Aumenta número de consultas ao SPC em Caruaru

Apesar da crise e das previsões não tão otimistas, levantamento da CDL Caruaru mostra um dado positivo, com aumento no número de consultas ao SPC na primeira quinzena deste mês, tão aguardado por causa do São João.

De 1º a 13 de junho o número de consultas ao sistema SPC em Caruaru foi de 14.239, enquanto no mesmo de período de 2014 foi de 13.239. Aumento de 7,55%.

SPC avalia se o consumidor sabe negociar as dívidas

É muito comum as pessoas se preocuparem quando percebem que há dívidas em atraso e o nome pode ficar sujo na praça. Apesar de a situação parecer sem saída, ter calma ajuda muito neste momento. Nessa hora, é importante colocar todas as contas no papel e ver qual a melhor maneira para acabar com as dívidas.

Segundo o índice de inadimplência do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e uma pesquisa de recuperação de crédito do portal Meu Bolso Feliz, estima-se que em março deste ano havia 54,7 milhões de consumidores negativados, número equivalente a 37,50% da população entre 18 e 95 anos. De acordo com os dados, 48% dos consumidores apontam a falta de planejamento das finanças pessoais como o principal motivo que impossibilitou o pagamento de dívidas que os deixaram com nome sujo.

“Se organizar para pagar todas as contas em atraso é o primeiro passo para sair da inadimplência”, explica José Vignoli, educador financeiro do Meu Bolso Feliz. “Com dívidas atrasadas, o consumidor fica sem crédito no mercado e impossibilitado de uma série de transações, como tomar empréstimos para comprar uma casa, por exemplo. Para começar, tenha consciência do valor atual de sua dívida e entenda como ela cresceu e saiu do seu controle.”

Outro ponto importante é que apenas 23% dos consumidores foram procurados pelo credor, então é importante não ter receio e ir atrás para uma possível negociação da dívida”, aponta o educador. Segundo a pesquisa, 19% dos consumidores desejam negociar suas dividas, mas não sabem como fazer.

Segundo Vignoli, encarando o problema de frente, você descobre qual sua real condição e negocia seu débito da melhor maneira possível. “Dívidas em aberto viram uma bola de neve e quando você resolver enfrentar a questão, o problema já será muito maior”, conclui.

 

Dificuldade na recuperação de crédito reflete fraca atividade econômica, segundo SPC

O indicador de recuperação de crédito do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que a quantidade de dívidas regularizadas em janeiro recuou 5,15% na comparação com dezembro do ano passado. Em dezembro, a recuperação de crédito havia apresentado alta de 3,04%, impulsionada pela injeção de dinheiro típica deste período por conta de pagamento de abono de Natal e contratação de temporários Com o fim destes efeitos, de acordo com o SPC Brasil, o consumidor brasileiro não encontra no começo de 2015 um ambiente favorável para quitar dívidas, regularizar as pendências financeiras e sair dos cadastros de inadimplência.

De acordo com os dados, a queda repete o comportamento de janeiro de 2014, quando a retração na base mensal atingiu 9,89%. Para o SPC Brasil, a retração analisada no começo do ano é historicamente influenciada pela alta concentração de gastos com impostos (IPTU e IPVA), material escolar e parcelas das compras de final de ano, dificultando, assim, a quitação das dívidas

Na comparação anual, o indicador mostrou alta de 1,56% ante janeiro de 2014. Porém, os economistas ponderam que o dado não pode ser considerado positivo. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os números refletem a conjuntura econômica adversa do Brasil. “Esta melhora em relação ao ano anterior é o primeiro crescimento anual do indicador em cinco meses, o que indica ainda reflete a dificuldade do consumidor em pagar as dívidas em atraso” diz Marcela. “A piora no nível de criação de empregos renda, aliado com a alta de juros e inflação, encarecem as parcelas das compras a prazo e diminuem o poder de compra do consumidor e das empresas. Todos esses fatores tornam ainda mais difícil quitar ou renegociar as dívidas”, explica a economista.

