Dilma: Quem interrompeu programas foi Governo interino

O senador Cidinho Santos (PR-MT) perguntou à Dilma Rousseff se ela não tinha conhecimento da “gravidade da situação” em que a economia brasileira se encontrava antes de ser reeleita.

Também questionou por que a presidente “propôs um programa de governo [em 2014]” e executou um “totalmente contrário ao que se propôs” após a posse.

Na resposta, Dilma errou o nome do senador, chamando-o de “Cidinho Campos”.

“Acho que o senhor está mal informado”, afirmou a presidente ao senador. “Nós não só mantivemos o Minha Casa, Minha Vida, como entregamos inúmeras que estavam em construção.”

Ela disse que não ela, mas o governo provisório foi responsável por interromper parte de programas sociais, como Pronatec, Ciência Sem Fronteiras e faixas do Minha Casa Minha Vida.

Dilma afirmou ainda que foi criticada por manter alguns desses programas e não ter enxugado despesas em no meio do ano. “Eu não contingenciei porque se contingenciasse não sobrava meio programa social”, afirmou.

Governo Temer/PSDB destruiria programas sociais, alerta Humberto‏

O líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), declarou nesta terça-feira (29) que um eventual governo de Michel Temer (PMDB), em parceria com a oposição, especialmente o PSDB – caso a presidenta Dilma Rousseff (PT) seja destituída por um golpe – destruiria todas as políticas públicas implantadas ao longo da última década.

Para o senador, programas como o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e o Brasil sem Miséria – que salvaram mais de 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza, elevaram mais de 42 milhões à classe média, tiraram o Brasil do mapa da fome e deram a milhões de brasileiros a oportunidade de ter uma casa própria – serão desmantelados por um “acordão” para tirar o PT do poder e aplicar ao Brasil um programa neoliberal que porá em risco todas as conquistas alcançadas.

“O documento intitulado ‘Uma ponte para o futuro’ – que o vice-presidente Michel Temer toma como programa de um governo que sonha comandar… e vai continuar sonhando – é um negócio que parece obra da vilania do PSDB, se é que já não tem tinta dos tucanos nesse petardo contra a população”, afirmou. Humberto analisou o plano, ponto a ponto, e chegou à conclusão que vários pilares das políticas instituídas na última década poderão ser derrubados e milhões de brasileiros, prejudicados.

De acordo com o líder do Governo, o documento acaba com a sustentação da política industrial brasileira, o que levaria ao fechamento em massa de indústrias no país; destrói o financiamento habitacional de programas como o Minha Casa, Minha Vida, que deu a milhões de brasileiros o direito de ter um imóvel próprio e reduziu o déficit habitacional do Brasil em mais de 10%; e produz um desemprego devastador na indústria da construção civil.

Além disso, segundo Humberto, o plano privatiza o ensino médio, esvaziando as escolas públicas em favor das instituições privadas; desmantela o Pronatec, que já profissionalizou mais de 9 milhões de jovens em todo o país; limita as concessões de empréstimos estudantis pelo FIES, deixando milhões de jovens sem acesso às universidades; e propõe que o SUS, o Sistema Único de Saúde, passe a ser pago pelos brasileiros.

“Para encerrar aqui esse saco de maldades que os golpistas estão ávidos para implantar no Brasil – esse documento quer ainda reduzir o número de pessoas inscritas em programas sociais fundamentais, como o Bolsa Família, cortando os benefícios hoje destinados a garantir o sustento de milhões de brasileiros”, acusou Humberto.

O congressista avalia que, em suma, o “Ponte para o Futuro” é, na verdade, o “De Volta para o Passado”, obra de terror para que o Brasil seja devolvido à década de 90. “Felizmente, não será adotado. Ficará como uma peça menor para o acervo do Museu do Golpe que Não Houve, uma instituição com muitos patronos e curadores frustrados”, criticou.

O líder do Governo fez questão de chamar a atenção de que todas essas “tenebrosas transações, que passam ainda por salvar Eduardo Cunha e tentar enterrar a Operação Lava Jato, vêm sendo arquitetadas à revelia do povo brasileiro”.

“A população jamais seria chamada a participar dessa festa porque esse golpe é um convescote que vem sendo armado apenas para a confraternização do andar de cima”, comentou.

