Meirelles não vê risco de ser demitido

Da Folha de São Paulo

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (5) que é normal o aumento da ansiedade do brasileiro, mas que a solução para a crise do gasto público está próxima.

Ele ressalvou que o mercado fez análises não realistas do tempo que a crise vai tomar para ser resolvida.

O ministro afirmou que estão sendo dados “passos gigantescos com a aprovação da PEC do teto aprovada em dois turnos na Câmara do Deputados e no primeiro turno do Senado.

“É a primeira vez em que há uma mudança constitucional para limitar o crescimento dos gastos públicos no Brasil desde a aprovação da Constituição em 1988. Isso é mais importante do que parece”, disse Meirelles em evento da Fiesp em São Paulo.

Segundo o ministro, é “normal que no momento em que o problema está sendo resolvido, a ansiedade de todos cresça por soluções”.

“A solução está à vista”, disse ele, citando a aprovação em segundo turno no Senado marcada para a próxima semana.

Em entrevista a jornalistas, o ministro disse que também considera normais as expectativas do mercado, que se elevaram assim que sua equipe assumiu o comando da economia, mas que agora começam a se frustar diante de indicadores decepcionantes de retomada.

“No momento em que se começaram a tomar as medidas necessárias para o crescimento do país, houve uma natural euforia. A euforia é normal. Evidentemente que existia uma análise talvez não realista do tamanho da crise e do tempo que demoraria para a crise ser resolvida”, disse.

Questionado se sente que está com seu cargo em risco, Meirelles diz que não.

“Não tenho visto isso. O processo de discussão sobre o que vamos fazer, sobre precisarmos mudar alguma coisa para crescer, é normal. Eu já estive no governo antes, no Banco Central. Principalmente no primeiro momento, que era de enfrentamento da crise, é normal esse processo de discussão. E acredito que seja hoje até mais suave do que foi naquela época. Está tudo bem.”

TEMER

Por meio do celular do presidente da Fiesp, Paulo Skaff, o presidente Michel Temer fez uma transmissão ao vivo para o evento da entidade na manhã de hoje. No viva-voz, Temer mencionou o estudo de “medidas rápidas e velozes” para “dinamizar” a economia no curto prazo.

Assim como havia feito o ministro Henrique Meirelles mais cedo, o presidente ressaltou que o governo avançou na tramitação da PEC do teto dos gastos públicos e está encaminhando a reforma da Previdência.

“Hoje a tarde eu estou lançando para os líderes do Senado e da Câmara a reforma da Previdência, que é outro fator indispensável para o país. E hoje à noite ou amanhã de manhã, remeterei esta reforma ao Congresso Nacional”, disse o presidente.

2018: PT vê risco de ter bancada dizimada pelas urnas

O PT já admite que sua bancada no Senado pode ser dizimada pelas urnas em 2018, quando acabam os mandatos de 8 dos 10 senadores que o partido tem hoje.

O grupo, que inclui Gleisi Hoffmann (PR), Humberto Costa (PE), e Lindbergh Farias (RJ), foi eleito em 2010, quando Lula deixava a Presidência com 83% de aprovação e o PT era o preferido de 26% do eleitorado — hoje o índice é de 11%.

Alvejada pela Lava Jato e com o comando de menos da metade das prefeituras do que tinha há seis anos, parte dos senadores já admite reservadamente não disputar a reeleição se o cenário não se alterar até lá.   (Painel – Folha de S.Paulo)

Lava Jato: movimento de risco

IstoÉ

Criticar a Lava Jato é ato de risco. Concentradas nas redes sociais, as reações costumam carregar adjetivos abaixo da linha da cintura e questionar moralmente as “intenções” do autor. A virulência é explicável. Vista como a mais sólida possibilidade de ferir as quadrilhas que sangram o Estado e exibindo invejáveis avanços, a operação foi coletivamente abraçada como um bem a ser protegido a qualquer custo.

Ainda assim, apontar falhas cometidas pelos protagonistas dessa luta – não fosse dever de ofício para muitos – é a melhor contribuição que se pode dar. Nesse sentido, é preciso classificar a entrevista convocada pela Força Tarefa como um capítulo de utilidade tão discutível quanto a condução coercitiva de Lula para depor em março. De concreto, a ação nada somou às investigações e turbinou o discurso de vítima que o ex-presidente explora como ninguém.