Maioria dos brasileiros usa o crédito para realizar compras imediatistas

Um relatório produzido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz conclui que a principal utilidade do crédito oferecido ao consumidor brasileiro é a satisfação de desejos de consumo de curto prazo como roupas e sapatos (63% do total), eletrônicos (58%) e eletrodomésticos (44%). Além disso, os estudos mostram que há uma inclinação maior do brasileiro para financiar mercadorias supérfluas. O relatório do SPC foi gerado a partir da análise de quatro pesquisas sobre o perfil do consumo do brasileiro divulgadas pela empresa ao longo de 2014.

Os estudos realizados pelo SPC Brasil mostram que o consumidor tem usado empréstimos para comprar mercadorias que não podem ser consideradas itens de necessidade. Além disso, em muitos casos, a compra financiada se concentra em itens de valor mais baixo, que poderiam ser pagos a vista. “O perfil de consumo do brasileiro tem como característica a compra imediatista, ou seja, aquela que tem a necessidade do prazer imediato, em que todas as consequências de longo prazo ― como, por exemplo, o endividamento ― não são consideradas em muitos casos”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

E de fato uma pesquisa sobre o comportamento dos adimplentes e inadimplentes mostrou que 17% dos consumidores em idade adulta ― o que representa cerca de 23 milhões de pessoas ― se encaixam no perfil imediatista, ou seja, de consumidores inclinados a viver o presente, sem se preocupar com o futuro financeiro e sem o hábito de planejar ou poupar. “Entre as pessoas que se encaixam neste perfil e que estão inadimplentes, 51% admitiram que o problema que os levou ao atraso de dívidas foi o descontrole financeiro, citado por 34% da amostra”, observa Marcela.

Já quando os consumidores são confrontados com a possibilidade de não poderem parcelar as compras, 24% da amostra acredita que o crédito é essencial e que, portanto, não fecharia as contas do mês ou não conseguiria mais comprar pelo fato de não poder parcelar.

Região Sudeste lidera a alta da inadimplência no país com crescimento de 5,12%, diz SPC Brasil

A região Sudeste apresentou, no mês de novembro, o maior crescimento na quantidade de pessoas com dívidas em atraso no país, em relação a novembro do ano passado. O aumento foi de 5,12%, maior do que a média nacional das cinco regiões brasileiras pesquisadas, de 3,37%. O dado é do Indicador Regional de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Desde julho deste ano, a região Sudeste mantém a liderança da alta da inadimplência no país. O segundo maior crescimento no número de devedores foi registrado na região Centro-Oeste, com uma variação anual de 4,96%. A região Sul apresentou a terceira maior alta anual (3,43%), mantendo-se praticamente no mesmo patamar da média nacional. Norte e Nordeste apresentaram altas de 2,94% e 2,01%, respectivamente, e mantiveram-se abaixo da média nacional, sendo que ambas as regiões vêm se revezando no último lugar de aumento da inadimplência nos últimos meses.

Participação de cada região

Além de mostrar a maior alta, a região Sudeste possui também a maior participação no número de pessoas inadimplentes no país, sendo responsável por concentrar 40,40% do total de negativados no mês de novembro. A região Nordeste participou com 25,85% do total de registros, seguida pelas regiões Sul (12,94%), Norte (8,82%) e Centro-Oeste (7,85%).

Impacto sobre a variação anual

Como vem acontecendo desde fevereiro deste ano, o Sudeste também registrou, em novembro, a maior contribuição sobre a alta anual de 3,37%, apresentada para a média Brasil, impactando neste crescimento em 2,04 pontos percentuais. A segunda maior contribuição veio da região Nordeste(0,53 p.p.) que, apesar de apresentar a menor variação em comparação com as demais regiões, possui a segunda maior participação junto ao total de inadimplentes brasileiros. As regiões Norte eCentro-Oeste foram as que menos contribuíram com a alta no país com, 0,26 e 0,38 pontos percentuais, respectivamente.

Comunicação lidera as dívidas

A abertura por setor da economia mostra que o setor de Comunicação (telefone, celular, internet, TV a cabo, etc) registrou o aumento mais expressivo no número de dívidas em atraso em três das cinco regiões brasileiras – Nordeste (19,91%), Norte (33,09%) e Sudeste (13,31%). O segundo aumento mais impactante foi observado no setor de água e luz, que foi aquele com o maior crescimento anual tanto no Centro-Oeste (46,37%) quanto no Sul (14,94%).