No fim do discurso, na tribuna do Senado, Humberto declarou que o Palácio do Planalto deve ser ocupado por quem tem voto e entrou lá pela porta da frente, como no caso de Dilma, e não onde se põe um boneco para ser operado remotamente por ventríloquos interesseiros. “A faixa presidencial é algo sério demais para servir de adorno ao peito de golpistas”, concluiu.

Sete programas sociais sofrem cortes

Do Congresso em Foco

Sete programas sociais do governo federal sofreram cortes em decorrência da crise econômica e das medidas de ajuste fiscal. Apesar da promessa de que a área social seria poupada, programas nas áreas de saúde, educação e agricultura familiar como Pronatec, Farmácia Popular e Aquisição de Alimentos sofreram redução de investimentos, como mostra levantamento feito pelo jornal O Globo.

Apenas para o Pronatec e para o programa de Aquisição de Alimentos os gastos previstos no orçamento de 2016 caíram R$ 2,487 bilhões em relação à previsão de despesas deste ano. Já o orçamento da Farmácia Popular terá R$ 578 milhões a menos em subsídios que garantem descontos em farmácias e drogarias da rede privada no próximo ano.

Em fevereiro deste ano o Minha Casa Melhor teve suas contratações suspensas, e não há previsão de retomada. Alguns programas já vinham sofrendo cortes, como o Água para Todos, que em 2014 teve um orçamento de R$ 800 milhões e em 2015 caiu para R$ 250 milhões, uma redução de R$ 550 milhões. Em 2016 o governo pretende gastar R$ 268 milhões com o programa.

O Fies é outro exemplo, a oferta de vagas do primeiro para o segundo semestre de 2015 caiu 75%, um cenário que já vinha se desenhando: entre 2014 e 2015 o programa de financiamento estudantil sofreu uma redução de 418 mil vagas (passou de 731 mil para 313 mil). Além disso, em 2015 os juros cobrados subiram de 3,5% para 6,5% ao ano.

O Ciência Sem Fronteiras, cujo objetivo inicial era distribuir até o final de 2015 101 mil bolsas para brasileiros interessados em estudar no exterior, também sofreu cortes. O programa não cumprirá a meta, e até o primeiro trimestre de 2016 serão oferecidas 87 mil bolsas.

O Pronatec, programa exaltado durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff, sofreu corte de mais da metade em seu orçamento para 2016, em comparação ao gasto previsto para 2015, que é de R$ 4 bilhões. Na lei orçamentária apresentada à Câmara pelo governo, a previsão caiu para R$1,6 bilhão no próximo ano. Em 2015 foram ofertadas um milhão de vagas, o que representa um terço do oferecido em 2014.

O programa Aquisição de Alimentos, que em 2014 contava com um orçamento de R$ 1 bilhão, este ano tem a previsão de gastos de R$ 647 milhões, sendo que até o mês de setembro foram gastos R$ 300 milhões. Dando continuidade aos cortes, o orçamento previsto para 2016 é de R$ 560 milhões.

O Ministério do Planejamento declarou que foi preciso fazer escolhas, e que a prioridade é pagar o que já está contratado e alterar o calendário de novas ações.

Mendonça Filho solicita informações sobre programas do governo federal

Do Blog de Jamildo

O líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho, encaminhou aos ministérios da Educação, das Cidades e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome requerimentos solicitando informações sobre os programas de governo gerenciados pelas pastas. Os pedidos foram encaminhados a Renato Janine Ribeiro, Gilberto Kassab e Tereza Campello, respectivamente titulares dos ministérios.

Nos três casos, o pedido de esclarecimento justifica-se em função do desencontro das informações sobre o número de beneficiários ou usuários dos respectivos programas. “Dada a importância dos programas e o papel fiscalizador do Parlamento, é fundamental que tenhamos sempre à mão dados irrefutáveis e atualizados”, afirma Mendonça Filho.

No caso do ministério da Educação, o pedido é para esclarecimento sobre o número de beneficiários dos programas Universidade para Todos (Prouni), Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Ao ministério das Cidades, são pedidas informações sobre o Minha Casa, Minha Vida. Os dados sobre o Bolsa Família são pedidos ao ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Mendonça Filho pede aos três ministérios que sejam repassadas informações a partir de janeiro de 2013, mês a mês, por família e indivíduos e por estado. Ainda solicita que, em caso de benefícios temporariamente bloqueados ou suspensos, os nomes sejam identificados, anotado o motivo para bloqueio ou suspensão.

