A deputada estadual Teresa Leitão comentou ontem (18/2), no plenário da Assembleia Legislativa, a repercussão dos atos e do twitaço realizados nessa quarta-feira (17/2), em solidariedade ao ex-presidente Lula, notificado pelo Ministério Público de São Paulo para depor sobre a suposta ocultação de patrimônio de um tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. O depoimento foi suspenso, após liminar concedida por um dos Procuradores que compõem o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Teresa relacionou alguns questionamentos sobre o que levou vários cidadãos a irem às ruas em defesa do ex-presidente Lula. “O que levou aqueles militantes a defender Lula? Por que externar indignação com a manipulação de um procedimento investigativo, com vazamento seletivo que podem inclusive prejudicar a elucidação do processo? Por que desejar preservar as instituições que caracterizam o Estado Democrático de Direito funcionando plenamente e sem injunções políticas?”, disse. Comentando as perguntas, a deputada registrou que há uma geração de brasileiros que saberão responder, outros não, porque não precisaram lutar contra a ditadura, já nasceram no regime democrático. “Alguns preservam a memória histórica dessa luta, outros simplesmente desdenham dela. Tanto os que lutaram pela democracia reconhecem isto, como aqueles que são beneficiários das políticas de inclusão social, só possíveis de serem feitas em regimes democráticos, com fez Lula, como faz Dilma e com fazem alguns governos estaduais e municipais, pontuou.
Dentro desse contexto, a deputada fez um desagravo ao Frei Aloísio Fragoso, que promoveu um jejum e um momento de reflexão e oração na capela do bairro do Coque, nessa quarta-feira em solidariedade ao ex-presidente Lula. A parlamentar criticou os ataques sofridos pelo religioso através da imprensa e das redes sociais. “Frei Aluísio quis usar o simbolismo da quaresma para, à sua maneira, demonstrar sua solidariedade. Sua iniciativa foi duramente criticada por internautas e pela imprensa, por ele ter se posicionado politicamente em defesa do ex-presidente Lula e usar seu ofício religioso para expressá-la. Quero externar minha solidariedade a Lula e a todos que ao se solidarizar com o reconhecido nacional e internacionalmente melhor presidente que o Brasil já teve, são atacados por exercerem esse direito. Lutar pela liberdade de expressão é respeitar o pensamento e as posições das pessoas. É respeitar o que esse país conquistou, que é a democracia, o direito de expressão e o pleno funcionamento das instituições”, concluiu.