Excluídos os dois crimes denunciados, de corrupção e lavagem de dinheiro, aos quais a coletiva dedicou pouco tempo, o aparato e a solenidade do ato deixaram em muitos entusiastas da Lava Jato, como este colunista, a desconfortável sensação de tiro no pé. Pode-se acreditar que Deltan Dallagnol acertou na mosca 100% de suas acusações. Afinal, as convicções por ele enumeradas, apoiadas em incontáveis indícios e delações, não apenas formaram enredo coerente, como remeteram a um ambiente, o da política brasileira, onde fatos como aqueles fazem parte do cotidiano.

Entretanto, crença é insumo para religiões, não para sentenças. Mesmo os que desejam na cadeia aqueles que pilharam o País, sabem que a falta de provas dificulta condenações, ainda que se torça por elas. O rigor com que Sérgio Moro vem atuando precisará contaminar instâncias superiores, algo possível, mas, não, matemático.

Claro que evidências e clamor público pesam na atuação dos juízes, mas não as determinam.

Muitos outros processos e investigações em curso no STF e STJ, na Procuradoria Geral da República e na Justiça Federal, além de inúmeros delatores, suspeitos, réus e testemunhas, somados a outras fontes e colaborações, compõem acervo robusto para que a Lava Jato, como querem os brasileiros, chegue aos seus objetivos, mesmo enfrentando inimigos poderosos.

É importante que ela mesma não os fortaleça.

Into lança alerta sobre o risco de trombose

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) intensificou as ações de prevenção à trombose entre o público em geral. A doença, que pode ser causada pelo entupimento de veias geralmente depois de cirurgia, corte ou mesmo pela falta de movimento, foi rastreada pelo Into entre pacientes que haviam saído da internação pós-procedimento cirúrgico. Do total de 7.560 cirurgias realizadas no ano passado, 151 dos pacientes retornaram ao Into em decorrência de trombose – ou seja, 2%.

Para frear o aumento de casos, especialistas do Into lançaram um alerta para que os pacientes cumpram à risca todas as prescrições médicas depois de voltar para casa. O material educativo começou a ser distribuído neste mês de agosto para o público que circula diariamente pelo Instituto – 10 mil pessoas, entre pacientes, acompanhantes, visitantes e funcionários. Depois de cruzar os dados das internações e rastrear o problema, o Into realizou em julho uma campanha de conscientização e preparou o corpo funcional para tratar com ainda mais ênfase o assunto entre pacientes e acompanhantes durante a internação.

“Trombose venosa é um problema infelizmente frequente depois de cirurgias ortopédicas e oncológicas, em especial. Por isso, é fundamental que os pacientes cumpram a prescrição de medicamentos mesmo que seja por longos períodos”, alerta o diretor do Into, João Matheus Guimarães. “As orientações sobre a prática de exercícios também devem ser todos os dias observadas para agilizar ao máximo a recuperação pós-cirúrgica e evitar a doença”.

Os pacientes submetidos a cirurgias de joelho, quadril e trauma (como fraturas) são o principal foco de preocupações do especialista. Essas três subespecialidades cirúrgicas corresponderam a 80% dos casos verificados no ano passado em pacientes que retornaram ao Into depois de operados. O percentual de ocorrência de trombose foi de 4,7% em pacientes submetidos a cirurgia de joelho, de 2,9% nos casos de cirurgia de trauma e de 2,8% nos de cirurgia de quadril. O rastreamento e ações de prevenção à trombose integram o Programa Nacional de Segurança do Paciente.

A trombose que pode ocorrer após uma cirurgia ortopédica é geralmente localizada nas pernas, provocando entupimento da veia, causando dor e inchaço. Às vezes coágulos podem se soltar, viajando pelo sangue até ‘encalhar’ no pulmão, o que é chamado de embolia pulmonar. Essa condição, que provoca uma súbita falta de ar, pode ser bastante grave e exige atendimento imediato.

