Temer é a favor de revisão no Mercosul

Do Jornal do Brasil

O presidente interino do Brasil, Michel Temer, declarou numa entrevista de rádio, nesta sexta-feira (24), que o bloco comercial Mercosul precisa ter seus termos revisados.

Reportagem da Reuters fala sobre a criação do Mercosul, que foi criado em 1991 para facilitar as trocas comerciais na América do Sul e como o grupo vem se tornando num fórum político desde a entrada da Venezuela em 2012. O ministro das relações exteriores, José Serra, já afirmou que também é a favor da volta do bloco para assuntos econômicos.

“Nós precisamos rediscutir o Mercosul nesse momento, não para eliminá-lo, mas para nos dar uma posição mais segura de forma que possamos buscar ampliar nossas relações com outros países.” Temer disse.

Tratou também da crise econômica, uma vez que o presidente interino está no posto para tirar o Brasil da sua pior recessão, através do conserto de suas finanças públicas e restaurando a confiança no empreendedorismo.

A Venezuela, que está sofrendo uma profunda crise econômica e política, com falta de suplementos e hiperinflação, está destinada a ter a cadeira da presidência do Mercosul esse mês, por conta da rotação da posição. O país era um grande aliado do governo de Dilma Rousseff, que sofre um processo de impeachment por conta de pedaladas fiscais. Mas o governo centro-direita de Temer se distanciou de Caracas.

Além disso, a reportagem fala que nessa mesma entrevista, Temer falou sobre a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia, alegando que foi uma decisão política e que o Brasil estaria pronto para encarar as consequências econômicas da saída.

Delator: Temer beneficiado com R$ 1 milhão da Engefix

ÉPOCA 

O empresário José Antunes Sobrinho, um dos donos da construtora Engevix, é mantido em prisão domiciliar a poucos metros da força-tarefa em Curitiba. Vem de Antunes a acusação, em uma proposta de delação premiada, de que o presidente interino Michel Temer foi o beneficiário de R$ 1 milhão de propina, paga pela Engevix, como recompensa por um contrato de R$ 162 milhões da empreiteira com a Eletronuclear. ÉPOCA revelou o caso no fim de abril.

Temer negou as acusações na ocasião. Na proposta de delação, Antunes conta que o ex-coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, sócio da empresa de arquitetura Argeplan e “pessoa de total confiança de Michel Temer”, ganhou o principal contrato de construção da usina Angra 3 com a Eletronuclear, no valor de R$ 162 milhões, e se comprometeu a subcontratar a Engevix para realizar a obra. Em troca, a empreiteira pagaria R$ 1 milhão para “suprir interesses de Michel Temer”, de acordo com Antunes.

A proposta de delação premiada revela detalhes sobre o caso. Lá, Antunes diz que pediu para que uma prestadora de serviços da Engevix fizesse o pagamento para Lima, para disfarçar. Segundo a proposta de delação, o repasse foi feito pela empresa Alúmi Publicidades, que prestava serviços de mídia para o aeroporto de Brasília, controlado pela Engevix. Segundo ÉPOCA apurou, houve realmente um pagamento da Alúmi para a PDA Projeto, outra empresa de Lima. A PDA recebeu R$ 1,1 milhão em outubro de 2014, pagos pela Alúmi, na reta final da eleição daquele ano. Procurada por ÉPOCA, a Alúmi confirma o repasse de dinheiro à PDA. Lima confirma o recebimento da quantia. Os dois afirmam, no entanto, que se trata apenas de serviços prestados pelo amigo de Temer, não de propina.

Com as revelações do executivo, o dinheiro pode ser rastreado pelos investigadores para que seja verificado se Temer foi de fato beneficiado, como afirma Antunes – o que, novamente, o presidente interino nega com veemência. Pouco tempo depois do pagamento da propina, Lima fez viagens ao Panamá e ao Uruguai, dois conhecidos paraísos fiscais usados por operadores da Lava Jato para esconder dinheiro.

CNM e municípios fazem apelo a Temer

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) afirma que vê, com preocupação, o agravamento do atual cenário econômico do País a partir da decisão do Governo Federal de discutir exclusivamente com os governadores, hoje, pautas para minimizar a situação de regime enfrentado pela maioria dos municípios.

O Movimento Municipalista alega que quer participar das discussões e possíveis soluções sobre a definição de políticas públicas. A confederação lembra que, ao assumir, o presidente interino Michel Temer prometeu debater com todos os entes da Federação questões que envolveriam um novo pacto federativo.

Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os municípios são os executores de uma série de políticas públicas no país. “A entidade sabe das dificuldades atuais dos governadores, mas de nossa parte, temos relevantes pautas para serem discutidas e esperamos ser ouvidos o mais breve possível”, afirmou.

Temer suspende dívida dos estados até o fim do ano

Do G1

O presidente em exercício Michel Temer anunciou nesta segunda-feira (20), por meio de sua conta no microblog Twitter, que o governo federal concordou em alongar as dívidas estaduais com a União por mais 20 anos e, também, em suspender o pagamento das parcelas mensais de dívidas dos estados com a União até o fim de 2016.

“O que estamos anunciando hoje, na verdade, é uma situação emergencial. Estamos fazendo isso em caráter de emergência para, depois, consolidarmos uma grande reforma federativa no país”, disse o presidente em exercício, Michel Temer. O anúncio foi feito durante reunião com governadores no Palácio do Planalto.

Veja os principais pontos do acordo:

– Alongamento do prazo das dívidas dos estados com a União por mais 20 anos;

– Suspensão do pagamento das parcelas mensais da dívida até o fim de 2016;

– Cobrança a partir de janeiro de 2017 com aumento gradual de 5,5 % por 18 meses;

– Alongamento por 10 anos, com 4 anos de carência, de cinco linhas de crédito do BNDES;

– Pagamento da parcela cheia pelos estados a partir de meados de 2018.

A cobrança das parcelas mensais, de acordo com o presidente, voltará a partir de janeiro de 2017, mas com desconto. O valor das parcelas aumentará gradualmente por um período de 18 meses. Em meados de 2018, os estados retomarão o pagamento da parcela cheia de suas dívidas com a União. A parcela subirá na razão de 5,55 % ao mês a partir do início do ano que vem.

De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o governo deixará de receber, em 2016, R$ 20 bilhões por conta da carência de pagamento, valor que já está na estimativa de um déficit de R$ 170,5 bilhões aprovado para este ano. Para 2017 e 2018, o custo será de mais R$ 15 bilhões por ano.

No caso das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também haverá alongamento das dívidas estaduais, neste caso por dez anos, sendo quatro deles de carência. Esse acordo valerá para cinco linhas de crédito do banco de fomento.

“Quero registrar que é com grande satisfação que nós todos podemos chegar a este acordo num conserto federativo. Durante muito tempo se trabalhou nesse tema”, declarou o presidente em exercício, Michel Temer.

Ele observou que o próprio governo tem dito, ao longo do tempo, que se fazia “indispensável uma revisão do pacto federativo”. “Queremos depois, mais adiante, propor uma fortíssima revisão do pacto federativo que conceda maior autonomia aos estados”, acrescentou Temer.

“Depois de um longo inverno, parece que a luz se acendeu no horizonte. Quero recordar que este tema da dívida dos estados vem sendo discutido há muito tempo, não só pelo Executivo, mas também pelo Legislativo”, avaliou o presidente em exercício.

Mudança legal

Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, esse acordo ainda depende, porém, de aprovação pelo Congresso Nacional. “Esse acordo será assinado por todos estados e pelo governo federal e serão tomadas as medidas legislativas que forem necessárias em termos de projeto enviado ao Congresso Nacional. O que é importante é a concordância do credor e dos devedores. A partir daí, viabiliza-se a definição”, disse ele.

Contrapartida com teto de gasto público

A contrapartida do acordo da dívida, segundo explicou Temer, é a inserção dos estados na proposta enviada ao Congresso de limitação dos gastos públicos.

“Ficou estabelecido que haveria limitação dos gastos estaduais tal como ocorre na chamada proposta de emenda à Constituição fixadora de teto para os gastos da União. Evidentemente, vamos cuidar de inserir esta fórmula na emenda em tramitação”, disse Temer, em áudio divulgado pelo Twitter.

A proposta de emenda constitucional sobre esse assunto, que já foi enviada ao Congresso Nacional, prevê que as despesas não possam crescer mais do que a inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país.

Liminares na Justiça

Ainda segundo o presidente em exercício, os estados que conseguiram recentemente liminares (decisões provisórias) na Justiça para reduzir o valor de suas dívidas com a União, deverão transferir ao governo federal os valores que deixaram de pagar nos últimos meses. Esse pagamento será feito em um prazo de 24 meses.

