Projeto São Francisco reintegrou 116 mil animais à natureza‏

Na madrugada desta terça-feira (23), 50 papagaios foram devolvidos à natureza no sertão nordestino. As aves foram resgatadas ao longo das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) e vão se juntar a outros 116 mil animais já reabilitados e reintegrados à vida selvagem. Entre eles veados, cobras, aves, tatus e calangos. Essas ações são possíveis graças a uma parceria do Ministério da Integração Nacional, executor da maior obra de infraestrutura hídrica do país, e a Universidade Federal do Vale do São Francisco, responsável pelo Centro de Conservação.

O trabalho realizado pelo Cemafauna já resgatou mais de 133 mil animais de várias espécies, sendo três em extinção: um gato do mato, um mocó da caatinga e um gato mourisco – os três animais em reabilitação no Centro. O processo inclui tratamento, alimentação e preparação, por meio da utilização de várias estruturas: viveiros, jaulas, salas, laboratórios e clínicas veterinárias. Um trabalho que conta com a parceria do Ministério da Integração Nacional.

“É possível fazermos uma obra do tamanho do Projeto de Integração do Rio São Francisco com responsabilidade ambiental”, afirma a coordenadora de Programas Ambientais do Ministério da Integração, Elianeiva Odisio. “O Ministério da Integração Nacional está preocupado com a conservação da fauna e desenvolve ações para minimizar os impactos da obra nos animais silvestres. Até o momento, já foram resgatados mais de 133 mil animais silvestres, sendo que 116 mil já foram reabilitados e devolvidos a natureza”.

As aves foram transferidas no último mês (27) do Centro para um viveiro de ambientação em área conservada em Salgueiro (PE). Segundo o biólogo, Yuri Valença, a soltura monitorada é o primeiro passo para que as aves possam retornar à natureza.  “O intuito é possibilitar que os animais se acostumem ao ambiente, ao visual, ao cheiro e também reconhecer se ainda há possíveis predadores por aquela área. A média de reabilitação de um animal é de oito meses. Depois da soltura ainda monitoramos esses bichos, verificando se estão se alimentando corretamente, se estão voando da forma adequada”.

O biólogo ressalta a necessidade do apoio da população no processo de soltura dos animais. “Nessa parte do monitoramento nós vamos de casa em casa para explicar aos moradores os cuidados necessários, que eles não devem domesticar esses animais e que nós, da equipe do Cemafauna, estamos aqui acompanhando de perto a adaptação. Também fazemos palestras e capacitações à comunidade para promover a integração com o meio ambiente, com consumo responsável”, explica.

Cuidado com os animais

Com investimentos de R$ 8,9 milhões do Ministério da Integração Nacional, o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) está localizado na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE). A instituição é responsável pelas ações do Centro, que desde 2008, realiza estudos de inventário, resgate e monitoramento da fauna silvestre nas áreas de influência direta e indireta do projeto, nos eixos Norte e Leste do Projeto São Francisco.

O Cemafauna conta ainda com outras unidades: Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), Núcleo de Ecologia Molecular (Necmol), Núcleo de Ecologia de Água Doce (Necad), centro de visitantes e Museu de Fauna da Caatinga.

A estrutura faz parte do Programa de Conservação de Fauna e Flora – um dos 38 programas ambientais do Projeto São Francisco – que monitora a biodiversidade vegetal e animal presentes na região das obras do projeto nos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba. As ações têm possibilitado o conhecimento profundo da fauna e flora do bioma Caatinga, além de minimizarem os possíveis impactos provocados pela implantação da Integração do Rio São Francisco.

Visitação pública

O Museu de Fauna da Caatinga, uma das unidades do Cemafauna, oferece suas coleções científicas, focadas nos animais que compõem o bioma, à visitação pública. Painéis sensíveis ao toque mostram diferentes trechos do Projeto São Francisco e os animais encontrados em cada local.