Saúde lança protocolo para uso de medicamentos em situações de exposição de risco ao HIV

A profilaxia pós-exposição (PEP) do HIV unificada no Sistema Único de Saúde (SUS) passa a valer na rede pública ainda este mês. O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV – publicado nesta quinta-feira (23) no Diário Oficial da União – integra os três tipos de PEP existentes: acidente ocupacional, violência sexual e relação sexual consentida. O documento recomenda também a redução do tempo de acompanhamento do tratamento de seis para três meses.

O protocolo recomenda que os medicamentos utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus. O ideal é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir + ritonavir). Em 2014, foram ofertados 22 mil tratamentos em todo o país. A rede de assistência conta atualmente com 517 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e 777 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM).

“A grande vantagem desse protocolo é a simplificação e unificação da PEP em um esquema único de medicamentos. Com isso, não será preciso um especialista em aids para dispensar a PEP. Isso não só irá ampliar o acesso à população de forma geral, mas também facilitar o procedimentos para os profissionais de saúde como um todo”, explicou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.

Para 2014, a PEP contou com investimento de R$ 3,6 milhões, ou seja, 0,4% do total de R$ 864 milhões investidos com antirretrovirais no ano passado. Disponível desde a década de 1990 no SUS, o procedimento foi implantado, inicialmente, para os profissionais de saúde, como prevenção, em casos de acidentes de trabalho, com materiais contaminados ou possivelmente contaminados. Ainda em 1998, a PEP foi estendida para vítimas de violência sexual. Em 2011, o tratamento passou a incluir qualquer exposição sexual de risco, como o não uso ou o rompimento do preservativo.

Sendo assim, desde 2010 foram dispensados 87.891 tratamentos e a oferta da terapia quase dobrou de 2010 para 2014 – passando de 12 mil tratamentos para 22 mil. Antes da aprovação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), o novo protocolo ficou à disposição de profissionais de saúde e público em geral para consulta pública durante um mês.

O total de brasileiros com acesso ao tratamento com antirretrovirais no país mais do que dobrou entre 2005 e 2014, passando de 165 mil pacientes (2005) para 400 mil (2014). Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse total, 12 são produzidos no Brasil.

CENÁRIO DA EPIDEMIA – Desde os anos 1980, foram notificados 757 mil casos de aids no Brasil. A epidemia no país está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil novos casos de aids ao ano. O coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes (2003) para 5,7 casos (2013).  De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2014,  o público jovem é o que apresentou maior taxa de detecção da doença – passando de 9,6 por 100 mil habitantes (2004) para 12,7 por 100 mil pessoas (2013).

Risco de fim da indústria naval brasileira

Do Blog do Magno

Um dos possíveis desdobramentos da Operação Lava Jato, o colapso da empresa Sete Brasil, pode significar o fim melancólico da indústria naval brasileira. Citada na delação premiada de Pedro Barusco, ex-gerente-executivo da Petrobras, como empresa envolvida no pagamento de propinas, a Sete, controlada pelo BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, foi contratada pela Petrobras para fornecer sondas e plataformas. Com os contratos, subcontratou diversos estaleiros, que foram formados no Brasil, com empresas daqui e de fora, para dar impulso à política de conteúdo nacional nos equipamentos comprados pela Petrobras.

Agora, sem crédito e com a reputação manchada pela Lava Jato, a Sete Brasil pode fechar, gerando uma onda de calotes em toda a cadeia da nova indústria naval brasileira. De acordo com o cenário traçado pela própria companhia, traçado pelo presidente-executivo Luiz Orlando Carneiro, a situação é crítica as perdas potenciais com o colapso da empresa chegariam a R$ 28 bilhões. O mais grave, no entanto, seria a eliminação de 150 mil empregos na indústria naval.

Caruaru está fora do risco de surto de dengue

A Secretaria de Saúde divulgou nesta terça-feira (14) o quinto Levantamento do Índice de Infestação  Predial por Aedes Aegypti (LiraA). De acordo com os dados, Caruaru está fora do risco do surto de dengue e deve encerrar o ano em um quadro confortável.