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o crescimento dos gastos com celular e internet contribuem em larga medida para a piora da inadimplência do segmento de telecomunicação. “Em pesquisa recente, o SPC Brasil constatou que o brasileiro gasta em média R$ 104,00 com a conta de celular/internet por mês. O montante pode ser considerado significativo, especialmente entre as classes C,D e E. E caso os planos contratados não sejam muito bem planejados, podem gerar atrasos no pagamento”, explica.

64% dos brasileiros vão se auto presentear neste Natal, revela pesquisa inédita do SPC

Para a maior parte dos consumidores brasileiros comprar um presente para si mesmo é algo bastante comum. De acordo com uma pesquisa de Natal realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito e pelo portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz, seis em cada dez brasileiros (64%) vão se auto presentear neste Natal. Este percentual aumenta para 67%, quando analisados somente os consumidores das classes C, D e E e para 69%, quando analisadas apenas as intenções das mulheres. Para chegar a estes e outros resultados, os pesquisadores entrevistaram 624 consumidores de ambos os sexos, nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais.

Eu mereço

O estudo também buscou saber por que as pessoas se auto presenteiam tanto. A maioria (61%) dos entrevistados dizem que merecem e que trabalharam muito ao longo do ano. Já 54% (as respostas eram múltiplas) alegam que apenas aproveitam essa época do ano para comprar coisas que estão precisando mesmo. Outros 33% justificam a prática dizendo que normalmente já sentem prazer em fazer compras e que só aproveitam a oportunidade que o Natal lhes proporciona para consumir mais.

Na avaliação do Educador Financeiro do Portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, o Natal oferece às pessoas uma ocasião perfeita para a auto gratificação, uma forma de recompensa pelas duras jornadas de trabalho e pelas dificuldades enfrentadas ao longo do ano. “O Natal também permite que as pessoas libertem-se da culpa do consumismo excessivo, deixando-as à vontade quer seja para priorizarem a si mesmas ou para demonstrarem apreço por amigos e parentes, explica Vignoli.

Média de dois presentes por pessoa

De acordo com o estudo, cada consumidor deve se presentear, em média, com dois presentes ― levando em consideração apenas os entrevistados que disseram que vão se auto presentear. Já o número de presentes comprados para as outras pessoas ― familiares e amigos ― deve ser o dobro: uma média de 4,3 por pessoa.

Presentes mais procurados

Os produtos mais procurados por quem pretende comprar presentes para si mesmo são roupas (65%), calçados (58%), perfumes e cosméticos (32%). Segundo o educador financeiro, o curioso é que esses são exatamente os presentes mais desejados, quando os entrevistados respondem sobre o que mais gostariam de ganhar dos outros. “Isso só reforça a hipótese de que o auto presenteado quer mesmo é acertar no presente e ganhar o que está precisando”, afirma Vignoli.

Os pesquisadores também procuraram saber se o consumidor acredita que também será presenteado por outras pessoas nesse Natal. De acordo com o estudo, 81% dos brasileiros acreditam que serão lembrados neste fim de ano. A principal razão é o fato de que eles se sentem queridos, resposta dada por 70% dos que esperam ser presenteados.

Quitação de dívidas cai 5,88% em outubro, mostra indicador SPC Brasil

O número de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), recuou 5,88% em outubro de 2014, frente ao mesmo mês do ano passado. Em relação a setembro deste ano, sem ajuste sazonal, o volume de quitações de dívidas também apresentou resultado negativo e caiu    2,11%. A comparação mensal mostrou piora em relação ao que foi registrado em setembro. Naquele mês, frente a agosto, a queda mensal havia sido de       – 0,11%. O dado é do Indicador Mensal de Recuperação de Crédito do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados do indicador de pagamento de dívidas refletem o enfraquecimento da atividade econômica que, aliado a níveis elevados de inflação e taxas de juros, faz com que a confiança dos consumidores também seja prejudicada. “Com o rendimento dos trabalhadores crescendo menos e a inflação e juros em alta, o consumidor vê a sua capacidade de pagamento se deteriorar, o que torna ainda mais difícil quitar ou renegociar as dívidas em atraso”, explica a economista.