Os visitantes assistem a palestras sobre os mais diversos temas, desde a atuação do Cemafauna até o tráfico de animais silvestres e peçonhentos. As visitas em grupos – no máximo 50 pessoas – devem ser agendadas pelo telefone (87) 2101-4818 ou pelo e-mail museu.cemafauna@univasf.edu.br. São realizadas de terça a sexta-feira, das 9h às 11h.

Edjailson da Caru Forró reitera pedidos em prol de Caruaru‏

Em pauta na sessão de ontem (24) na Câmara Municipal de Caruaru, o vereador Edjailson da Caru Forró (PTdoB), apresentou cinco requerimentos, DSC_2005os mesmos já são solicitações de anos anteriores, que agora estão sendo reiterados.

O primeiro trata do programa “Janelas para o Rio”. Em seguida o parlamentar solicitou o serviço de qualificação ambiental na Rua Alfredo Amâncio, nas Rendeiras, uma creche no bairro Cidade Jardim, doação de cadeiras de rodas para os necessitados em Caruaru, como também a implantação de bônus de desempenho educacional na cidade.”Acredito que cada um destas solicitações tem seu grau de importância e necessidade para a cidade, atendendo a diversas áreas no município”, frisou Caru Forró.

Ainda de acordo com o parlamentar seus pedidos são sempre distribuídos pelas carências que a cidade apresenta, tem como foco atender a todas as áreas de Caruaru.

João Lyra reitera apoio na intermediação do impasse entre trabalhadores da refinaria Abreu e Lima e empresa terceirizada

O governador João Lyra Neto recebeu, na manhã desta terça-feira (02/12), em seu gabinete, no Palácio Campo das Princesas, uma comitiva de sindicalistas. O objetivo do encontro foi afinar o debate sobre as questões entre a Petrobras e a Alusa, empresa que presta serviço para a estatal na Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Portuário de Suape, em Ipojuca. “Não temos nenhum envolvimento direto com a ação, mas enquanto Governo temos responsabilidade com trabalhadores que precisam de apoio”, disse o governador, salientando que vai continuar em busca de alternativas, junto aos órgãos competentes, para resolver o impasse, que consiste na ausência do pagamento dos trabalhadores da terceirizada.PSS 0205

Além disso, o chefe do Executivo pernambucano garantiu que vai fiscalizar os alojamentos e encontrar soluções imediatas reparar os trabalhadores que estão passando por privações, através das Secretarias de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e da Casa Civil. “As pessoas estão abandonadas e sem dinheiro, devido ao atraso nos pagamentos das indenizações. Muitos trabalhadores são de outros estados e estão sem recursos para se manter em Pernambuco”, pontuou João Lyra Neto, enfatizando que tal situação não pode perdurar.

“São quase cinco mil trabalhadores que estão sem receber salários há dois meses. É importante lembrar que são pessoas que construíram a usina e hoje estão em condições sub-humanas”, completou o  presidente nacional da Força Sindical, Miguel Torres, explicando que a terceirizada alega que não recebeu da estatal e que por isso não tem dinheiro para ressarcir os seus funcionários. A Petrobras, por sua vez, garante que a pendência com a Alusa hoje é de R$ 50 milhões, mas sindicalistas afirmam que seriam necessários cerca de R$ 150 milhões para zerar a dívida com os trabalhadores pernambucanos.

Por sua vez, Aldo Amaral, que preside a Força Sindical em Pernambuco, afirmou que a atual necessidade hoje, além dos pagamentos dos salários atrasados, é que a Alusa reconheça a demissão dos funcionários, para que a documentação seja de fato liberada. “Sem a carteira de trabalho, eles não podem encontrar um novo emprego e desta forma passam por necessidades”, disse Amaral. Para os dirigentes do sindicato, seria possível até fechar um acordo com a empresa e parcelar as indenizações pendentes. “Temos total interesse em ceder, mas antes temos que garantir o ressarcimento dos valores”, explicou o sindicalista pernambucano. PSS 0201