As liminares permitiam a aos estados pagar menos, usando juros simples no cálculo de um desconto concedido pela União em 2014, o que reduzia o montante devido. O governo federal defende o uso da taxa Selic capitalizada (juros sobre juros, os chamados juros compostos).

Mudança na proposta

Mais cedo nesta segunda, o governador de Goiás, Marconi Perillo, informou que o governo havia aceitado dar desconto, por dois anos, no valor das parcelas pagas pelos estados à União.

Por essa proposta, o pagamento da dívida dos estados ficaria suspenso entre julho e agosto de 2016. Depois disso, os governadores voltariam a pagar, mas com desconto.

O percentual do desconto cairia 10 pontos a cada dois meses, até chegar, em julho de 2017, a 40% sobre a parcela da dívida que cada estado deve à União. Nessa altura, portanto, os estados pagariam 60% da parcela. Esse percentual de desconto seria mantido até o final de 2017.

A partir de janeiro 2018, o desconto voltaria a cair 10 pontos a cada bimestre até que, em julho daquele ano, os estados voltariam a pagar 100% das parcelas de suas dívidas.

Histórico das dívidas

As dívidas dos estados com a União foram formadas na década de 1990, quando vários entes federativos assinaram contratos de refinanciamento com o Tesouro Nacional. Parte dessa dívida decorre de passivos de bancos estaduais.

Naquele momento, o governo federal assumiu os débitos estaduais e passou a receber parcelas mensais dos entes federativos.

Em contrapartida, o governo federal fez uma série de exigências, como privatização de bancos estaduais e limitação de gastos com pessoal, entre outras.

Se os estados não pagarem os valores mensais, os contratos autorizam a União a reter repasses de contribuições – o que já aconteceu em alguns casos, mais recentemente com o Rio Grande do Sul.

Os governos dos estados, porém, reclamaram por diversas vezes que, devido aos juros cobrados pelo governo, a dívida subiu muito nos últimos anos e absorveu parte importante de suas receitas.

No fim do ano passado, após discussão no Congresso Nacional, o governo concordou em mudar os indexadores das dívidas dos estados e municípios.

Pelo formato anterior, os débitos de prefeituras e governos estaduais com a União são corrigidos pelo IGP-DI mais 6% a 9% ao ano, índice mais oneroso.

Pelas novas regras, o governo deverá corrigir os débitos pela taxa Selic ou pelo IPCA – o que for menor – mais 4% ao ano. Os estados, entretanto, têm de assinar a mudança do indexador para que isso tenha validade.

Mais recentemente, durante as discussões sobre a mudança dos indexadores das dívidas estaduais, alguns governos estaduais, como os de Rio Grande do Sul e Santa Catarina, questionaram outro ponto: a utilização dos juros compostos nos contratos de refinanciamento.

Na visão desses governos estaduais, deveriam ser cobrados juros simples, o que reduziria o estoque do endividamento dos estados com a União em R$ 300 bilhões pois esse formato seria aplicado desde o início dos contratos. Para o Ministério da Fazenda, esse argumento carece de embasamento técnico. A discussão, porém, foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF) que, no fim de abril, deu um prazo de 60 dias para os estados entrarem em acordo sobre dívidas com União.

Temer fala em rede nacional de rádio e TV sexta-feira

O presidente interino, Michel Temer, vai convocar uma rede nacional de rádio e televisão para a próxima sexta-feira. Nela, vai falar sobre o Brasil que herdou da presidente afastada, Dilma Rousseff. Seu pronunciamento é uma resposta às críticas de que após 30 dias no cargo, ele ainda não mostrou serviço.

Temer fará na TV e no rádio uma radiografia do país e do governo que recebeu da petista. Apresentará uma lista de obras inacabadas e de projetos anunciados e que não foram para frente. Consta que entre elas estão 100 mil casas do Minha Casa Minha Vida cujas obras estavam paradas.

Pretende também apresentar os números dos rombos das empresas públicas, e estatais, que recebeu ao assumir. Tudo isso para mostrar que ninguém imagina a dimensão da herança maldita deixada pela petista. O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) teria sugerido que se dissesse que o país vive a maior de suas crises econômicas, superior até mesmo que a de 1929 e a dos anos 80.

Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretário de Governo) e Moreira Franco (Secretário de Programas de Parcerias de Investimento) vinham insistindo na necessidade de informar o país. Consta que na madrugada de hoje foi batido o martelo e definidas as linhas do pronunciamento.