Tecnologias e programas do IPA são apresentados no Agrinordeste

A Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (Sara), por meio do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), marca presença na 23ª edição do Agrinordeste, que começou na quarta (26) e segue até a próxima sexta (28), no Centro de Convenções, em Olinda. Além do presidente Gabriel Maciel, mais quatro pesquisadores do Instituto participarão das salas temáticas.

Gabriel será o presidente de mesa de dois painéis, o primeiro sobre “Boas práticas agrícolas no cultivo da banana irrigada”. O conteúdo será abordado na sexta (28), das 8h30 às 10h. Logo em seguida, a partir das 10h30, ele dará início ao debate proposto no painel “Grandes tendências do agronegócio no mundo”.

Quanto ao evento, Gabriel avalia ser uma grande oportunidade para técnicos e produtores agregarem conhecimento sobre as inovações que vêm sendo desenvolvidas, em ciência e tecnologia, para o meio rural. “Além de ser um caminho para estreitar relações com os diversos setores do agronegócio pernambucano”, destaca o gestor.

O pesquisador Severino Lira participou do primeiro dia com o painel “Diversificação da fruticultura com espécies nativas e exóticas em Pernambuco”. Já os pesquisadores Sebastião Guido e Djalma Cordeiro debaterão a temática bovinocultura de leite sob as perspectivas dos painéis “Estratégias para melhoria genética do rebanho leiteiro” e “Novas tendências da palma forrageira”. Eles se apresentarão nesta quinta (27), a partir das 15h30 e 17h30, respectivamente. E para finalizar o dia, o pesquisador Erinaldo Freitas abordará alternativas para a caprinovinocultura no painel “Produtividade e custo na produção de silagem a partir do sorgo, milheto e cana”.

Estrutura – Com um stand montado no espaço, o IPA ainda representa os órgãos vinculados a Sara – Adagro, Iterpe, Seaf, Prorural e Ceasa. Na ocasião, os visitantes podem conhecer as tecnologias de ponta, desenvolvidas e aprimoradas nos laboratórios e nas estações experimentais do IPA. Destaque para os trabalhos com sementes de sorgo, milho e feijão, além das experiências exitosas com o feno, usada para produção de forragem, que alimenta animais bovinos, caprinos e ovinos. Os participantes, ainda, terão acesso a material informativo sobre os principais programas desenvolvidos pela pasta, tais como Terra Pronta, Distribuição de Sementes e Leite de Todos, entre outros.

Ao todo, a programação do evento conta com 70 palestras, nas áreas de apicultura, aquicultura, bovinocultura de leite, caprinovinocultura, fruticultura, turismo rural, e meio ambiente e recursos hídricos. Ao longo desses três dias, os visitantes terão acesso a mais 90 stands com produtos derivados do leite, caprinos e ovinos, mel de abelhas, rapaduras, cachaça, hortifruticultura e artesanato. Para mais informações, acesse onsite do Agrinordeste no endereço eletrônico http://www.agrinordeste.com.br/

Crise não deve afetar programas sociais, dizem técnicos do governo

Da Agência Brasil

A crise econômica e o ajuste fiscal não deverão afetar negativamente os programas sociais do governo, principalmente os dirigidos às camadas mais pobres da população. O assunto fez parte dos debates durante o seminário Acesso a Serviços como Direito, que terminou nesta sexta-feira (24), no Rio de Janeiro, com participação de lideranças sociais, organizações da sociedade civil e integrantes do governo.

O assessor especial da Presidência da República para Participação Social, Renato Simões, ressaltou que os programas sociais serão mantidos, apesar da crise econômica que atinge o país. “O Brasil nadou na contramão da maré durante a crise de 2008. Mantivemos geração de empregos, com distribuição de renda e políticas sociais inclusivas. A luta de todo o governo é impedir que programas sociais sofram descontinuidade, para que o ajuste seja o mais rápido possível e substituído, rapidamente, por novas políticas de crescimento e desenvolvimento social”, sustentou Simões.

Para o secretário nacional para a Superação da Extrema Pobreza, do Ministério do Desenvolvimento Social, Tiago Falcão, a experiência de consolidação das políticas públicas de combate à pobreza é fundamental para enfrentar a atual crise econômica.