Ainda segundo Marcela Kawauti, a diminuição do número de consumidores que têm pagado suas dívidas atrasadas é um sinal de que a recuperação de crédito deve encontrar um ambiente menos propício e apresentar resultados menos expressivos do que os de 2013. Exemplo disso é que, no acumulado do ano, o número de consumidores que regularizaram suas pendências está 1,62%menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

Comércio deve contratar 138 mil temporários até o fim do ano, revela pesquisa SPC Brasil

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) para mapear o perfil do trabalhador temporário procurado pelo comércio no final do ano revela que o setor deve preencher cerca de 138,9 mil vagas até dezembro. De acordo com o estudo, a média de contratações é de quase três (2,98) funcionários por empresa. Para chegar a estas conclusões, o SPC Brasil ouviu 623 empresários em todo o país.

“As festas de fim de ano costumam movimentar praticamente todos os setores da economia, mas o varejo chama a atenção por concentrar cerca de 66% das vagas temporárias geradas em todo o país neste período”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Baixo crescimento

Por outro lado, a pesquisa mostra que a atividade comercial brasileira ─ assim como o restante da economia ─ tem sofrido os efeitos do baixo crescimento. “79,4% dos varejistas consultados acreditam que o número de contratações temporárias não deve crescer em 2014, em comparação com 2013, o que deixa explícito a baixa confiança do empresariado brasileiro”, avalia Kawauti.

Além disso, segundo a economista, 68,5% dos empresários não pretendem efetivar os temporários depois do vencimento do contrato. “Vale pontuar que para 62,2% dos entrevistados, as contratações devem durar, em média, três meses”, ressalta.

Perfil do temporário

De modo geral, 34,3% dos empresários entrevistados procuram profissionais que têm entre 25 e 34 anos, seguidos pela faixa etária de 18 a 24 anos (28,5%). Quanto à qualificação, a maioria dos comerciantes buscam funcionários que possuam ensino médio, no mínimo. 75,6% das vagas serão oferecidas para as funções de vendedor de loja e balconista. Em seguida aparecem as oportunidades para caixas 31,8%) e estoquistas e repositores (24,6%).

O estudo também procurou identificar as habilidades mais valorizadas na hora de contratar um temporário. Praticamente cinco em cada dez (48,9%) comerciantes citaram o dinamismo (48,9%), responsabilidade (37,8%) e boa comunicação (28,9%) como as características mais importantes para preencher um posto no varejo.

Carga horária e remuneração

Sete em cada dez varejistas (71,4%) procuram funcionários com disponibilidade para trabalhar entre 6 e 8 horas diárias. Já com relação à remuneração, mais da metade (57,4%) do empresariado deve pagar, em média, até um salário mínimo por mês para cada empregado, enquanto que 24,4% afirmam ter intenção de pagar dois salários mínimos. De acordo com a pesquisa, os pagamentos no comércio devem ocorrer por meio de salários e benefícios (32,8%) ou por salários e comissões (31,0%).

Vendas a prazo têm leve recuperação e crescem 0,07% em outubro, aponta SPC Brasil

As consultas para vendas a prazo, que sinalizam o ritmo de atividade no comércio, voltaram a crescer levemente no mês de outubro. Embora a alta verificada seja de apenas 0,07% na comparação com outubro de 2013, houve uma melhora em relação a setembro, quando a queda havia sido de 0,10%. Os dados são do Indicador Mensal de Vendas a Prazo calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a leve alta na comparação anual mostra sinais pontuais de melhora nas vendas a prazo, mas ela alerta que ainda é cedo para falar em reversão de tendência. Ao longo dos dez primeiros meses deste ano, em apenas quatro oportunidades as consultas para vendas a prazo mostraram alta em relação ao nível verificado em 2013. “As vendas no varejo têm sido influenciadas negativamente pelo desaquecimento da economia e seu impacto sobre a renda e a confiança do consumidor. Além disso, a inflação em aceleração corrói o poder de compra e a taxa de juros em patamar elevado encarece as parcelas das compras financiadas, desincentivando principalmente o consumo de itens de maior valor” explica a economista.

