Michel Temer diz a Dilma que não pode fazer nada por CPMF

Da Folhapress

O vice-presidente Michel Temer disse à presidente Dilma Rousseff que haverá muita resistência no Congresso à sua proposta de recriação da CPMF e que não poderá fazer nada para levar a ideia adiante se ela insistir no assunto.

Comunicada de que contrariara o vice ao deixá-lo de fora das tratativas sobre a recriação do imposto, a presidente telefonou a Temer na tarde de quinta (27) e pediu ajuda para defender a volta do tributo.

O vice, porém, criticou a proposta e previu dificuldades para obter a aprovação da iniciativa no Congresso.

Segundo a reportagem apurou, a conversa foi dura e descrita por aliados de Dilma e Temer como o primeiro embate direto entre eles. Até agora, os dois mantinham uma relação distante, mas cordial.

A assessoria do vice-presidente negou que Temer não vá colaborar com o governo e disse que ele fez sugestões a Dilma para tentar diminuir as resistências à volta da CPMF. Em nenhum momento, segundo a assessoria, houve embate ou discussão entre os dois.

O debate sobre a recriação do imposto sobre transações financeiras, extinto em 2007 e agora visto pela equipe econômica como essencial para equilibrar as contas públicas, pegou Temer de surpresa.

Em viagem a São Paulo, o vice disse na manhã de quinta que havia só “um burburinho” sobre o assunto, sem saber que Dilma estava reunida no Palácio da Alvorada com a equipe econômica e o ministro da Saúde, Arthur Chioro, para discutir o imposto.

Temer ficou irritado porque soube da notícia pelos jornais. Depois que o assunto veio a público, Dilma pediu que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, telefonasse a Temer para tentar contornar a situação.

O peemedebista disse então ao ministro o que repetiria horas depois à própria Dilma. Segundo ele, a proposta não será aprovada no Congresso e vai apenas gerar mais desgaste para o governo.

Levy reagiu dizendo que terá apoio dos governadores, que recentemente prometeram ajudar a barrar projetos que aumentam os gastos públicos, como o que reajusta os salários do Poder Judiciário e foi vetado por Dilma.

Mas o vice insistiu dizendo que deputados e senadores votarão contra. Temer falou também com o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), que apontou a “inviabilidade” do imposto.

UNIÃO

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aproveitou para ironizar a proposta nesta sexta: “Acho que o governo pode unir o PMDB novamente com a nova CPMF. Todos contra: eu, Michel Temer e [o presidente do Senado], Renan Calheiros [AL]”.

Não foi a primeira vez que a presidente manteve o vice longe de um assunto importante do governo. Quando Dilma sugeriu a convocação de uma Constituinte para discutir a reforma política após os protestos de junho de 2013, Temer foi o último a saber.

Na época, a ideia foi levada pelo Planalto ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) antes mesmo que Temer fosse consultado.

O vice também ficou fora da discussão sobre a proposta orçamentária de 2016, da decisão de cortar dez dos 39 ministérios e do jantar que a presidente ofereceu a empresários no início desta semana, no Palácio da Alvorada.

A reação dos peemedebistas assustou o governo, que, diante das críticas recebidas do principal aliado e de políticos e empresários que se opõem ao imposto, precisam definir até esta segunda (31) se e como a proposta será apresentada ao Congresso.

Seminário sobre resistência negra acontece em Olinda nesta quarta

O Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial de Pernambuco, em parceria com a Secretaria de Administração do Estado – SAD, realiza, nesta quarta-feira (13), das 09h às 12h, no Comitê de Promoção da Igualdade Racial – CEPIR, dia da Abolição da Escravatura, o seminário “13 DE MAIO – Resistência Negra  para além do dia 13 de maio e caminhos para o enfrentamento do Racismo Institucional nos espaço públicos”.

Segundo o presidente do Conselho, Prof. Jorge Arruda, só este ano, aconteceram cerca de 200 denuncias de racismo no Brasil, superior ao ano de 2014, que contabilizou cerca de 550. Para ARRUDA as denuncias estão ligadas ao processo de inserção do negro no mundo da tecnologia e a facilidade da internet, uma vez que, o negro está mais politizado, tem onde pedir orientações e mecanismos foram criados no Brasil, como a SEPPIR na Presidência da Republica e o programa Pacto Pela Vida, com a Câmara Técnica – Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Racial, com a função de artirular, monitorar e assessorar os Gestores públicos de Pernambuco, a construírem pilares , para o trabalho de enfrentamento ao racismo institucional. Pernambuco, se destacou, pela iniciativa de combate e mesmo enfrentamento deste mal, que não mata LETAL, mas mata na alma. Passar e sofrer o racismo, vai nos matando devagarinho. “São marcas que ficam”.

Disputas estaduais emperram pacto Aécio-Eduardo Campos

Do Brasil 247

A aproximação entre o líder do PSDB Aécio Neves e o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) para vencer a hegemonia petista em 2014 já encontra resistência em alguns campos eleitorais.

Dos 14 estados governados por tucanos e socialistas, no Amapá, no Ceará e no Espírito Santo, os governadores socialistas Camilo Capiberibe, Cid Gomes e Renato Casagrande defendem proximidade com o governo petista. Eles são os mesmos que duvidam da conveniência da candidatura Campos.

Também não há conversa em Goiás, Rio Grande do Sul e provavelmente em Minas Gerais, berço político de Aécio.

Líder do PSB na Câmara e presidente do partido no Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque minimiza as dificuldades. “O motor da eleição não são só os arranjos estaduais. Se tamanho (nos Estados) fosse documento, o PMDB ganharia todas as eleições presidenciais”, disse à Folha.

Para ele, o pacto nacional não implica uma adesão automática nos Estados.