“Isso nos permite agora, num período de baixo crescimento, consolidar uma série de avanços que tivemos em período recente. Em relação a recursos que continuam financiando os principais programas sociais, não houve retrocesso. O que não temos hoje é espaço para grandes ampliações. O que temos é de olhar quais são os efeitos da crise sobre a demanda por políticas sociais. Esta é uma preocupação nossa. E por isso estamos monitorando as taxas de desemprego e como isso se reflete na população mais pobre, que tem menos capacidade de se proteger em um período de contenção”, frisou Falcão.

Segundo ele, os programas sociais de transferência de renda estão protegidos. “O Bolsa Família permanece pagando os valores pactuados. Hoje, temos mecanismos de proteção das políticas sociais que permitem falar que os grandes programas estão imunes aos cortes orçamentários”, destacou. Atualmente, o Bolsa Família paga em média R$ 77 para cada membro da família beneficiada.1

O seminário foi organizado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e pela organização internacional ActionAid, que luta para promover os direitos humanos e superar a pobreza.

Governo cria ‘pedalada público-privada’

Da Agência Estado

Sem dinheiro para manter em dia os pagamentos de programas que antes eram vitrine, como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo acumula faturas em atraso e trabalha para empurrar os pagamentos para a frente. Na semana passada, foi proposto um acordo pelo qual as construtoras que trabalham no programa habitacional receberiam, até meados de agosto, R$ 1,6 bilhão devido pelo governo. Desses, R$ 600 milhões foram depositados na quinta-feira. Em troca, elas concordariam em receber os pagamentos, de agora em diante, até 60 dias após o serviço ser realizado.

O setor argumenta que, desde o início do programa, em 2009, a prática eram pagamentos imediatos. O Ministério do Planejamento informa, por outro lado, que os atuais contratos do programa preveem pagamentos em 30 dias.

De qualquer maneira, o resultado prático é que o governo vai empurrar para 2016 pagamentos que ocorreriam em 2015, caso o cronograma original tivesse sido mantido.

É, nesse sentido, uma manobra cujo resultado é semelhante ao das célebres “pedaladas” que tanto ajudaram a melhorar o resultado das contas públicas entre o final de 2013 e meados de 2014. Nelas, o governo retardou pagamentos de diversos programas para engordar o saldo do Tesouro Nacional ao fim de cada mês. Os novos prazos de quitação das faturas do Minha Casa Minha Vida também produzirão esse efeito sobre o caixa.

A diferença é que, no passado, essa manobra era feita sem transparência e de forma ilegal, segundo indicam pareceres do Tribunal de Contas da União (TCU). Por causa disso, o governo corre o risco de ter suas contas rejeitadas.

Agora, os adiamentos são explícitos e acordados com quem tem a receber. Com isso, a área técnica procura dar respaldo legal aos novos prazos de pagamento. Além disso, o perigo de haver contestação das medidas é muito menor, pois há um acordo envolvido. Nisso, o governo é ajudado pela própria constatação de penúria do caixa federal.

A dilatação do cronograma de desembolsos do governo não ficará restrita ao Minha Casa Minha Vida. Em reunião com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que congrega as construtoras, exceto as gigantes do setor, representantes do Ministério do Planejamento disseram que a postergação do pagamento servirá de parâmetro para outros investimentos do governo, como o PAC.

Assim, deverá seguir os mesmos moldes a negociação prevista para ocorrer esta semana, agora com as empreiteiras que trabalham nas rodovias do PAC, em obras a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Elas alegam ter perto de R$ 2 bilhões a receber e se queixam de atrasos médios de 120 dias.

Situação parecida enfrentam as construtoras contratadas para obras de saneamento e mobilidade do PAC. A demora nos pagamentos chega à casa dos 100 dias, segundo executivos do setor. Nesse caso, os empreendimentos estão a cargo de prefeituras, em parceria com o governo federal. Elas dizem que não têm recebido os repasses da União.

Abono. As negociações para empurrar para a frente os pagamentos devidos pelo governo tampouco ficarão restritas aos investimentos. Na semana passada, o governo conseguiu aprovar, no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), proposta que adiará o pagamento dos abonos salariais. Com isso, jogará pagamentos de cerca de R$ 9 bilhões para 2016.

Enquanto as construtoras de médio porte enfrentam dificuldades até para pagar salários por causa dos atrasos do governo, as gigantes do setor, que não integram a base da Cbic, não se queixam de dificuldades tão agudas. Elas possuem caixa para suportar alguma demora, de forma que não têm pressionado o governo. A cargo delas estão obras como a transposição do Rio São Francisco.