“Após retração acumulada nos três trimestres deste ano, o varejo tem a expectativa de que nos próximos meses a atividade no comércio volte a apresentar índices melhores em função das festas de fim de ano. O período é marcado pelas contratações temporárias, pagamento de 13o salário e abono salarial. Em pesquisa recente, o SPC Brasil verificou que 87% dos consumidores das capitais têm a intenção de comprar presentes para o Natal”, diz a economista.
Consolidado do ano mostra vendas recuando

Como reflexo da atividade econômica estagnada, no acumulado dos dez primeiros meses de 2014, frente à igual período de 2013, as vendas parceladas acumulam queda de 0,80%. Já na comparação mensal, em geral mais volátil, as vendas aceleraram e cresceram 3,36% sobre o mês de setembro, quando a alta havia sido de apenas 0,43% ante agosto.

Metodologia

O Indicador de Vendas a Prazo calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) é resultado de uma comparação percentual do volume de consultas para vendas a prazo realizadas pelos estabelecimentos comerciais ao banco de dados que o SPC Brasil tem acesso. O indicador tem abrangência nacional.

87% dos brasileiros pretendem presentear neste Natal, revela estudo do SPC Brasil

Uma pesquisa nacional encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela um cenário positivo para o comércio varejista: neste ano, mais brasileiros devem ir às compras e gastar mais com os presentes de Natal em relação ao ano passado. De acordo com o levantamento, 87% dos consumidores entrevistados têm a intenção de comprar pelo menos um presente este ano, o que representa um aumento de 20 pontos percentuais na comparação com 2013 (67%). Apenas 3% disseram que não vão comprar nada para dar de presente e outros 10% ainda estão na dúvida ou não souberam responder. Além disso, o valor médio gasto com cada presente deve saltar de R$ 86,59 no Natal passado para R$122,40 em 2014, o que significa um aumento real superior a 30%.

O estudo do SPC Brasil constata ainda que, em média, cada consumidor deverá comprar quatro presentes neste fim de ano – mesma quantidade observada no Natal de 2013. Apesar de demonstrarem a intenção de adquirir o mesmo número de presentes que no ano passado e o ticket médio ser superior para este ano, parcela significativa dos entrevistados afirma querer gastar menos com os presentes de Natal. Se em 2013 o percentual dos que queriam diminuir os gastos com os presentes era de 13%, em 2014, eles passam a corresponder a 33% dos entrevistados. Outros 40% pretendem gastar a mesma quantia que no ano passado e apenas 27% dos consumidores ouvidos estão dispostos a desembolsar mais neste ano do que no Natal de 2013.

“Esses números podem indicar que os entrevistados estão receosos com as despesas de Natal, em virtude da queda da confiança do consumidor, que é consequência direta da piora na geração de empregos, do menor crescimento dos rendimentos dos trabalhadores, além da atividade econômica mais fraca. O consumidor quer presentear, mas sabe que o momento é de cautela e os gastos devem ser mais bem pensados”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Entre aqueles que pretendem gastar mais neste fim de ano do que em 2013, sobressai a intenção de dar um presente melhor ou mais presentes (29%) – sobretudo entre as mulheres (34%) e entrevistados de 18 a 24 anos (45%). Outros motivos citados foram o aumento da renda  (20%) e o recebimento do 13º salário (16%). Já entre os que querem diminuir as despesas com presentes de Natal, 35% alegaram estar endividados, 18% disseram estar desempregados e 17% pretendem economizar para outras finalidades.

Preços mais elevados

Mais da metade dos entrevistados (51%) relata a impressão de que os preços estão mais caros este ano. Entre aqueles que consideram ter havido alta de preços em relação ao ano passado, a sensação de inflação elevada é o principal motivo apontado pelos entrevistados (70%). Essa percepção é ainda mais disseminada entre os consumidores das classes C, D e E (78%).