O LiraA desse ano iniciou com 3,8%, depois teve uma alta de 4,2% e a partir de maio começou a sofrer constantes quedas, atingindo 3,9%, 2,4% e agora com 2,1%.

De acordo com Daniel Silva, Coordenador do Programa de Combate à Dengue, os dados positivos ratificam o trabalho contínuo e intenso que o município vem fazendo. “Estamos fora da faixa de risco de surto, mas temos que continuar vigilantes, pois devemos trabalhar com as equipes para que esse número ou mantenha ou reduza ainda mais.”, declarou.

O LiraA é realizado pelos municípios de todo o país e serve para dar informações entomológicas detalhadas, apontando áreas críticas de infestação do mosquito transmissor e os tipos de depósitos receptores predominantes em cada local. A obtenção dos do LiraA propicia aos gestores uma informação antecipada da situação de risco.

Consultoria: risco de Dilma não se reeleger vai a 60%

Governo-Dilma-Cai-AprovaçãoDo Blog do Magno

A MCM Consultores passou a atribuir uma probabilidade de 60% de derrota de Dilma Rousseff na eleição presidencial em outubro. Desde abril, a consultoria trabalhava com um cenário de probabilidade equivalente à reeleição e à vitória da oposição. Hoje, os analistas da MCM rebaixaram as chances da presidente e agora trabalham com uma probabilidade de 60%-40% contra a reeleição.

NO MURO

‘Não estamos declarando taxativamente, é bom esclarecer, que a presidente Dilma não se reelegerá. Longe disso. É muito cedo. A campanha ainda nem começou efetivamente’, escreveram os analistas da MCM na nota enviada a clientes. ‘Contudo, a nosso juízo, já existem elementos suficientes para atribuir mais probabilidade de vitória à oposição do que à candidatura governista.’

Segundo a MCM, as últimas pesquisas Datafolha e Ibope representaram um ponto de virada (‘turning point’) para o novo cenário, agora desfavorável à reeleição. ‘Ambas mostraram continuidade na tendência de encurtamento da vantagem de Dilma frente a Aécio Neves e Eduardo Campos no segundo turno e aumento da diferença entre a rejeição à presidente e aos candidatos de oposição’, afirmaram os analistas.

Além das pesquisas, destacou a MCM, a mudança de cenário também levou em conta a piora do quadro econômico, ‘sintetizado pelo resultado decepcionante do último Caged (abertura de apenas 25 mil vagas de trabalho em junho), os sinais de forte rejeição ao PT no Sudeste – de maneira mais acentuada em São Paulo -, e a baixa competitividade das candidaturas petistas nos estados mais importantes do país, excetuando-se Minas Gerais, onde Fernando Pimentel lidera as pesquisas’.  (ÉPOCA)

Em Riacho, Programa Mãe Coruja reduz sensivelmente o risco de mortalidade infantil

Em Riacho das Almas, o Programa Mãe Coruja desde 2011 vem trazendo mais assistência para gestantes e crianças até cinco anos. O objetivo é trazer um acompanhamento durante a gravidez e garantir às crianças um desenvolvimento saudável. O trabalho é feito em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Municipal de Assistência Social, e são acompanhados os procedimentos como pré-natal para as grávidas, vacinação e peso para as crianças.

O Programa fornece ainda orientação por meio de palestras e círculos de educação e cultura, especialmente nas comunidades rurais. São abordados nos encontros, que são semanais e acontecem nos PSF’s e nas associações comunitárias, temas como aleitamento materno e planejamento familiar. No município, aproximadamente 380 gestantes e mães são acompanhadas pelo Mãe Coruja.

Após a implantação do programa, a mortalidade infantil em Pernambuco caiu mais da metade, passando de 25 mortes para cada mil nascidos vivos para 12 mortes para o mesmo número de nascimentos.

Para se cadastrar, as mulheres interessadas podem comparecer à Sede do Programa Mãe Coruja em Riacho das Almas levando o cartão da gestante, CPF, carteira de identidade e cartão do Bolsa Família, se for cadastrada no programa. O atendimento acontece de segunda à sexta-feira das 7h às 13h.