Questionado, o Ministério da Integração Nacional informou que não há atrasos nos pagamentos das obras da transposição. “Os pagamentos são feitos de acordo com a execução das obras”, afirmou a pasta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pernambuco fortalece rede de ensino com intercâmbio de alunos

Aliar o desenvolvimento escolar à prática esportiva como forma de fortalecer o aprendizado dos alunos da rede estadual de ensino. Com esse objetivo, o Governo de Pernambuco lançou, nesta quarta-feira (17), na presença de prefeitos, gestores e estudantes, os programas Quadra Viva e Ganhe o Mundo Esportivo. O governador Paulo Câmara comandou o ato, realizado no Palácio do Campo das Princesas.
 
Em sua primeira fase, o Quadra Viva realizará intervenções em 100 escolas de 54 municípios de todo Pernambuco. As obras, que consistem em construção ou cobertura de quadras, terão início após a publicação dos editais, no final de junho. O investimento só para a primeira etapa é de R$ 33,4 milhões, recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Tesouro Estadual. No segundo semestre, o Estado lançará um novo projeto que vai contemplar outras 100 unidades de ensino. A expectativa é que no próximo ano seja lançada uma nova fase do programa com intervenções em mais 100 escolas.
 
O Ganhe o Mundo Esportivo seguirá os mesmos moldes do já consolidado programa Ganhe o Mundo. Por meio da iniciativa, o Estado vai enviar para intercâmbio no exterior jovens atletas de 14 a 17 anos, que estiverem matriculados na rede pública e que sejam participantes do Bolsa Atleta. O embarque dos 11 primeiros alunos, atletas de judô (2) e atletismo (9), será no início de agosto. Eles vão para Montreal e Québec, no Canadá.
 
“Os resultados positivos da educação já provaram que estamos no caminho certo. Um caminho iniciado por Eduardo Campos e a sua determinação em elevar a qualidade do ensino público de Pernambuco. Mesmo em um momento de grandes desafios, continuaremos lutando para melhorar a infraestrutura das escolas. Temos que investir para torná-las atrativas para alunos e professores. Por isso, ações em cultura e lazer devem ser mecanismos cada vez mais presentes”, argumentou Paulo Câmara.

Ajuste fiscal trava programas prioritários do governo federal

Da Folha de S. Paulo

No esforço de reduzir os gastos públicos e cumprir a meta fiscal do ano, o governo federal tem congelado repasses a programas prioritários e suspendido o pagamento de obras e subsídios.

Ao mesmo tempo, despesas obrigatórias, que reúnem gastos com pessoal, Previdência e benefícios sociais e respondem pela maior fatia do orçamento, continuam a crescer.

Um dos exemplos mais ruidosos do ajuste de despesas ocorreu no Fies, programa de financiamento ao ensino superior. Neste semestre, o número de contratos novos autorizados, 252 mil, foi pouco mais da metade do liberado no mesmo período de 2014.

A justificativa é que os recursos disponíveis para os novos financiamentos, R$ 2,5 bilhões, esgotaram-se. Ainda não há previsão se haverá uma segunda edição do programa no segundo semestre –em anos anteriores, o sistema para acesso ao Fies federal permanecia aberto ao longo de todo o período.

Sem um corte definido no orçamento original, o MEC também adiou por duas vezes o início das aulas do Pronatec, programa para qualificação técnica e profissional e uma das principais vitrines da presidente Dilma Rousseff na educação.

MINHA CASA

O programa de financiamento habitacional Minha Casa, Minha Vida é outro afetado. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o setor tem hoje cerca de R$ 1,2 bilhão a receber do governo por projetos do programa. Parte desse total está atrasada em até 45 dias, segundo a entidade.

O Ministério das Cidades argumenta que os desembolsos, na casa dos R$ 5,5 bilhões no ano, são semelhantes aos do ano passado.

Já o Planejamento admite atrasos e diz que tem trabalhado para reduzir o prazo dos repasses.

Além dos problemas de fluxo de caixa, as empresas dizem sofrer também com a dificuldade de planejamento diante da indefinição orçamentária para o ano.

FUTURO INCERTO

“Não sabemos como será o futuro porque não sabemos se existirão novas contratações”, afirmou o presidente da câmara de construção, José Carlos Martins.