Na reunião foi citado, como exemplo, discurso feito pelo senador Paulo Bauer relatando que tanto Lula quanto Dilma prometeram ajudar os Estados e os Municípios. Foi citado que, nesse discurso, Bauer perguntou onde estava a CPMF e a parcela destinada a Estados e Municípios? Onde estavam os prometidos percentuais da exploração do pré-sal?

Temer diz que respeitou limites legais para campanhas

O presidente interino, Michel Temer (PMDB), negou, por meio de nota oficial enviada à imprensa, ter feito qualquer pedido de doação ilícita para a campanha a prefeito de Gabriel Chalita, em São Paulo, como afirmou o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Confira a íntegra do documento:

Nota à imprensa

“Em toda sua vida pública, o presidente em exercício Michel Temer sempre respeitou estritamente os limites legais para buscar recursos para campanhas eleitorais. Jamais permitiu arrecadação fora dos ditames da lei, seja para si, para o partido e, muito menos, para outros candidatos que, eventualmente, apoiou em disputas.

É absolutamente inverídica a versão de que teria solicitado recursos ilícitos ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado – pessoa com quem mantinha relacionamento apenas formal e sem nenhuma proximidade”.

Brasília, 15 de junho de 2016.

Temer recorre ao STF para retomar comando da EBC

Da Folha de São Paulo

O governo interino de Michel Temer recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar reverter a decisão do ministro Dias Toffoli e fazer com que o jornalista Laerte Rimoli reassuma o cargo de diretor-presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

O recurso foi protocolado no Supremo pela AGU (Advocacia-Geral da União) na sexta-feira (10) em uma estratégia de Temer para retomar o comando da estatal, criada em 2007 para gestão das empresas de TV e rádio do governo.

No início do mês, Toffoli deferiu liminar para determinar que o também jornalista Ricardo Melo – que havia sido nomeado pela presidente afastada, Dilma Rousseff, e exonerado por Temer – reassumisse suas funções de diretor-presidente da EBC.

Melo foi nomeado por Dilma poucos dias antes do afastamento da presidente pelo Senado, em 12 de maio, e Temer, logo após assumir o Palácio do Planalto, exonerou o jornalista do cargo. Melo recorreu ao STF sob o argumento de que a legislação fora violada, visto que ele teria um mandato de quatro anos, independente do mandato do presidente da República.

Na ação protocolada pelo governo Temer, a AGU pede que Toffoli reconsidere sua decisão. O governo sustenta que não houve ilegalidade ou abusividade no ato de exoneração do diretor da EBC, sendo que a nomeação é ato discricionário de competência privativa do chefe do Executivo.

O Planalto justificou ainda que a troca no comando foi provocada por “problemas de gestão e déficit financeiro de dezenas de milhões de reais”.

MAIS CORTES

Segundo levantamento feito pela equipe de Temer, nos poucos dias em que ficou à frente da EBC, Rimoli conseguiu rever contratos e fazer cortes de despesas que somavam R$ 5 milhões por ano.

Ao voltar ao comando da estatal, dizem auxiliares do presidente interino, Melo tentou reaver contratos suspensos e recontratar pessoal.

Para assessores de Temer, o governo precisa retomar o comando da EBC para dar continuidade à política de “redução de gastos” que tem sido a principal bandeira do presidente interino. Temer não pretende, portanto, acabar com a estatal.

Ainda sobre essas medidas, a Secom (Secretaria de Comunicação Social) decidiu acabar com o Blog do Planalto, canal digital em que o governo publica conteúdos de seu interesse.

A plataforma, de acordo com análise do governo, custa R$ 82 mil por mês somente com a estrutura virtual. O objetivo será unir todo o conteúdo em um único canal na internet, o Portal Brasil. Hoje, ambos convivem e têm equipes diferentes para produção de reportagens, entre outros.

Ainda segundo assessores do Planalto, a medida vai acarretar também no enxugamento de funcionários.

Sem acesso a shopping, grupo picha escritório de Temer

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Manifestantes da Frente Povo Sem Medo, união de movimentos sociais de esquerda e centrais sindicais, picharam a entrada do prédio comercial em que fica um dos escritórios do presidente interino, Michel Temer, em São Paulo.

Uma manifestante foi detida pela pichação e levada ao 15º DP, na rua Dr. Renato Paes de Barros, na zona oeste. Nunah Alle é integrante da JSOL, um grupo com membros da juventude do PSOL.