ONS aponta risco de racionamento de energia

Por ANNA FLÁVIA ROCHAS
Da Reuters

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou a expectativa de aumento de carga de energia no Brasil em fevereiro para uma alta de 15 por cento e o custo de operação do sistema elétrico superou o primeiro patamar de déficit de carga nas regiões Sudeste/Centro Oeste e Sul, numa sinalização de que há necessidade de redução de carga de energia de cerca de 5 por cento.

O aumento de 15 por cento de carga esperada para o Brasil em fevereiro foi divulgado pelo ONS no final da sexta-feira e é mais do que o dobro da estimativa da semana passada, de que a carga subiria 7,1 por cento neste mês na comparação com fevereiro de 2013.

Já o custo marginal de operação médio para a região Sudeste-Centro Oeste e Sul superou o primeiro patamar que indica custo déficit de energia, de 1.364,42 reais por megawatt-hora (MWh), e necessidade de reduzir até 5 por cento da carga.

Para esta semana, esse custo de operação do sistema está em 1.691,39 reais por megawatt-hora para as regiões Sudeste/Centro Oeste e Sul.

“Na semana de 8 a 14 de fevereiro, a previsão é de que ocorra chuva fraca em pontos isolados das bacias dos rios Uruguai e Jacuí. Nas demais bacias hidrográficas de interesse do SIN (Sistema Interligado Nacional) predomina a estiagem”, informou o ONS no Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação para esta semana.

O ONS acrescentou que o Sudeste/Centro-Oeste teve o segundo pior janeiro em regime de chuvas para geração de energia pelas hidrelétricas desde 1931 e que, pela previsão revista, no mês de fevereiro esta posição está mantida.

Além disso, o ONS prevê que o Nordeste apresente a menor média mensal de afluência de chuvas para os reservatórios de todos os meses de fevereiro do histórico.

“A revisão das previsões para o mês de fevereiro indicam queda significativa das afluências aos subsistemas Sudeste, Sul e Nordeste”, informou o ONS.

As afluências previstas para o Sistema Interligado Nacional (SIN) reduziram cerca de 7.000 MW médios, assim como a energia armazenada esperada, que sofreu redução adicional de 4.500 MW médios, conforme informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

As previsões para o mês de fevereiro agravam as preocupações em relação ao abastecimento do país já que os reservatórios, principalmente no Sudeste, estão em níveis baixos críticos e continuam a cair.

Os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, os principais para o abastecimento do país, estão em queda desde janeiro, época em que deveriam estar enchendo para sustentar o fornecimento de energia durante o período seco.

Esses reservatórios já tiveram uma queda de 4,66 pontos percentuais desde o fim de dezembro e estão hoje em 38,52 por cento de armazenamento.

Esse armazenamento ainda é maior que o fechado ao fim de janeiro do ano passado, de 37,46 por cento, mas o ONS prevê que esses reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste terminem fevereiro em condições ainda piores, a 35,6 por cento. No final de fevereiro de 2013, os reservatórios dessa região estavam a 45,48 por cento.

Já no Sul, o nível dos reservatórios está em 51,5 por cento, e se a previsão do ONS para o fim de fevereiro se cumprir, estará em 36,8 por cento ao final do mês.

Todas as térmicas do país disponíveis para a operação estão acionadas, conforme indica o custo marginal de operação, que já está superior ao custo de geração da térmica mais cara do país, indicando a necessidade de racionar carga no Sudeste/Centro-Oeste e Sul.

“Todavia, as regiões SE/CO, NE e N encontram-se em pleno período úmido, o que conduz à expectativa de reversão do atual cenário hidrológico. Assim sendo, a operação do SIN será realizada considerando o pleno atendimento aos requisitos de carga”, disse o ONS no Sumário do PMO, documento disponível em seu site.

A necessidade de redução de carga apontada ocorre após o sistema elétrico nacional como um todo e outras regiões separadamente virem batendo consecutivos picos de demanda de carga de energia.

Na terça-feira, curto-circuitos em linhas de transmissão que trazem energia do Norte para Sudeste do país ainda resultaram em apagão que atingiu diversos estados e cerca de 6 milhões de consumidores.