Segundo ele, as construtoras estão em compasso de espera pela edição do decreto que vai determinar o bloqueio orçamentário para o ano e definir o volume total de recursos que os ministérios terão até dezembro.

O corte, que deve ser anunciado em duas semanas, terá de ser suficiente para viabilizar o cumprimento da meta de poupar R$ 66,3 bilhões no ano. No primeiro trimestre, período sazonalmente favorável ao caixa dos governos, a economia acumulada pelo setor público foi de R$ 19 bilhões, pior resultado em seis anos.

DEFESA

O Ministério da Defesa sofreu uma das maiores reduções em gastos administrativos e investimentos da Esplanada nos primeiros três meses do ano –as despesas caíram à metade na comparação com 2014.

A Embraer tem reclamado publicamente de atrasos em repasses do governo neste ano para o desenvolvimento de projetos conjuntos para jatos militares. Procurado pela reportagem, o ministério não quis comentar.

Empreiteiras também têm apontado atrasos de meses nos pagamentos de obras públicas tocadas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). A dívida estimada pela Aneor (Associação Nacional de Empreiteiras de Obras Públicas) é de R$ 1,8 bilhão.

ECONOMIA POUCA

Apesar dos cortes generalizados em programas federais, as despesas totais no primeiro trimestre ficaram apenas 0,8% abaixo das realizadas no mesmo período do ano passado.

A queda nos gastos é contida pelo crescimento das despesas que não podem ser bloqueadas, principalmente as previdenciárias. O pagamento do seguro-desemprego apresentou pequeno recuo depois que o governo endureceu regras de acesso ao benefício.

No total, o governo contava com uma economia de R$ 11 bilhões neste ano com as mudanças no seguro-desemprego, pensão por morte e outros benefícios sociais, mas alterações introduzidas nos projetos pelo Congresso já diminuíram essa redução potencial.

Programa de Línguas da UPE abre seleção de professores-estagiários

O Programa de Línguas e Informática (Prolinfo) da Universidade de
Pernambuco (UPE) está iniciando processo de seleção de professores-estagiários para atuação em seus cursos de inglês, espanhol, português, informática e computação gráfica, na capital e no interior. Em 12 anos de existência, o Prolinfo, ação de extensão da UPE sem fins lucrativos, já oportunizou o treinamento docente de mais
de 500 professores pernambucanos.

Para ensinar no Programa, é necessário possuir vínculo com instituição de ensino superior (graduação ou pós-graduação). O interessado deve cadastrar currículo no site www.prolinfo.com.br, na seção  “Contato-Trabalhe Conosco”. O teste para ingresso como professor-estagiário é composto por entrevista, avaliação escrita e  demonstração de aula. O diferencial do Prolinfo está na formação de
seu corpo docente. Como programa público, o Prolinfo oferece, à população pernambucana, cursos de alta qualidade a preços bem abaixo do mercado, além de servir como campo de estágio único a estudantes de licenciaturas.

Atualmente, cerca de 90 professores-estagiários estão atuando no Prolinfo. “Oferecemos um programa de estágio diferenciado, porque nosso professor fica totalmente responsável por suas turmas. Essa é uma oportunidade difícil de encontrar em escolas regulares, em que, muitas vezes, o aluno de licenciatura atua como monitor ou é deslocado para serviços administrativos”, explica o coordenador geral do
Prolinfo, professor Carlos Silva. Todos os professores-estagiários do Programa são acompanhados de perto por uma equipe de supervisores pedagógicos, que fornecem orientações em termos de metodologia de ensino.

Além da capital pernambucana, onde oferece turmas nos vários campi da
UPE, o Prolinfo possui polos na Região Metropolitana (Camaragibe), na
Zona da Mata (Nazaré da Mata), no Agreste (Garanhuns), e no Sertão
(Petrolina), municípios em que a UPE também está presente. “A
interiorização do Programa não apenas beneficiou a população desses
municípios, para quem cursos como os nossos são raros, mas também aos
estudantes de licenciaturas de várias faculdades que precisam de
prática em sala de aula”, comenta o coordenador de interiorização do
Prolinfo, professor Vinícius Pascoal.

PROLINFO EM NÚMEROS

– Mais de 500 professores já passaram pelo Programa
– 300 turmas são abertas por semestre
– 5 mil alunos matriculados por semestre
– 40 mil alunos em 12 anos de existência
Saiba mais em www.prolinfo.com.br