Houve um princípio de tumulto entre manifestantes e policiais militares quando as pichações começaram. Uma tropa de choque chegou ao local do protesto cerca de dez minutos após a confusão.

Depois da prisão, a coordenação do protesto deslocou o ato para a delegacia. Alle foi acusada de crime ambiental e transferida para outra delegacia.

O escritório foi escolhido pelos manifestantes por estar no nome de Michelzinho, filho de Temer. Aos sete anos, o menino é dono de ao menos dois imóveis no prédio do Itaim com valores que superam R$ 2 milhões –informação divulgada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada pela assessoria do presidente interino.

A Frente Povo Sem Medo acusa o presidente de usar o filho para ocultar patrimônio.

IGUATEMI

O grupo havia marcado o ato anti-Temer no shopping Iguatemi, mas encontrou as portas fechadas.

Com o acesso negado, as cerca de cem pessoas que pretendiam fazer o “rolezinho sem Temer” optaram por fazer uma passeata pelo Itaim Bibi, bairro próximo ao shopping. Antes, elas andaram pela avenida Faria Lima e pela rua Jerônimo da Veiga.

O protesto estava marcado para as 17h, mas os primeiros manifestantes a chegar já encontraram as portas fechadas. As três entradas principais do Iguatemi, na avenida Faria Lima, estavam isoladas por dez seguranças, duas viaturas de segurança particular e dez policiais militares.

Temer reavalia Pelaes para secretaria de mulheres

Folha de S.Paulo – Gustavo Uribe

Com a repercussão das declarações e suspeita contra a ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP), o presidente interino, Michel Temer, reavalia a indicação da peemedebista para a chefia da secretaria de políticas para as mulheres, vinculada ao Ministério da Justiça.

O governo federal decidiu ampliar a pesquisa sobre o histórico público e judicial da presidente do PMDB Mulher antes de dar posse a ela do cargo. Nas palavras de um assessor presidencial, com o que foi revelado até o momento, tornou-se “insustentável” a permanência dela no posto.

Como a indicação de Pelaes partiu de uma sugestão da bancada feminina na Câmara dos Deputados, o presidente interino pretende conversar antes com as representantes da frente parlamentar.

O peemedebista pretende tomar uma decisão no início desta semana. Para o lugar da peemedebista, os dois nomes mais cotados pelo presidente interino são de Solange Jurema e Nancy Thame, ambas do PSDB, mesmo partido do ministro Alexandre de Moraes (Justiça).

Apontada pelo Ministério Público Federal como integrante de uma “articulação criminosa”, Pelaes foi nomeada na sexta-feira (3), em decisão publicada no Diário Oficial da União.

Segundo relatório da Procuradoria-Geral da República, ela é suspeita de envolvimento no esquema desmantelado pela Operação Voucher, em 2011. Na época, foi citada no escândalo ligado a uma ONG fantasma que havia celebrado convênio com o Ministério do Turismo dois anos antes.

Questionada pela Folha, Pelaes respondeu, por meio da assessoria: “Eu confio no trabalho da polícia e da Justiça e estou tranquila de que tudo será esclarecido”.

Além disso, a peemedebista se posicionou contra o aborto em casos de estupro durante as discussões sobre o projeto do Estatuto do Nasciturno, em 2010, durante seu mandato na Câmara dos Deputados, o que gerou polêmica entre entidades feministas.

Grupo protesta em frente à casa de Temer em SP

Um grupo de cerca de 15 pessoas com cartazes de “Fora Temer” e “O golpe mora ao lado” protestou em frente à casa do presidente-interino em São Paulo neste domingo (5), por volta das 11h.

“Estamos aqui para representar uma classe média, bem nascida e bem morada que não concorda com esse governo”, disse Flavia Bolaffi, 48, empresária, que mora em Pinheiros. O primeiro ato, ela explica, foi realizado em apoio ao MTST, que havia sido expulso do mesmo local com jatos d’água. Depois vieram uma serenata para Marcela Temer e uma festa junina. “E a polícia nunca nos atacou”.

Para Edva Aguilar, 59, enfermeira, eleições diretas não seriam a saída. “Isso é dar legitimidade ao golpe, quero a volta de Dilma”. Segundo Helena Nogueira, 57, jornalista, eles voltam para mais um ato com “pão e mortadela”, depois das 14h.

“Isso é constituição, os petistas são golpistas burros”, disse uma mulher que caminhava pela rua. “E a rua é pública”, gritou Edva de volta. (Folha de S.Paulo)