Para seis em cada dez (63%) consumidores, o preço é o fator determinante no momento de escolher o local onde os presentes serão comprados. A localização (36%), as promoções (36%), a diversidade de produtos (33%) e a segurança do local (22%) também influenciam na decisão sobre o estabelecimento. A maioria (86%) dos consumidores revela disposição para pesquisar melhores condições de pagamento e valores mais em conta.

Quatro em cada dez (45%) entrevistados disseram que planejam fazer algum bico ou trabalho extra para comprar presentes de Natal. Ainda assim, mais da metade dos entrevistados (59%) afirmaram à pesquisa que sua vida financeira melhorou nos últimos 12 meses, principalmente por conta do aumento da renda ou porque se sentem mais seguros no emprego atual.

“Mesmo diante de um cenário mais adverso para o comércio varejista, os dados comprovam que o Natal exerce uma forte influência no estímulo ao consumo, principalmente pelo significado que a data representa nas relações sociais e emocionais dos brasileiros”, explica a economista Marcela Kawauti.

De acordo com o levantamento, razões culturais e de ordem subjetiva despontam entre os argumentos que justificam a vontade de celebrar o Natal com presentes. O prazer em presentear é citado por 67% dos entrevistados e a importância dada ao hábito de trocar presentes, por outros 66%. Dentre as mulheres, destaque para as que presenteiam porque gostam do presenteado (73%), ao passo que a força do hábito (77%) é a resposta mais citada pelos homens. Além disso, mais da metade dos entrevistados (56%) afirma a intenção de participar de “amigo secreto/oculto”.

Lista de presentes e perfil do presenteado

A lista de preferência dos consumidores considerando os itens a serem comprados traz as roupas na primeira posição, com 77%, seguidas dos calçados (50%) e perfumes/cosméticos(45%). Na comparação entre 2013 e 2014, percebe-se o crescimento do interesse em produtos como calçados (de 38% para 50%), perfumes e outros cosméticos (de 33% para 45%) e smartphones (de 12% para 20%). Há uma predominância maior de mulheres que presenteiam calçados (55%) e de homens que presenteiam smarthphones (24%). Quem decide presentear alguém leva em conta, principalmente, o perfil do presenteado (47%), o desejo de quem ganha (20%) e o preço do presente (11%).

A pesquisa identificou que as mães aparecem em primeiro lugar na relação dos mais presenteados (56%), seguidos pelos filhos/filhas (53%), cônjuges (52%), pai (36%), amigos (22%) e namorados/namoradas (20%).

Forma de pagamento e local da compra

As formas de pagamento mais utilizadas nas lojas brasileiras, segundo os entrevistados, serão o dinheiro (50%), o cartão de crédito parcelado (27%) e o cartão de crédito à vista (10%). Para quem vai parcelar os presentes, a média é de cinco prestações por compra. Houve um crescimento significativo de consumidores que pretendem parcelas as compras no cartão. No Natal do ano passado o percentual era de 16% e subiu para 27% neste ano.

Já os locais preferidos para as compras devem ser os shopping centers (62%), seguidos pelas lojas virtuais (40%) e pelas lojas de rua (39%). De todos os presentes que serão vendidos no Natal deste ano, cerca de 20% serão provenientes da internet. “A preferência pelos shoppings deve-se à facilidade de estacionamento e à segurança que estes locais oferecem.

Além disso, esses estabelecimentos concentram uma grande variedade de lojas em um único lugar. Já a significativa presença das vendas online deve-se muito à praticidade da rede, que acaba atraindo o interesse das pessoas. Mas é preciso ter cuidado. O ideal é fazer os pedidos com alguma antecedência para que os presentes cheguem a tempo das festas. O atraso na entrega de encomendas é um problema que os consumidores costumam enfrentar nesta época do ano”, alerta Marcela Kawauti.

Metodologia

O SPC Brasil entrevistou 624 consumidores de ambos os sexos e de todas as idades e classes sociais nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de no máximo 3,7 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%. Isso significa que em 100 levantamentos com a mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões.

O objetivo da pesquisa foi avaliar a intenção de compras no Natal de 2014, mapeando as preferencias e percepções dos consumidores em relação aos produtos, preços, forma de pagamentos e locais de compra.