados com o triste fato. Vai com Deus Eduardo Campos, tua partida é precoce, mas teu legado será eterno, assim como o trabalho e ensinamentos de seu avô, Miguel Arraes. Que Deus te receba em sua infinita bondade. Estamos em luto”.

Marcelo Gomes- “O dia 13 de agosto estará marcado para sempre na história de Pernambuco. Neste dia, em 2005, perdemos Miguel Arraes. Nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2014, perdemos o nosso líder Eduardo Campos.É difícil definir o sentimento pela partida de um homem que, além de grande líder, foi generoso, exemplo de determinação e competência. Eduardo sempre foi destinado às grandes realizações, um político nato e eficiente.Eduardo foi um homem de virtude que esteve entre os grandes personagens da nossa história, ajudando a construir o nosso Brasil da melhor forma possível, sempre pensando no melhor para o povo. Conviver com Eduardo foi uma honra. Que Deus possa confortar a sua família”.

Fábio José (PSOL) – É com grande pesar que me manifesto nesse momento, conheci Eduardo ainda quando ele foi candidato a prefeito do Recife em 1992, nessa ocasião eu fazia parte do movimento estudantil, nos conhecemos em razão do seu avó, de la pra cá encontrei ele algumas vezes e sempre se demonstrou uma pessoa serena e atenciosa, mesmo estando em campos políticos diferentes mas eu sempre o respeitei e o considerava um grande líder e um visionário, o Brasil perdeu muito e nós Pernambucanos ficamos sem um grande amante da politica e apaixonado por Pernambuco. Deixo aqui meus sentimentos a família Campos. Adeus Eduardo que Deus te receba de braços abertos e possa consolar sua família e amigos mais próximos, Vai em paz”.

Raquel Lyra-  “As palavras que sempre saíram de forma tranquila, fácil e entusiasmada para elogiar e agradecer, agora faltam para lamentar esta grande tragédia, que levou nosso amigo Eduardo Campos. Ele sempre foi um exemplo de luta, de perseverança e da defesa dos pensamentos e dos seus ideais, e continuará sendo. Sua mensagem permanece viva. Seus exemplos, também. Se foi um grande pai, um excelente filho, um ótimo amigo e um extraordinário político, pronto para comandar os destinos do nosso país, como fez tão bem com os destinos de Pernambuco, nos últimos anos.

 Para todos nós, esta perda é muito grande. Sem dúvidas, o reencontro de Eduardo Campos com Miguel Arraes, João Lyra Filho, Fernando Lyra, e tantos outros, irá nos guiar de alguma forma. Por aqui, nos comprometemos a honrar todos os compromissos feitos por Eduardo, trabalhando por um Pernambuco e Brasil mais justos. Madalena, Ana, Antônio, Renata, João, Pedro, José, Eduarda e Miguel, que formam um verdadeiro exemplo de família, recebam minha solidariedade neste momento de dor.

O mesmo sentimento aos familiares de todas as vítimas, Carlos Percol, Pedro Almeida Valadares Neto, Alexandre Severo Gomes, Marcelo de Oliveira Lyra, Geraldo da Cunha e Marcos Martins, e a todos aqueles que, ainda sem acreditar, passam por este momento de dor. Foi uma grande honra para mim ter convivido intensamente nos últimos nove anos e ter aprendido muito com este grande e inesquecível brasileiro, Eduardo Campos.”

Diogo Cantarelli – “É com profunda tristeza que recebi a notícia da morte do ex-governador e então candidato a presidente Eduardo Campos. Campos foi um grande líder, não apenas em Pernambuco, mas ao longo dos anos se tornou um líder na política nacional, também.Campos aliou um modelo diferenciado de gestão com uma imensa capacidade política de articulação. Caruaru, em especial, perde um grande admirador dessa cidade, que por diversas vezes fez questão de visitar. Solidarizo-me com a família e peço que Deus os conforte nesse momento tão difícil de dor e tristeza”.

Mário Mota( Prefeito de Riacho das Almas)-  “Ele foi um amigo, um companheiro honesto e correto, que muito fez e sempre teve disposição para melhorar a vida do povo de Riacho das Almas e de todo o Estado de Pernambuco”.

 Edmilson do Salgado –  “Foi com grande tristeza que o Brasil, em especial Pernambuco, recebeu a notícia da morte de Eduardo Campos e seus assessores, nesta quarta-feira, 13, em São Paulo.Sem dúvida, uma perda irreparável para sua família e uma lacuna que talvez jamais seja preenchida na política brasileira. Eduardo imprimiu sua marca à frente do Governo do Estado e em outros cargos públicos que ocupou sempre pautado pela determinação, seriedade e respeito pelos seres humanos. Fica a lição! Que a sua memória seja respeitada e compartilhada em ações que devem ser imitadas por todos nós. Não convivi diretamente com Ele, mas nas ocasiões em que nos encontramos, pude constatar sua cordialidade e atenção para com todos, independentemente do cargo que se ocupava.Em meu nome e em nome dos moradores do Bairro do Salgado, São João da escócia e Cidade Jardim, a nossa solidariedade e os nossos mais sinceros pêsames à sua esposa, Renata Campos e família e demais parentes de sua comitiva”.

 

Lula viaja para atos políticos em Teresina e Recife

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta sexta-feira (13) a noite, ao lado da presidenta Dilma Rousseff da plenária do PT e PTB de Pernambuco, em Recife.
 
O ato contará também com a presença do pré-candidato ao governo do estado, o senador Armando Monteiro (PTB), e do pré-candidato ao Senado, o deputado federal João Paulo (PT). A plenária será na Casa de Eventos Blue Angel, às 18h.
 
À tarde, Lula estará no Piauí, junto com o senador e pré-candidato ao governo do estado, Wellington Dias (PT), para o ato político da pré-candidatura ao Senado de Elmano Férrer (PTB), que acontece em Teresina às 14h30, no Teresina Hall.
 
O ex-presidente retorna para São Bernardo do Campo no sábado (14) de manhã.